Um homem já não pode ir a uma reunião de trabalho de dia e meio. Chega aqui e encontra o blog atafulhado de Vinicius, Chico e capas de discos. Parece realmente a feira de Carcavelos.
Não está realmente tempo para feiras. Mas eu sei porque é. Esta reunião em que eu estive acontece sempre nesta altura do ano. Ainda não percebi porquê, mas chove praticamente sempre. Não sei se chove porque há reunião, se há reunião porque chove, se chove porque é o último fim de semana de Janeiro (a reunião acontece sempre no último fim de semana de Janeiro) ou se é o último fim de semana de Janeiro porque está a chover.
Com tanta chuva na auto-estrada prevêem-se várias carambolas. Mas que gaita.
Ah, sim. A reunião foi no Luso, no Grande Hotel das Termas. Um belo sítio para se estar quando está a chover. Piscina interior, grandinha, a 29ºC, tomar banho em água do Luso. A Meta dos Leitões e o Rocha mesmo ao pé. Leitão acompanhado por bruto tinto. Paisagem com o Buçaco e a Cruz Alta. O raio do sítio é perfeito.
Há uns oito anos, três elementos do grupo resolveram fazer o bonito para impressionar as colegas e, com quatro graus cá fora, vieram dar um mergulho à piscina olímpica exterior. À noite. Eu, que era um dos três alucinados, fiquei assim como sou. Há quem julgue que este episódio explica muita coisa. Provavelmente é verdade.
O chato de amanhã ser domingo é que sábado terá sido ontem.
31 de janeiro de 2004
Comboio
Totalmente de acordo!!! Aliás, como documenta a foto, hoje em dia até se pode ir à feira de Carcavelos.....
À de Azeitão que por acaso é amanhã, é que não!
Não passam lá comboios.......
À de Azeitão que por acaso é amanhã, é que não!
Não passam lá comboios.......
NASCI PARA SER MAQUINISTA
Quero ser maquinista.
O maquinista não tem que comprar bilhete.
O maquinista tem a melhor vista do comboio.
O maquinista não tem que aturar o cheiro do chulé dos outros passageiros.
O maquinista não precisa de se preocupar por perder o comboio.
O maquinista é sempre o primeiro a chegar à estação.
O maquinista nunca tem que entrar no comboio aos encontrões e apertões.
O maquinista tem sempre um lugar livre. Sentado. Só dele. Sem ninguém à volta, que lhe lixe (com f) o juízo toda a viagem a contar histórias idiotas.
O maquinista brinca com comboios todos os dias, e ainda lhe pagam.
O maquinista não tem que procurar o lugar pelo número, descobrindo no fim da carruagem que se enganou na carruagem.
O maquinista sabe SEMPRE quando o comboio vai fazer uma travagem brusca. A não ser que apanhe com outro comboio por trás, salvo seja.
O maquinista pode fumar à vontade, sem ter que ir para a última carruagem.
Meu Deus, por favor, faz com que na próxima encarnação eu seja maquinista.
boavisteiro
O maquinista não tem que comprar bilhete.
O maquinista tem a melhor vista do comboio.
O maquinista não tem que aturar o cheiro do chulé dos outros passageiros.
O maquinista não precisa de se preocupar por perder o comboio.
O maquinista é sempre o primeiro a chegar à estação.
O maquinista nunca tem que entrar no comboio aos encontrões e apertões.
O maquinista tem sempre um lugar livre. Sentado. Só dele. Sem ninguém à volta, que lhe lixe (com f) o juízo toda a viagem a contar histórias idiotas.
O maquinista brinca com comboios todos os dias, e ainda lhe pagam.
O maquinista não tem que procurar o lugar pelo número, descobrindo no fim da carruagem que se enganou na carruagem.
O maquinista sabe SEMPRE quando o comboio vai fazer uma travagem brusca. A não ser que apanhe com outro comboio por trás, salvo seja.
O maquinista pode fumar à vontade, sem ter que ir para a última carruagem.
Meu Deus, por favor, faz com que na próxima encarnação eu seja maquinista.
boavisteiro
30 de janeiro de 2004
SEXTA-FEIRA
(roubei este poema ao canto de ossanha)
SEXTA-FEIRA
Tranquila Sexta-feira
abandonada Sexta-feira
Sexta-feira cada vez mais triste como ruelas antigas
Sexta-feira de indolentes pensamentos indispostos
Sexta-feira de sinuosos e nefastos espreguiçamentos
Sexta-feira de nenhuma expectativa
Sexta-feira de rendição.
Casa vazia
casa solitária
casa trancada contra a investida da juventude
casa da escuridão e ânsias de sol
casa de solidão, augúrio e indecisão
casa de cortinas, livros, guarda-louça, fotografias.
Ah, como a minha vida fluiu silenciosa e serena
como uma corrente profunda
através do coração dessas silenciosas, abandonadas Sextas-feiras
através do coração dessas tristes casas vazias
ah, como a minha vida fluiu silenciosa e serena.
Forough Farrokhzad
SEXTA-FEIRA
Tranquila Sexta-feira
abandonada Sexta-feira
Sexta-feira cada vez mais triste como ruelas antigas
Sexta-feira de indolentes pensamentos indispostos
Sexta-feira de sinuosos e nefastos espreguiçamentos
Sexta-feira de nenhuma expectativa
Sexta-feira de rendição.
Casa vazia
casa solitária
casa trancada contra a investida da juventude
casa da escuridão e ânsias de sol
casa de solidão, augúrio e indecisão
casa de cortinas, livros, guarda-louça, fotografias.
Ah, como a minha vida fluiu silenciosa e serena
como uma corrente profunda
através do coração dessas silenciosas, abandonadas Sextas-feiras
através do coração dessas tristes casas vazias
ah, como a minha vida fluiu silenciosa e serena.
Forough Farrokhzad
Sexta Feira
Ontem adormeci ao som da chuva intensa. É aconchegante quando se está dentro de casa, com um livro na mão. A propósito do livro, vou citar uma amiga minha que afirmava,vale mais ler um livro que aturar um homem...Risos. Eu não sou tão radical e vou citar uma minha ex-chefe que dizia "namore à sua vontade mas nunca os deixe guardar as cuecas na gaveta":). Realmente o simbolismo da gaveta dá cabo de qualquer um/uma. Quando se re-arrumam as nossas coisas para criar espaço,que cada vez se torna mais exigente. Ou seja viver com outra pessoa é um acto que exige muita coragem. Tanta ou mais como viver sozinha.
Li ou ouvi outra vez que existem cada vez mais pessoas a viverem sós em Portugal. Isto lembra-me aquele delicioso livro da Doris Lessing, em que uma solteirona proto-beta entra numa rede de solidariedade com pessoas velhinhas e as modificações que essa relação introduz na vida dela e da sua protegée velhota. Eram os Diários de Jane Sommers, acho eu.
Acho que vou reler um dia destes.
Sobre solidão. Conheço muitas que são acompanhadas. Outras são mesmo duras e cruas:)
Mas a verdadeira é aquela em nos aborrecemos de viver connosco próprios..risos.
Bem.Abeijos e braços.
Li ou ouvi outra vez que existem cada vez mais pessoas a viverem sós em Portugal. Isto lembra-me aquele delicioso livro da Doris Lessing, em que uma solteirona proto-beta entra numa rede de solidariedade com pessoas velhinhas e as modificações que essa relação introduz na vida dela e da sua protegée velhota. Eram os Diários de Jane Sommers, acho eu.
Acho que vou reler um dia destes.
Sobre solidão. Conheço muitas que são acompanhadas. Outras são mesmo duras e cruas:)
Mas a verdadeira é aquela em nos aborrecemos de viver connosco próprios..risos.
Bem.Abeijos e braços.
29 de janeiro de 2004
Que frio...
Sinto tanto frio... Sento-me aqui ao computador e parece que se me gelam os pés!
Estou convencido que isto não é normal e há-de ser da idade. Entrei na idade do "pé gelado"... ai, ai!
PP: Finalmente, acabei o estafego!
Estou convencido que isto não é normal e há-de ser da idade. Entrei na idade do "pé gelado"... ai, ai!
PP: Finalmente, acabei o estafego!
For
As dúvidas ortográficas do tamtam trouxeram-me à memória o João Ubaldo Ribeiro. Transcrevo, sem mais comentários e com uma vénia (ou "vênia", como está grafado na versão brasileira do Houaiss).
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O verbo 'for'
João Ubaldo Ribeiro
Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário - evidentemente o condizente com a nossa condição provecta -, tudo sairia fora de controle, mais do que já está. O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora e talvez até desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas (ao dicionário outra vez; domingo, dia de exercício).
O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha de se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruibarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. Os textos em latim eram As Catilinárias ou a Eneida, dos quais até hoje sei o comecinho.
Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora. Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje. A oral de latim era particularmente espetacular, porque se juntava uma multidão, para assistir à performance do saudoso mestre de Direito Romano Evandro Baltazar de Silveira. Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário), o mestre não perdoava.
- Traduza aí quousque tandem, Catilina, patientia nostra - dizia ele ao entanguido vestibulando.
- "Catilina, quanta paciência tens?" - retrucava o infeliz.
Era o bastante para o mestre se levantar, pôr as mãos sobre o estômago, olhar para a plateia como quem pede solidariedade e dar uma carreirinha em direção à porta da sala.
- Ai, minha barriga! - exclamava ele. - Deus, oh Deus, que fiz eu para ouvir tamanha asnice? Que pecados cometi, que ofensas Vos dirigi? Salvai essa alma de alimária. Senhor meu Pai!
Pode-se imaginar o resto do exame. Um amigo meu, que por sinal passou, chegou a enfiar, sem sentir, as unhas nas palmas das mãos, quando o mestre sentiu duas dores de barriga seguidas, na sua prova oral. Comigo, a coisa foi um pouco melhor, eu falava um latinzinho e ele me deu seis, nota do mais alto coturno em seu elenco.
O maior público das provas orais era o que já tinha ouvido falar alguma coisa do candidato e vinha vê-lo "dar um show". Eu dei show de português e inglês. O de português até que foi moleza, em certo sentido. O professor José Lima, de pé e tomando um cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras aladas:
- Dou-lhe dez, se o senhor me disser qual é o sujeito da primeira oração do Hino Nacional!
- As margens plácidas - respondi instantaneamente e o mestre quase deixa cair a xícara.
- Por que não é indeterminado, "ouviram, etc."?
- Porque o "as" de "as margens plácidas" não é craseado. Quem ouviu foram as margens plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que existem no hino. "Nem teme quem te adora a própria morte": sujeito: "quem te adora." Se pusermos na ordem direta...
- Chega! - berrou ele. - Dez! Vá para a glória! A Bahia será sempre a Bahia!
Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra "for" tanto podia ser do verbo "ser" quanto do verbo "ir". Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.
- Esse "for" aí, que verbo é esse?
Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.
- Verbo for.
- Verbo o quê?
- Verbo for.
- Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.
- Eu fonho, tu fões, ele fõe - recitou ele, impávido. - Nós fomos, vós fondes, eles fõem.
Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.
Publicado no O Estado de São Paulo
13 de setembro de 1998
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O verbo 'for'
João Ubaldo Ribeiro
Vestibular de verdade era no meu tempo. Já estou chegando, ou já cheguei, à altura da vida em que tudo de bom era no meu tempo; meu e dos outros coroas. Acho inadmissível e mesmo chocante (no sentido antigo) um coroa não ser reacionário. Somos uma força histórica de grande valor. Se não agíssemos com o vigor necessário - evidentemente o condizente com a nossa condição provecta -, tudo sairia fora de controle, mais do que já está. O vestibular, é claro, jamais voltará ao que era outrora e talvez até desapareça, mas julgo necessário falar do antigo às novas gerações e lembrá-lo às minhas coevas (ao dicionário outra vez; domingo, dia de exercício).
O vestibular de Direito a que me submeti, na velha Faculdade de Direito da Bahia, tinha só quatro matérias: português, latim, francês ou inglês e sociologia, sendo que esta não constava dos currículos do curso secundário e a gente tinha de se virar por fora. Nada de cruzinhas, múltipla escolha ou matérias que não interessassem diretamente à carreira. Tudo escrito tão ruibarbosianamente quanto possível, com citações decoradas, preferivelmente. Os textos em latim eram As Catilinárias ou a Eneida, dos quais até hoje sei o comecinho.
Havia provas escritas e orais. A escrita já dava nervosismo, da oral muitos nunca se recuperaram inteiramente, pela vida afora. Tirava-se o ponto (sorteava-se o assunto) e partia-se para o martírio, insuperável por qualquer esporte radical desta juventude de hoje. A oral de latim era particularmente espetacular, porque se juntava uma multidão, para assistir à performance do saudoso mestre de Direito Romano Evandro Baltazar de Silveira. Franzino, sempre de colete e olhar vulpino (dicionário, dicionário), o mestre não perdoava.
- Traduza aí quousque tandem, Catilina, patientia nostra - dizia ele ao entanguido vestibulando.
- "Catilina, quanta paciência tens?" - retrucava o infeliz.
Era o bastante para o mestre se levantar, pôr as mãos sobre o estômago, olhar para a plateia como quem pede solidariedade e dar uma carreirinha em direção à porta da sala.
- Ai, minha barriga! - exclamava ele. - Deus, oh Deus, que fiz eu para ouvir tamanha asnice? Que pecados cometi, que ofensas Vos dirigi? Salvai essa alma de alimária. Senhor meu Pai!
Pode-se imaginar o resto do exame. Um amigo meu, que por sinal passou, chegou a enfiar, sem sentir, as unhas nas palmas das mãos, quando o mestre sentiu duas dores de barriga seguidas, na sua prova oral. Comigo, a coisa foi um pouco melhor, eu falava um latinzinho e ele me deu seis, nota do mais alto coturno em seu elenco.
O maior público das provas orais era o que já tinha ouvido falar alguma coisa do candidato e vinha vê-lo "dar um show". Eu dei show de português e inglês. O de português até que foi moleza, em certo sentido. O professor José Lima, de pé e tomando um cafezinho, me dirigiu as seguintes palavras aladas:
- Dou-lhe dez, se o senhor me disser qual é o sujeito da primeira oração do Hino Nacional!
- As margens plácidas - respondi instantaneamente e o mestre quase deixa cair a xícara.
- Por que não é indeterminado, "ouviram, etc."?
- Porque o "as" de "as margens plácidas" não é craseado. Quem ouviu foram as margens plácidas. É uma anástrofe, entre as muitas que existem no hino. "Nem teme quem te adora a própria morte": sujeito: "quem te adora." Se pusermos na ordem direta...
- Chega! - berrou ele. - Dez! Vá para a glória! A Bahia será sempre a Bahia!
Quis o irônico destino, uns anos mais tarde, que eu fosse professor da Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia e me designassem para a banca de português, com prova oral e tudo. Eu tinha fama de professor carrasco, que até hoje considero injustíssima, e ficava muito incomodado com aqueles rapazes e moças pálidos e trêmulos diante de mim. Uma bela vez, chegou um sem o menor sinal de nervosismo, muito elegante, paletó, gravata e abotoaduras vistosas. A prova oral era bestíssima. Mandava-se o candidato ler umas dez linhas em voz alta (sim, porque alguns não sabiam ler) e depois se perguntava o que queria dizer uma palavra trivial ou outra, qual era o plural de outra e assim por diante. Esse mal sabia ler, mas não perdia a pose. Não acertou a responder nada. Então, eu, carrasco fictício, peguei no texto uma frase em que a palavra "for" tanto podia ser do verbo "ser" quanto do verbo "ir". Pronto, pensei. Se ele distinguir qual é o verbo, considero-o um gênio, dou quatro, ele passa e seja o que Deus quiser.
- Esse "for" aí, que verbo é esse?
Ele considerou a frase longamente, como se eu estivesse pedindo que resolvesse a quadratura do círculo, depois ajeitou as abotoaduras e me encarou sorridente.
- Verbo for.
- Verbo o quê?
- Verbo for.
- Conjugue aí o presente do indicativo desse verbo.
- Eu fonho, tu fões, ele fõe - recitou ele, impávido. - Nós fomos, vós fondes, eles fõem.
Não, dessa vez ele não passou. Mas, se perseverou, deve ter acabado passando e hoje há de estar num posto qualquer do Ministério da Administração ou na equipe econômica, ou ainda aposentado como marajá, ou as três coisas. Vestibular, no meu tempo, era muito mais divertido do que hoje e, nos dias que correm, devidamente diplomado, ele deve estar fondo para quebrar. Fões tu? Com quase toda a certeza, não. Eu tampouco fonho. Mas ele fõe.
Publicado no O Estado de São Paulo
13 de setembro de 1998
Chuvinha
Não sei se é do contágio, se é desta chuvinha "molha parvos", aliás, molha os parvos, os espertos, molha todos, deu-me uma calanzice, que nem vos digo nada. Bem, vou mas é lanchar antes que adormeça.........
Sem perdão
Esta do "peça" foi boa, não foi????????
Anda uma mãe a mandar um filho para a escola..............
Anda uma mãe a mandar um filho para a escola..............
Ontem e hoje
Ontem esteve um dia lindo. Tão bonito que eu e errezinha andámos a deambular pelo Chiado e fomos lanchar crepes com a Lulu e o seu princeso. Conversa puxa conversa, apeteceu licor de poejo a uns, Jameson a outra.
Bairro alto acima, mais horas de conversa, de risos e de mal dizer, apertou a fome pela meia-noite.
Assim aportámos ao antigo 99 da Barroca, que salvo erro agora se chama Clandestino. O princeso fez uma bela duma chouriça assada, comemos umas ricas tostas. Claro que hoje estamos todos mortos de sono.
Era vê-los a chegar todos de óculos escuros ao trabalho.
Hoje está um gelo. Misturado com sono em débito dá um cocktail molotov.
De manhã exercício numa escola gelada.
Os bombeiros resgataram no fim, 5 bolas do telhado..ou seriam 6? Houve meia hora de crianças a gritar em coro..BOMBEIRO::BOMBEIROS..
Como são tão pequeninos e já sabem tanto?
Vou encharcar-me em café quente. Talvez melhore.
Beijos.
Bairro alto acima, mais horas de conversa, de risos e de mal dizer, apertou a fome pela meia-noite.
Assim aportámos ao antigo 99 da Barroca, que salvo erro agora se chama Clandestino. O princeso fez uma bela duma chouriça assada, comemos umas ricas tostas. Claro que hoje estamos todos mortos de sono.
Era vê-los a chegar todos de óculos escuros ao trabalho.
Hoje está um gelo. Misturado com sono em débito dá um cocktail molotov.
De manhã exercício numa escola gelada.
Os bombeiros resgataram no fim, 5 bolas do telhado..ou seriam 6? Houve meia hora de crianças a gritar em coro..BOMBEIRO::BOMBEIROS..
Como são tão pequeninos e já sabem tanto?
Vou encharcar-me em café quente. Talvez melhore.
Beijos.
Está quase...
Ahhhhh...a empreitada está quase a acabar. Nem venho aqui espreitar, só para não me distrair!
Logo agora que passámos para o campo da lingerie e acessórios...
Aquela bomba da vácuo fez-me lembrar que toda a gente continua muito preocupada com o tamanho. Tenho para mim que o importante não é o tamanho, mas sim o volume. Ou seja, o tamanho do pénis é pouco importante, desde que o clitóris tenha um volume aceitável!
Logo agora que passámos para o campo da lingerie e acessórios...
Aquela bomba da vácuo fez-me lembrar que toda a gente continua muito preocupada com o tamanho. Tenho para mim que o importante não é o tamanho, mas sim o volume. Ou seja, o tamanho do pénis é pouco importante, desde que o clitóris tenha um volume aceitável!
28 de janeiro de 2004
Adivinhem pra que serve isto!!!
Fechem os olhos e agora leiam:)
Bomba manual com pera para uso em exercitação do órgão masculino. Auxilia na melhoria da manutenção da ereção e no retardamento da ejaculação precoce. Utilizar seguindo o manual de instruções de uso. Medidas internas do tubo: 20cm de comprimento por 5,5cm de diâmetro. Para maiores esclarecimentos sobre os desenvolvedores em geral sugerimos uma visita em ....
Coração vermelho - ódios de estimação (+1)
Chegou-me por mail e já se postou por aí... até pode ser mentira, um reles boato, mas quero lá saber!
"Já se sabe que José Mourinho foi eleito no site da Uefa, através da votação
dos cibernautas, o melhor treinador da Europa, Mourinho recolheu 118 390
votos só que desses 118 390 votos, nada mais nada menos que 105 271
(88.92%) tiveram origem em Portugal, num único endereço de IP da zona do
Porto, conforme informação do fornecedor do serviço de Internet associado
àquele IP, o qual detectou uma fortíssima acção de spam coincidente com o
período em que decorreu a votação. Deste modo, descontados os referidos 105
271 votos que não deveriam ser considerados válidos por representarem um
(ou, no máximo, umas dezenas de participantes), restam 13 119 votos para
José Mourinho, relegando-o para a terceira posição, atrás de Marcello Lippi
(29 385 votos) e Carlo Ancelotti (18 320 votos), e à frente de Martin
O'Neill (9740 votos)."
"Já se sabe que José Mourinho foi eleito no site da Uefa, através da votação
dos cibernautas, o melhor treinador da Europa, Mourinho recolheu 118 390
votos só que desses 118 390 votos, nada mais nada menos que 105 271
(88.92%) tiveram origem em Portugal, num único endereço de IP da zona do
Porto, conforme informação do fornecedor do serviço de Internet associado
àquele IP, o qual detectou uma fortíssima acção de spam coincidente com o
período em que decorreu a votação. Deste modo, descontados os referidos 105
271 votos que não deveriam ser considerados válidos por representarem um
(ou, no máximo, umas dezenas de participantes), restam 13 119 votos para
José Mourinho, relegando-o para a terceira posição, atrás de Marcello Lippi
(29 385 votos) e Carlo Ancelotti (18 320 votos), e à frente de Martin
O'Neill (9740 votos)."
Fúria trabalhadora
Foi ontem. Deu-me uma fúria e comecei a despachar os trabalhos pendentes que se arrastam, já desde o ano passado. Bem... para ser sincero, não foi uma coisa expontânea. Foi mesmo porque tem que ser, e agora, numa semanita, vou ter que fazer aquilo que podia ter sido feito num mês ou dois. Mas já estou habituado, há manias que nunca se perdem...
Entretanto, ao ler o post do Ricardo, fui assaltado por terríveis (sim, terríveis!) saudades dos tempos em que vivi sozinho, e em que me aventurei a fazer comida. Só vos digo que para mim, a omolete é uma coisa extremamente complexa... as minhas especialidades são ovos mexidos com qualquer coisa ou arroz branco, também com qualquer coisa. Quando não há ovos, nem arroz, ou falta qualquer coisa... vou ao restaurante.
Depois de postar, fiquei com uma dúvida que ainda não fui esclarecer: acho que não é cotas, mas sim quotas... ou não?
Entretanto, ao ler o post do Ricardo, fui assaltado por terríveis (sim, terríveis!) saudades dos tempos em que vivi sozinho, e em que me aventurei a fazer comida. Só vos digo que para mim, a omolete é uma coisa extremamente complexa... as minhas especialidades são ovos mexidos com qualquer coisa ou arroz branco, também com qualquer coisa. Quando não há ovos, nem arroz, ou falta qualquer coisa... vou ao restaurante.
Depois de postar, fiquei com uma dúvida que ainda não fui esclarecer: acho que não é cotas, mas sim quotas... ou não?
27 de janeiro de 2004
Ela é...
Linda, tem um sorriso espectacular, inteligente, sei lá eu o que mais.
Ah...e sexy como tudo!!!
Na próxima encarnação quero ser ela.
Eventualmente, terei um homem escondido dentro de mim:)
Ah...e sexy como tudo!!!
Na próxima encarnação quero ser ela.
Eventualmente, terei um homem escondido dentro de mim:)
The Quest...
Bem... vejo que a inquitação é muita, que anseiam por fotos do Steve McQueen, mas devo dizer que a portadora do endereço sagrado do fotógrafo que tem uma data coisas extraordinárias dele, só a Maria conhece! Sendo assim, para ela remeto a agradável missão de recolher A FOTO!
Força Maria! Estamos a torcer por ti!
Força Maria! Estamos a torcer por ti!
Post de Homem para Homem
Partem-se dois ovos para dentro de uma tigela arredondada, deita-se o interior dos ovos lá para dentro e as cascas para o lixo. Põe-se muito sal que é para fazer bem à pressão sanguínea, dissolvem-se os ovos e o sal com um garfo até ficar tudo líquido e homogéneo (homogéneo é uma palavra difícil...). A seguir tiram-se as tiras de fiambre e deitam-se para a mesma tigela. Depois corta-se um queijo em fatias finas, limpa-se a pele do queijo e também se deita para a tigela. Pega-se numa frigideira, limpa-se se ainda não estiver limpa, seca-se bem e corta-se um bocado de margarina. Põe-se a margarina na frigideira e põe-se a frigideira ao lume com lume forte. Vai-se mexendo na margarina com um garfo que é para derreter mais depressa e quando a margarina já estiver toda ela a borbulhar deita-se o conteúdo da tijela. Escorre-se bem o conteúdo da tigela com cuidado para não salpicar nada para as mãos nem para a camisa. O processo de fritar o material alimentício é o seguinte: agarra-se numa daquelas colheres grandes para fritar e que têm concha plana com uns buracos para escorrer, ou agarra-se noutra coisa qualquer que dê jeito, e viram-se os ovos com o fiambre e o queijo de cima para baixo, ou seja, aquilo é como se fosse uma toalha no chão e a ideia é pôr a concha plana por baixo dos ovos, levantá-los e virá-los para o outro lado. Também se pode ir apertando-os dos lados para a omelete ficar mais alta e não ocupar muito espaço depois no prato. Continua-se a fazer isto até os ovos passarem de amarelo clarinho a amarelo torrado e amarelo a atirar para o um bocadinho tostado. Se entretanto os ovos por dentro da omelete estiverem um bocado mal passados então deixa-se estar a coisa a fritar mais um bocado e sem virar. Quando estiver com a cor desejada (e isto depende de cozineiro para cozinheiro), desliga-se o lume e com a mesma colher levanta-se a omelete e coloca-se num prato. Pode-se deixar arrefecer dois minutos, com cuidado que agora no Inverno as coisas arrefecem mais depressa, e enquanto arrefece abrem-se o pacote de batatas fritas, deita-se a cerveja para um copo (lavá-lo primeiro e secá-lo com um guardanapo) e liga-se a televisão.
Blog descotado que voa
pois é..o dia não se anuncia famoso.
Exercício numa escola de manhã. Reunião chata de tarde para um projecto europeu cheio de erres e parcerias.
Jantar de anos de uma amiga. Essa parte vai ser boa, o pior é a ressaca de amanhã.
Não estou nos meus dias mais esvoaçantes não. Estou mais naqueles em que me apetece atirar a um poço. Mas que seja confortável, tenha sofá e uns livrinhos para ler.
Nada de bom à vista.
Menos mau, também nada de pior.
Ah..e a Lulu fez anos..parabéns Lulu!!!Contes muito ao lado da tua princesinha:)
Exercício numa escola de manhã. Reunião chata de tarde para um projecto europeu cheio de erres e parcerias.
Jantar de anos de uma amiga. Essa parte vai ser boa, o pior é a ressaca de amanhã.
Não estou nos meus dias mais esvoaçantes não. Estou mais naqueles em que me apetece atirar a um poço. Mas que seja confortável, tenha sofá e uns livrinhos para ler.
Nada de bom à vista.
Menos mau, também nada de pior.
Ah..e a Lulu fez anos..parabéns Lulu!!!Contes muito ao lado da tua princesinha:)
26 de janeiro de 2004
Este senhor ainda faz anos...
Que me dizes madrastinha?
Paul Newman e Elizabeth Taylor em Cat on a Hot Tin Roof
PS - Tentei linkar isto para a pagina, mas o site não deixa. Dji maneira qui vai assim mesmo. (Tinha uma promessa a cumprir!)
Paul Newman e Elizabeth Taylor em Cat on a Hot Tin Roof
PS - Tentei linkar isto para a pagina, mas o site não deixa. Dji maneira qui vai assim mesmo. (Tinha uma promessa a cumprir!)
Cotas...
Pois.., pelos vistos estamos como o leite e os imigrantes, também temos cotas!
E está mais que visto que não percebemos mesmo nada disto...
No entanto, e já disse à T, tenho dúvidas que o simples apagar de posts com imagens as apague do servidor blogspot, depois de feito o upload. Mas se resultou... é boa ideia :)
E já agora uma dica que, ao que parece, toda a gente já sabe... para imagens disponiblizadas na net basta fazer uma ligação do tipo: primeiro colocar o sinal <, depois img src, depois =, depois o nome da imagem que queremos entre aspas "http://www.zencatalog.com/everydaycele/ 21545%20smile%20large.jpeg". Finalmente fechar com o sinal >
E sai isto:
Desta forma não ocupa espaço no servidor, só gera aumento de tráfego... (que também é limitado). E se a imagem for apagada do servidor que a disponibiliza, desaparece do blog!
Perceberam? Eu não sei se percebi...
E já agora... qual é a nossa cota actual?
E está mais que visto que não percebemos mesmo nada disto...
No entanto, e já disse à T, tenho dúvidas que o simples apagar de posts com imagens as apague do servidor blogspot, depois de feito o upload. Mas se resultou... é boa ideia :)
E já agora uma dica que, ao que parece, toda a gente já sabe... para imagens disponiblizadas na net basta fazer uma ligação do tipo: primeiro colocar o sinal <, depois img src, depois =, depois o nome da imagem que queremos entre aspas "http://www.zencatalog.com/everydaycele/ 21545%20smile%20large.jpeg". Finalmente fechar com o sinal >
E sai isto:
Desta forma não ocupa espaço no servidor, só gera aumento de tráfego... (que também é limitado). E se a imagem for apagada do servidor que a disponibiliza, desaparece do blog!
Perceberam? Eu não sei se percebi...
E já agora... qual é a nossa cota actual?
Peço desculpa
Apaguei e vou apagar mais algumas fotose imagens.
Tinhamos a casa cheia, por isso não conseguíamos postar.
Temos um limite de 25 MB que ultrapassámos.
Pedia todos, inclusivé a mim própria, que tentassem reduzir ao máximo o tamanho das fotos e optar pelo jpg.
E que tal um pdf Zézinho Gato? Risos
Beijos:)
Tinhamos a casa cheia, por isso não conseguíamos postar.
Temos um limite de 25 MB que ultrapassámos.
Pedia todos, inclusivé a mim própria, que tentassem reduzir ao máximo o tamanho das fotos e optar pelo jpg.
E que tal um pdf Zézinho Gato? Risos
Beijos:)
Vivam segundo a segundo!
Depois do acontecimento trágico deste Domingo, apenas penso numa coisa: "Para morrermos, apenas é preciso estarmos vivos!".
Por isso, vivam e gozem a vida segundo a segundo!
Por isso, vivam e gozem a vida segundo a segundo!
Miklos Féher
É tão ténue a fronteira entre a vida e a morte.
Num momento, um sorriso e um encolher de ombros, logo depois a queda desamparada e a escuridão final.
Num momento, um sorriso e um encolher de ombros, logo depois a queda desamparada e a escuridão final.
25 de janeiro de 2004
Sim, desfocado...
E lá passou mais um fim-de-semana, quase sem eu dar por isso.
Continuo com a vaga sensação que estas últimas semanas deviam ser rebobinadas. Nem que fosse para fazer tudo exactamente da mesma maneira... mas um pouquinho mais focado!
Continuo com a vaga sensação que estas últimas semanas deviam ser rebobinadas. Nem que fosse para fazer tudo exactamente da mesma maneira... mas um pouquinho mais focado!
Só o nome é que não é grande espingarda...
Anette Benning em The Siege (madrastinha, não te preocupes. Não entra para a cota.. é o método alternativo! Espero que não faça de mim uma alternadeira... hum)
Esta mulher não é bonita?
(podre de boa, ou lá como é que se diz...)
São Paulo: 450 ab urbe condita
Hoje a minha cidade faz 450 anos. Visto assim, em números desse tamanho, parece grandes coisas, mas São Paulo começou a crescer, a virar megalópole, de uns 150 anos para cá. Por 300 foi vilarejo de três ruas, agraciado mais tarde com uma faculdade de Direito que era, à época, mais uma dessas despirocadas dos governantes.
Foram os imigrantes que levantaram isto aqui. Italianos em sua maioria, mas também muitos japoneses, uns tantos ingleses e alemães, e, claro, portugueses em grande número. Vinham todos para a lavoura, porque ninguém achava certo pagar salários aos escravos recém-libertos, mas não ficavam; em pouco tempo vinham todos à cidade. Povoaram-na, espicharam-na, fizeram fábricas e avenidas. Submergiram a oligarquia de fazendeiros que aqui sempre mandou.
Os Tosetto vieram para cá de vez em 1900, quando meu avô, carpinteiro de boa qualidade, deixou Serra Azul. Havia mais italianos aqui do que em Buenos Aires, concentrados principalmente no Brás, no Bixiga e na Barra Funda (há um livro delicioso do Alcântara Machado com esse nome, Brás, Bixiga e Barra Funda). Os Tosetto ficaram no Brás, e ainda lá estão, na pessoa do meu intrépido irmão. Família de seis irmãos, todos gente de meter a mão à massa e não se preocupar demais com filosofices. Brutos como eles só. Enfim.
Hoje haverá festas mil, bancadas pela prefeita Martaxa com o nosso suado dinheirinho. E tome Caetano Veloso cantando "Sampa", Rita Lee fazendo gracinhas, Fafá de Belém emprestando os peitos à Orquestra, jogo de futebol gratuito, bolo de 500 metros, foguetório, fonte iluminada no Ibirapuera, obelisco faxinado.
Eu, o que queria, era só um bocadinho de silêncio. Impossível conseguir.
Foram os imigrantes que levantaram isto aqui. Italianos em sua maioria, mas também muitos japoneses, uns tantos ingleses e alemães, e, claro, portugueses em grande número. Vinham todos para a lavoura, porque ninguém achava certo pagar salários aos escravos recém-libertos, mas não ficavam; em pouco tempo vinham todos à cidade. Povoaram-na, espicharam-na, fizeram fábricas e avenidas. Submergiram a oligarquia de fazendeiros que aqui sempre mandou.
Os Tosetto vieram para cá de vez em 1900, quando meu avô, carpinteiro de boa qualidade, deixou Serra Azul. Havia mais italianos aqui do que em Buenos Aires, concentrados principalmente no Brás, no Bixiga e na Barra Funda (há um livro delicioso do Alcântara Machado com esse nome, Brás, Bixiga e Barra Funda). Os Tosetto ficaram no Brás, e ainda lá estão, na pessoa do meu intrépido irmão. Família de seis irmãos, todos gente de meter a mão à massa e não se preocupar demais com filosofices. Brutos como eles só. Enfim.
Hoje haverá festas mil, bancadas pela prefeita Martaxa com o nosso suado dinheirinho. E tome Caetano Veloso cantando "Sampa", Rita Lee fazendo gracinhas, Fafá de Belém emprestando os peitos à Orquestra, jogo de futebol gratuito, bolo de 500 metros, foguetório, fonte iluminada no Ibirapuera, obelisco faxinado.
Eu, o que queria, era só um bocadinho de silêncio. Impossível conseguir.
E.....
Saudades das bocas do ABS, dos posts da Maria e dos desafios do Ricardo....Para não falar do cafageste do Orlando, que não tem escrito né:)
Até a Amélia anda muda.
E João, as fotos? Ai ai.....
Até a Amélia anda muda.
E João, as fotos? Ai ai.....
Sem.
As noites escorrem-me entre os dedos. Daqui a pouco vai nascer luz nos prédios da frente. O dia vai acordar.
Mas ainda falta.
Estou num deambular pensativo. Entre um livro, uma manta e um gato entusiástico de colos.
Mas estou com vontade de ver as nuvens cor de rosa. Os reflexos.
Que o António tenha lembrado o O Neill , parece-me certo.É dos poetas que eu amo. O platonismo fica-me bem.
Estou com saudades. É aborrecido tê-las. Ou bom, conforme os casos. Ou desnecessárias:)
Faltam para aí 4 horas para os prédios acordarem.
Aguentarei tanto? Estou de olho pisco.
Lembro-me de voltar da noite e ser de dia, ver o rio brilhante e os primeiros autocarros a passsarem. Gosto quando acabo onde os outros começam.
Vou ouvir o L Cohen. Apetece-me. Your famous blue raincoat:) . Não gosto de cds. Gosto da imperfeição do vinil. Que a agulhe salte nas faixas que mais ouvimos. Que sejam objectos grandes.
Estou decididamente nostálgica.
Devia ter ido ao Porto :)
Beijos..porque não? Ora essa:)
Mas ainda falta.
Estou num deambular pensativo. Entre um livro, uma manta e um gato entusiástico de colos.
Mas estou com vontade de ver as nuvens cor de rosa. Os reflexos.
Que o António tenha lembrado o O Neill , parece-me certo.É dos poetas que eu amo. O platonismo fica-me bem.
Estou com saudades. É aborrecido tê-las. Ou bom, conforme os casos. Ou desnecessárias:)
Faltam para aí 4 horas para os prédios acordarem.
Aguentarei tanto? Estou de olho pisco.
Lembro-me de voltar da noite e ser de dia, ver o rio brilhante e os primeiros autocarros a passsarem. Gosto quando acabo onde os outros começam.
Vou ouvir o L Cohen. Apetece-me. Your famous blue raincoat:) . Não gosto de cds. Gosto da imperfeição do vinil. Que a agulhe salte nas faixas que mais ouvimos. Que sejam objectos grandes.
Estou decididamente nostálgica.
Devia ter ido ao Porto :)
Beijos..porque não? Ora essa:)
24 de janeiro de 2004
Saravá
estive a ler um artigo num suplemento qqer de jornal.
Falavam de uma cientista qualquer portuguesa, Íris Caramalho:)))
Iris tens um um rico nome...ai isso tens:)
Ainda estou a rir:)
Falavam de uma cientista qualquer portuguesa, Íris Caramalho:)))
Iris tens um um rico nome...ai isso tens:)
Ainda estou a rir:)
Que o poema tenha amigos...
Amigo
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neill, No Reino da Dinamarca
Mal nos conhecemos
Inaugurámos a palavra amigo!
Amigo é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma casa, mesmo modesta, que se oferece.
Um coração pronto a pulsar
Na nossa mão!
Amigo (recordam-se, vocês aí,
Escrupulosos detritos?)
Amigo é o contrário de inimigo!
Amigo é o erro corrigido,
Não o erro perseguido, explorado.
É a verdade partilhada, praticada.
Amigo é a solidão derrotada!
Amigo é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil, um tempo fértil,
Amigo vai ser, é já uma grande festa!
Alexandre O'Neill, No Reino da Dinamarca
Jo
Já hoje escrevi isto no meu coiso, mas como o número de visitas aqui é mais condizente com a minha indignação... plagio-me. Que me perdoe aquela outra senhora.
Quem viu hoje os jornais televisivos da tarde deve ter visto o mesmo que eu. Jo Soares chegou a Portugal. Era ver jornalistas a degladiarem-se para lhe fazerem uma qualquer pergunta "engraçada". Era ver os cromos que vieram acoplados a ele desde lá longe. E para finalizar em beleza havia também a famosa hospitalidade portuguesa. A mim até me apetecia chamar-lhe outra coisa, mas é melhor ficar por aqui. Estas coisas fazem-me ter aquele pena nacionalista que detesto e que me assusta. Só desgraças.
Quem viu hoje os jornais televisivos da tarde deve ter visto o mesmo que eu. Jo Soares chegou a Portugal. Era ver jornalistas a degladiarem-se para lhe fazerem uma qualquer pergunta "engraçada". Era ver os cromos que vieram acoplados a ele desde lá longe. E para finalizar em beleza havia também a famosa hospitalidade portuguesa. A mim até me apetecia chamar-lhe outra coisa, mas é melhor ficar por aqui. Estas coisas fazem-me ter aquele pena nacionalista que detesto e que me assusta. Só desgraças.
23 de janeiro de 2004
A Sorna
Uma greve faz isso.
Por um lado vontade de fazer coisas. Por outro vontade de sornar.
Estive a ver.
Sou uma voyeuse nata pelos vistos.
Mas...gosto de vocês.
Por um lado vontade de fazer coisas. Por outro vontade de sornar.
Estive a ver.
Sou uma voyeuse nata pelos vistos.
Mas...gosto de vocês.
perder comboios
é como ser rejeitado, é como levar uma tampa. poupar a ansiedade toda e a esperança para um momento e ou correr tudo bem ou sermos completamente rejeitados. perder comboios é semelhante a levar uma tampa quando me sinto completamente ignorado, que o mundo me é indiferente. quando chego à estação e o mundo continua em movimento mesmo que eu não esteja pronto...
Como é por dentro outra pessoa?
Como é por dentro outra pessoa
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
Fernando Pessoa, 1934
PP: Ainda a propósito dos problemas de comunicação... :)
Quem é que o saberá sonhar?
A alma de outrem é outro universo
Com que não há comunicação possível,
Com que não há verdadeiro entendimento.
Nada sabemos da alma
Senão da nossa;
As dos outros são olhares,
São gestos, são palavras,
Com a suposição de qualquer semelhança
No fundo.
Fernando Pessoa, 1934
PP: Ainda a propósito dos problemas de comunicação... :)
Toca de ligar os aquecedores!
Ligo o aquecedor e os dias inchaaaaaaaaaam. Dilatam-se. É prático, tendo em conta que preciso de dias muito grandes para cumprir todas as minhas tarefas. Ai que prazer não cumprir dever... lol
Para quando?
"O pessimista queixa-se do vento, o optimista espera que ele mude e o realista ajusta as velas."
Eu...apenas penso:"Mas quando é que chega o Fim-de-Semana?"...
Eu...apenas penso:"Mas quando é que chega o Fim-de-Semana?"...
Vontade louca
Quando entro nestes dias mais soturnos, tenho por hábito agarrar-me a coisas esquisitas... por vezes mesmo muito esquisitas. Tornam-se, creiam, verdadeiras obcessões, e que geram deprimentes comportamentos compulsivos.
Como já notaram, o grego Kavafis é uma dessas pancadas...
Mas surgiu outra mais perigosa: uma vontade louca de mudar o template...
Que dizes, T? :))
Como já notaram, o grego Kavafis é uma dessas pancadas...
Mas surgiu outra mais perigosa: uma vontade louca de mudar o template...
Que dizes, T? :))
Sexta-feira Santa
Sexta feira, cá para mim, é sempre santa. Às vezes dou por mim a cantar as Alelúias.
Equívocos
Quanto mais velho fico, menos convicções e certezas vou tendo, mais me contento com dúvidas e impressões. Se bem me recordo, já por aqui disse isto, há tempos atrás.
No entanto, e nalgumas coisas, as minhas impressões vão ficando mais nítidas. Uma delas é que grande parte das relações humanas assentam em múltiplos pequenos equívocos e mal-entendidos.
É como se comunicassemos num determinado comprimento de onda e fosse preciso a sintonia certa, para captar a mensagem integral. E, quase sempre, o receptor não está bem sintonizado. E, maior parte das vezes, o essencial da mensagem perde-se no ruído de fundo.
No entanto, e nalgumas coisas, as minhas impressões vão ficando mais nítidas. Uma delas é que grande parte das relações humanas assentam em múltiplos pequenos equívocos e mal-entendidos.
É como se comunicassemos num determinado comprimento de onda e fosse preciso a sintonia certa, para captar a mensagem integral. E, quase sempre, o receptor não está bem sintonizado. E, maior parte das vezes, o essencial da mensagem perde-se no ruído de fundo.
Sexta-Feira (Grande dia!)
Hoje é sexta-feira....porque será que toda a gente se lembra da sexta-feira e da segunda-feira????
Um gajo chega a sexta e começa a pensar: "amanhã é fim-de-semana!..."
E depois??? Porque é que um gajo na quinta-feira não pensa:"depois de amanhã é fim-de-semana!" Ou então, na segunda-feira: "daqui a 4 dias é fim-de-semana!..."
Mas porque será que um gajo não gosta de trabalhar, e começa logo a pensar quando é que chega o fim-de-semana? Se um gajo não trabalhasse durante a semana, não ganhava dinheiro para o gastar no fim-de-semana...
Também?!?!....é que que inventou que uma semana tem 7 dias???? Se ela apenas tivesse 3 (Sábado, Domingo e Sexta-feira) andava tudo contente! Pois um gajo chegava a sexta-feira e dizia:"amanhã é fim-de-semana" e depois chegava a domingo e dizia:"eh eh...amanhã já é sexta-feira....vem aí logo logo o fim-de-semana!". Não era melhor ??? Um ano podia continuar a ter os mesmos 365 dias, tinha era mais semanas...
Um gajo chega a sexta e começa a pensar: "amanhã é fim-de-semana!..."
E depois??? Porque é que um gajo na quinta-feira não pensa:"depois de amanhã é fim-de-semana!" Ou então, na segunda-feira: "daqui a 4 dias é fim-de-semana!..."
Mas porque será que um gajo não gosta de trabalhar, e começa logo a pensar quando é que chega o fim-de-semana? Se um gajo não trabalhasse durante a semana, não ganhava dinheiro para o gastar no fim-de-semana...
Também?!?!....é que que inventou que uma semana tem 7 dias???? Se ela apenas tivesse 3 (Sábado, Domingo e Sexta-feira) andava tudo contente! Pois um gajo chegava a sexta-feira e dizia:"amanhã é fim-de-semana" e depois chegava a domingo e dizia:"eh eh...amanhã já é sexta-feira....vem aí logo logo o fim-de-semana!". Não era melhor ??? Um ano podia continuar a ter os mesmos 365 dias, tinha era mais semanas...
É sexta-feira...
...dia bom para desejar bom fim de semana aos que aqui estão, até ao som da cantiga! Experimentem a dizer "é sexta-feira" com a música que vcs sabem! Sabe bem, não sabe?!
E portanto, bom fim de semana!
E portanto, bom fim de semana!
Greve ?!!?!!?
Hoje é dia de Greve...
Cool....é um bom dia para ir trabalhar...Não há trânsito e as coisas estão calmas (pensava eu!...).Qual quê...demorei praticamente o mesmo tempo a chegar ao serviço...
Conclusão, pensava eu, ou há pouco funcionários públicos a trabalharem em Lisboa ou resolveu toda a gente ir para os ultimos dias de Saldos...!!!!
Mas a greve.... por que raio é que eu tenho de alinhar na greve? Se vivemos tempos difícies e se faço greve, ainda me vão descontar o dia no ordenado. Ele já é tão grande!!!!! É claro que eu não estou de acordo com os congelamentos dos ordenados e com os aumentos previstos...mas porra, ainda por cima se fizesse greve também me o descontavam...já chega de descontos...
Pronto...não fiz greve mas, aqui fica a minha indignação por ser o 2º ano que não sou aumentado e que vou continuar a pagar mais e mais e mais...mas também, o dinheiro não serve se não para o gastarmos, né?...ih ih ih ih
Cool....é um bom dia para ir trabalhar...Não há trânsito e as coisas estão calmas (pensava eu!...).Qual quê...demorei praticamente o mesmo tempo a chegar ao serviço...
Conclusão, pensava eu, ou há pouco funcionários públicos a trabalharem em Lisboa ou resolveu toda a gente ir para os ultimos dias de Saldos...!!!!
Mas a greve.... por que raio é que eu tenho de alinhar na greve? Se vivemos tempos difícies e se faço greve, ainda me vão descontar o dia no ordenado. Ele já é tão grande!!!!! É claro que eu não estou de acordo com os congelamentos dos ordenados e com os aumentos previstos...mas porra, ainda por cima se fizesse greve também me o descontavam...já chega de descontos...
Pronto...não fiz greve mas, aqui fica a minha indignação por ser o 2º ano que não sou aumentado e que vou continuar a pagar mais e mais e mais...mas também, o dinheiro não serve se não para o gastarmos, né?...ih ih ih ih
Do querido Walt.
O Me! O Life!
O ME! O life!... of the questions of these recurring;
Of the endless trains of the faithless--of cities fill'd with the foolish;
Of myself forever reproaching myself, (for who more foolish than I, and who more faithless?)
Of eyes that vainly crave the light--of the objects mean--of the struggle ever renew'd;
Of the poor results of all--of the plodding and sordid crowds I see around me;
Of the empty and useless years of the rest--with the rest me intertwined;
The question, O me! so sad, recurring--What good amid these, O me, O life?
Answer.
That you are here--that life exists, and identity;
That the powerful play goes on, and you will contribute a verse.
O ME! O life!... of the questions of these recurring;
Of the endless trains of the faithless--of cities fill'd with the foolish;
Of myself forever reproaching myself, (for who more foolish than I, and who more faithless?)
Of eyes that vainly crave the light--of the objects mean--of the struggle ever renew'd;
Of the poor results of all--of the plodding and sordid crowds I see around me;
Of the empty and useless years of the rest--with the rest me intertwined;
The question, O me! so sad, recurring--What good amid these, O me, O life?
Answer.
That you are here--that life exists, and identity;
That the powerful play goes on, and you will contribute a verse.
A Emily resolve
Hope is a Thing With Feathers
Hope is a thing with feathers
That perches in the soul
And sings a tune without words
And never stops at all.
And sweetest, in the gale, is heard
And sore must be the storm
That could abash the little bird
That keeps so many warm.
I’ve heard it in the chilliest land
And on the strangest sea
Yet, never, in extremity
It ask a crumb of me.
Emily Elizabeth Dickinson
Hope is a thing with feathers
That perches in the soul
And sings a tune without words
And never stops at all.
And sweetest, in the gale, is heard
And sore must be the storm
That could abash the little bird
That keeps so many warm.
I’ve heard it in the chilliest land
And on the strangest sea
Yet, never, in extremity
It ask a crumb of me.
Emily Elizabeth Dickinson
22 de janeiro de 2004
Sem explicação
Não sei porquê, a nota do funeral do Kavafis atirou-me a memória em voo picado para o Dylan Thomas. Não tenho explicação para o fenómeno. Posso aventar que seja um ataque de revolta contra a escuridão final.
Do not go gentle into that good night
Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.
Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.
Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.
Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.
Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.
And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.
From The Poems of Dylan Thomas, published by New Directions. Copyright © 1952, 1953 Dylan Thomas. Copyright © 1937, 1945, 1955, 1962, 1966, 1967 the Trustees for the Copyrights of Dylan Thomas. Copyright © 1938, 1939, 1943, 1946, 1971 New Directions Publishing Corp.
Do not go gentle into that good night
Do not go gentle into that good night,
Old age should burn and rave at close of day;
Rage, rage against the dying of the light.
Though wise men at their end know dark is right,
Because their words had forked no lightning they
Do not go gentle into that good night.
Good men, the last wave by, crying how bright
Their frail deeds might have danced in a green bay,
Rage, rage against the dying of the light.
Wild men who caught and sang the sun in flight,
And learn, too late, they grieved it on its way,
Do not go gentle into that good night.
Grave men, near death, who see with blinding sight
Blind eyes could blaze like meteors and be gay,
Rage, rage against the dying of the light.
And you, my father, there on the sad height,
Curse, bless me now with your fierce tears, I pray.
Do not go gentle into that good night.
Rage, rage against the dying of the light.
From The Poems of Dylan Thomas, published by New Directions. Copyright © 1952, 1953 Dylan Thomas. Copyright © 1937, 1945, 1955, 1962, 1966, 1967 the Trustees for the Copyrights of Dylan Thomas. Copyright © 1938, 1939, 1943, 1946, 1971 New Directions Publishing Corp.
Mais uma vez.... Kavafis
Confessem que ficaram assustados... mas é apenas o anúncio público dos serviços fúnebres do poeta!
Conselho
Esta é a minha 1ª vez...
É verdade!...Sou virgem por estas andanças...
Espero que o meu contributo neste Blog possa ser positivo.
Assim aqui vai um Conselho meu:
"Oiçam o conselho de quem muito sabe, sobretudo, porém, ouçam o conselho de quem muito vos estima."
Obrigado!
É verdade!...Sou virgem por estas andanças...
Espero que o meu contributo neste Blog possa ser positivo.
Assim aqui vai um Conselho meu:
"Oiçam o conselho de quem muito sabe, sobretudo, porém, ouçam o conselho de quem muito vos estima."
Obrigado!
É sempre assim em tardes de nevoeiro.
Voltei. Não há perdão, eu sei. É que eu não sei coordenar estas coisas todas que me movem de há uns meses para cá. A ver se é desta que eu volto com alguma regularidade. Pronto.
PS - E que tal experimentarem marcar jantares para dias em que a Maria Rita não dê concertos?! Ai a vida...
"Eu hoje vou estudar e por isso não vou ver programas modernos como aquele da 2." <-- É isto um problema de personalidade?
PS - E que tal experimentarem marcar jantares para dias em que a Maria Rita não dê concertos?! Ai a vida...
"Eu hoje vou estudar e por isso não vou ver programas modernos como aquele da 2." <-- É isto um problema de personalidade?
Olá
Olá.
Gosto de estar aqui. Vinha cá, de vez em quando, olhar para as gravuras que algumas pessoas aqui pintavam, ver a luz ou a sombra que aqui deixavam aqueles a que, agorinha mesmo, me junto. Espero que me deixem ficar, não se espantem com o meu olhar de espanto, se repararem no sorriso, ele tem uma explicação, fica para um dia essa explicação, se for caso disso.
Aprendi a voar com a gaivota Fernão Capelo e, por isso, gosto de observar, daqui de cima, o mundo que aqui existe, as ruas que se abrem, os cantos onde as cabeças se juntam, as lareiras onde, ao serão, se lê e brinca e ri…
Daqui, oiço os risos, oiço os poemas que se dizem, vejo a música que ouve, aprendo convosco a ver. De certeza que irei aprender…
Até já…
Gosto de estar aqui. Vinha cá, de vez em quando, olhar para as gravuras que algumas pessoas aqui pintavam, ver a luz ou a sombra que aqui deixavam aqueles a que, agorinha mesmo, me junto. Espero que me deixem ficar, não se espantem com o meu olhar de espanto, se repararem no sorriso, ele tem uma explicação, fica para um dia essa explicação, se for caso disso.
Aprendi a voar com a gaivota Fernão Capelo e, por isso, gosto de observar, daqui de cima, o mundo que aqui existe, as ruas que se abrem, os cantos onde as cabeças se juntam, as lareiras onde, ao serão, se lê e brinca e ri…
Daqui, oiço os risos, oiço os poemas que se dizem, vejo a música que ouve, aprendo convosco a ver. De certeza que irei aprender…
Até já…
Um breve post
Tipo "Alegria breve, não?:)
Está sol !!!!!!!!!!!
Amanhã é greve!!!!!!!!!
Mais lugares comuns? Dormia mais umas horas, sim.
E agora, trabalhar.
Amélia,quanto às fotos, há pessoas que pediram para não serem divulgadas. Por isso não as posso enviar e só por isso.
Beijos.
Está sol !!!!!!!!!!!
Amanhã é greve!!!!!!!!!
Mais lugares comuns? Dormia mais umas horas, sim.
E agora, trabalhar.
Amélia,quanto às fotos, há pessoas que pediram para não serem divulgadas. Por isso não as posso enviar e só por isso.
Beijos.
21 de janeiro de 2004
Ainda a propósito do poema de Kavafis
Para além de esquisito, sou um bocado obcecado.
E parece as traduções são como as cerejas: há sempre mais uma!
Mar da manhã
Deixem-me estar aqui. Que também eu contemple,
um pouco, a natureza - o mar, nesta manhã,
o céu azul sem nuvens, de um e de outro a luz
onde se alonga amarelada praia.
Deixem-me estar aqui. Que eu pense que isto vejo
(não é que o vi um instante, quando aqui parei?)
Tudo isto só - e não, também aqui, visões,
memórias, e os espectros do prazer antigo.
By Jorge de Sena
Vou deter-me aqui. E fitar também eu um pouco a natureza.
Deste mar da manhã e deste céu sem nuvens
azuis fundos brilhantes e praia amarela – tudo
banhado em bela e sumptuosa luz.
Vou deter-me aqui. Na ilusão de que é isso que vejo
(e, na verdade, vi, um instante, ao chegar)
e não também aqui as minhas fantasias,
minhas recordações, imagens do prazer.
by Manuel Resende
E já agora, em castelhano…
Mar de la manãna
Que me detenga aquí. Que también yo contemple por un momento la naturaleza,
el luminoso azul del mar en la mañana y del cielo sin nubes
y la amarilla arena: estancia
hermosa y grande de la luz.
Deja-me que me detenga aquí y crea que esto veo
(ciertamente esto vi un instante tan sólo cuando aquí me detuve)
y no, incluso ahora, mis sueños, mis recuerdos,
la rediviva imagen del placer.
by JÁ Valente
Aquí que me detenga. Que también yo contemple un poco la naturaleza.
Azul esplendoroso de un mar de la mañana
y de un cielo sin nubes, y una ribera amarilla: todo
hermosamente y con plenitud iluminado.
Aquí que me detenga. Y que me engañe como que veo esto
(lo vi en verdad un instante cuando recién me detuve);
y no también aquí mis fantasías,
mis recuerdos, las visiones de la voluptuosidad.
by LL Nieva
Agora, estranha e completamente diferente, é versão que se segue…
Morning Sea
Let me stop long enough for a look at the waves,
as if I were some kind of nature lover.
Not a single cloud in the sky this morning,
the blue sea and the whole length of the bay
bathed in sunlight. The beach sand turning gold.
Let me stop long enough for a look at the waves,
as if I could see them for what they really are.
At least for more than the first few seconds
let me imagine that it’s just the sea,
the smooth backs of the waves, the surf foaming.
by G Kalogeris
Será que alguém perecebe, a sério, de grego?
PP: Juro que é o último... :))
E parece as traduções são como as cerejas: há sempre mais uma!
Mar da manhã
Deixem-me estar aqui. Que também eu contemple,
um pouco, a natureza - o mar, nesta manhã,
o céu azul sem nuvens, de um e de outro a luz
onde se alonga amarelada praia.
Deixem-me estar aqui. Que eu pense que isto vejo
(não é que o vi um instante, quando aqui parei?)
Tudo isto só - e não, também aqui, visões,
memórias, e os espectros do prazer antigo.
By Jorge de Sena
Vou deter-me aqui. E fitar também eu um pouco a natureza.
Deste mar da manhã e deste céu sem nuvens
azuis fundos brilhantes e praia amarela – tudo
banhado em bela e sumptuosa luz.
Vou deter-me aqui. Na ilusão de que é isso que vejo
(e, na verdade, vi, um instante, ao chegar)
e não também aqui as minhas fantasias,
minhas recordações, imagens do prazer.
by Manuel Resende
E já agora, em castelhano…
Mar de la manãna
Que me detenga aquí. Que también yo contemple por un momento la naturaleza,
el luminoso azul del mar en la mañana y del cielo sin nubes
y la amarilla arena: estancia
hermosa y grande de la luz.
Deja-me que me detenga aquí y crea que esto veo
(ciertamente esto vi un instante tan sólo cuando aquí me detuve)
y no, incluso ahora, mis sueños, mis recuerdos,
la rediviva imagen del placer.
by JÁ Valente
Aquí que me detenga. Que también yo contemple un poco la naturaleza.
Azul esplendoroso de un mar de la mañana
y de un cielo sin nubes, y una ribera amarilla: todo
hermosamente y con plenitud iluminado.
Aquí que me detenga. Y que me engañe como que veo esto
(lo vi en verdad un instante cuando recién me detuve);
y no también aquí mis fantasías,
mis recuerdos, las visiones de la voluptuosidad.
by LL Nieva
Agora, estranha e completamente diferente, é versão que se segue…
Morning Sea
Let me stop long enough for a look at the waves,
as if I were some kind of nature lover.
Not a single cloud in the sky this morning,
the blue sea and the whole length of the bay
bathed in sunlight. The beach sand turning gold.
Let me stop long enough for a look at the waves,
as if I could see them for what they really are.
At least for more than the first few seconds
let me imagine that it’s just the sea,
the smooth backs of the waves, the surf foaming.
by G Kalogeris
Será que alguém perecebe, a sério, de grego?
PP: Juro que é o último... :))
Eis a Frase do Dia
"Obrigada Ricardo por me teres dado o António."
(Convém dizer que obviamente o António não poderia ser meu em nenhuma acepção).
(Convém dizer que obviamente o António não poderia ser meu em nenhuma acepção).
Ser Tio
A partir de hoje tornei-me oficialmente tio. Uma amiga minha e um amigo meu, apresentados um ao outro por mim, começaram a namorar. Graças a mim.
Dia que promete chuva
Eu acredito na prevenção. Isto para não ser mal entendida. E no dominio do geral acho isso imprescindivel.
Ressalvado este aspecto, passo a dizer que nunca fiz nenhum tac, nenhuma eco, análises só as que a CML obriga, mamografias nem uma. Tenho um pavor ancestral a essas coisas. Acho que dão sempre maus resultados.
E agora vou descrever o meu sonho. Estava a fazer um tac. ou lá como se chama essa porcaria. A minha mãe descrevia isso como um passeio no caixão.
Sonhei que estava num quarto de tijolo muito estreitinho e as paredes a apertarem-se. Eu espreitei para cima e não via onde estava o tecto. Acordei tal não era a angústia e vi uns olhos brilhantes a olharem para mim.
Era o Vicente a dormir em cima do meu peito..Grrrrrrrr
Imediatamente foi expulso , perante a sua justa indignação.
Adormeci de novo e pus-me de lado.Suspeito que foi dormir para cima dos meus pés. E a suspeita tem a ver com o facto de ter sonhado com a senhora que me arranja os pés, a menina Eduarda..risos
Bom dia e beijos.
Ressalvado este aspecto, passo a dizer que nunca fiz nenhum tac, nenhuma eco, análises só as que a CML obriga, mamografias nem uma. Tenho um pavor ancestral a essas coisas. Acho que dão sempre maus resultados.
E agora vou descrever o meu sonho. Estava a fazer um tac. ou lá como se chama essa porcaria. A minha mãe descrevia isso como um passeio no caixão.
Sonhei que estava num quarto de tijolo muito estreitinho e as paredes a apertarem-se. Eu espreitei para cima e não via onde estava o tecto. Acordei tal não era a angústia e vi uns olhos brilhantes a olharem para mim.
Era o Vicente a dormir em cima do meu peito..Grrrrrrrr
Imediatamente foi expulso , perante a sua justa indignação.
Adormeci de novo e pus-me de lado.Suspeito que foi dormir para cima dos meus pés. E a suspeita tem a ver com o facto de ter sonhado com a senhora que me arranja os pés, a menina Eduarda..risos
Bom dia e beijos.
NÃO ME ESGANEM.
Desculpem, vou tentar postar com mais regularidade mas o meu computador anda a morrer aos poucos.
Formatei-o e mesmo assim é só ecrans azuis.
Perdi imenso material para a escola e ando atolada em trabalho.
Fora isso, a minha vida parece um mau conto do Pedro Paixão e ando sem cabeça para escrever.
Formatei-o e mesmo assim é só ecrans azuis.
Perdi imenso material para a escola e ando atolada em trabalho.
Fora isso, a minha vida parece um mau conto do Pedro Paixão e ando sem cabeça para escrever.
Resumée
Tipo balanço: duas postadoras novas, muito maçaricas e muito prometedoras.
Hoje o blog parecia um hipermercado de comentários.
Foi divertido:)
Gostei muitissimo da "praia". O Gasel foi um Leal Conselheiro.
Estranho o desaparecimento da Maria e da Lau....duas candidatas a serem esganadas. Para não falar do Ricardo e do Zoe.
Realmente aparecem e desaparecem aqui regularmente muitas pessoas. Triângulo das Bermudas? Entram por um lado e e voltam por outro?
Parece o mundo de Garp.
Estou apaixonada pela minha manta foleira.
O inconveniente é que os gatos também.
No repartir é que está o ganho.
Hoje gostei do sol. Apeteceu-me ver o mar.
Nelson Rodrigues...Ainda por cauda do blog da Praia.
Aconselho a lerem o livro sobre ele, escrito pelo Ruy de Castro " O Anjo pornográfico".
Foi das minhas melhores descobertas quando fui ao Brasil.
"Sou um menino que vê o mundo pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei-de morrer menino.E o buraco da fechadura é, realmente a minha óptica de ficcionista. Sou e serei sempre um anjo pornográfico." N.R.
Hoje o blog parecia um hipermercado de comentários.
Foi divertido:)
Gostei muitissimo da "praia". O Gasel foi um Leal Conselheiro.
Estranho o desaparecimento da Maria e da Lau....duas candidatas a serem esganadas. Para não falar do Ricardo e do Zoe.
Realmente aparecem e desaparecem aqui regularmente muitas pessoas. Triângulo das Bermudas? Entram por um lado e e voltam por outro?
Parece o mundo de Garp.
Estou apaixonada pela minha manta foleira.
O inconveniente é que os gatos também.
No repartir é que está o ganho.
Hoje gostei do sol. Apeteceu-me ver o mar.
Nelson Rodrigues...Ainda por cauda do blog da Praia.
Aconselho a lerem o livro sobre ele, escrito pelo Ruy de Castro " O Anjo pornográfico".
Foi das minhas melhores descobertas quando fui ao Brasil.
"Sou um menino que vê o mundo pelo buraco da fechadura. Nunca fui outra coisa. Nasci menino, hei-de morrer menino.E o buraco da fechadura é, realmente a minha óptica de ficcionista. Sou e serei sempre um anjo pornográfico." N.R.
20 de janeiro de 2004
Pois...
Acordei, de manhã, e estava muito frio. Tomei banho de água quente.
Andei mais de 15 minutos à procura do meu cílio. Não o encontrei.
Aguentei o jejum até às dez e meia. Bebi um café e comi um pastel de nata.
O resto do dia foi normal... Normal?... Mas que merda é esta de normal? Dah!
PP: o nosso amigo Alexandre lançou este enigma no blog: "E quando as quarenta semanas lunares terminaram, onde havia dois, ficaram três."... Se não descobrirem, vão lá ver a solução!
Andei mais de 15 minutos à procura do meu cílio. Não o encontrei.
Aguentei o jejum até às dez e meia. Bebi um café e comi um pastel de nata.
O resto do dia foi normal... Normal?... Mas que merda é esta de normal? Dah!
PP: o nosso amigo Alexandre lançou este enigma no blog: "E quando as quarenta semanas lunares terminaram, onde havia dois, ficaram três."... Se não descobrirem, vão lá ver a solução!
O porquê
Já alguma vez se perguntaram acerca do porquê da distribuição das letras no teclado?
Há quem diga que os teclados QWERTY são melhores que os AZERTY, porque minimizam o tempo de escrita, na medida em que as letras mais utilizadas estão mais perto de qualquer coisa que eu nem desconfio do que seja.
Eu posso explicar, por exemplo, porque é que o X está tão perto do S, do C e do Z: é para facilitar e até justificar a ignorância de quem não sabe se há-de escrever com S, com dois S's, com CH ou com Z.
Há quem diga que os teclados QWERTY são melhores que os AZERTY, porque minimizam o tempo de escrita, na medida em que as letras mais utilizadas estão mais perto de qualquer coisa que eu nem desconfio do que seja.
Eu posso explicar, por exemplo, porque é que o X está tão perto do S, do C e do Z: é para facilitar e até justificar a ignorância de quem não sabe se há-de escrever com S, com dois S's, com CH ou com Z.
A propósito de um poema
A Bomba Inteligente e o Mestre Abrupto entraram numa polémica grega, a propósito de um poema de Konstandinos Kavafis. Parece que as traduções do grego são difíceis e podem resultar em coisas ligeiramente diferentes. Ora vejamos...
Mar da manhã
Que eu me detenha aqui. E que também eu veja um pouco a natureza.
De um mar da manhã e de um céu sem nuvens
roxas cores brilhantes e margem amarela; tudo
belo e grande iluminado.
Que eu me detenha aqui. E que me engane para ver isto
(vi de verdade isto por um instante quando primeiro me detive);
e não aqui também os meus devaneios,
as minhas recordações, os modelos da volúpia.
by J. M. Magalhães e N. Pratsinis, citado pela bomba.
Hei de deter-me aqui. Também eu contemplarei um pouco a natureza.
Do mar da manhã e do céu inube
azuis brilhantes, e margem amarela; tudo
belo e grandiosamente iluminado.
Hei de deter-me aqui. E me enganar que os vejo
(em verdade os vi por um momento ao deter-me)
e não também aqui minhas fantasias,
minhas recordações, as imagens do prazer.
by R. M. Sulis, M. P. V. Jolkesky, A. T. Nicolacópulos, citado pelo Abrupto
Já agora, deixo-vos as versões inglesa e francesa, e logo vêem qual parece melhor...
Morning Sea
Let me stop here. Let me, too, look at nature awhile.
The brilliant blue of the morning sea, of the cloudless sky,
the yellow shore; all lovely,
all bathed in light.
Let me stand here. And let me pretend I see all this
(I really did see it for a minute when I first stopped)
and not my usual day-dreams here too,
my memories, those images of sensual pleasure.
by Edmund Keeley and Philip Sherrard
Le matin sur la mer…
Que je m'arrête ici.
Et que je regarde un peu la nature.
Le bleu éclatant du matin sur la mer
Et du ciel sans nuages, ces rivages dorés,
Toute cette beauté brillamment éclairée.
Que je m'arrête ici.
Que je m'imagine voir ces choses
En vérité, je les ai vues un instant en arrivant
Et que je ne voie plus mes chimères,
Mes souvenirs
Et les visions de la volupté.
by M. Yourcenar (salvo erro)
Hummm... este grego deve ser mesmo difícil!
Por isso aqui fica a versão original para tirar as dúvidas.
ΘΑΛΑΣΣΑ ΤΟΥ ΠΡΩΙΟΥ
Εδώ ας σταθώ. Κι ας δω κ’ εγώ την φύσι λίγο.
Θάλασσας του πρωιού κι ανέφελου ουρανού
λαμπρά μαβιά, και κίτρινη όχθη• όλα
ωραία και μεγάλα φωτισμένα.
Εδώ ας σταθώ. Κι ας γελασθώ πως βλέπω αυτά
(τα είδ’ αλήθεια μια στιγμή σαν πρωτοστάθηκα)•
κι όχι κ’ εδώ τες φαντασίες μου,
τες αναμνήσεις μου, τα ινδάλματα της ηδονής.
Que acham?
PP: Devo estar mesmo esquisito, para andar com estas bizantinices...
Mar da manhã
Que eu me detenha aqui. E que também eu veja um pouco a natureza.
De um mar da manhã e de um céu sem nuvens
roxas cores brilhantes e margem amarela; tudo
belo e grande iluminado.
Que eu me detenha aqui. E que me engane para ver isto
(vi de verdade isto por um instante quando primeiro me detive);
e não aqui também os meus devaneios,
as minhas recordações, os modelos da volúpia.
by J. M. Magalhães e N. Pratsinis, citado pela bomba.
Hei de deter-me aqui. Também eu contemplarei um pouco a natureza.
Do mar da manhã e do céu inube
azuis brilhantes, e margem amarela; tudo
belo e grandiosamente iluminado.
Hei de deter-me aqui. E me enganar que os vejo
(em verdade os vi por um momento ao deter-me)
e não também aqui minhas fantasias,
minhas recordações, as imagens do prazer.
by R. M. Sulis, M. P. V. Jolkesky, A. T. Nicolacópulos, citado pelo Abrupto
Já agora, deixo-vos as versões inglesa e francesa, e logo vêem qual parece melhor...
Morning Sea
Let me stop here. Let me, too, look at nature awhile.
The brilliant blue of the morning sea, of the cloudless sky,
the yellow shore; all lovely,
all bathed in light.
Let me stand here. And let me pretend I see all this
(I really did see it for a minute when I first stopped)
and not my usual day-dreams here too,
my memories, those images of sensual pleasure.
by Edmund Keeley and Philip Sherrard
Le matin sur la mer…
Que je m'arrête ici.
Et que je regarde un peu la nature.
Le bleu éclatant du matin sur la mer
Et du ciel sans nuages, ces rivages dorés,
Toute cette beauté brillamment éclairée.
Que je m'arrête ici.
Que je m'imagine voir ces choses
En vérité, je les ai vues un instant en arrivant
Et que je ne voie plus mes chimères,
Mes souvenirs
Et les visions de la volupté.
by M. Yourcenar (salvo erro)
Hummm... este grego deve ser mesmo difícil!
Por isso aqui fica a versão original para tirar as dúvidas.
ΘΑΛΑΣΣΑ ΤΟΥ ΠΡΩΙΟΥ
Εδώ ας σταθώ. Κι ας δω κ’ εγώ την φύσι λίγο.
Θάλασσας του πρωιού κι ανέφελου ουρανού
λαμπρά μαβιά, και κίτρινη όχθη• όλα
ωραία και μεγάλα φωτισμένα.
Εδώ ας σταθώ. Κι ας γελασθώ πως βλέπω αυτά
(τα είδ’ αλήθεια μια στιγμή σαν πρωτοστάθηκα)•
κι όχι κ’ εδώ τες φαντασίες μου,
τες αναμνήσεις μου, τα ινδάλματα της ηδονής.
Que acham?
PP: Devo estar mesmo esquisito, para andar com estas bizantinices...
Dúvida...
"O riso estimula exactamente os mesmos circuitos cerebrais que, por exemplo, uma dose de cocaína. É a conclusão de uma equipa de neurocientistas da Universidade de Standford, na Califórnia."
By: Catarina van der Kellen
Jornalista
Ora Segundo esta teoria quanto maior for a capacidade/necessidade de rir de uma pessoa maior será a quantidade de "doses" consumidas, certo?!
pp: Isto faz com que passe a ver-me, e a uns e outros que conheço, e não vou citar nomes (T; M; G...) com outros olhos...
By: Catarina van der Kellen
Jornalista
Ora Segundo esta teoria quanto maior for a capacidade/necessidade de rir de uma pessoa maior será a quantidade de "doses" consumidas, certo?!
pp: Isto faz com que passe a ver-me, e a uns e outros que conheço, e não vou citar nomes (T; M; G...) com outros olhos...
Ufa!!
Afinal não vieram 30 mulheres carrancudas.
Temos menos e até duas carinhas larocas de meninos na sala:)
A Errezinha até se riu toda:)) São pra idade dela:)
Mas é um grupo que sabe rir....e como os formadores são gente que gosta de o fazer..está tudo certo:)
Estamos mouras de trabalho:)
Beijos e até já
Temos menos e até duas carinhas larocas de meninos na sala:)
A Errezinha até se riu toda:)) São pra idade dela:)
Mas é um grupo que sabe rir....e como os formadores são gente que gosta de o fazer..está tudo certo:)
Estamos mouras de trabalho:)
Beijos e até já
Enfadado
Colou-se-me no corpo um enfado tamanho que não sai, nem por nada.
Os dias arrastam-se, os assuntos acumulam-se, as ideias escasseiam e as pessoas fogem.
Exigem-se medidas urgentes: um banho de água gelada, jejum de 24 horas e 12 vergastadas nas costas, de hora a hora.
Espero que resulte...
Li na Praia que: "Ciente de ser regularmente lido por algumas centenas de pessoas, o blogger renunciou a escrever coisas fúteis, subjectivas e narcisistas. Tornou-se no proprietário de uma tribuna de ínfima dimensão, na verdade um ex-blogger." Acho que sim, que pode acontecer.
Os dias arrastam-se, os assuntos acumulam-se, as ideias escasseiam e as pessoas fogem.
Exigem-se medidas urgentes: um banho de água gelada, jejum de 24 horas e 12 vergastadas nas costas, de hora a hora.
Espero que resulte...
Li na Praia que: "Ciente de ser regularmente lido por algumas centenas de pessoas, o blogger renunciou a escrever coisas fúteis, subjectivas e narcisistas. Tornou-se no proprietário de uma tribuna de ínfima dimensão, na verdade um ex-blogger." Acho que sim, que pode acontecer.
19 de janeiro de 2004
Sobre o silêncio:)
Peço desculpa de não ser estivadora, nem arrumadora de carros, nem ceifeira nem qualquer coisa de hipermercados.
Mas hoje até fiz muita coisa.
O esquentador tá arranjado, fui a um funeral, duas reuniões, três pendentes assuntos de trabalho que me atormentavam foram resolvidos graças a nossa senhora de Fátima.
Ainda fui tratar do cabelo.
Veio do restauro a minha jarrinha de vidro murano que é linda de morrer.
Consultei dois advogados sobre um asssunto e levei uma seca de jurisprudência.
Elaborei um memorando com pés e cabeça , sobre esses dados.
Preparei o curso de amanhã.
Recomecei a dieta..argh! Estou a fazer uma bela sopa cheia de coisas que irão produzir um estado de alma muito esverdeado.
Convidei a sobrinha Mariana pró blog.
Acabei de ler um livro.
Até postei duas vezes.
Preguiçosa eu? Não senhor!!!
Ainda falta telefonar ao mano.
Ah....e estive com uma adorável velhinha no funeral de 80 e tal anos que me dizia..quem será o próximo?
Deus me livre:)
E não falo de emails, sms e essas coisas triviais:)
Por falar em trivial..ia um agora!!
E verdade..estou de serviço até às 9 da manhã.
Faz favor de não incendiarem as casas!!!!
Mas hoje até fiz muita coisa.
O esquentador tá arranjado, fui a um funeral, duas reuniões, três pendentes assuntos de trabalho que me atormentavam foram resolvidos graças a nossa senhora de Fátima.
Ainda fui tratar do cabelo.
Veio do restauro a minha jarrinha de vidro murano que é linda de morrer.
Consultei dois advogados sobre um asssunto e levei uma seca de jurisprudência.
Elaborei um memorando com pés e cabeça , sobre esses dados.
Preparei o curso de amanhã.
Recomecei a dieta..argh! Estou a fazer uma bela sopa cheia de coisas que irão produzir um estado de alma muito esverdeado.
Convidei a sobrinha Mariana pró blog.
Acabei de ler um livro.
Até postei duas vezes.
Preguiçosa eu? Não senhor!!!
Ainda falta telefonar ao mano.
Ah....e estive com uma adorável velhinha no funeral de 80 e tal anos que me dizia..quem será o próximo?
Deus me livre:)
E não falo de emails, sms e essas coisas triviais:)
Por falar em trivial..ia um agora!!
E verdade..estou de serviço até às 9 da manhã.
Faz favor de não incendiarem as casas!!!!
Ainda a propósito da alma...
...e dos comentários estéticos da T e do Gasel, veio-me à memória esta peça artística de Manzoni...
Mais uma...
Pronto..acabou mais um fim de semana.
A minha rua vai-se transformar na confusão habitual e começa o ritual do acordar cedo.
E agora estou aqui a fazer tempo à espera dos senhores do esquentador. Quieta no pc, meio arrelampada com sono e com a noção que a seguir tenho que ir a um funeral.
A única coisa boa que se adivinha é a grevezita na sexta:)
E espreguiçar..pois espreguiçar....
Espreguiço..bem esta é uma empresa boa..só se atrasam 15 minutos:)
Beijos
T
A minha rua vai-se transformar na confusão habitual e começa o ritual do acordar cedo.
E agora estou aqui a fazer tempo à espera dos senhores do esquentador. Quieta no pc, meio arrelampada com sono e com a noção que a seguir tenho que ir a um funeral.
A única coisa boa que se adivinha é a grevezita na sexta:)
E espreguiçar..pois espreguiçar....
Espreguiço..bem esta é uma empresa boa..só se atrasam 15 minutos:)
Beijos
T
18 de janeiro de 2004
Dicas de viagem
Ainda antes de falar da simbiose humano/bactéria, e na linha de sugestões do Gasel, recomenda-se vivamente o passeio pelo blog da Xobineski Patruska, que os deuses a conservem como é e se pode ver na foto abaixo:
A alma
A propósito de outros assuntos mais científicos, (pois, pois!), pus-me a pensar no seguinte: Será que os intestinos são, afinal, o espelho da alma?... E mais, serão o local onde se esconde a nossa alma?
Eu sei que todos gostam de imaginar a alma alojada, e acarinhada, no quente do coração. E que uns olhos, límpidos e transparentes, são o verdadeiro espelho dessa alma.
Mas, se as nossas bactérias forem a nossa alma, então é o recanto mais reles e sujo do nosso corpo, a sua morada dilecta.
As bactérias??... Pois, agora devem estar a pensar: o gajo ficou parvo de vez! Não faz mal, soltem só um pouco a imaginação.
Não vejam só uma bactéria, uma mísera bactéria... Vejam antes a imensa mole de bactérias que existe em nós, desde que nascemos. Uma imensidão tão grande, que forma algo com mais de mais de 100.000.000.000 de células, o que é 10 vezes mais que as nossas próprias células. Algo com um património genético de 70.000 genes, o que é mais do dobro da nossa própria diversidade genética. Imaginem algo capaz de produzir uma energia infinita e constante, independente da nossa própria energia. Algo que comunica permanentemente connosco, através de pequenas proteínas e neuro-transmissores, e que pode condicionar as nossas emoções e afectos. Enfim...algo suficientemente imortal para ser uma alma.
Pode ser só imaginação, mas as nossas bactérias podiam bem ser a nossa alma.
E pensem lá se não é a nossa tripa que traduz, com mais clareza, os nossos estados de alma.
Eu sei que todos gostam de imaginar a alma alojada, e acarinhada, no quente do coração. E que uns olhos, límpidos e transparentes, são o verdadeiro espelho dessa alma.
Mas, se as nossas bactérias forem a nossa alma, então é o recanto mais reles e sujo do nosso corpo, a sua morada dilecta.
As bactérias??... Pois, agora devem estar a pensar: o gajo ficou parvo de vez! Não faz mal, soltem só um pouco a imaginação.
Não vejam só uma bactéria, uma mísera bactéria... Vejam antes a imensa mole de bactérias que existe em nós, desde que nascemos. Uma imensidão tão grande, que forma algo com mais de mais de 100.000.000.000 de células, o que é 10 vezes mais que as nossas próprias células. Algo com um património genético de 70.000 genes, o que é mais do dobro da nossa própria diversidade genética. Imaginem algo capaz de produzir uma energia infinita e constante, independente da nossa própria energia. Algo que comunica permanentemente connosco, através de pequenas proteínas e neuro-transmissores, e que pode condicionar as nossas emoções e afectos. Enfim...algo suficientemente imortal para ser uma alma.
Pode ser só imaginação, mas as nossas bactérias podiam bem ser a nossa alma.
E pensem lá se não é a nossa tripa que traduz, com mais clareza, os nossos estados de alma.
E mais....
Never go out with a man who wears tight jeans because if he´s comfortable in them there will be nothing in them to interest you:)
What are the ups and downs of marriage?
The toilet seat is always up and his interest is always down.
How are men like microwaves in bed?
30 seconds and they´re done.
A maldade feminina é deliciosa:)
What are the ups and downs of marriage?
The toilet seat is always up and his interest is always down.
How are men like microwaves in bed?
30 seconds and they´re done.
A maldade feminina é deliciosa:)
O beijo do Hôtel de Ville
O texto que se segue escrevi-o em Abril de 2000. Não é grande coisa e, lido a esta distância, soa-me a um razoável desfiar de clichés mas, enfim, somos o que somos. Dado o post anterior, está mesmo a pedir ser desenterrado.
Gasel, Sevilha com chuva parece-me triste. Terás de voltar lá este ano. Que maçada.
*********************
Em frente a uma esplanada de café um casal beija-se: ela, claramente apanhada de surpresa, ele, arrebatado. Le baiser de l’Hôtel de Ville é provavelmente a mais célebre imagem de Robert Doisneau (1912-1994), fotógrafo francês que retratou o quotidiano parisiense como poucos. Um simples instantâneo? Talvez, até agora. A arte da publicidade, especialista em canibalizar e reconstruir ilusões, contou-nos a história por trás deste beijo. Uma das histórias possíveis, naturalmente, que cada beijo poderia ter infinitas histórias atrás de si. Trata-se de um encontro em que uma jovem espera o seu apaixonado que, atrasado por inúmeros obstáculos, a ela chega no momento em que a espera ganha foros de desespero. O beijo acontece, salvando a situação, sob a objectiva atenta do fotógrafo, cujo rosto não é visto – apenas a sua máquina fotográfica é mostrada.
Esta história é-nos contada na televisão, num curto filme, ao som de uma valsa parisiense tocada de modo singelo apenas ao piano (poderia ter sido um acordeão, mas os tempos são outros...). O veículo salvador, um automóvel do último modelo, é o único elemento de cor num filme a preto e branco que em tudo reproduz a atmosfera cinematográfica dos anos 50 (a fotografia é precisamente de 1950). A cor, ainda que moderna, tem uma patine que enquadra o anacrónico automóvel no cenário. Tudo parece possível neste filme. Até acreditarmos que esta história aconteceu mesmo, com carro e tudo.
Nas publicações de papel a fotografia foi sujeita à cuidadosa introdução do novo automóvel no lugar em que, no original, está um seu antepassado. Mais uma vez, a cor dá a diferença, mas a ilusão, essa, mantém-se.
Mais importante neste anúncio, assim, é o apelo a que acreditemos que anacronismos como este são possíveis. Não é o automóvel que é importante: é a história de amor em fundo. O beijo culmina uma linguagem universal e intemporal dos afectos. A história deste filme comprime em segundos os encontros e desencontros que fazem as relações humanas. Os acessórios, como o automóvel, são importantes, será uma das mensagens subliminares da publicidade em geral. Mas não deixarão nunca de ser acessórios perante gestos tão centralmente fundamentais como um beijo. Robert Doisneau, certamente, sentia isso quando, adivinhamos que instintivamente, disparou a sua máquina numa tarde chuvosa em Paris e nos legou um beijo que passou a ser também nosso.
Para uma viagem guiada pelos beijos, recomenda-se vivamente uma visita aqui.
Gasel, Sevilha com chuva parece-me triste. Terás de voltar lá este ano. Que maçada.
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Em frente a uma esplanada de café um casal beija-se: ela, claramente apanhada de surpresa, ele, arrebatado. Le baiser de l’Hôtel de Ville é provavelmente a mais célebre imagem de Robert Doisneau (1912-1994), fotógrafo francês que retratou o quotidiano parisiense como poucos. Um simples instantâneo? Talvez, até agora. A arte da publicidade, especialista em canibalizar e reconstruir ilusões, contou-nos a história por trás deste beijo. Uma das histórias possíveis, naturalmente, que cada beijo poderia ter infinitas histórias atrás de si. Trata-se de um encontro em que uma jovem espera o seu apaixonado que, atrasado por inúmeros obstáculos, a ela chega no momento em que a espera ganha foros de desespero. O beijo acontece, salvando a situação, sob a objectiva atenta do fotógrafo, cujo rosto não é visto – apenas a sua máquina fotográfica é mostrada.
Esta história é-nos contada na televisão, num curto filme, ao som de uma valsa parisiense tocada de modo singelo apenas ao piano (poderia ter sido um acordeão, mas os tempos são outros...). O veículo salvador, um automóvel do último modelo, é o único elemento de cor num filme a preto e branco que em tudo reproduz a atmosfera cinematográfica dos anos 50 (a fotografia é precisamente de 1950). A cor, ainda que moderna, tem uma patine que enquadra o anacrónico automóvel no cenário. Tudo parece possível neste filme. Até acreditarmos que esta história aconteceu mesmo, com carro e tudo.
Nas publicações de papel a fotografia foi sujeita à cuidadosa introdução do novo automóvel no lugar em que, no original, está um seu antepassado. Mais uma vez, a cor dá a diferença, mas a ilusão, essa, mantém-se.
Mais importante neste anúncio, assim, é o apelo a que acreditemos que anacronismos como este são possíveis. Não é o automóvel que é importante: é a história de amor em fundo. O beijo culmina uma linguagem universal e intemporal dos afectos. A história deste filme comprime em segundos os encontros e desencontros que fazem as relações humanas. Os acessórios, como o automóvel, são importantes, será uma das mensagens subliminares da publicidade em geral. Mas não deixarão nunca de ser acessórios perante gestos tão centralmente fundamentais como um beijo. Robert Doisneau, certamente, sentia isso quando, adivinhamos que instintivamente, disparou a sua máquina numa tarde chuvosa em Paris e nos legou um beijo que passou a ser também nosso.
Para uma viagem guiada pelos beijos, recomenda-se vivamente uma visita aqui.
Dirty jokes for women
Mummy, what´s an orgasm?
I don`t know dear, ask your father
......
Husband: Wanna have a quickie?
Wife: As opposed to what?
......
What´s the difference between "Ooooh " and "Aaaah" ?
About three inches.
.....
Husband: Dear, i have some good news and some bad news. First, I ´m going to run off with Jane
Wife: Really, and what´s the bad news?
....
How do you know when a man has had an orgasm?
You can hear him snoring.
:)))))))
Liz Hughes
E prometo copiar mais
I don`t know dear, ask your father
......
Husband: Wanna have a quickie?
Wife: As opposed to what?
......
What´s the difference between "Ooooh " and "Aaaah" ?
About three inches.
.....
Husband: Dear, i have some good news and some bad news. First, I ´m going to run off with Jane
Wife: Really, and what´s the bad news?
....
How do you know when a man has had an orgasm?
You can hear him snoring.
:)))))))
Liz Hughes
E prometo copiar mais
Voltei... e não espreitei
Já voltei, cá estou...
Sevilha estava chuvosa, o que não parece rimar muito bem. Para mim Sevilha soa-me a sol, a "féria" e "toros", a "cañas" e tintos de "verano". Esta foi uma Sevilha diferente, mais intimista, de tintos e interiores, de tapas e conversas.
E arrebitei... arrebitar é apenas o oposto de murchar.
E não espreitei... talvez, apenas, por falta de computador!
Bom! Agora vou ali ver se tenho trabalho. Depois, já vos venho contar umas coisas que aprendi.
Sevilha estava chuvosa, o que não parece rimar muito bem. Para mim Sevilha soa-me a sol, a "féria" e "toros", a "cañas" e tintos de "verano". Esta foi uma Sevilha diferente, mais intimista, de tintos e interiores, de tapas e conversas.
E arrebitei... arrebitar é apenas o oposto de murchar.
E não espreitei... talvez, apenas, por falta de computador!
Bom! Agora vou ali ver se tenho trabalho. Depois, já vos venho contar umas coisas que aprendi.
17 de janeiro de 2004
Os anos passam
é o reverso/verso desse postalito, muito estragado.
com a massa amarela que o segura numa corticite qqer.
é uma lembrança boa, duma pessoa excelente.
Preguiça de postar
Ando naquelas fases de arranjar tudo. Desde electrodomésticos a mim mesma.
Estou contente:)
Ontem chamaram-se ressaibiada, amarga e frustrada....não é que isso me deu vontade de rir e de ficar bem disposta:)??
O ser humano , vulgo eu, reage de forma muito estranha de facto:)
Talvez as clarificações que conseguimos, graças aos estimulos positivos das outras pessoas (risos), sejam um campo a explorar...
Mas eu sei o que me fez bem..fez-me sentir feliz ver que algo que pensei que tinha sido mau, foi afinal uma benção..
Ou seja... La vie est belle.
Agora fiquei sossegada a olhar para o monitor.
Vou enroscar-me numa manta um bocado kitch que comprei para o sofá e escorregar pela tarde fora.Não é nada um bocado, é completamente foleira, mas eu gostei e pronto!!!
Gasel como vai a recuperação do B.A( Bloguistas anónimos) ?
Estou a gostar também do speed do Antonio:)
e pronto.
Abeijos e braços.
Estou contente:)
Ontem chamaram-se ressaibiada, amarga e frustrada....não é que isso me deu vontade de rir e de ficar bem disposta:)??
O ser humano , vulgo eu, reage de forma muito estranha de facto:)
Talvez as clarificações que conseguimos, graças aos estimulos positivos das outras pessoas (risos), sejam um campo a explorar...
Mas eu sei o que me fez bem..fez-me sentir feliz ver que algo que pensei que tinha sido mau, foi afinal uma benção..
Ou seja... La vie est belle.
Agora fiquei sossegada a olhar para o monitor.
Vou enroscar-me numa manta um bocado kitch que comprei para o sofá e escorregar pela tarde fora.Não é nada um bocado, é completamente foleira, mas eu gostei e pronto!!!
Gasel como vai a recuperação do B.A( Bloguistas anónimos) ?
Estou a gostar também do speed do Antonio:)
e pronto.
Abeijos e braços.
15 de janeiro de 2004
Apostas.
Eu aposto que o Gasel manuel vai espreitar aqui enquanto estiver em Sevilha!
Alguém quer apostar contra? risos
abeijos.
Alguém quer apostar contra? risos
abeijos.
.........
"And finally, I believe in my whole race. Yellow, white, black, red, brown. In the honesty, courage, intelligence, durability, and goodness of the overwhelming majority of my brothers and sisters everywhere on this planet. I am proud to be a human being. I believe that we have come this far by the skin of our teeth. That we always make it just by the skin of our teeth, but that we will always make it. Survive. Endure. I believe that this hairless embryo with the aching, oversize brain case and the opposable thumb, this animal barely up from the apes will endure. Will endure longer than his home planet -- will spread out to the stars and beyond, carrying with him his honesty and his insatiable curiosity, his unlimited courage and his noble essential decency.
"This I believe."
THIS I BELIEVE"
by Robert A. Heinlein
Robert A. Heinlein wrote these words in 1952 and delivered them to a national radio audience in a broadcast interview by Edward R. Murrow.
"This I believe."
THIS I BELIEVE"
by Robert A. Heinlein
Robert A. Heinlein wrote these words in 1952 and delivered them to a national radio audience in a broadcast interview by Edward R. Murrow.
ORGASMO FEMININO COM UM SÓ TOQUE
"Mulheres de todo o mundo, o amante perfeito existe. Mas não é louro, nem moreno, nem alto e espadaúdo. A bem dizer, não tem as medidas, externas ou “íntimas”, que alguma mulher possa imaginar para um parceiro perfeito para o prazer.
O seu nome é “Slightest Touch” e é uma máquina semelhante a um “walkman”. Segundo os seus criadores, corroborados por mulheres que já o usaram, garante orgasmos múltiplos de uma intensidade sem paralelo.
Mas como funciona, afinal, este amante de sonho, capaz de a compreender a tal ponto que nunca é demasiado rápido, nem excessivamente lento, e nunca a toca de mais ou sem convicção? Na verdade, não a toca de todo, a não ser nos tornozelos, onde são ligados dois eléctrodos. Depois, basta carregar no botão e, durante 10, 15, 20, ou mesmo 30 minutos, você fica às portas do céu, bastando um pequeno toque para aceder ao paraíso. Diz quem sabe que até os olhos se trocam de gozo."
Vá, meninas, depois não digam que não sou amigo.... vamos lá a limpar esses tornozelos e ligá-los à máquina.
Lido aqui.
O seu nome é “Slightest Touch” e é uma máquina semelhante a um “walkman”. Segundo os seus criadores, corroborados por mulheres que já o usaram, garante orgasmos múltiplos de uma intensidade sem paralelo.
Mas como funciona, afinal, este amante de sonho, capaz de a compreender a tal ponto que nunca é demasiado rápido, nem excessivamente lento, e nunca a toca de mais ou sem convicção? Na verdade, não a toca de todo, a não ser nos tornozelos, onde são ligados dois eléctrodos. Depois, basta carregar no botão e, durante 10, 15, 20, ou mesmo 30 minutos, você fica às portas do céu, bastando um pequeno toque para aceder ao paraíso. Diz quem sabe que até os olhos se trocam de gozo."
Vá, meninas, depois não digam que não sou amigo.... vamos lá a limpar esses tornozelos e ligá-los à máquina.
Lido aqui.
E outra....Alex III
Quem vai ao mar, perde o lugar
Quem vai ao vento, perde o assento
Há mar e mar , há ir e voltar
Eu fui a Cacilhas...num barco vulgar
O barco virou-se e eu fui para o mar
Encontrei um peixinho , ensinou-me a nadar
Pediu-me um beijinho e eu tive que dar
O Alexandre era louco, deu-lhe um beijo na boca
O peixinho marou e a história acabou.
Pronto.
Vitória, vitória acabou-se a história
Quem vai ao vento, perde o assento
Há mar e mar , há ir e voltar
Eu fui a Cacilhas...num barco vulgar
O barco virou-se e eu fui para o mar
Encontrei um peixinho , ensinou-me a nadar
Pediu-me um beijinho e eu tive que dar
O Alexandre era louco, deu-lhe um beijo na boca
O peixinho marou e a história acabou.
Pronto.
Vitória, vitória acabou-se a história
Para o Alexandre II
Não vás ao mar Tóino,
Podes morrer Toino
o mar está bravo Tóino,
Ai Tóino Toino...
Vais-te afogar Toino
Não vais ser reanimado Toino,
Não sejas Toino, Toino.
Autor: António Peixinho
Podes morrer Toino
o mar está bravo Tóino,
Ai Tóino Toino...
Vais-te afogar Toino
Não vais ser reanimado Toino,
Não sejas Toino, Toino.
Autor: António Peixinho
Não imaginam...
O que é ouvir uma pessoa a postar e a cantar....
Mas está romântica a nossa multicalórica:)
E faz tremelicar a voz.....Por favor diz a errezinha...
Isto é que vai aqui uma açorda!!!
Estamos a passar-nos.....só pode.
Mas está romântica a nossa multicalórica:)
E faz tremelicar a voz.....Por favor diz a errezinha...
Isto é que vai aqui uma açorda!!!
Estamos a passar-nos.....só pode.
Para o Alexandre
O mar enrola na areiaaaaaaaa
Ninguém sabe o que ele diiiizzzzz
Bate na areia e desmaiaaaaaa
Porque se sente feliiiiiizzzzzzz
O mar também é casadoooooo
Oh Ai
O mar também tem mulherrrrrr
è casado com a areia
Oh Ai
Bate nela quando queeeerrrrrr
O mar também é casadooooo
Oh Ai
O mar também tem filhilhooooossss
É casado com a areia
Oh Ai
Os filhos são os peixinhossssss
Ninguém sabe o que ele diiiizzzzz
Bate na areia e desmaiaaaaaa
Porque se sente feliiiiiizzzzzzz
O mar também é casadoooooo
Oh Ai
O mar também tem mulherrrrrr
è casado com a areia
Oh Ai
Bate nela quando queeeerrrrrr
O mar também é casadooooo
Oh Ai
O mar também tem filhilhooooossss
É casado com a areia
Oh Ai
Os filhos são os peixinhossssss
O mar
Vejo o mar.
Vejo-te nas ondas do mar.
Vejo-te sozinha, no cinzento do mar.
Vejo o teu corpo nu estendido sobre as pedras do mar.
Vejo as gaivotas espantadas que pousam sobre o teu corpo nu estendido sobre as pedras do mar.
Vejo as ondas do mar e o teu corpo nu nas ondas do mar.
Vejo o mar.
Transviado daqui.... :)
Vejo-te nas ondas do mar.
Vejo-te sozinha, no cinzento do mar.
Vejo o teu corpo nu estendido sobre as pedras do mar.
Vejo as gaivotas espantadas que pousam sobre o teu corpo nu estendido sobre as pedras do mar.
Vejo as ondas do mar e o teu corpo nu nas ondas do mar.
Vejo o mar.
Transviado daqui.... :)
Aos distintos blogadores...
Que procura o viajante ao percorrer a sua pátria?
O lugar do seu nascimento ou do seu fim?
Talvez procure o seu destino.
Talvez o seu destino seja procurar.
Octávio Paz
Percebe-se que o poema espelha duas das grandes inquietações que em vós habitam: a de "viajantes" e a de "questionadores".
Apesar do atraso os meus desejos de um bom ano.
O lugar do seu nascimento ou do seu fim?
Talvez procure o seu destino.
Talvez o seu destino seja procurar.
Octávio Paz
Percebe-se que o poema espelha duas das grandes inquietações que em vós habitam: a de "viajantes" e a de "questionadores".
Apesar do atraso os meus desejos de um bom ano.
Do hábito que as avestruzes têm de enfiar a cabeça na areia
Num dia como o de hoje, em que houve sol de manhã e chuva de tarde, pouco fica para quem não ouviu um único noticiário. A nota principal, além de o meu quiosque de jornais ter estado inesperadamente fechado (espero que apenas por gripe, férias ou qualquer problema menor) consiste num encadeamento de depressões invernais mais ou menos sérias e incapacitantes. Não é spleen, ennui ou qualquer outra mariquice: é mesmo a porra das depressões (ok, um caso era preguiça).
Musicalmente o dia foi marcado pelo disco do projecto bliss {quiet letters}, da etiqueta music for dreams. Fortemente recomendável, uma caldeirada dinamarquesa / senegalesa de excelente recorte ansiolítico, ainda que algo óbvia e com textos a rondar o kitch. O livrinho a preto e branco é bonito, naquela linha ECM / paisagem lunar / foto mal revelada / estamo-nos a lixar e andamos descalços e nem sequer sabemos tirar fotografias.
A citação do dia, do imortal Lazarus Long:
You can have peace. Or you can have freedom. Don’t ever count on having both at once.
Tendo em conta que é meia noite e meia, acho que vou é enterrar a cabeça na almofada.
Musicalmente o dia foi marcado pelo disco do projecto bliss {quiet letters}, da etiqueta music for dreams. Fortemente recomendável, uma caldeirada dinamarquesa / senegalesa de excelente recorte ansiolítico, ainda que algo óbvia e com textos a rondar o kitch. O livrinho a preto e branco é bonito, naquela linha ECM / paisagem lunar / foto mal revelada / estamo-nos a lixar e andamos descalços e nem sequer sabemos tirar fotografias.
A citação do dia, do imortal Lazarus Long:
You can have peace. Or you can have freedom. Don’t ever count on having both at once.
Tendo em conta que é meia noite e meia, acho que vou é enterrar a cabeça na almofada.
14 de janeiro de 2004
Remar, Remar & Longa Se Torna a Espera
As duas versões originais destas canções dos Xutos saíram no single "Remar, Remar" de 1984. Depois saiem versões ao vivo no "Ao Vivo" de 1989 e no "Ao Vivo na Antena 3" de 1995. A colectânea "Vida Malvada" de 2000 inclui o "Remar, Remar" e a questão que se coloca é: será a versão incluída a original? O álbum ao vivo "1º de Agosto no Rock Rendez-Vous" de 2000 (gravado em 1986) também inclui uma versão do "Remar, Remar".
Ora, também eu...
Mais um dia, calmo. Desde o início do ano que os dias andam mesmo calmos.
"Calmos demais..." penso eu constantemente.
Será que, de mansinho, ela está para chegar? Não sei, os sinais são contraditórios... Durmo bem, sem insónias, mas acordo cansado. Tenho boas ideias, mas preguiça para as desenvolver. Digo piadas giras, mas não me rio com as dos outros. Apetece-me ouvir, mas pouco falar. Não ando triste, mas tão pouco alegre.
Não sei... talvez sim, talvez não.
Mas...chateia-me andar nesta indefinição de estados de espíritos, de humores.
Chateia-me não saber que sapatos calçar, que blusão vestir.
Chateia-me não saber que frase proferir, que sorriso sorrir.
Não saber se vou, se fico.
Não saber...
...
Que merda, esta indefinição é terrível... Antes venha de vez, e me atire para o sofá, e me deixe atordoado até Abril!
"Calmos demais..." penso eu constantemente.
Será que, de mansinho, ela está para chegar? Não sei, os sinais são contraditórios... Durmo bem, sem insónias, mas acordo cansado. Tenho boas ideias, mas preguiça para as desenvolver. Digo piadas giras, mas não me rio com as dos outros. Apetece-me ouvir, mas pouco falar. Não ando triste, mas tão pouco alegre.
Não sei... talvez sim, talvez não.
Mas...chateia-me andar nesta indefinição de estados de espíritos, de humores.
Chateia-me não saber que sapatos calçar, que blusão vestir.
Chateia-me não saber que frase proferir, que sorriso sorrir.
Não saber se vou, se fico.
Não saber...
...
Que merda, esta indefinição é terrível... Antes venha de vez, e me atire para o sofá, e me deixe atordoado até Abril!
Dias , mais dias e outros dias.
Estou em dia não.
Outra noite mal dormida.
Mas ao menos está sol.
A Querida Errezinha ainda não iniciou a sua homenagem diária aos Xutos e Pontapés. Em contrapartida já ouvi Xutos que chegassem hoje...
É daqueles dias dias em que penso....nunca mais chega o outro.
E hoje estou a pensar na alegria que me vai dar o dia de greve geral..ai pois vai dar!
Acho que sonhei com as tubagens com que o Gasel tortura as pessoas. Pensei que a Inquisição tinha acabado. Também usarão o funil com azeite a ferver, para avaliar qualquer coisa?
E as tenazes? E as prensas?..Humhum....
Outra noite mal dormida.
Mas ao menos está sol.
A Querida Errezinha ainda não iniciou a sua homenagem diária aos Xutos e Pontapés. Em contrapartida já ouvi Xutos que chegassem hoje...
É daqueles dias dias em que penso....nunca mais chega o outro.
E hoje estou a pensar na alegria que me vai dar o dia de greve geral..ai pois vai dar!
Acho que sonhei com as tubagens com que o Gasel tortura as pessoas. Pensei que a Inquisição tinha acabado. Também usarão o funil com azeite a ferver, para avaliar qualquer coisa?
E as tenazes? E as prensas?..Humhum....
13 de janeiro de 2004
Vamos lá benzer isto...
Cada vez mais me parece que anda aqui a mão do danado. Este blog deve estar embruxado!
Primeiro, são os postadores que desaparecem misteriosamente.
Depois, são os constantes problemas técnicos, com os templates e comentários.
Antes que seja tarde, e aconteça alguma catástrofe, decidi mandar benzer o blog. O benzedor é sobejamente conhecido e já resolveu casos de igual dificuldade. A benzedura é genérica e dá boas garantias de afastar qualquer mal... de coisas ou pessoas.
Encomende-se à luz
E à Santa Bela Cruz
E ao Reino da Verdade
E à santissima Trindade,
E ao Divino S. Romão
Que tem a cabeça em Rão
E os pés em Portugal.
Que Deus o queira livrar
Cão danado por danar Homem vivo,
mal em perigo Homem morto,
mau encontro Stº António
meu amigo S. Romão seja comigo.
Amén, Jesus !
Primeiro, são os postadores que desaparecem misteriosamente.
Depois, são os constantes problemas técnicos, com os templates e comentários.
Antes que seja tarde, e aconteça alguma catástrofe, decidi mandar benzer o blog. O benzedor é sobejamente conhecido e já resolveu casos de igual dificuldade. A benzedura é genérica e dá boas garantias de afastar qualquer mal... de coisas ou pessoas.
Encomende-se à luz
E à Santa Bela Cruz
E ao Reino da Verdade
E à santissima Trindade,
E ao Divino S. Romão
Que tem a cabeça em Rão
E os pés em Portugal.
Que Deus o queira livrar
Cão danado por danar Homem vivo,
mal em perigo Homem morto,
mau encontro Stº António
meu amigo S. Romão seja comigo.
Amén, Jesus !
Ai noites.
Espero dormir, coisa que não aconteceu lá muito ontem.
Espero que amanhã esteja de melhor humor.
Dentro das esperanças espero que não acorde a meio da noite com pesadelos e dores.
Porcaria da PDI.
Dentro do possivel, espero que amanhã seja um dia melhor que hoje mas não pior ainda.
Detalhes logisticos....Já distribui fotos a alguns dos jantantes de sexta, tiradas pelo distinto ABS.
Ricardo, Manuel e João..se quiserem as vossas, please o vosso email.
Não estou nos meus dias. Ou seja este não voou, arrastou-se e trouxe muita chatice do passado.
E eu aprecio o passado morto e enterrado.
No Plaino abandonado, que a brisa morna aquece....etc...sou muito má a citar, troco tudo.
Temos um novo link, a um blog que tem uma única linha editorial. Esbardajar.
É um bom blog. Risos.
Não me posso rir..ops..esqueci-me..
Atés:)
Espero que amanhã esteja de melhor humor.
Dentro das esperanças espero que não acorde a meio da noite com pesadelos e dores.
Porcaria da PDI.
Dentro do possivel, espero que amanhã seja um dia melhor que hoje mas não pior ainda.
Detalhes logisticos....Já distribui fotos a alguns dos jantantes de sexta, tiradas pelo distinto ABS.
Ricardo, Manuel e João..se quiserem as vossas, please o vosso email.
Não estou nos meus dias. Ou seja este não voou, arrastou-se e trouxe muita chatice do passado.
E eu aprecio o passado morto e enterrado.
No Plaino abandonado, que a brisa morna aquece....etc...sou muito má a citar, troco tudo.
Temos um novo link, a um blog que tem uma única linha editorial. Esbardajar.
É um bom blog. Risos.
Não me posso rir..ops..esqueci-me..
Atés:)
25 Anos...
Os rapazes fazem 25 anos!
O inicio da banda acontece em 1978, chegaram a chamar-se "Delirium Tremens" e "Beijinhos e Parabéns".
Apresentaram-se como “Xutos” pela 1ª vez a 13 de Janeiro de 1979 nos Alunos de Apolo.
Em 1985 começam as aventuras além fronteiras e em 1987 o X torna-se na imagem de marca do grupo.
O ano passado dizem ter realizado “um sonho de miúdos”, ao fazerem a 1ª parte do concerto dos R.Stones. O próximo passo será o Rock in Rio de Lisboa.
pp: Ao que parece a única coisa que lamentam é o facto de não lhes ter sido possível actuar no famoso jantar realizado 6ªfeira passada, algures em Lisboa.
Não andamos com sorte com os comentários!
BlogSpeak is currently down because the bastards that host it decided to suspend my account. I do not know as of yet when this situation will be resolved. If you don't want any JavaScript errors on your pages, take the code off for the time being. Thanks for your patience
Enquanto esperamos que os bastards resolvam a situação vamos voltar ao antigo
T
Enquanto esperamos que os bastards resolvam a situação vamos voltar ao antigo
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Pressupostos para um rastreio
Os critérios de rastreio formulados por Wilson e Jungner em 1968 mantêm hoje a sua validade. São eles:
1. O problema de saúde deve ser importante.
2. Deve existir um tratamento aceitável para o problema.
3. Devem existir condições de diagnóstico e tratamento.
4. O problema deve apresentar uma fase de latência ou pré-sintomática.
5. Deve existir um método de rastreio adequado.
6. O teste ou exame deve ser aceitável para a população.
7. A história natural do problema deve ser conhecida.
8. Deve existir uma política de tratamento consensual sobre quem deve ser tratado.
9. Os custos devem ser aceitáveis.
10.O rastreio deve ser um processo continuado e não um projecto isolado.
O Gasel ainda vai ter de fazer muita sigmoidoscopia. E não vai chegar para as encomendas.
1. O problema de saúde deve ser importante.
2. Deve existir um tratamento aceitável para o problema.
3. Devem existir condições de diagnóstico e tratamento.
4. O problema deve apresentar uma fase de latência ou pré-sintomática.
5. Deve existir um método de rastreio adequado.
6. O teste ou exame deve ser aceitável para a população.
7. A história natural do problema deve ser conhecida.
8. Deve existir uma política de tratamento consensual sobre quem deve ser tratado.
9. Os custos devem ser aceitáveis.
10.O rastreio deve ser um processo continuado e não um projecto isolado.
O Gasel ainda vai ter de fazer muita sigmoidoscopia. E não vai chegar para as encomendas.
12 de janeiro de 2004
Reflexões
E lá voltamos aos dias da semana, da semana de trabalho, do trabalho a que não se pode fugir… não pode, pois não?
Pois, não sei… mas enquanto vou pensando se fujo ou não, a segunda-feira passou rápida, nervosa, atribulada.
Imaginem que, era pouco mais de meio-dia, e já tinha despachado 12 sigmoidoscopias. Sim… eu sei que não é assunto que agrade à maioria das pessoas, isto de meter tubos no rabo, mas cada um fala do que sabe, e do que pode. E para mais, é até por uma causa nobre: andamos, desde há um ano, a fazer uma campanha de rastreio do cancro do cólon e recto, nos diferentes Centros de Saúde da região, com assinalável êxito.
Entretanto, e desde este sábado, que ando a congeminar sobre esta coisa da blogosfera. Embora muito me agrade este registo intimistó-umbiguista, que acaba por ser um misto de diário pessoal e arremedos de reflexões pseudo-esotéricas, acho que me falta algo muito importante: a famosa interacção.
Assim, e a partir de agora, vou cair para os dois lados (eh lá!…). Vou continuar a falar das minhas mariquices. Vou até começar a escrever umas coisas sobre a minha avó Joana, que é assunto que não interessa a ninguém, excepto a mim e ela. Mas também vou começar a comentar os diferentes assuntos, de notória importância para o mundo (claro!), que sejam suscitados por outros blogs. Espero, com isto, contribuir para a elevação da discussão e para uma maior clarificação das ideias.
E, antes que se faça tarde, cá ficam as primeiras interacções!
PP: Lá andamos de novo com problemas com os comentários. Mas parece que o problema é mais geral, de todos os blogs que usam este sistema!
Pois, não sei… mas enquanto vou pensando se fujo ou não, a segunda-feira passou rápida, nervosa, atribulada.
Imaginem que, era pouco mais de meio-dia, e já tinha despachado 12 sigmoidoscopias. Sim… eu sei que não é assunto que agrade à maioria das pessoas, isto de meter tubos no rabo, mas cada um fala do que sabe, e do que pode. E para mais, é até por uma causa nobre: andamos, desde há um ano, a fazer uma campanha de rastreio do cancro do cólon e recto, nos diferentes Centros de Saúde da região, com assinalável êxito.
Entretanto, e desde este sábado, que ando a congeminar sobre esta coisa da blogosfera. Embora muito me agrade este registo intimistó-umbiguista, que acaba por ser um misto de diário pessoal e arremedos de reflexões pseudo-esotéricas, acho que me falta algo muito importante: a famosa interacção.
Assim, e a partir de agora, vou cair para os dois lados (eh lá!…). Vou continuar a falar das minhas mariquices. Vou até começar a escrever umas coisas sobre a minha avó Joana, que é assunto que não interessa a ninguém, excepto a mim e ela. Mas também vou começar a comentar os diferentes assuntos, de notória importância para o mundo (claro!), que sejam suscitados por outros blogs. Espero, com isto, contribuir para a elevação da discussão e para uma maior clarificação das ideias.
E, antes que se faça tarde, cá ficam as primeiras interacções!
PP: Lá andamos de novo com problemas com os comentários. Mas parece que o problema é mais geral, de todos os blogs que usam este sistema!
Venha o Diabo e escolha...
Num post recente, diz o Bruno que “…disse uma vez a alguém que a seguir a Álvaro Cunhal a vida pública portuguesa ainda não tinha conhecido ninguém com o carisma de Mourinho” Ora esta!!… Ele bem tentou disfarçar e ressalvou que era excessivo e mera provocação, mas eu acho que não será. Acho até que o Mourinho ainda é pior, muito pior, que o Cunhal, valha-lhes Deus!
Muito grave
Disse o Barnabé: “…Não demos por nada e por isso não agradecemos devidamente o 5.000º comentário. Foi no sábado. Obrigados a todos. Aos que comentam e aos que nem por isso.” Digo apenas uma coisa: é muito grave proferir esta afirmação, sem ser devidamente fundamentada. Pode ser publicidade enganosa!
Para que conste (II)...
...o Orlando apresenta-se ladeado de uma referência essencial do repasto, que aqui se apresenta. Que nunca falte!
Para que conste...
...aqui está o ORLANDO! presidindo ao magno conclave de bloguistas voadores, algures em Lisboa na sexta feira passada, lindamente ladeado por alguém de que se fala no post seguinte.
e...especialmente para o Orlando!!
A tua foto presidiu o nosso jantar!!!
Estavas mesmo à cabeceira da mesa:)
Foste foi de poucas palavras..risos...e omisso nos comes e bebes:)
Terás que remediar isso , na próxima oportunidade.
Estavas mesmo à cabeceira da mesa:)
Foste foi de poucas palavras..risos...e omisso nos comes e bebes:)
Terás que remediar isso , na próxima oportunidade.
Segundas Feiras Escuras
Há dias em que não apetece sair da cama nem de casa. Este é um deles.
Foi um fim de semana um bocadito agitado. E acontece, que esta segunda feira daria um óptimo domingo.
Além disso estou com a séria dúvida que errei ao vir cedo. Hoje não era o meu dia!!! Grrrrrrr
Ainda por cima, acaba de chegar a nossa Nela carregada com uma bola de carne que ela faz e que é divinal. LOgo hoje que era a semana de todas as dietas!!Enerva isto não?
Bem....Trabalho!
Foi um fim de semana um bocadito agitado. E acontece, que esta segunda feira daria um óptimo domingo.
Além disso estou com a séria dúvida que errei ao vir cedo. Hoje não era o meu dia!!! Grrrrrrr
Ainda por cima, acaba de chegar a nossa Nela carregada com uma bola de carne que ela faz e que é divinal. LOgo hoje que era a semana de todas as dietas!!Enerva isto não?
Bem....Trabalho!
11 de janeiro de 2004
Última hora!
Apesar dos repetidos avisos, e dos exemplos recentes, foi decidido anexar as fotos comprometedoras à acta do jantar. Isto apesar de serem consideradas, por todos, totalmente irrelevantes.
Como era previsível, os ficheiros secretos foram violados por um qualquer hacker manhoso. E elas aí estão, escarrapachadas em toda a net.
Embora habilmente disfarçados e protegidos por pseudónimos enigmáticos, os personagens são facilmente reconheciveis.
Agora..., amanhem-se!
PP: Esperam-se, a todo o momento, as reacções do Procurador Geral da República, a propósito de mais esta repugnante violação do segredo blogosférico!
Como era previsível, os ficheiros secretos foram violados por um qualquer hacker manhoso. E elas aí estão, escarrapachadas em toda a net.
Embora habilmente disfarçados e protegidos por pseudónimos enigmáticos, os personagens são facilmente reconheciveis.
Agora..., amanhem-se!
PP: Esperam-se, a todo o momento, as reacções do Procurador Geral da República, a propósito de mais esta repugnante violação do segredo blogosférico!
Que belo fim-de-semana
Este foi mais um belo fim-de-semana, tranquilo e prazeirento, quase de primavera, em que procurei não fazer nada.
E não pensem que isso só foi porque o tempo esteve bom, ou porque ando bem-disposto, ou só porque não tenho preocupações nem tarefas pendentes.
Não, garanto-vos... o segredo é outro!
Desde há anos que venho a apurar, mais e mais, esta minha admirável qualidade: tirar um imenso prazer de passar o tempo sem fazer nada de relevante.
Requereu um árduo trabalho, muito esforço e abnegação. Fez-me a perder muitos dias, e noites, em práticas cada vez mais elaboradas. Levou-me a duras e intermináveis discussões com os que me rodeiam, e que insistem em que eu faça qualquer coisa. Obrigou-me, por fim, a desenvolver duas características fisiológicas essênciais para esta prática: o esquecimento selectivo e a surdez transitória. E só nos últimos tempos venci a etapa mais difícil, desta longa caminhada: não ter remorsos nem o mínimo sentimento de culpa.
Sinceramente, e não quero parecer presumido, sou mesmo bom nisto.
Se alguma vez precisarem de alguém, durante uns dias, para não fazer nada, contem comigo. I'm your man!
E não pensem que isso só foi porque o tempo esteve bom, ou porque ando bem-disposto, ou só porque não tenho preocupações nem tarefas pendentes.
Não, garanto-vos... o segredo é outro!
Desde há anos que venho a apurar, mais e mais, esta minha admirável qualidade: tirar um imenso prazer de passar o tempo sem fazer nada de relevante.
Requereu um árduo trabalho, muito esforço e abnegação. Fez-me a perder muitos dias, e noites, em práticas cada vez mais elaboradas. Levou-me a duras e intermináveis discussões com os que me rodeiam, e que insistem em que eu faça qualquer coisa. Obrigou-me, por fim, a desenvolver duas características fisiológicas essênciais para esta prática: o esquecimento selectivo e a surdez transitória. E só nos últimos tempos venci a etapa mais difícil, desta longa caminhada: não ter remorsos nem o mínimo sentimento de culpa.
Sinceramente, e não quero parecer presumido, sou mesmo bom nisto.
Se alguma vez precisarem de alguém, durante uns dias, para não fazer nada, contem comigo. I'm your man!
Ainda sobre o jantar
O que é engraçado, é como estávamos 10 desconhecidas pessoas a uma mesa e se estabeleceu uma interacção tão boa!
Os blogs fazem isso?
Porque não é fenómeno típico da net!
Um pequeno problema..pensei que tinha vencido o vício do trivial....e não....ai meu Deus.
Ontem outro jantar de pessoas conhecidas de há 17 anos. A cumplicidade foi a mesma:)
Vive la France libre!
Os blogs fazem isso?
Porque não é fenómeno típico da net!
Um pequeno problema..pensei que tinha vencido o vício do trivial....e não....ai meu Deus.
Ontem outro jantar de pessoas conhecidas de há 17 anos. A cumplicidade foi a mesma:)
Vive la France libre!
telejornais fazem-me pensar.
Portugal é o quinto país mais pessimista do mundo. Os outros são kozovos e etc, tudo em guerra ou marcados por recentes catástrofes naturais em grande escala. E nós no meio deles... Ou isso quer dizer que devíamos avaliar melhor o que temos, ou que algo de grande está para acontecer. Grande e mau.
O dinheiro gasto em 2003 em anti-depressivos chegava para construir mais um estádio e meio.
Então, menos estádios = mais felicidade?
O dinheiro gasto em 2003 em anti-depressivos chegava para construir mais um estádio e meio.
Então, menos estádios = mais felicidade?
10 de janeiro de 2004
De barriga cheia
Pois eu também gostei da jantarada e demais actividades complementares.
À boa comida juntou-se a boa companhia, o que é uma excelente combinação.
É claro que, lá para o fim, já estava um bocado enxaropado. Escapam-me alguns pormenores... não me portei mal, pois não?
PP: Descrição completa do jantar, com fotos comprometedoras, só disponível em Newsletter.
PPP: Gosto destas miúdas!
À boa comida juntou-se a boa companhia, o que é uma excelente combinação.
É claro que, lá para o fim, já estava um bocado enxaropado. Escapam-me alguns pormenores... não me portei mal, pois não?
PP: Descrição completa do jantar, com fotos comprometedoras, só disponível em Newsletter.
PPP: Gosto destas miúdas!
Semana que acaba
Esta semana foi complicada.
Entre a rotina casa-escola-casa, os cursos novos para preparar, alunos a dizerem “pérolas” como «cotovel» e «aspireitor» (qualquer dia ainda ponho aqui uma composição escrita por eles), e a descoberta de dois poetas fascinantes: o António Gamoneda e a Olga Orozco, eis que o computador pifa, «the horror the horror», tive que o formatar, perdi uma imensidão de coisas (mp3,ebooks,textos,aulas…).
Sim, eu sei que devia ter backups de tudo….
Agora tenho o computador a zero e ainda o estou a tornar habitável, mas uma coisa me ficou a martelar na cabeça: será normal sentir tanta falta de blogs, canais de irc, do Word e do Soulseek?
No rescaldo da semana fica também a tristeza de não ter ido ao jantar.
Entre a rotina casa-escola-casa, os cursos novos para preparar, alunos a dizerem “pérolas” como «cotovel» e «aspireitor» (qualquer dia ainda ponho aqui uma composição escrita por eles), e a descoberta de dois poetas fascinantes: o António Gamoneda e a Olga Orozco, eis que o computador pifa, «the horror the horror», tive que o formatar, perdi uma imensidão de coisas (mp3,ebooks,textos,aulas…).
Sim, eu sei que devia ter backups de tudo….
Agora tenho o computador a zero e ainda o estou a tornar habitável, mas uma coisa me ficou a martelar na cabeça: será normal sentir tanta falta de blogs, canais de irc, do Word e do Soulseek?
No rescaldo da semana fica também a tristeza de não ter ido ao jantar.
A propósito do fim do jantar
Confesso que estou preocupada.
Eu , a Errezinha e o Ricardo regressámos vitoriosos do Trivial, by taxi.
Era uma senhora taxista nova e máscula....E dinâmica?
Eu fui a segunda a sair...E ela disse..não se incomode...
Saiu ela e abriu-me a porta, para poupar incómodos ao Ricardo.
Terá ele chegado bem?
Terá sido violado pela taxista?
Estaria eu aos esses?
Tanta preocupação..risos...
Ricardo estás inteiro, sobrinho?
Beijos:)
Eu , a Errezinha e o Ricardo regressámos vitoriosos do Trivial, by taxi.
Era uma senhora taxista nova e máscula....E dinâmica?
Eu fui a segunda a sair...E ela disse..não se incomode...
Saiu ela e abriu-me a porta, para poupar incómodos ao Ricardo.
Terá ele chegado bem?
Terá sido violado pela taxista?
Estaria eu aos esses?
Tanta preocupação..risos...
Ricardo estás inteiro, sobrinho?
Beijos:)
Foi muito bom
Gostei muito deste jantar.
E deste cordial entendimento entre todos.
Claro que ao Ricardo fez falta a Amélia.
Com quem ia implicar?
De resto nova postadora se adivinha. Gostámos muitos de ti .O Gasel já conheciamos de prosa:)
Ou seja, boas vindas ao sul.
Beijos
E deste cordial entendimento entre todos.
Claro que ao Ricardo fez falta a Amélia.
Com quem ia implicar?
De resto nova postadora se adivinha. Gostámos muitos de ti .O Gasel já conheciamos de prosa:)
Ou seja, boas vindas ao sul.
Beijos
9 de janeiro de 2004
Então...
Onde será se esconderam?
Isto está mesmo deserto, votado ao abandono, e o silêncio? Ui! Até a merda do gato Vicente...sim, onde será que anda o maldito? Silêeeeencio,silêeeeenciooo... Podem acreditar que até o fumo do cigarro faz eco. Será que isto é alguma conspiração? Criaram outro blog e deixaram este só para as minhas seborreias? Ou será que combinaram algum encontro gastronómico? Seja como for é uma boa oportunidade para dizer mal de tudo e de todos. Poderia começar pelo governo, ou pelo governo, ou ainda pelo governo, mas, talvez lamentavelmente, já não tenho tempo a gastar com conversas de merda. Vou embora, vou partir...bom fim-de-semana sobretudo para os ausentes, todos.
Isto está mesmo deserto, votado ao abandono, e o silêncio? Ui! Até a merda do gato Vicente...sim, onde será que anda o maldito? Silêeeeencio,silêeeeenciooo... Podem acreditar que até o fumo do cigarro faz eco. Será que isto é alguma conspiração? Criaram outro blog e deixaram este só para as minhas seborreias? Ou será que combinaram algum encontro gastronómico? Seja como for é uma boa oportunidade para dizer mal de tudo e de todos. Poderia começar pelo governo, ou pelo governo, ou ainda pelo governo, mas, talvez lamentavelmente, já não tenho tempo a gastar com conversas de merda. Vou embora, vou partir...bom fim-de-semana sobretudo para os ausentes, todos.
Quinta-feira húmida, sexta-feira encharcada
Ontem, unidade cheia de doentes. Mantêm-se os surtos virais de Inverno, com narizes entupidos, febres em miúdos e graúdos, dores de barriga e vómitos causados por ranhocas engolidas. Tosses irritativas que, ao fim de um tempo, põem a vítima a cogitar pneumonias, tuberculoses e cancros de pulmão. Quedas no piso escorregadio com ossos avulsos fracturados. Pior que tudo, depressões, umas piores que outras, fruto de fenómenos raramente esclarecidos que incluem a indecente escuridão que se põe a partir das quatro da tarde, patrões safados, colegas miseráveis, familiares filhos-da-mãe, e, sobretudo, uma percepção aguda e imensa de solidão. Não há muita gripe, depois da crise do final do ano.
Hoje vai ser igual. Amanhã estou de serviço e igual será. Salvam-se os escapes, como um jantar que, correm rumores, acontecerá hoje algures à Praça do Chile.
A música recomendada do dia: Lambchop - Theöne (1995).
Hoje vai ser igual. Amanhã estou de serviço e igual será. Salvam-se os escapes, como um jantar que, correm rumores, acontecerá hoje algures à Praça do Chile.
A música recomendada do dia: Lambchop - Theöne (1995).
Dia D (II)
Hoje o dia começou mal!
Acordei tarde, uma terrível enxaqueca, os olhos tão inchados que mal abriam... estava frio, chovia e, porra, era tarde. Nestes dias nunca sei muito bem o que fazer primeiro... Enfim, quando estava debaixo do chuveiro tive o 1º raciocínio lógico, lembrei-me que hoje era o dia, o tal, o do jantar. Sorri, isso significa, também, que é 6ª feira! Liguei a aparelhagem, nem sei em que estação tocava uma das minhas preferidas, ”Still haven’t found what i’m looking for”, fixe, a coisa começa a compor-se.
Cheguei ao departamento e vi a nossa Tzinha muito bem disposta e sorridente fumando 1 cigarrito, o que significa que está melhor da sua garganta.
Sentei-me decidida, a concluir o estupor do relatório que já devia ter entregue, mas não me está a correr de feição! Coloquei o Cd dos Tribalistas e comentei “com esta música hoje adormeço”, a Tzinha rosnou... pedi ao coleguinho outro Cd. Ok, agora a coisa vai!
Afinal hoje é o dia, o tal, o do jantar. ;)
Acordei tarde, uma terrível enxaqueca, os olhos tão inchados que mal abriam... estava frio, chovia e, porra, era tarde. Nestes dias nunca sei muito bem o que fazer primeiro... Enfim, quando estava debaixo do chuveiro tive o 1º raciocínio lógico, lembrei-me que hoje era o dia, o tal, o do jantar. Sorri, isso significa, também, que é 6ª feira! Liguei a aparelhagem, nem sei em que estação tocava uma das minhas preferidas, ”Still haven’t found what i’m looking for”, fixe, a coisa começa a compor-se.
Cheguei ao departamento e vi a nossa Tzinha muito bem disposta e sorridente fumando 1 cigarrito, o que significa que está melhor da sua garganta.
Sentei-me decidida, a concluir o estupor do relatório que já devia ter entregue, mas não me está a correr de feição! Coloquei o Cd dos Tribalistas e comentei “com esta música hoje adormeço”, a Tzinha rosnou... pedi ao coleguinho outro Cd. Ok, agora a coisa vai!
Afinal hoje é o dia, o tal, o do jantar. ;)
Ah!!!
Fui ver o post do Besugo..eu achei sem dúvida um elogio:)) Muito obrigada:)
Sem dúvida que gosto do sub:) Fundamenta a blogosfera toda:)
Obrigada !!! Tb gosto muito de ti fresquinho, grelhado e com batatinhas:) Cheias de azeite!!!
Dia D de Dias Que Voam!!!
Besugo podes vir jantar com a gente..risos..
E demais anónimos leitores....Descobrem-nos logo porque temos um mergulhador no grupo de barbatanas e TUDO:)
Beijos já dei.
Sem dúvida que gosto do sub:) Fundamenta a blogosfera toda:)
Obrigada !!! Tb gosto muito de ti fresquinho, grelhado e com batatinhas:) Cheias de azeite!!!
Dia D de Dias Que Voam!!!
Besugo podes vir jantar com a gente..risos..
E demais anónimos leitores....Descobrem-nos logo porque temos um mergulhador no grupo de barbatanas e TUDO:)
Beijos já dei.
Another day
Só me lembro de canções pirosas, não sei bem porquê.
Outro dia , antes de adormecer ou mesmo já a sonhar, tive uma ideia para uns textos para aqui. Na altura achei muito boa e com muitas possiveis variantes. O caso é que a esqueci completamente. São como as boas ideias que um charro traz e afinal são uma merda:) Ou seja..o sono é tóxico:)
Estava a admirar-me com a capacidade do Gasel em ir ler o que dizem da gente....Acho porreiro isso. Nunca de tal me lembraria. Mas considero fundamental que exista um gestor de marketing deste blog:)
Já me perguntaram se isto tem linha editorial..não tem...
Ao longo destes...deixa contar pelos dedos...sim...já temos meio ano...a equipa tem variado tanto e os conteúdos são tão diversos que é impossivel tipificar este blog. Pessoas que desapareceram, outras que são militantes, as esquivas, as gozonas...enfim....é divertido isto.
Acho engraçado o entrecruzar destas cabeças todas todas tão diferentes. Algumas longe, como é o caso do nosso Orlando.
Outro dia estive a ler uns blogs, aqueles mais diário, porque isto não sei bem se é blog ou grémio literário , como dizia o outro..risos. Li aquele do Médico que explica Medicina. Sei lá, deu-me assim uma tristeza de ver o senhor ali a escrever tão sozinho no Natal, a conjecturar votos de boas festas.
Não, decididamente não gostava de blogar sozinha. Ia dar-me para a depressão, certamente.
Quanto ao amigo dos horários, quer postar também? esta do amigo soou muito a alentejana..risos
Bem..vou mergulhar no trabalho...e yessssssssssssss!!! Logo há jantar:)))
Abeijos e braços.
Outro dia , antes de adormecer ou mesmo já a sonhar, tive uma ideia para uns textos para aqui. Na altura achei muito boa e com muitas possiveis variantes. O caso é que a esqueci completamente. São como as boas ideias que um charro traz e afinal são uma merda:) Ou seja..o sono é tóxico:)
Estava a admirar-me com a capacidade do Gasel em ir ler o que dizem da gente....Acho porreiro isso. Nunca de tal me lembraria. Mas considero fundamental que exista um gestor de marketing deste blog:)
Já me perguntaram se isto tem linha editorial..não tem...
Ao longo destes...deixa contar pelos dedos...sim...já temos meio ano...a equipa tem variado tanto e os conteúdos são tão diversos que é impossivel tipificar este blog. Pessoas que desapareceram, outras que são militantes, as esquivas, as gozonas...enfim....é divertido isto.
Acho engraçado o entrecruzar destas cabeças todas todas tão diferentes. Algumas longe, como é o caso do nosso Orlando.
Outro dia estive a ler uns blogs, aqueles mais diário, porque isto não sei bem se é blog ou grémio literário , como dizia o outro..risos. Li aquele do Médico que explica Medicina. Sei lá, deu-me assim uma tristeza de ver o senhor ali a escrever tão sozinho no Natal, a conjecturar votos de boas festas.
Não, decididamente não gostava de blogar sozinha. Ia dar-me para a depressão, certamente.
Quanto ao amigo dos horários, quer postar também? esta do amigo soou muito a alentejana..risos
Bem..vou mergulhar no trabalho...e yessssssssssssss!!! Logo há jantar:)))
Abeijos e braços.
8 de janeiro de 2004
Recibos e afins
O meu colega Besugo andou as turras com os manos Dupons, de Vila do Conde. Então não é que, às tantas, eles começaram a arengar com aquela velha história dos recibos…
Sim, é aquela velha fama que pegou e nunca mais largou, os malandros dos médicos não passam recibos! Pois olhem, nos dias que correm, parece-me que falharam o alvo, redondamente... já experimentaram pedir recibo, por prestação de serviços, a outro profissional liberal ou afim?
Um advogado? Processa-vos por abuso de confiança.
Um contabilista? Começa-se a rir, displicente…
Um cabeleireiro? Sente-se insultado e ameaça-vos com a tesoura.
Um electricista ou um canalizador? Nem sabem o que isso é.
Vá lá, experimentem…
PP: Depois, li também, que o Besugo nos considerou um dos faróis da sub-blogosfera... e lá deu as sua razões. Ainda fiquei um pouco a pensar, lentamente: será bom? será mau?... até que percebi que é bom. Bom não, execelente! Somos, como que assim, os sub-21s da blogosfera, as eternas esperanças.
PPP: Hoje trabalhei das 8.30 às 17.30. Já será mais conveniente?
Sim, é aquela velha fama que pegou e nunca mais largou, os malandros dos médicos não passam recibos! Pois olhem, nos dias que correm, parece-me que falharam o alvo, redondamente... já experimentaram pedir recibo, por prestação de serviços, a outro profissional liberal ou afim?
Um advogado? Processa-vos por abuso de confiança.
Um contabilista? Começa-se a rir, displicente…
Um cabeleireiro? Sente-se insultado e ameaça-vos com a tesoura.
Um electricista ou um canalizador? Nem sabem o que isso é.
Vá lá, experimentem…
PP: Depois, li também, que o Besugo nos considerou um dos faróis da sub-blogosfera... e lá deu as sua razões. Ainda fiquei um pouco a pensar, lentamente: será bom? será mau?... até que percebi que é bom. Bom não, execelente! Somos, como que assim, os sub-21s da blogosfera, as eternas esperanças.
PPP: Hoje trabalhei das 8.30 às 17.30. Já será mais conveniente?
O que são convicções?
Nada! Não são nada…
São apenas duvidosas certezas, argumentos de religiosos ou artimanhas de políticos.
São cartilhas que nos lêem, vendas que nos tapam os olhos, amarras que nos tolhem os movimentos.
São a nossa falsa sensação de segurança.
São a nossa triste ilusão de pertençer ao grupo.
...
..
.
A cada dia que passa, mais detesto as convicções e me deslumbro com as dúvidas.
Mais admiro as perguntas e me aborreço com as respostas…
São apenas duvidosas certezas, argumentos de religiosos ou artimanhas de políticos.
São cartilhas que nos lêem, vendas que nos tapam os olhos, amarras que nos tolhem os movimentos.
São a nossa falsa sensação de segurança.
São a nossa triste ilusão de pertençer ao grupo.
...
..
.
A cada dia que passa, mais detesto as convicções e me deslumbro com as dúvidas.
Mais admiro as perguntas e me aborreço com as respostas…
Justificação Pragmática do Egoísmo
O mundo é em geral mau por duas razões: por um lado, o mal é feito por aqueles que distinguem o bem e o mal e decidem livremente praticar o mal; por outro lado, o mal é feito por aqueles que por umas ou outras razões nem se preocupam em pensar se o que fazem é bom ou mau: não interessa a ética desde que ganhem com isso.
O sentimento ético pode motivar alguns a esforçarem-se por serem melhores e a tentarem persuadir os outros a, também, serem melhores. Porém, existem na prática sempre estes dois malditos problemas: nunca ninguém muda, nunca ninguém aceita mudar, até porque todas as pessoas já se consideram óptimas quer pela sua boa natureza quer pela sua bela experiência de vida. O outro maldito problema, que desincentiva o esforço pelo bem, é que os potenciais beneficiados do bem provavelmente se estivessem na posição de serem melhores para os outros, talvez não o fossem e, além disto, se soubessem o bem que, na sombra, alguém lhes tenta fazer, também não agradeceriam.
A juntar a isto ainda há por vezes as dificuldades e chatices que decorrem de criticar os outros com vista a melhor o bem dos terceiros que estão na dependência desses outros.
Moral da história: fazer o bem através dos outros é difícil; pode trazer prejuízos; mesmo quando se é eficaz normalmente o esforço não chega a ser reconhecido; mesmo que seja reconhecido não é agradecido; e aqueles que beneficiam talvez não se esforçassem se estivessem na posição de nos ajudar a nós. Portanto, não vale a pena ser bom para os outros e, assim sendo, resta aproveitar todos os segundos da nossa vida a pensar em nós próprios e no nosso bem-estar. Se o nosso bem-estar interferir com o bem-estar dos outros, eles que tenham paciência.
Próximo capítulo: " A Lei do Mais Forte".
O sentimento ético pode motivar alguns a esforçarem-se por serem melhores e a tentarem persuadir os outros a, também, serem melhores. Porém, existem na prática sempre estes dois malditos problemas: nunca ninguém muda, nunca ninguém aceita mudar, até porque todas as pessoas já se consideram óptimas quer pela sua boa natureza quer pela sua bela experiência de vida. O outro maldito problema, que desincentiva o esforço pelo bem, é que os potenciais beneficiados do bem provavelmente se estivessem na posição de serem melhores para os outros, talvez não o fossem e, além disto, se soubessem o bem que, na sombra, alguém lhes tenta fazer, também não agradeceriam.
A juntar a isto ainda há por vezes as dificuldades e chatices que decorrem de criticar os outros com vista a melhor o bem dos terceiros que estão na dependência desses outros.
Moral da história: fazer o bem através dos outros é difícil; pode trazer prejuízos; mesmo quando se é eficaz normalmente o esforço não chega a ser reconhecido; mesmo que seja reconhecido não é agradecido; e aqueles que beneficiam talvez não se esforçassem se estivessem na posição de nos ajudar a nós. Portanto, não vale a pena ser bom para os outros e, assim sendo, resta aproveitar todos os segundos da nossa vida a pensar em nós próprios e no nosso bem-estar. Se o nosso bem-estar interferir com o bem-estar dos outros, eles que tenham paciência.
Próximo capítulo: " A Lei do Mais Forte".
Vou atirar achas para a fogueira...
Ouve-se dizer que o país vai ser, de novo, referendado sobre o aborto. Ao que foi conseguido apurar, a questão que será exposta aos cidadãos já está formulada e é aqui avançada em primeira mão.
A saber:
Qual a sua opinião sobre o aborto?
a) Tem sido um bom primeiro-ministro.
b) Tem sido um primeiro-ministro ineficaz.
c) Nem sequer tem sido primeiro-ministro.
(não sei quem é o autor, mas é genial)
A saber:
Qual a sua opinião sobre o aborto?
a) Tem sido um bom primeiro-ministro.
b) Tem sido um primeiro-ministro ineficaz.
c) Nem sequer tem sido primeiro-ministro.
(não sei quem é o autor, mas é genial)
7 de janeiro de 2004
A música da alma
Ontem à noite (e na noite anterior) Sequeira Costa tocou Beethoven na Gulbenkian. Esta noite está a tocar no Porto, amanhã em Coimbra. Foi aluno de Vianna da Motta que, por sua vez, foi discípulo de Lizst. Fará, pelas minhas contas, 75 anos este ano. Durante hora e meia fez de um Steinway o que quis, com um ar de tranquilidade imperturbável, saltando de fortissimo para piano com a leveza e casualidade de um pestanejar, saindo instantaneamente de um turbilhão de som para o silêncio absoluto, rodando entre o lirismo mais completo e a violência mais intensa. Beethoven é, na verdade um compositor para pianistas muito duros. Sequeira Costa, com o imenso saber de mais de cinquenta anos de piano, fez parecer fácil o que é inacreditavelmente difícil – o meu filho disse-me no fim Pai, havia partes que tu és capaz de tocar! Pois.
Sequeira Costa está presentemente a gravar a integral das sonatas de Beethoven em Londres. Estejamos atentos. Os seres superiores devem ser apreciados em vida.
Sequeira Costa está presentemente a gravar a integral das sonatas de Beethoven em Londres. Estejamos atentos. Os seres superiores devem ser apreciados em vida.
Um dia como outro qualquer
Há dias, como o de hoje, em que parece nada ter acontecido.
Mas…. parece, digo bem! É um engano… mesmo naqueles piores, dos piores dias, há sempre algo inesperado, por mais banal que seja, que nos faz fugir da rotina.
Querem ver?
Ao acordar, revoltei-me! Tinha-me deitado tarde, tinha dormido mal, de modo que, mal soube onde estava, rosnei: Hoje levas tu a Gena… estou morto de sono… vou mais tarde…. Não sei bem como, mas a coisa pegou. Levantei-me às nove, tomei banho calmamente e lá fui para o hospital, a assobiar.
O almoço, no refeitório, soube-me bem. E até comi salada-de-frutas em vez de arroz-doce.
Às cinco horas saí do hospital, também a assobiar, sentei-me no café da esquina, bebi uma bica e dei umas gargalhadas. A seguir vim para casa, onde fui o primeiro a chegar.
Às oito, fui buscar a Gena à ginástica. O comando do portão da garagem só funcionou à décima-segunda tentativa e lá parti, disparado, para a Penha. Ao chegar, nada da Gena. Cinco minutos depois, nada na mesma. Ligo-lhe e ameaço: Ó menina, então onde é que andas? À espera de ti, na porta de Ginásio… no Bom João! Ahhh… já aí vou! E lá fui…
À bocadinho, sentei-me no sofá, comecei a correr os tais canais, bocejei longa e sonoramente e decidi: Hoje não vou postar!
Mas…. parece, digo bem! É um engano… mesmo naqueles piores, dos piores dias, há sempre algo inesperado, por mais banal que seja, que nos faz fugir da rotina.
Querem ver?
Ao acordar, revoltei-me! Tinha-me deitado tarde, tinha dormido mal, de modo que, mal soube onde estava, rosnei: Hoje levas tu a Gena… estou morto de sono… vou mais tarde…. Não sei bem como, mas a coisa pegou. Levantei-me às nove, tomei banho calmamente e lá fui para o hospital, a assobiar.
O almoço, no refeitório, soube-me bem. E até comi salada-de-frutas em vez de arroz-doce.
Às cinco horas saí do hospital, também a assobiar, sentei-me no café da esquina, bebi uma bica e dei umas gargalhadas. A seguir vim para casa, onde fui o primeiro a chegar.
Às oito, fui buscar a Gena à ginástica. O comando do portão da garagem só funcionou à décima-segunda tentativa e lá parti, disparado, para a Penha. Ao chegar, nada da Gena. Cinco minutos depois, nada na mesma. Ligo-lhe e ameaço: Ó menina, então onde é que andas? À espera de ti, na porta de Ginásio… no Bom João! Ahhh… já aí vou! E lá fui…
À bocadinho, sentei-me no sofá, comecei a correr os tais canais, bocejei longa e sonoramente e decidi: Hoje não vou postar!
Dias e Gatos
O ano começou a roçar-se devagarinho, entre as nossas pernas. Pensei que fosse o Vicente, mas esse estava quieto no alto , a vigiar-me atentamente, de olhos bem abertos.
Em que pensarão os gatos quando nos olham?
No caso, acho que ele estava a ver o ano a esgueirar-se, dissimuladamente a chegar já ao seu sétimo dia. A um gato nada escapa.
E parece que tudo está assim de forma sorrateira e não de todo desconfortável...a apetecer aconchego porque está muito frio, a doce moleza de nada fazer de muito concreto.
As duras iniciativas e resoluções a tomar em 2004, onde páram?
Vou tentando devagar esboçá-las e despachá-las.
Aconselho a todos a leitura do "Direito à preguiça " do Paul Lafargue...Por incrível que pareça, este senhor era genro do tio Karl Marx:)
Ou seja, estamos justificados teóricamente por um filósofo familiarmente abalizado:)
Continuo a pensar..porque é que os gatos nos olham assim?
Beijos.
Em que pensarão os gatos quando nos olham?
No caso, acho que ele estava a ver o ano a esgueirar-se, dissimuladamente a chegar já ao seu sétimo dia. A um gato nada escapa.
E parece que tudo está assim de forma sorrateira e não de todo desconfortável...a apetecer aconchego porque está muito frio, a doce moleza de nada fazer de muito concreto.
As duras iniciativas e resoluções a tomar em 2004, onde páram?
Vou tentando devagar esboçá-las e despachá-las.
Aconselho a todos a leitura do "Direito à preguiça " do Paul Lafargue...Por incrível que pareça, este senhor era genro do tio Karl Marx:)
Ou seja, estamos justificados teóricamente por um filósofo familiarmente abalizado:)
Continuo a pensar..porque é que os gatos nos olham assim?
Beijos.
Orlando!
Precisamos duma foto tua, para colocar no teu lugar no jantar!
Precisava de algumas confirmações.
Pelas minhas contas, tenho 11 pessoas.
12, com a foto do Orlando:)
Logo...expressem-se:)
Beijo.
Precisava de algumas confirmações.
Pelas minhas contas, tenho 11 pessoas.
12, com a foto do Orlando:)
Logo...expressem-se:)
Beijo.
6 de janeiro de 2004
Casa Pia
Desde há algum tempo que tudo isto me começou a parecer uma feira.
Montaram-se as barracas e veio gente de todo o lado, nunca antes vista. Vieram os falsos profetas, as tribos ciganas e os saltimbancos sem eira-nem-beira,.
Levantou-se uma imensa vozearia, uma berraria ensurdecedora e sem sentido. De megafone em punho, cada qual, tenta enganar o melhor que pode e vender a sua banha-da-cobra.
E surgiu a poeira. A inevitável poeira de um pó espesso, que se espalha por todo lado, que nos faz comichão na garganta e nos embaraça a visão.
Qualquer dia acaba a feira, desarmam-se as barracas e todos partem.
E não sobra nada… só lixo!
Montaram-se as barracas e veio gente de todo o lado, nunca antes vista. Vieram os falsos profetas, as tribos ciganas e os saltimbancos sem eira-nem-beira,.
Levantou-se uma imensa vozearia, uma berraria ensurdecedora e sem sentido. De megafone em punho, cada qual, tenta enganar o melhor que pode e vender a sua banha-da-cobra.
E surgiu a poeira. A inevitável poeira de um pó espesso, que se espalha por todo lado, que nos faz comichão na garganta e nos embaraça a visão.
Qualquer dia acaba a feira, desarmam-se as barracas e todos partem.
E não sobra nada… só lixo!
O dilema (II)
A vida é feita de grandes e pequenos dilemas.
É claro que não vos vou aqui contar os meus grandes dilemas. Sinceramente, têm pouco interesse, são banais, acho que toda a gente já passou por eles.
Por isso deixo aqui um dos meus pequenos dilemas: onde hei-de passar mais tempo?
PP: como se andou por aqui a falar da nossa Sofia, deixo-vos aqui um hotsite onde ela nos revela os aspectos secretos da sua vida!
É claro que não vos vou aqui contar os meus grandes dilemas. Sinceramente, têm pouco interesse, são banais, acho que toda a gente já passou por eles.
Por isso deixo aqui um dos meus pequenos dilemas: onde hei-de passar mais tempo?
PP: como se andou por aqui a falar da nossa Sofia, deixo-vos aqui um hotsite onde ela nos revela os aspectos secretos da sua vida!
Morada...
O restaurante é a Jorgel, Rua Sebastião Saraiva Lima, nº 21, rc esquerdo:)
O telefone de lá é 218147881:)
O telefone de lá é 218147881:)
:)
Mesa marcada para sexta feira:)
Algum prato em especial?
Logo digitalizo o croquis de acesso ao restaurante:)
Beijos.
Algum prato em especial?
Logo digitalizo o croquis de acesso ao restaurante:)
Beijos.
De volta
E voltou o frio, depois de uns dias mais amenos.
Voltou o trabalho a sério, depois de quinze dias a meio-gás.
Tudo isto junto, mais o revéz da domingo, foi brutal.
Ontem, ao fim da urgência era o farrapo humano.
PP: mas nada como uma jantarada pra animar. Dois lugares pró Algarve!
Voltou o trabalho a sério, depois de quinze dias a meio-gás.
Tudo isto junto, mais o revéz da domingo, foi brutal.
Ontem, ao fim da urgência era o farrapo humano.
PP: mas nada como uma jantarada pra animar. Dois lugares pró Algarve!
5 de janeiro de 2004
Julio Cortázar
Tenho que partilhar com vocês o meu último vício, ando fascinada com o “histórias de cronópios e famas” do Julio Cortázar
Flor e Cronópio
Um cronópio encontra uma flor solitária no meio do campo.
Vai para arrancá-la, mas pensa que é uma crueldade inútil.
e põe-se de joelhos, brinca alegremente com a flor, desta
maneira: acaricia-lhe as pétalas, sopra-a, zumbe como uma
abelha e dança, cheira-lhe o perfume e finalmente deita-se
debaixo dela e dorme envolto numa grande alegria.
a flor pensa: «Parece uma flor»
Júlio Cortázar
Flor e Cronópio
Um cronópio encontra uma flor solitária no meio do campo.
Vai para arrancá-la, mas pensa que é uma crueldade inútil.
e põe-se de joelhos, brinca alegremente com a flor, desta
maneira: acaricia-lhe as pétalas, sopra-a, zumbe como uma
abelha e dança, cheira-lhe o perfume e finalmente deita-se
debaixo dela e dorme envolto numa grande alegria.
a flor pensa: «Parece uma flor»
Júlio Cortázar
20:00
Dia muito cansativo este. Conduzi rápido em Lisboa, nadei, almocei rápido, conduzi rápido em Lisboa, trabalhei, trabalhei cansativamente e blogo agora. Daqui a pouco vou conduzir lento para casa.
Posso ir ao jantar a qualquer dia da semana. Oh tia, será fácil estacionar nos arredores do sítio?
A fotografia da vaca fez-me lembrar os esquimós: será que estas vacas e os respectivos touros se beijam com os narizes?
O novo single dos Red Hot Chili Peppers, Fortune Faded, é muito bom. Tenho estado o dia todo com aquela música na cabeça. E ainda só a ouvi 3 vezes na vida.
Hoje, no seu cabeçalho de primeira página, o Diário Económico dizia que hoje era Terça-feira 5 de Janeiro de 2004. Para que não haja dúvidas, hoje é Segunda-feira.
Apetece-me dizer o seguinte e, portanto, vou mesmo dizer a seguir o que me apetece dizer:
Abeijos e braços!
Posso ir ao jantar a qualquer dia da semana. Oh tia, será fácil estacionar nos arredores do sítio?
A fotografia da vaca fez-me lembrar os esquimós: será que estas vacas e os respectivos touros se beijam com os narizes?
O novo single dos Red Hot Chili Peppers, Fortune Faded, é muito bom. Tenho estado o dia todo com aquela música na cabeça. E ainda só a ouvi 3 vezes na vida.
Hoje, no seu cabeçalho de primeira página, o Diário Económico dizia que hoje era Terça-feira 5 de Janeiro de 2004. Para que não haja dúvidas, hoje é Segunda-feira.
Apetece-me dizer o seguinte e, portanto, vou mesmo dizer a seguir o que me apetece dizer:
Abeijos e braços!
Minho
Há sítios muito bonitos em Portugal.
Pôr do sol no Mosteiro de Santa Maria de Bouro
Pôr do sol no Mosteiro de Santa Maria de Bouro
Gaselzinho:))
Quinta consegues vir???
E Amélia!!!??
E tu, Maria? Se quiseres dormes em minha casa.
E tu Lau enteada????
Andreia e que tal apareceres?
E aos outros todos.....família, animais de estimação, leitores e quem quiser.
Devemos levar blocos....e comunicar por escrito:)
Ok?
Risos
E Amélia!!!??
E tu, Maria? Se quiseres dormes em minha casa.
E tu Lau enteada????
Andreia e que tal apareceres?
E aos outros todos.....família, animais de estimação, leitores e quem quiser.
Devemos levar blocos....e comunicar por escrito:)
Ok?
Risos
O jantar fica adiado para quinta!!! às 20 horas!
Para mais gente conseguir ir, ok?
Logo escrevo a morada, hora e trajecto para ir lá ter!
Beijos
T
Logo escrevo a morada, hora e trajecto para ir lá ter!
Beijos
T
4 de janeiro de 2004
Triste, estou triste
Estou triste, tão triste.
Estou mesmo triste, tristíssimo.
Há muito tempo que não me sentia assim tão triste.
Hoje, o meu nome podia ser Tristão, e o apelido Tristeza.
Estou muito triste!
Estou mesmo triste, tristíssimo.
Há muito tempo que não me sentia assim tão triste.
Hoje, o meu nome podia ser Tristão, e o apelido Tristeza.
Estou muito triste!
Incensos das vidas insensatas
Estava a pensar: tou rouquérrima. Roufenha, ronca e roncosa
Mas isto já passa acho eu.
Estava a pensar noutras coisas também.
No verbo devorar por exemplo, que tem tantas acepções possíveis.
Nem falo do engolir, porque estou rouca. O que interessa é expelir.
mas falo duma coisa com ar prazenteiro.
JANTAR DIA 6 DE jANEIRO.:))))
e noutra coisa falo e penso. saudades dos ausentes. proximidade dos presentes.
Vou pigarrear para dizer isto com voz decente.
Beijos.T
Mas isto já passa acho eu.
Estava a pensar noutras coisas também.
No verbo devorar por exemplo, que tem tantas acepções possíveis.
Nem falo do engolir, porque estou rouca. O que interessa é expelir.
mas falo duma coisa com ar prazenteiro.
JANTAR DIA 6 DE jANEIRO.:))))
e noutra coisa falo e penso. saudades dos ausentes. proximidade dos presentes.
Vou pigarrear para dizer isto com voz decente.
Beijos.T
Ricardo sobrinho
Se descobrires uma que funcione bem e de graça, está à vontade e muda-a.
A Blogger Br já teve duas falhas. E parece que vai ser paga.
Se descobrires uma boa, muda o template e introduz.
Tb gostava mais da outra.
A Blogger Br já teve duas falhas. E parece que vai ser paga.
Se descobrires uma boa, muda o template e introduz.
Tb gostava mais da outra.
Referência à Concorrência (ou à Cooperação?)
Li agora mesmo este post da concorrência (ou será da cooperação?).
Achei incrível que um post como este tenha merecido tão poucos comentários. Trata-se de um dos posts mais inteligentes que já li na blogosfera. Inteligente pela dignidade das ideias e pela qualidade humorística do texto. Parabéns a quem o escreveu!
PP: A caixa de comentários de antes era melhor que a actual.
Achei incrível que um post como este tenha merecido tão poucos comentários. Trata-se de um dos posts mais inteligentes que já li na blogosfera. Inteligente pela dignidade das ideias e pela qualidade humorística do texto. Parabéns a quem o escreveu!
PP: A caixa de comentários de antes era melhor que a actual.
Risos
Nunca percebi muito bem isso do refluxo, mas também tenho.
Aliás desde que digo que tenho, quase toda a gente tem.
Mas só tomo comprimidos de uma cor!!!Risos
PS:.Esta porra do BlogSpot anda avariada né?
Aliás desde que digo que tenho, quase toda a gente tem.
Mas só tomo comprimidos de uma cor!!!Risos
PS:.Esta porra do BlogSpot anda avariada né?
Doente, estou doente
Cá a mim, já passou a ressaca e só ficou a azia.
Dantes, andavam sempre as duas de mão dada. Se apanhava alguma bezaina, das valentes ou só um cheirinho, já sabia que, na manhã seguinte, lá andava agoniado e tonto, com aquela dor de cabeça e um fogo do diabo no peito.
Agora não. A ressaca, claro, reaparece sempre, impiedosa, mas rápido desparece. A azia, essa, foi deixando-se ficar, foi-se instalando à sua vontade e aparece em qualquer altura, por tudo e por nada.
E pronto, sou um doente!
Queixo-me ao outros, por tudo e por nada.
Tomo comprimidos e cápsulas, de várias cores.
Tenho Doença de Refluxo Gastro-Esofágico.
Dantes, andavam sempre as duas de mão dada. Se apanhava alguma bezaina, das valentes ou só um cheirinho, já sabia que, na manhã seguinte, lá andava agoniado e tonto, com aquela dor de cabeça e um fogo do diabo no peito.
Agora não. A ressaca, claro, reaparece sempre, impiedosa, mas rápido desparece. A azia, essa, foi deixando-se ficar, foi-se instalando à sua vontade e aparece em qualquer altura, por tudo e por nada.
E pronto, sou um doente!
Queixo-me ao outros, por tudo e por nada.
Tomo comprimidos e cápsulas, de várias cores.
Tenho Doença de Refluxo Gastro-Esofágico.
3 de janeiro de 2004
O swing (quase) perfeito
Naqueles momentos, como que tudo pára.
Os pés fincam-se no chão, o tronco arqueia-se, e os braços retesam-se.
Sentimos o soprar de brisa, leve, fresca. Sentimos o frémito do chão, macio, quente.
Sentimos-nos, a respiração que se esvai e o pulsar que abranda.
Há uma concentração absoluta, quase total. Só nós… só nós e a nossa vontade, toda a nossa vontade de voar que ali repousa. Só nós e a bola.
E de repente, como um raio, o movimento dispara, rápido e ágil
E de repente, como um trovão, o impacto rasga o silêncio.
E inicia-se o vôo, único, maravilhoso… o vôo perfeito.
…
...
Embora, muitas vezes, a puta da bola saia torta e enrolada. E vá cair, ingloriamente, 20 metros á nossa frente.
Os pés fincam-se no chão, o tronco arqueia-se, e os braços retesam-se.
Sentimos o soprar de brisa, leve, fresca. Sentimos o frémito do chão, macio, quente.
Sentimos-nos, a respiração que se esvai e o pulsar que abranda.
Há uma concentração absoluta, quase total. Só nós… só nós e a nossa vontade, toda a nossa vontade de voar que ali repousa. Só nós e a bola.
E de repente, como um raio, o movimento dispara, rápido e ágil
E de repente, como um trovão, o impacto rasga o silêncio.
E inicia-se o vôo, único, maravilhoso… o vôo perfeito.
…
...
Embora, muitas vezes, a puta da bola saia torta e enrolada. E vá cair, ingloriamente, 20 metros á nossa frente.
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