30 de junho de 2006

TPC: as patas todas na poça

Where art thou Muse that thou forget'st so long,
To speak of that which gives thee all thy might?
Spend'st thou thy fury on some worthless song,
Darkening thy power to lend base subjects light?

Return forgetful Muse, and straight redeem,
In gentle numbers time so idly spent;
Sing to the ear that doth thy lays esteem
And gives thy pen both skill and argument.

Rise, resty Muse, my love's sweet face survey,
If Time have any wrinkle graven there;
If any, be a satire to decay,
And make time's spoils despised every where.

Give my love fame faster than Time wastes life,
So thou prevent'st his scythe and crooked knife.

William Shakespeare
Não me falem de erros, por favor.
Agora, não.

para amanhã,

haja esperança
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e que a história se repita,

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ainda que com diferentes actores

Erros...

Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.


Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.


Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa [a] que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.


De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Génio de vinganças!


Luís de Camões

Bem , não posso fazer minhas as palavras do Tio Luís. Mas de erros tenho um saco cheio.

Erro profissional: queria fazer História vou para LLM...e depois viro assistente social. Por causa do Cardia, do exame de aptidão e querer ter a certeza que entrava. E entrei. E depois de ter entrado não gostei e quis uma profissão que ajudasse o mundo.
O meu pai era pouco de conselhos mas achava que eu devia tirar direito. Se calhar eu até gostava.
Será erro não ter seguido o desejo dele?
Acabei por tirar jornalismo também. E agora faço uma mistura de tudo.

Erro afectivo mas também curricular: depois de ter terminado uma relação de quinze anos ou mais, começar outra quase logo a seguir. Errado foi, mas soube bem. e já acabou também. Neste momento a diferença entre ralação e relação para mim é inexistente:)

Erro de património, ter cedido a casa ao meu ex. Mas francamente preferi não me sentir mais culpada do que já estava a sentir. E odiava a casa. Que se lixem as conveniências.

Estes são só alguns. Mas tudo correu bem afinal. Erro foi ter nascido tão tarde....
Tenho a noção que sou uma natural erradora e errante. Tanto melhor.



TPC

Regresso ao futuro - este seria o momento crucial: Estava eu sentado no passeio da Universidade Nova da Av. Berna a candidatar-me para o ensino superior. Por talvez não ter coragem ou ainda não ter percebido do que gostava, escolhi a opção mais "sensata" e optei por Eng. Eletrotecnica devido a trabalho garantido através do meu pai. Demorei 10 anos a fazer um curso que não gostava. Foi um erro escolher um curso que não era realmente a minha paixão.
Talvez seria a unica coisa que mudaria na minha vida. Mas quem sabe? Se calhar, era pior. Passado é passado. O presente é que interessa...e o futuro.

O maior erro.

Em Março de 1994, andava eu no 12º ano, resolvi anular a matrícula a matemática. Consegui fazer a disciplina depois, mas essa decisão alterou tudo. Se me tivesse esforçado mais, se tivesse pensado melhor, talvez tivesse feito a coisa pela via normal, entrado noutra universidade e hoje a minha vida podia ser diferente. Não sei se melhor ou pior, mas diferente. De qualquer maneira, tenho a noção que anular a matrícula foi um erro.
Fizeram algum erro que vos alterou a vida?
Lulu a colocar tema se faz favor.

29 de junho de 2006

O meu sofá mais adorado:)

Este sofá foi o mais confortável que já tive na vida.
Requiescat in pace no céu dos sofás. . Obrigada Habitat:)

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Foto JM/ Tia a dormir sem parar.

Se eu fosse um sofá...

...podia ser o meu!

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É durinho mas bom para dormir, tem o tamanho ideal para duas pessoas aconchegadas.
Na imagem faltam as almofadas que a T me deu no Natal, para abrilhantar e dar conforto.

TPC: sofá

eu seria uma chaise longue como esta



nota: é favor não reparar nem no tapete, nem nos cortinados e muito menos no quadro pavoroso da parede

Vespeira ou não guardes para amanhã o amor que podes fazer hoje

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Sentir o medo da superfície branca...
Ficar fascinado com a provocação da brancura.
Atacar com raiva a sedução do branco,
sentindo o sabor do que não quero.
Algo começa na revelação do encontro
ou tudo acaba na destruição da procura.
Nasce uma ambiência...
É, não é?
As formas e cores começam a viver,
como se cumprissem um destino desconhecido.
Fecundar e ver nascer no mesmo instante.
Coisificar a surpresa...

Vespeira in Simumis, p 26

Há artistas que conseguem transmitir-se. E isto não tem só a ver com execução de obras de arte.Passa pelo afecto, pelo discurso, pelo relacionamento com os outros.
Assim foi Vespeira. Dizia ele: "A Arte Fascista faz mal à vista".
O primo Vespeira, segundo as primas Vespeirinhas que dele passam um testemunho rigoroso no catálogo da sua exposição na Valbom. É bom ir ver e refrescar a memória. Rir um bocadinho das colagens do Guterres, por exemplo...Ou ficarmos tocados por..

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A S. continuará a contar à filha a história da menina Lua.
Que prenda mais bonita se pode dar a quem gostamos?

TPC - sofa

Peço desculpa mas ainda nao descobri o sofá perfeito. Tambem diga-se que ainda nao tive necessidade de o procurar porque as casas onde vivi ate agora já vinham com sofas. :)
Quando descobrir, postarei. (mais 2-3 anos)
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O "meu" sofá

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Para além de confortável é docinho....

Morgaine
Que Sofá?

ESTE:

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fotografia incluída na série O Dia Em Que...

parece que é a minha vez... e antes que me caia o céu em cima, o tpc é: se fosses um sofá, qual gostarias de ser?

eu gostaria de ser este:


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ok.. mas bem no fundo todos gostaríamos de ser este...
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Avisos de navegação

Queria pedir a todos os postadores que evitem fazer upload directo das imagens com o blogger. Usem hospedeiros de imagens alternativos, como o Imageshack, ( ícone de cima à direita) ou outro qualquer que prefiram.
A maior parte das pessoas já faz isso, aliás. Quem quiser ajuda para perceber como se faz, é só dizer.
Abeijos e braços.

Suzanne Valadon

A propósito de Suzanne Valadon, a autora do primeiro quadro da maria (a mulher deitada na cama a fumar).

"She modeled for artists Edgar Degas, Henri de Toulouse-Lautrec, Pierre-Auguste Renoir and Pierre Puvis de Chavannes, and she had affairs with all of them. A smitten Satie proposed marriage after their first intimate night."

E alguém contou isto:

"after Maurice was born illegitimately to Suzanne Valadon, she went to Renoir, for whom she had modeled nine months previously. Renoir looked at the baby and said, 'He can't be mine, the color is terrible!' Next she went to Degas, for whom she had also modeled. He said, 'He can't be mine, the form is terrible!' At a cafe, Valadon saw an artist she knew named [Miguel] Utrillo, to whom she spilled her woes. The man told her to call the baby Utrillo: 'I would be glad to put my name to the work of either Renoir or Degas"

TPC

se eu fosse um quadro seria este

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e andaria muitas vezes por aqui

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acho que conseguiria postar mais uns quantos posts com outros quadros

TPC: Casa e eu pintados

A minha casa pintada é esta. A luz do quarto à esquerda é onde escrevo este post.

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Aqui em baixo é onde eu estarei, ou terei estado, quando me lerem. Sou o tipo de costas.

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Os motivos, esses, não vêm ao caso agora.

28 de junho de 2006

TPC da Lau

A Lau gostaria de estar neste quadro.

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TPC Quadros

Eu gostava de estar nestes quadros.

afrontamento autista ou negociação inteligente?


o processo de encerramento de algumas maternidades teve, até agora, por parte das autoridades municipais, dois tipos de aitudes:

1, o afrontamento populista-legalista com a chamada das populações aos directos televisivos e providências cautelares.
2., a negociação de contrapartidas pelo fecho dos blocos de partos.

no primeiro, temos os exemplos de elvas, barcelos, santo tirso, etc. com procissões de velas, gritos lancinantes, sirenes de bombeiros, enterros simbólicos. tudo em nome de nascer 'na terra' e de preferência a 5 minutos de casa, seja a que preço for.

no segundo, temos amarante, que sabendo da inevitabilidade do encerramento e jogando com a fragilidade do ministério, negociou a requalificação da sua unidade hospitalar e melhorando assim a qualidade dos serviços de saude prestados aos seus munícipes.

os resultados estão à vista:
uns têm apenas os seus blocos de partos fechados, os outros têm melhores cuidados de saúde.

Adivinha quem vem jogar

Bom, esta é mais difícil...

Liberdade

Em Que Quadro Queria Estar?

NESTE:



adoro a força deste beijo!

TPC

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Clyfford Still - Jamais

Ultimamente diria este. Ando fascinado com a agressividade deste quadro..

israel quer tanto a paz como eu quero que o benfica ganhe o próximo campeonato

militantes palestinianos cavaram um túnel de 500 metros para atacar um posto militar israelita em kerem shalom.
mataram dois soldados e fizeram um outro refém.

em resposta, israel manda o seu exército invadir a faiza de gaza, bombardear a principal central eléctrica, destruir pontes, matar dezenas de civis inocentes, tudo num aparato de centenas de tanques e milhares de homens protegidos pela sua força aérea a bombardear tudo o que mexe.

em resposta e para libertar o refém, dizem

claramente 'equilibrada', digo eu

e ao serviço dos esforços de paz na região.


Bal au moulin de la Galette, Montmartre por Pierre-Auguste Renoir

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Este é o quadro em que eu gosto de me imaginar. Estiraçada no banco provavelmente.
A conversar. A dizer mal...
Um dia vi um documentário inteirinho só sobre ele. Cada pormenor tinha uma história.
Gosto do Impressionismo. E das formas voluptuosas e quentes de Renoir.
Se tivesse que ficar retida numa tela, que fosse esta.

Learning to fly

Não lhes resisti!
Uma prá sobrinha, outra prá prima...
A verdade é que tb queria uma prá mim...

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pp: hand made by Multicalórica

pssst... TÁXI!

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pp: com dedicatória à Tzinha ;-)

delicatessen


o presidente da associação nacional de municípios e presidente da câmara municipal de viseu, afirmou ontem na sua assembleia municipal, depois do presidente da junta de silgueiros se ter queixado de ter sido autuado pelos vigilantes da natureza e depois condenado em tribunal, que os autarcas (era a eles que se estava a dirigir):

'arrangem lá um grupo a corram-nos à pedrada'

hoje, entrevistado em directo por uma televisão, e questionado sobre se mantinha a afirmação, o senhor fernando ruas afirmou que as declarações não deviam ser desviadas do contexto (eu ouvi as declarações do senhor ruas em que disse (e cito de memória): as populações reclamam por uma manilha para a àgua, nós construimos a manilha e vêm os fiscais multarem-nos. o que deviam fazer da próxima vez é arranjem lá um grupo e corram-nos à pedrada.
disse mais uma série de boçalidades como 'mas quem conheçe esses senhores?' (como se fosse o conhecimento público dum fiscal que o legitimasse..) e que quando o treinador de portugal fala em mata-mata não quer dizer matar (é preciso ter um qi abaixo de zero para se lembrar duma desculpa tão esfarrapada...)
a contexto é este, e mesmo que não fosse, o que isto mostra é que a insanidade alastra.


a insanidade e a impunidade.

27 de junho de 2006

Vaya una copa?


Então quem será este pessoal?

Esta é fácil, mas há mais...

A Biblioteca a ARDER!



Afinal qual destas bibliotecas da Vieira da Silva está a arder?

Os livros lidos nas estantes são como quadros nos armazens dos museus.

Eu também tenho muita livralhada, mas agora antes prefiro dar os livros a quem deles goste do que tê-los a apodrecer e a criar pó e bicho nas prateleiras. Depois de lido, o livro, que sabemos não mais reler, deve passar de mão ou arder no fogo redentor, tal como fazia Pepe Carvalho, o detective de Montalban, também eles extintos. As cinzas, ao menos essas, são potássio que sempre pode ajudar novos frutos a crescer e adoçar.

Guardarei agora só os meu livros de consulta, os que deixei para ler um dia, os de releitura, os de afecto e estima e muitos outros destinados, primeiro, ao purgatório e depois, ao Inferno. O purgatório é o sótão da velha casa, pois agora já nem as bibliotecas os querem; o inferno é o fogo eterno.

Os livros velhos agora estão na Internet; os novos nas livrarias!

E é o josef a mandar tema. Assim não se fica a rir da Maria.

o gordo já facturou

neste momento estamos aos 7 minutos do brasil-gana e o bombo da festa dos jornalistas brasileiros já se tornou o melhor marcador de sempre da história dos mundiais de futebol e simultâneamente o melhor marcador deste (a par com outro).
para gordo, pesado, adormecido e outros piropos... o ronaldo não está nada mal.
e lá vai sorrindo com aquele ar de 'falam para aí que eu vou marcando...'

O que fica

Do Portugal-Holanda, além de até eu ter ficado nervoso com a coisa, a imagem que me ficará passou muito fugazmente na televisão e não me consta que esteja em fotografia - pelo menos não a encontrei numa pesquisa rápida no Google.

Trata-se da imagem de Deco e Van Bronckhorst após as expulsões, sentados nuns degraus, com pinta de putos apanhados a ir à fruta e a achar que o mundo é injusto, conversando pacatamente. À direita de Deco, um pouco afastado e manifestamente acabrunhado (porventura por ter sido catrapiscado com mais fruta que os outros) Khalid Boulahrouz, o outro expulso da Holanda. Este trio tinha um ar tão infeliz que só apetecia mandar alguém lá dar-lhes mimo e dizer "vá lá, vá lá, depois passa...".

O resto, para mim, não lembrará. Ok, talvez o remate para golo do Maniche. Mas isso é o meu lado animal a vir ao de cima.
A Arrumação Livresca

arrumar livros, eis algo para o qual ainda não descobri um método que me permita a fácil descoberta do livro que busco! já tentei arrumá-los por género (romance, poesia, dicionários...), por nacionalidades (portugueses, espanhóis, franceses...), actualmente tento arrumá-los por autor... mas existe algo que nunca funciona bem. talvez seja por cada um ser do seu tamanho, por os livros serem algo irrequietos & não gostarem de paraem sempre na mesma prateleira... mas talvez um dia, eu consiga encontrar o livro que procuro em menos de 1 minuto!

a propósito do portugal-holanda de 2006, veio-me á memória o portugal-brasil de 1966


todos os países têm uma memória selectiva e um amnésia conveniente.

a propósito deste campeonato do mundo muito se tem falado do mundial de 66 e dos seus heróis.
dos choros do eusébio, do vicente que secou o pelé. da garra e da valentia, do roubo perante a inglaterra, da recuperação face à coreia do norte.

olhando hoje o resumo do jogo portugal-brasil desse campeonato a única coisa que nos devia fazer sentir era vergonha.
os jogadores portugueses massacraram literalmente os brasileiros.

pelé saiu em ombros a chorar e depois do jogo disse que não voltava a jogar futebol.
se aquele jogo tivesse sido hoje, portugal ia muito mais cedo para o balneário porque ao fim de 30 minutos já só teria os 7 jogadores que o impediam de continuar.
falar do mundial de 66 e esquecer o jogo mais vergonhoso da história do futebol português não nos fica bem.


mas ganhámos ao brasil, suprema glória

o eixo coimbra-figueira está a ficar insane...

o responsável da pj pela investigação ao crime económico em coimbra, que entre outras coisas é o responsável pelas investigações que caem sobre a associação académica de coimbra sad e o seu presidente, é o novo vice-presidente da naval 1º de maio, cujo presidente da direcção a que agora pertence é um dos arguidos do processo 'apito dourado'....

A estranha vida sexual dos livros

Eu acho que os meus livros têm vida sexual intensa e produtiva porque cada vez mais ocupam a casa toda.
Não sei o que acontece à noite. Penso que o Miller anda em frenética actividade. Encontrei a fotobiografia da Natália Correia caída no chão e parece que sopra sempre uma tremenda ventania nas estantes. Acho suspeito estarem sempre desalinhados. Às vezes noto-os corados. Ofegantes. Refastelados. Esvaziam-me as garrafas.( The piano has been drinking, not me, not me, not me, not me, not me) Outro dia estava escrito na casa de banho " Exigimos uma maternidade para a Rua José Falcão!". Eu repliquei, como entidade patronal: " têm a Alfredo da Costa que é perto!". Malcriados.
Resultado, procriam em casa os impertinentes. Há também um lar de Terceira Idade julgo eu. E uma secção de pedaços de livros estropiados que tenho para colar. Estão sempre a reclamar aliás.
Quando trago livros novos para casa, passam por uma quarentena e ficam aparte enquanto os não leio. Depois tento integrá-los. Nunca é muito fácil. Os que já têm lugar cativo, recusam-se a desviar um pouco para os novos caberem. Tenho que forçar. Depois ameaçam com o Apoio à Vítima. Delatores.
Arrumá-los? Eu bem tento. Autores estrangeiros para um lado, Poesia para outro, Portugueses para lá, ficção científica para cá, policiais para outro, história, cinema, sei lá eu que mais. Mas eles convivem E são pouco ortodoxos e criteriosos nas escolhas de companhia. E depois às vezes escondem-se: dá-lhes gozo ver-me de rabo para o ar ou empoleirada numa cadeira à procura dum deles. Às vezes ouço uns risinhos de gozo. "a gaja tá pitosga como o caraças".
Ontem à noite, antes de adormecer, ouvi de novo as vozes: "a gaja anda a fotografar-nos muito. E há aqui menores. Bora chamar o Diap?""Bora!!"....grrrrrrrrrrrrr!
A empregada disse-me : não consigo limpar o pó a todos. Mal ela sabe como eles são...

Era uma vez o rei Sócrates

Chegou a uma terrazinha alentejana e disse: Bom dia meus senhores...vamos lançar a banda larga..que vai ser uma revolução para Portugal, como foi a da electricidade no século dezoito..ops...dezanove!

(soubessem os revolucionários franceses da existência da electricidade e adeus guilhotina, viva a cadeira eléctrica).

TPC: Só se tiverem morrido...

Isto é, os livros. Eu arrumo-os por temas. Muito bem arrumadinhos.
Passado um tempo estão todos misturados. Juro que não faço nada para que tal aconteça. Espalham-se pelas prateleiras, aparecem sobre mesas, debaixo de móveis, suspeitamente aos pares e aos trios. Poesia misturada com livros sobre física quântica. Romances com a teoria do caos. Um livro de ensaios ensanduichado entre uma descrição da internet dos primeiros tempos e literatura do século XIX, sob o olhar atento de artigos sobre prevenção do cancro. Os livros do Philip Roth são dos piores, sendo vistos por vezes embrulhados em números antigos do Expresso e da Time.

Volto a arrumá-los. Passado um tempo a cena voltou ao mesmo.
Ah, sim, e os discos participam frequente na rebaldaria.... mas este post está a tornar-se perigosamente desviante.
É melhor ficar por aqui.

TPC : como arrumam os livros

Como se tem falado aqui imenso de livros, fiquei a matutar numa coisa, como é que vocês organizam os livros?
Eu ainda ando para descobrir a organização perfeita para mim, por muito que os tente arrumar por secções: prosa, poesia, livros ainda não lidos, a confusão instala-se passado menos que uma semana.
É terrível constatar que sou uma desorganizada que vive entre pilhas de livros que se misturam (ando com a séria impressão de que o meu livro de poesia da sexton anda apaixonado pelos cadernos da escola e que os da atwood se andam a entender com os do vila matas).
E enquanto escrevo este post, estou ladeada de duas pilhas pequeninas com os livros que uso mais para alimentar o meu blog.

as mulheres de barcelos mobilizaram a população para a porta da maternidade

espera-se uma grande noite de sexo para justificar a maternidade em funcionamento

Mais uma cega-rega: A FLOR NO CUME...

Como não consigo publicar o powerpoint que está giro, musicado e cantado, vai a letra. Mas quem quiser, é só pedir que envio por mail ou para quem possa publicar, já que o meu ftp se foi:




O CUME

No alto daquele cume
Plantei uma roseira
O vento no cume bate
A rosa no cume cheira.

Quando vem a chuva fina
Salpicos no cume caem
Formigas no cume entram
Abelhas do cume saem.

Quanto cai a chuva grossa
A água do cume desce
O barro do cume escorre
O mato no cume cresce.

Quando cessa a chuva
No cume volta a alegria
Pois torna a brilhar de novo
O sol que no cume ardia !!!

26 de junho de 2006

Vez da maria prantar tema. Et voilá.

tpc: leituras de wc

no wc geralmente leio revistecas daquelas corrosas e em falta disso a parte de trás dos produtos utilizados lá.



+

LeiTuRaS

tenho sempre um stock de literaturas, o pior que me poderia ocorrer era sentar-me e descobrir que nada tinha para ler... nem que seja o jornal daquela cadeia de supermercados alemã.

los de abajo, ou as ganas de cantar

imaginem a mistura dos mano negra/manu chao com os negresses vertes e os rage against machine.
tudo isto servido, com ska, mariachi, reggae, cumbia, mambo, merengue, salsa e rock.
o resultado é uma permanente festa combatente.

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os los de abajo foram roubar o seu nome a um dos míticos romances mexicanos.
'los de abajo' foi escrito por mariano azuela em 1915 e foi um dos percussores da literatura da revolução mexicana. mariano azuela trabalhou como médico de campanha junto das tropas revolucionárias mexicanas que combatiam o ditador victoriano huerta.

é deste romance que os 'los de abajo' vão buscar a fonte inspirativa para o nome e a acção.
é a defesa dos 'chilangos' contra os que ostentam nos seus carros "haz patria, mata un chilango"
(cybertropic chilango power é o seu segundo trabalho).

hoje, a banda sonora cá em casa é este grande disco
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um memoravel concerto em los angeles gravado em duplo cd para a posteridade.

e atenção ao verão... os los de abajo virão a portugal para animar as hostes.


a festa está garantida !!!

o proença

ao ler o blog do pinto de sá tive uma espécie de não sei o quê, que é melhor não dizer.
fala do seu passado conspirativo com os nomes reais das pessoas, publicas e não públicas, quer queiram que os seus nomes sejam publicados ou não relativamente a coisas que fizeram sem que quisessem que fossem conhecidas.

de repente comecei a ver falar de amigos que fizeram a instrução primária comigo, companheiros de discussões no muro dos 4 caminhos, no mina velha, no minabela.
ali estavam eles e as suas casas no bairro económico a vir ao público.

e lá estava o proença.

o zé manel (o proença) foi meu companheiro 4 anos na primária. fazia parte do grupo do bairro: o paulo, o beato, o mendes, o zé manel, o alexandre...

sempre foi um aluno brilhante.
aluno da primeira fila.
a professora sempre ordenou os alunos em função das suas classificações nas 'provas', para que houvesse uma espécie de competição permanente entre todos que começou no primeiro dias de aulas: alunos que já sabem ler para um lado, os que não sabem para o outro.
grandes futeboladas no terreiro das traseiras da escola, frente ao quartel. e na praça central do bairro.
quando acabámos a primária separamo-nos. eu fui trabalhar, ele continuou a estudar. raramente nos víamos. pelos nossos 18 anos voltamos a cruzar caminhos.
nos 4 caminhos que eram o centro do mundo de queluz.
uma passagem dele pelo coro de queluz voltou a cruzar-nos os caminhos que a partir daí sempre se voltaria a repetir com mais ou menos frequência. em queluz ou nos fins de semana no lizandro.
depois vieram os tempos dele do técnico, a sua ligação aos movimentos estudantis (onde se juntou ao irmão mais velho do paulo, nosso colega de primária... e ao pinto de sá).
sempre andámos por zonas divergentes. sempre fomos discutindo. os dois empenhados em mudar o mundo (os tansos. como diria agora o pinto de sá... ) por caminhos diferentes. mas sempre amigos.
pelos idos de 73 o bairro levou uma razia e uma boa parte dos meus amigos de lá foram presos.
sempre se disse quem foi o culpado de tal razia.
não posso nem quero garantir, mas também tenho as minhas razões para achar quem falou mais do que devia.

há poucos anos voltei a encontrar o paulo num restaurante de algés.
falámos horas sobre os anos que não nos víamos. e falava-me ele do zé-manel:
- tens visto o zé manel proença? está um trapo.
problemas familiares, laborais, bebida... tudo numa amálgama que tinham transformado completamente um homem brilhante. passado pouco tempo, ao beber um café na área de serviço da bp em massamá, aparece-me o zé manel ao lado.
barba de muitos dias por fazer, casaco de cabedal a pedir caixote do lixo. uma sombra triste do amigo que sempre conheci.
perguntei-lhe se estava tudo bem. dizia que sim com ar de dizer que não e de quem não se sentia bem ali.
saiu e nunca mais o vi.

ler sobre o proença nos escritos do pinto de sá, fizeram voltar as duas imagens do zé manel:
a do brilho e a da sombra.

Tepecê

Tenho um banquinho na casa de banho,frente ao trono, para guardar sempre qualquer coisa para ler.
O conteúdo é variável. E pouco ortodoxo.

Por mais que eu seja rápida nessas artes do deitar fora, sinto-me insegura caso não tenha nada em armazém para ler. Geralmente reler.

Quando era miúda, escondia no roupeiro da roupa suja, os livros do Jorge amado que não me deixavam ler. Isso é que eram horas na casa de banho. A minha mãe chegou a pensar que tinha prisão de ventre:)

Ultimamente dei em fotografar pilhas de livros...valha-me Deus:)

separados à nascença

Figo e Sam the Eagle



TPC

Eu tenho sempre à mão o jornal Público. As crónicas do eduardo prado coelho são excelentes, sobretudo para prisões de ventre, e quando falta o papel higiénico...

TPC da T

T: não leio nada na casa de banho. Normalmente sou muito despachada, não tenho tempo para isso nem gosto, apesar de ter sempre PC Guias à mão.
Ainda bem que voltaste T, fazes-me muita falta e esta semana precisei muito de ti :)

tepecê: quem lê o quê no wc.

Falava o Henry Miller dos livros que todos lemos, às escondidas dos pais, quando miúdos.

O local do crime era a casa de banho. Diz que conversando com a mãe dele, tinham lido os mesmos livros na clandestinidade e no mesmo local.

Ora bem...TPC de hoje....o que estás a ler na casa de banho? Ou que reserva de leitura está lá armazenada...clandestina ou não. Contem à gente.
Patinhas? Poesia? Policiais? Ficção? O que facilita a evacuação ?
:)

25 de junho de 2006

Agora, os ingleses

No scout dessa partida já se vê que foi a mais violenta da história das copas. Nunca antes uma partida havia terminado com quatro expulsões e treze cartões amarelos. (Os cartões, aliás, foram inventados por causa dos argentinos; no jogo deles com a Inglaterra, na copa de 66, Rattín, capitão argentino, foi expulso, mas não entendeu o que dizia o árbitro, e foi uma confusão para tirá-lo de campo. Daí inventarem os cartões, como códigos para advertências e expulsões.)

Eu acho que Portugal jogou muito bem, especialmente Miguel, Figo e Maniche. O Costinha foi expulso bobamente; já o Deco merecia ter ido para fora já na pancada criminosa que deu no holandês - assim como aquele holandês de nome impronunciável que quase matou o Cristiano Ronaldo também tinha que ter ido pro chuveiro mais cedo. Holandeses, aliás, que mostraram muita afobação e pouca cabeça, e foram muito deselegantes ao não devolver uma bola a Portugal, posta fora para atendimento médico. Perderam com justiça.

Parabéns aos amigos de Portugal. A Inglaterra, pelo que vi, não está jogando nada, e pode perfeitamente ser batida.

Gatos e futebol

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O Vicente caga no Mundial: eats, shoots & Leaves parece-lhe um melhor encosto.
.......

A mona arranjou poiso fofo para dormir. Não é futeboleira.
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A América sai ao padrinho Américo. Está à janela a namorar as bandeiras

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Fuerteventura/2006

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Este ano para já, Fuerteventura, Ilhas Canárias.
Uma ilha árida, comprida e a ser completamente destruída por uma noção de turismo dos anos 70.
Espero que os majorenos acordem a tempo. Nas fotos guardo a melhor das recordações. Mas existem alguns recantos a explorar.
E dou-vos uma secazita...para variar:)
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o direito à opinião, à resposta, e ao esclarecimentos das ideias

escrevi há uns dias um post sobre o livro de pinto de sá.
respondeu ele em comentário sobre o que achou bem ou mal no que escrevi e alguns esclarecimentos sobre o que pensa.

como os posts ficam aqui para sempre e os comentários não, aqui fica registado a opinião de pinto de sá.
e todas as que entender fazer sobre a sua pessoa serão passadas a post.
e, pela minha parte, se quiser juntar-se aos da casa, eu mando o convite para escrever.
nós gostamos da diversidade.

Caro Carlos, gostei do seu "blogado" desassombrado e sincero.Mas deixe-me só esclarecê-lo num ou dois pontos:1 - Não é verdade que "uma boa parte das pessoas que passaram pelas organizações m-l sinta frequentemente a necessidade de mostrar o seu arrependimento público". 32 anos após a queda do fascismo, creio que minha posição é a PRIMEIRA E ÚNICA. Pelo contrário, o que a grande maioria dos antigos m-l gosta de fazer é apresentar o seu passado como o de uma actividade libertária e pacifista, portanto percursora da democracia em que vivemos, o que como o livro demonstra, é uma reescrita da História.2 - Não é verdade que digam que digam que queriam pertencer aos grupos m-l para terem amigos. Dizem que o fizeram por causa de questões de consciência e convicção ideológica. EU É QUE DIGOPinto de Sá Email Homepage 06.25.06 - 11:03 am #

QUE ISSO é FALSO, no livro. Uns queriam-no por protagonismo e desejo de poder pessoal (os líderes), os tanso como eu é que queriam ter esses por amigos.3 - Também não é verdade que se todos tivessem feito como eu (falado na prisão) a dituadura ainda aí estaria. Na verdade, dos m-l 99% também traíram na PIDE, que desmantelava regularmente aqueles grupos m-l. Mas isso foi irrelevante para a permanência da ditadura, por que a deitou abaixo não foram os rsistentes mas sim o seu próprio pilar fundamental, as suas Forças Armadas.Cumprimentos cordiais,Pinto de Sá Email Homepage 06.25.06 - 11:07 am #


Agradeço, com efeito, que me emende as gralhas. Foram fruto de uma excessiva pressa na escrita.Quanto aos valores essenciais que menciona, deixe-me dizer-lhe que, modéstia àparte, é precisamente o que encontra no livro que escrevi. Relativamente à sua opinião das causas da queda da ditadura de que o MFA foi o instrumento, concordará que é só uma opinião e que a sua demonstração envolveria grandes dificuldades.Por outro lado, não nego o valor da resistência à ditadura, mas do ponto de vista moral. Do ponto de vista político, foi pouco relevante para a sua queda. Sem as Forças Armadas que aliás tinham sido quem criara a ditadura, esta não teria sido deposta tão cedo. Aguentara 50 anos e nada fazia prever que não estivesse capaz de aguentar muitos mais.Não pretendo desvalorizar o valor moral, repito, da resistência. Mas sejamos realistas...Pinto de Sá Email Homepage 06.25.06 - 12:56 pm #

Livros das minhas férias

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Pilha que seguiu na malinha de viagem. Toda lida ao oitavo dia.
Critério de selecção: não serem livros demasiado pesados (em quilos) e estarem em agendamento de leitura.
Deliciei-me com o Henry Miller.Já reli partes. Concorde-se ou não com os gostos dele e sendo o livro de certa forma datado (o livro é de 1952) tem uma vivacidade espantosa.
Dele retive várias coisas e sobretudo fez-me pensar em muitas outras e sobre mim mesma.
Retenho este excertos. Muitos se seguirão, este é um livro que me marcou.

Citando Giono, um dos seus autores favoritos :

"Quando uma pessoa tem um hálito puro", disse o meu pai, pode apagar feridas em seu redor como se fossem candeeiros".
Mas eu não estava tão certo assim e retorqui: "Se apagares todas as luzes, Paizinho, deixas de ver". Nesse momento os olhos de veludo estavam calmos e olhavam para lá da minha juventude radiosa . "É verdade", observou ele,"que as feridas iluminam . Isso é verdade. Passas muito tempo a ouvir Odripano. Ele tem experiência. Se consegue manter-se jovem entre nós , é por ser um poeta. Sabes o que é poesia? Sabes que o que ele diz é poesia? Sabes isso filho? É essencial que o percebas. Agora escuta. Também eu tive as minhas experiências, e digo-te que tens de apagar as feridas. Se, quando fores adulto , souberes estas duas coisas, a poesia e a ciência de eliminar as feridas, então serás um homem"

De certa forma esta passagem veio-me à cabeça por causa dos haikus belissimos do Josef. Ou do soneto do Azinho. É bom este condão que a leitura tem de interligar tudo. E não sei se vos acontece mas há sempre coincidências extraordinárias. Da vida e não sou só. Ler é mais do que reter ou debitar, é sermos iluminados pelo que lemos. E é esse gosto que torna a leitura um privilégio único.

Timor, hoje

ISTO NÃO É UM BOATO. Isto é verdade hoje.

Caríssima amiga,

Acabo de receber este e-mail do Sebastião Geraldes Barba (sgbarba@gmail.com), que está em Timor (..)

Como sabem, a situação em Timor não é das melhores, de momento… Há já cerca de um mês que grupos de civis armados têm estado a queimar casas, matar pessoas e saquear tudo o que seja possível, pertença do Governo ou privada. Não interessa quem é, o que é ou o que fazer com as coisas – interessa, sim, espalhar o terror, o medo, o pânico. Por isso, as pessoas têm fugido para campos de refugiados dentro da cidade ou nos arredores. Alguns foram tentar abrigar-se nas casas de familiares, nas montanhas fora de Díli, com a dificuldade de não haver nem espaço, nem comida para eles.

A situação destes refugiados é muito complicada: 1º- o medo em que vivem, muito fruto dos medos ressuscitados agora, de feridas reabertas, de sofrimentos mal sarados; 2º- a fome, frio, más condições de higiene, falta de privacidade… etc! A verdade é que o Governo, juntamente com a ONU e ONGs nacionais e internacionais, tem tentado distribuir comida pelos campos (essencialmente arroz), mas o stock está a chegar ao fim e há poucas possibilidades de conseguir repô-lo a tempo. Estamos preocupados!

Muitas destas famílias endividaram-se para poderem alugar "anggunas" (camiões) para fugir e, agora, não têm com que comprar géneros para sobreviver. Mesmo já havendo mercados e lojas abertas, como há pouca gente a trabalhar, há pouca gente a receber, logo, não há poder de compra. Isto leva a problemas gravíssimos que dificilmente terão solução a curto prazo.

De momento, nós (Sebastião e Filipa) estamos a trabalhar juntamente com a HOPE (uma ONG local dedicada às crianças) e a UNHCR (United Nations High Comission for Refugees). Hoje, disseram-nos desta última que já não nos podiam ajudar mais, pois têm escassez de produtos! Vamos tentar a UNICEF, o Ministério do trabalho, a OXFAM (higiene) e o WFP (World Food Program) a partir de amanhã. De qualquer modo, pensamos que a ajuda dispensada ficará sempre aquém das verdadeiras necessidades! Parece que, por aqui, todos se preocupam muito em ter reuniões e almoços de negócios em sítios com ar condicionado e esquecem-se facilmente que há gente à chuva, a viver em condições degradantes e a morrer de doenças e fome! É incrível o pouco que se faz e o tanto que se parece fazer… É muito triste e deixa-nos muito desiludidos.

Até agora, fomos conseguindo arranjar algum dinheiro… Uma amiga nossa levantou 10.000 Dólares da sua própria conta e ontem já só tinha 800! Contudo, continua a não ser suficiente!! E nós só estamos a ajudar num campo de refugiados, em Metinaro, com cerca de 3000 pessoas e o orfanato desta nossa amiga, em Gleno, que tem cerca de 30 crianças e alguns adultos, mas que alimentam vários refugiados das redondezas.

Não tem sido fácil lidar com tantos sentimentos, especialmente com a impotência!

Por isso este e-mail! Gostaríamos de pedir a vossa ajuda e contribuição.
1Euro, 2, 3, 5, 10, 20, 50… o que puderem! De modo a que nós possamos
comprar alimentos (leite em pó, água potável, vegetais, massas, óleo de
cozinha e arroz – muito arroz!) e levar a estes dois locais, de modo a poder
chegar mais longe, a mais gente. Se pudermos ajudar pelo menos uma família,
já estamos a ajudar muito!

Não sabemos se em Portugal há alguma organização a recolher alimentos e outros bens primários para enviar para Timor. Caso saibam de alguma coisa, podem também sempre contribuir com géneros. Porém, estes bens, enviados agora por barco, demorariam 3 meses a chegar cá e a situação é urgente! Por isso pedirmos dinheiro por ser mais imediato.

A mãe da Filipa forneceu o número de conta dela, de modo a que possam depositar directamente, sem ter que estar com contactos e mais contactos.
Então, aqui vai:

Aqui vai o NIB certo! 0036 0036 99100342868 55

– Maria Luísa Vasconcelos Abreu Oliveira Martins. Depois ela deposita numa conta aqui de Timor, nós levantamos e fazemos o resto.

Desde já,

MUITO OBRIGADO por tudo! Pela ajuda, apoio, oração! Obrigada por nos ajudarem na nossa missão aqui!

Se quiserem passar a palavra a amigos, óptimo! Quantos mais souberem, melhor!

Um abraço muito amigo, saudoso,

Filipa e Sebastião

Muito cansada

Cheguei e coisa e tal. Viagem de dez horas, coisa pouca:)
O blog esteve belissimo:) Obrigado Josef e Maria!
Tpcs:
1- Sobre clitóris, gosto muito do meu.
2-Se um homem entrasse no café e coisa e tal...Nunca páro quieta num café, mas admitindo que estivesse a deglutir um pratinho de caracóis no Senhor e me aparecesse um gajo a dizer isso...bem..se fosse realmente interessante calava-se e deixava-me comer em paz.
E se me viesse com parpalatices sobre olhos e coisadas assim acho que o despachava logo para alguém com mais espírito caritativo do que eu.
3- Feiras: gosto de tudo o que é feiras mas em registo rápido. Cansa-me muita barraca e odeio regatear.
4- Acho que me faltam tpcs. E descobri um bom tema em férias. Mas amanhã trato disso.

as mawaca, ou mais uma banda de gajas

já aqui escrevi sobre muitas bandas de gajas.
as belgas laïs, as francesas, com meia equipa 'portuguesa', evasion, as galegas faltriqueira, as finlandesas värtina, e várias outras que eu gosto muito de bandos de gajas com pelo na venta e sangue na guelra.

hoje trago aqui as paulistas mawaca.

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este bando de gajas começou nos anos 90 a cantar à capella um vasto conjunto da chamada 'música do mundo', num leque que vai das portuguesíssimas 'as sete mulheres do minho' ou 'alvissaras', à musica sefardita, grega, japonesa, africana ou brasileira por particular destaque para a nordestina e de cordel.

ouvir angélica leutwiller, christina guiçá, cristiane miguel, magda pucci, sandra oak, susie mathias e zuzu abu abrir as goelas e montar o rico espectáculo visual (infelizmente só as conheço em vídeo) e sonoro é um deslumbramento.
e essa veia cénica levou-as a serem convidadas pela 'portuguesa' ruth escobar a compor e cantar a banda sonora do seu espectáculo 'lusíadas' em 2001.
as mawaca são um caso muito sério.. a seguir com muita atenção.


e este ano vêm cantar a portugal.

24 de junho de 2006

Os Sonnets from the Portuguese e um delírio português

Deu-me para aqui hoje:

How do I love thee? Let me count the ways.
I love thee to the depth and breadth and height
My soul can reach, when feeling out of sight
For the ends of Being and ideal Grace.

I love thee to the level of everyday’s
Most quiet need, by sun and candle-light.
I love thee freely, as men strive for Right;
I love thee purely, as they turn from Praise.

I love thee with the passion put to use
In my old griefs, and with my childhood’s faith.
I love thee with a love I seemed to lose
With my lost saints, – I love thee with the breath,

Smiles, tears, of all my life! – and, if God choose,
I shall but love thee better after death.

Elizabeth Barrett Browning
Sonnets from the Portuguese

É um dos poemas da minha vida (e de muita gente, aliás). Por isso, resolvi dizê-lo eu:

De que modos te amo? Deixa-me contar-te.
Amo-te até ao fundo e extensão e altura
Que a minha alma alcança, quando se sente oculta
No recôndito do Ser e da ideal Graça.

Amo-te ao nível das mais plácidas necessidades
Do dia a dia, seja ao sol ou à luz da vela.
Amo-te livremente, como os homens lutam pelo Bem;
Amo-te puramente, como eles se afastam do Elogio.

Amo-te com a paixão gasta nos meus
Desgostos idos, e com a minha fé de criança.
Amo-te com um amor que parecia ter perdido
Com os meus santos antigos, – amo-te com o alento,

Sorrisos, lágrimas de toda a minha vida! – e, se Deus quiser,
Ainda te amarei melhor depois da morte.


tpc atrasado

estava no café
embrenhado a ler o jornal, como de costume.


na mesma mesa de sempre

de repente ela entra.
o andar sensual, o sorriso aberto e confiante.


olha-me com aqueles olhos deslumbrantes...
aproxima-se de mim..
baixa-se...
e diz-me olhando-me nos olhos:



- importa-se de desviar o jornal para eu me sentar?

23 de junho de 2006

O Bom, o Mau e o Vilão

Maquineta diz:

comprei o dvd do "o bom, o mau e o vilão"

Herr_k diz:

excelente filme

Herr_K diz:

melhor de tudo: sem mulherio!

Maquineta diz:

lol

Herr_K diz:

só se vê uma gaja durante o filme todo

Herr_K diz:

e leva logo uma bala na tromba

Lamechiches

Deve ser a cena mais batida de todos os tempos. E a mais lamechas. Do filme Aconteceu No Oeste, do Sergio Leone. Filme que não é um filme: é uma ópera.

Lembro-me assim: a Claudia Cardinalle chega, vestida de preto, cara de luto (e aqueles olhos imensos), a música de Morricone a abrir...Claudia olha para uma mesa com as pessoas (uma família) que tinham sido assassinadas pelos cowboys, e o olhar é dirigido num travelling ao longo da mesa até que, no pico de intensidade da música, chega ao rosto de uma criança assassinada; plano do rosto de cláudia e fecha-se a sequência.

Eu senti arrepios na espinha. E agora volto a sentir ao reouvir a banda sonora.

a lampreia mudou muito pouco nos últimos 100 milhões de anos

a lampreia mudou muito pouco nos últimos 100 milhões de anos...

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e espero que continue assim tão deliciosamente boa nos próximos 100 milhões.


não que eu espere viver tanto tempo...
...mas porque devemos deixar para os nossos descendentes algumas das melhores coisa da vida.



para os curiosos:
revista nature
the lancelet

TPC

Estou sentada numa mesa do seu café favorito. Um homem cativante senta-se à tua mesa sem pedir licença. Olha-me fixamente e diz:
- Há muito que a observo quando vem a este café. Gostaria de a conhecer melhor.
- Pois, também já o tinha visto por aqui, mas normalmente à noite (riso nervoso)...
(silêncio)
- Era capaz de jurar que a conhecia de outro sítio. Por acaso não vive no Cacém?
- Não, vivo aqui perto, numa rua paralela a esta.
- Não tem família em Freixo de Espada à Cinta?
- Não, tenho família no Norte, mas...
- Por acaso não se chama Isabel?
...
Toda a gente, quando me conhece, diz que conhece alguém parecido comigo num lugar distante do país, qualquer dia vou organizar um Encontro Nacional de Pessoas que se Parecem Comigo.
E toda a gente diz que tenho cara de Isabel.

tpc das visitas

o antónio do diário dócil mandou este tpc


Estou sentado numa mesa do meu café favorito. Uma mulher cativante senta-se à minha mesa sem pedir licença. Olha-me fixamente e diz:
- Há muito que o observo quando vem a este café. Gostaria de o conhecer melhor. Traz a braguilha aberta todos os dias e não acredito que seja por distracção: que religião milita?

tpc

Estou sentada numa mesa do meu café favorito. Uma mulher cativante senta-se à minha mesa sem pedir licença. Olha-me fixamente e diz:
- Há muito que a observo quando vem a este café. Gostaria de a conhecer melhor. Olhe. Eu já fui tão gorda como a menina..até me caiam os sobrolhos com a gordura.
[silêncio]
A menina já conhece a dieta herbatreta, funciona às mil maravilhas!!!

depois dá-lhe um pequeno encontrão e aponta para o seu autocolante no peito e diz: «vá, vá, pergunte-me como»
(adenda do antónio do diário dócil)

enfrentar o boi pelos cornos, ou chutar para canto?


cerca de 80 000 cidadãos portugueses subscreveram uma petição à assembleia da república com vista à realização de um referendo sobre a lei da reprodução medicamente assistida.

podiam ter escolhido uma outra questão simples como a das células estaminais, mas escolheram esta... a facilidade de escolha em referendo de sim ou não é igualmente tão fácil.

perante esta petição, a assembleia da república teve duas alternativas:
tomar uma decisão
ou chutar para canto.

do meu ponto de vista, os dois partidos que tiveram a iniciativa de enquadrar os seus simpatizantes para que organizassem uma petição sobre este tema, revelam não apenas desonestidade política como total falta de bom senso e/ou um mínimo aceitável de massa encafálica utilizável.
fazer um referendo sobre uma matéria tão complexa do ponto de vista científico como legislativo é brincar com as pessoas, desprezar a ciência, é fazer golpada legislativa apelando ao sentido mais populista e temeroso dos portugueses.

mas que fazer perante tal situação?
a assembleia da republica fez o pleno da asneira.
não só não discutiu o assunto, como se recusou a dar resposta aos 80 000 cidadãos que democraticamente fizeram a petição a que têm direito e anda de adiamento em adiamento até que não seja possivel tomar uma decisão por ter acabado a sessão legislativa.

assim não vamos longe.
com a assembleia dividida entre deputados sem cérebro e sem tomates (alguns têm as duas caracteristicas), a coisa não se afigura fácil...

TPC

Estou sentado numa mesa do meu café favorito. Um homem cativante senta-se à minha mesa sem pedir licença. Olha-me fixamente e diz:

- Há muito que o observo quando vem a este café. Gostaria de o conhecer melhor.

- Joao...? Joao?! A tua mulher sabe que andas a engatar gajos nos cafés?!

- Não, pá! Achas?! Aquilo lá por casa tá mal... os filhos, o trabalho, a mulher... ainda bem que a minha sogra já morreu porque senão era mais uma a chatear!

- Fodido! Bem, queres ir beber umas cervejas e ir ao cinema?

- Ok!

- Entao, siga para bingo.

TPC

Estou sentado numa mesa do meu café favorito. Uma mulher cativante senta-se à minha mesa sem pedir licença. Olha-me fixamente e diz:

- Há muito que o observo quando vem a este café. Gostaria de o conhecer melhor.

- E isso fica por quanto?

- Estúpido! Adeus

-Adeus

TPC: E se um(a) desconhecido(a)...?

Estás sentado(a) numa mesa do seu café favorito. Um homem (mulher) cativante senta-se à tua mesa sem pedir licença. Olha-te fixamente e diz:

- Há muito que o(a) observo quando vem a este café. Gostaria de o(a) conhecer melhor.

Conta o resto da história. Pode ser o diálogo subsequente, pode ser a descrição de tudo o que se segue mais tarde.

A pessoa está a olhar-te nos olhos e espera a tua resposta. É a tua vez de construir o futuro.

22 de junho de 2006

Música preferida

Para quem gosta de saber os álbuns preferidos dos músicos.

Parte 1

Parte 2

tpc da tarde

os malcolm interview foram uma daquelas obscuras bandas semi-profissionais (ou semi-amadoras, como lhe quiserem chamar) que teve uma curtíssima carreira entre 85 e 89 (mudaram o nome depois disso para god's little monkeys quando se decidiram a uma carreira 'a sério').

a obscura carreira dos malcolm interview foi feita numa mistura de billy bragg com pogues:

folk/rock/punk/atitude na voz poderosa de jo swiss.

estranhamente, este muitísimo bom disco
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que chegou a ser votado como a 'novidade do ano' pela bíblia 'folk roots' em 88, desapareceu completamente do mercado, não sendo posível encontrá-lo... excepto nas mãos dos poucos que o têm.


felizmente sou um dos sortudos.

e o tpc da tarde é a sua digitalização.

Falando de bandeiras

O Brasil tem um hino à sua bandeira. Os primeiros versos talves sejam suportáveis: "Salve lindo pendão da esperança / Salve símbolo augusto da paz / Tua nobre presença a lembrança / Da grandeza da pátria nos traz". O resto desanda para menções ao nosso, dos brasileiros, peito juvenil, e etc. Não é feio; mas, enfim. Nos tempos da nossa ditadura, 1964-1984, tínhamos todas as sextas-feiras de cantá-lo, na escola. Era sempre o Hino Nacional (o velho e bom Virundum) e outro; às vezes o da Bandeira, às vezes o da Independência. Ou todos os três, se as turmas andassem falhando na disciplina. (O Hino da Independência, escrito por Dom Pedro, primeiro nosso, quarto de vocês, começa com aquele verso célebre, "Já podeis da pátria filhos", que todo mundo canta como "Japonês tem quatro filhos").

Até há algum tempo, era terminantemente proibido usar-se a bandeira para qualquer outra coisa que não fosse... bem, a própria bandeira. Dava cadeia usá-la para fazer uma camiseta ou uma bandana; rasgá-la, cuspi-la, maculá-la de algum modo era como um crime de lesa-pátria. Havia um tipo penal para vilipêndio aos símbolos nacionais. Não sei se ainda é assim; creio que não, porque já vi gravatas e biquínis feitos com ela. Mas é possível que nisso, como em tantas outras coisas, andemos relaxados.

Curioso notar que as cores da bandeira brasileira mantêm a lembrança da nobreza européia. O verde dela, por exemplo, é a cor da Casa de Bragança; o amarelo, se não me falha a memória, é a da Casa de Habsburgo. Quando da assunção da República, trocaram a esfera armilar lusitana pelo céu estrelado; e nossa divisa, "Ordem e Progresso", é afinal de um positivista francês, Augusto Comte. Difícil pensar em nacionalidade com uma bandeira tão cheia de importações.

Em todo caso, é o tal negócio: os países americanos, muito jovens e muito hesitantes quanto ao que sejam sob o sol, tendem mesmo a apoiar-se mais nessas coisas que as representem enquanto nações. Temos pouca história a nos legitimar: entre São Mamede e o nosso Grito do Ipiranga correram 794 anos...

Qualquer hora posto aqui as letras de alguns hinos nossos. É diversão garantida.

Flannery O'Connor

Aqui está um livro que fiquei com vontade de comprar. Ouvi a Clara Pinto Correia falar desta autora há muitos anos atrás. Contudo nunca cheguei a ver um livro da Flannery O' Connor numa livraria e com o tempo esqueci-me por completo. Graças à wikipedia relembrei. Mostrei à Maria que me mostrou esta tradução. Já pude ler um excerto aqui e pareceu-me excelente.

A frase que diz ser a maior escritora americana do século XX acho exagero, pois há autoras como a Carson McCullers. Mas eu nunca acredito no/a "maior".

Não. Não é literatura para mulheres.

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as bandeiras, os símbolos e as ortodoxias

as febres embandeirantes em épocas de grandes acontecimentos desportivas é um acontecimento relativamente novo (um pouco mais velho no brasil, tanto quanto sei).
ao contrário dos americanos que acham que família que não adore a bandeira como a cristo na cruz não é bom chefe de família, a tradição europeia sempre foi muito avessa à identificação bandeirística.
principalmente a esquerda europeia que sempre viu nisso uma manifestação nacionalista de mau gosto e pior ideologia.
por via do futebol (primeiro com os ingleses a transportar milhares de bandeiras para os estádios), as janelas da europa vão-se enchendo de bandeiras como afirmação de 'unidade nacional' do apoio à sua equipa ou de manifestação de orgulho por parte dos imigrantes em cada um dos países de acolhimento e com as correspondentes ruidosas manifestações de 'vingança' por cada vitória do seu 'pobre' país sobre o 'rico' acolhedor.

a resposta a esta nova febre tem tido, fundamentalmente, dois tipos de formas:
a repulsa pelo aviltar do símbolo nacional
e o desprezo que sempre mereceram tais símbolos, ainda por cima por tão reles motivo.

dois exemplos recentes ilustram bem essas reacções:
1. o psd propôs e fez aprovar na assembleia municipal de lisboa uma recomendação para que sejam retiradas da rua todas as bandeiras que tenham símbolos comerciais nelas inscritos.
2. a imprensa e os jornalistas do centro-esquerda do luxemburgo que acham uma manifestação intolerável de chauvinismo e de desrespeito pelo país de acolhimento a ostentação de bandeiras portuguesas nos carros e casas dos imigrantes lusos (aqui com o adicional da direita a exigir que se respeite a lei que obriga a que nenhuma bandeira estrangeira possa estar sózinha sem a correspondente tricolor luxemburguesa.

eu reconheço que continuo, sem razão, a associar esta bandeira à ditadura, porque foi assim que cresci com ela.
reconheço que acho relativamente irrelevante saber se a bandeira está virada do avesso ou de pernas para o ar ou se os castelos estão bem desenhados ou não.
que para mim é uma discussão de lã caprina saber se se deve respeitar a lei de fazer descer as bandeiras com o por do sol. e outras minudências parecidas como a percentagem de espaço destinado ao verde e ao vermelho, ou se fazem boxers ou t-shirts com as suas cores (coisa cnmpletamente ilegal ao abrigo da lei portuguesa...).
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aquilo que me faz ter atenção a esta questão, é a crescente importância que esquerda e direita estão a dar aos símbolos nacionais e a forma mais ou menos ortodoxa que encaram a sua apresentação pública..
e que, por exemplo, no luxemburgo ameaça tornar-se num foco de conflitos entre a comunidade portuguesa e os nacionais luxemburgueses.

A utilidade dos inventos!

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Parabéns

Não tive oportunidade de ver o jogo de Portugal contra o México. Começou às onze da manhã aqui no Brasil, pleno horário de trabalho. Vi dois minutos do final do primeiro tempo enquanto almoçava, o que não me deu idéia da partida (já ia em 2 a 1). Leio agora nos sítios que a vitória foi sofrida. Que importa? Venceram e é o que interessa. Classificaram-se merecidamente primeiros. Farão agora um jogo duro contra a Holanda, que será sem dúvida emocionante de se assistir.

Parabéns, amigos!

21 de junho de 2006

esforço, dedicação e recompensa

depois de ter feito, durante muitos anos, a sua carreira a ajudar os outros a ganhar,
depois de, nos últimos dois anos, ter sido o principal apoio de lance armstrong nas suas vitórias na volta à frança,
josé 'ace' azevedo torna-se no primeiro ciclista português a chegar a 'chefe-de-fila' de uma equipa considerada, nesse momento, a mais importante equipa de ciclismo mundial.


longe de significar que que isso o possa tornar o-melhor-do-que-quer-que-seja, esta escolha da equipa da discovery channel torna-o, isso sim, no ciclista que vai ser alvo das maiores atenções dos adversários e da comunicação social.

a ver vamos o que se passará nas estradas de frança com ian ulrich, ivan basso, popovich... e

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azevedo.


com esforço e combatividade poderemos contar.
com o resto...
daqui a duas semanas se verá

Cega-rega: Era e não era andava lavrando

Esta cega-rega tem várias versões. Esta vai corrigida de acordo com a que o meu pai recitava, que era mais sintética e ritmada, mas que infelizmente não decorei por inteiro.

Era e não era
Andava lavrando,
Chegou uma notícia
Que seu pai era D. Fernando.

Sentado de pé,
num banco de pau,
feito de pedra
Um jovem ancião
Bondoso e mau

A ler um jornal sem letras,
À luz de uma vela apagada,
Calado apregoava:
"A terra é uma bola quadrada"

E o pobre do Fernando,
lesto como o caracol,
sobe parede abaixo,
no seu jeito mole.

Bateu-lhe desafortunada a fortuna
e bem-afortunado o azar,
Antes do nascimento,
Sempre depois e nunca mais

Tinha o pai pra nascer
E a mãe pra morrer.
Que havia o moço de fazer?
Deitou os bois ás costas,
Pôs o arado a correr.

Quis saltar o valado,
Saltou um arado.
Se não era cão
Mordia-lhe um cajado.

Entrou numa horta,
Viu um pessegueiro
Carregado de maçãs,
Avelãs e fruta madura.

Veio de lá o dono dos pepinos:
- Ó ladrão dos meus marmelos!
Quem te mandou a tii andar a roubar as cerejas
Que tinha guardado
Prós meus meninos?

Agarrou num melão,
Atirou-lhe com um pepino

Acertou-lhe num artelho,
Fez-lhe sangue num joelho.

O elo que faltava: LINK da música francesa

http://www.malhanga.com/musicafrancesa/

antes, no intervalo, e garanto que após terminar, é este eargasm que me acompanha a tarde

richard thompson é um dos segredos mais bem guardados da história do rock.
aclamado como um dos mais brilhantes guitarristas e/ou compositores de historia da música popular, jamais atingiu um top de vendas onde quer que fosse.
aquele que é considerado um dos melhores albuns de sempre, e um dos meus favoritos heargasms (shoot out the lights), vendeu menos de 20 000 exemplares nos estados unidos, por exemplo...
tal como alguém afirmou a propósito dos velvet undergound, que só tinham meia dúzia de milhar de fans... mas que todos eles tinham formado uma banda, também com richard thompson a sua influência da música popular vai muito para além das vendas dos seus discos.
de bruce a david byrne é apontado como um dos expoentes do rock.

este disco


junta aquilo que os seus compiladores consideraram o melhor da sua ligação com a ex-mulher linda.
para mim bastaria o shoot out the lights e mudar o nome para best of mas, ainda assim, aqui juntam-se quase 80 minutos de pérolas de primeira qualidade.
linda tem uma voz absolutamente deslumbrante (oiçam-na na banda sonora do gangs of new york a cantar divinalmente o paddy´s lamentation... ) e tem, de facto, aqui alguns dos seus melhores momentos (falta imperdoável: não estar incluído o walking on an wire, do shoot out the lights).

este disco é um eargasm.

tratem-no como tal.