31 de dezembro de 2009
NÃO SE PEDE GRANDE COISA...
Sophia Mello Breyner Andresen sempre se admirou por as pessoas celebrarem a passagem do ano, dizia ela que o ano está sempre a passar. Há quem nunca deseje bom ano a ninguém, dizem que dá azar. E há a velha sabedoria que nos diz que os anos só são novos enquanto os novos somos nós.
Se viram um amável filme da norte-americana Nora Ephron, com Meg Ryan e Billy Cristal, “When Harry Meet Sally”, que, parvamente, em português se chamou, “Um Amor Inevitável”, o filme em que a Meg Ryan simula um orgasmo em pleno snack e, finda a performance, a cliente da mesa ao lado, que esperava para fazer o seu pedido, volta-se para o empregado e diz: “quero o mesmo que aquela senhora”, e certamente lembrar-se-ão que quase no final do filme, quando, numa festa de fim de ano, Harry reencontra Sally, começam a ouvir-se os acordes de “Auld Lang Syne”, e Henry diz que nunca entendeu o significado da canção pois diz que os velhos conhecidos devem ser esquecidos ou que se os esquecemos devemos recordá-los mas como recordar se já os esquecemos? Sally não tem resposta mas, sorrindo, acaba por lhe dizer: “seja o que for é uma canção sobre velhas amizades”.
Chegamos a bom porto: velhas amizades, lembrar os que já não estão connosco, com os que estão, os que ainda fazem do Natal a festa dos amigos, celebrar a amizade. sempre, enquanto não chega a hora do adeus. Fará isso.
Mas também quer deixar, aos viajantes que diariamente atravessam esta rua, aos contribuidores, que tentam que a rua continue viva, o desejo que a viagem, pelos dias do novo ano, seja uma viagem tranquila, ao mesmo que não quer deixar de lembrar a velha tia, que repetia sempre os mesmos votos de Ano Novo: “não se pede grande coisa: trabalho e saúde...”
E uma adivinha antes de 2010
"Nesta rua quando as velhotas como eu morrem, deitam tudo fora.
Eu sei, eu vejo-os abandonados. Já ninguém gosta destes cacos"
Adivinhais esta rua?
(hoje à tarde, tempo de chuva e trovões inopinados)
O Rui Pinto acertou: Rua do Machado.
A Árvore dos Mil Caramelos
Os desejos são muitos, a cada um corresponde um caramelo. Esta foi a prenda que a jovem menina que trabalha em minha casa me ofereceu, inventada por ela. Eu desde pequena e das vindas e idas a Espanha, tenho um tremendo fraco por estes doces. Eu conto como foi: mudou a toalha com ar despachado e colocou uma de Natal. Eu perguntei intrigada, mas eu tinha uma toalha dessas? A L respondeu com o seu ar de menina brincalhona, a Teresa não tinha, mas agora tem. O afecto é isto mesmo: não tínhamos e passámos a ter. E porque precisamos uns dos outros tremendamente é sempre bom conhecer o verbo mimar. Se todos os amigos aqui do Dias estivessem aqui, independentemente do estado dentário, teriam que comer um caramelo e formular um desejo.
Não sei porquê deu-me para o sentimento. Talvez por causa das provas de vinhoà tarde no Corte Ingles e da garrafita partilhada ao almoço. E agora é tempo de ir ter com os amigos. Porque o verbo gostar nunca se esgota, antes se multiplica.
Um muito feliz ano novo.De novo.
RICARDO REIS À CONVERSA COM LÍDIA...
“Hoje é o último dia do ano. Em todo o mundo que este calendário rege andam as pessoas entretidas a debater consigo mesmas as boas acções que tencionam praticar no ano que entra, jurando que vão ser rectas, justas e equânimes, que da sua emendada boca não voltará a sair uma palavra má, uma mentira, uma insídia, ainda que as merecesse o inimigo, claro que é das pessoas vulgares que estamos falando, as outras, as de excepção, as incomuns, regulam-se por razões suas próprias para serem e fazerem o contrário sempre que lhes apeteça ou aproveite, essas são as que não se deixam iludir, chegam a rir-se de nós e das boas intenções que mostramos, mas, enfim, vamos aprendendo com a experiência, logo nos primeiros dias de Janeiro teremos esquecido metade do que havíamos prometido, e, tendo esquecido tanto, não há realmente motivo para cumprir o resto, é como um castelo de cartas, se já lhe faltam as obras superiores, melhor é que caia tudo e se confundam os naipes.”
José Saramago em “O Ano da Morte de Ribeiro Reis”
Conseguem adivinhar antes de 2010?
Foto e imagem enviadas por Pedro Ferreira.
Parece-me um salão automóvel. No Coliseu, disse o Bic.
E o Rui Pinto completou:
Ora, segundo um comentário do user "pfalfa" à foto da stream da Gulbenkian no Flickr, o evento é:
"IV Salão Automóvel (1º em Lisboa), de 4 a 13 de Julho de 1925, no Coliseu dos Recreios"
Rituais de passagem ou rumo a um Novo Ano
(paisagem quotidiana)
Datas equivalem a meras convenções embora, por vezes, tragam a marca simbólica à existência de cada um, tendo sido ideia a conduzir ao post…
Ouvindo há dias um grande mestre britânico, cidadão do mundo, com um saber(também) trazido pela relativamente longa existência, professor orgulhosamente auto-proclamado como filho da working class que conseguiu enganar um determinismo muitas vezes indissociável não de quem tem mais mérito, mas de quem foi materialmente favorecido pelas circunstâncias e tendo dedicado uma vida a auxiliar outros a “iludirem o fatalismo social” , apreciei o seu conceito de «capital narrativo» segundo o qual, as vivências partilhadas de cada um são importantes no estabelecimento de um sentido para a existência. Receando tornar-me fastidiosa, pretende-se com isto dizer que quem não tem a sua narrativa pessoal e apaga memórias, vogando no cinzentismo dos dias, dificilmente conseguirá “convencer”, seja na governação, seja no dia-a-dia , seja em conversas mais ou menos casuais (ainda hoje recordo conversas marcantes com passageiros nunca mais ‘revistos’ em longas viagens de comboio…), seja naquilo que for. Ganha a constatação os contornos de um ‘cântico ao individual’ ( não ao individualista) à maneira de Whitman em One’s Self I Sing.
Por isso mesmo, a entrada num novo ano só se reveste de significado enquanto balanço do que se fez e do que se pretende (com maior ou menor sucesso) realizar, tudo o resto serão datas de calendário… e encare-se aqui cada ano como cada subida de Sísifo à montanha, sem rendições.
Passando em revista – meio século (ou um pouquinho mais) decorrido - este «ritual de passagem» ao longo dos tempos, elegeria como o ritual um ido 31 de Dezembro vivido pelas ruas da cidade em companhia de um ínfimo grupo de pessoas queridas. Ruidosas (e mais ou menos vistosas) comemorações, vivências muito distantes do país em verdadeira "Babel", jantares em casa de amigos e conhecidos, tudo perde expressão em frente a esse momento marcante. A noite estava chuvosa, o fogo de artifício a cair no rio acabou por resultar em fiasco, a travessia da passagem de peões sobre Belém revelou-se um momento bem-humorado pela feliz coincidência de encontros casuais com amigos, coisa impensável no meio da confusão de gritos e de gente a transportar espumante e copos descartáveis…
Em jeito de conclusão, fica o desejo de que o Novo Ano tenha (e as desculpas se for despropositado
desejar para os outros os votos pessoais) o valor simbólico de algo recheado de boas surpresas, muitas
delas
– poderá parecer utópico ou talvez de interesse exclusivo para a escriba – criadas no quotidiano através do “desligar” das coisas mais cinzentas, da capacidade de respirar fundo, de ver «verdadeiramente vista» uma paisagem , de mergulhar numa sonoridade com significado, de parar deliberadamente – de preferência em local aprazível - para passar em revista os acontecimentos diários…
Desejos a todos os que por aqui passam de um bom 2010, mesmo que as divagações possam surgir desprovidas de sentido (é que felizmente não somos ‘clones’ e cada um tem o seu capital narrativo).
Dona Laracha
30 de dezembro de 2009
Uma hipocalórica utopia
... E lá acaba por se esfumar a hipocalórica utopia... há que respirar fundo e prestar as devidas honrarias às generosas dádivas ainda natalícias . Como conclusão, nada como citar o pai de uma amiga ao olhar para os doces (e salgados, no presente caso) : «nunca se arrependam de fazer o bem».
Está sol, adivinhar depressinha!
O seu prato favorito era Bacalhau à Gomes de Sá
Cronologia para o ano de 1906
29 de dezembro de 2009
o quanto ele gosta que o desanquem...
entre muitas e muitas coisas que lhe foram dizendo pela vida, uma falava que deveria sempre ser homem de justiça e não de vingança. tentou seguir esse, como outros conselhos, a maior parte das vezes não conseguiu. deveria antes ter falado de umas músicas que um rapaz, viajando entre fajão e barcelos ou vice-versa, por costume e bom gosto vai ouvindo e em tempos aconselhou e ele foi à procura, umas encontrou, outras não e falaram-lhe de outras, em vez de se meter em parvoeiras sobre o disco de natal de mr. zimmermenn. lida a ensaboadela que levou pelo cair da tarde, nada mais tem a dizer para além de que já o ouviu alto e baixo, em desbunda e sereno, pelo que devia ter estado quietinho como o dudu lhe dissera e ele não quis ouvir. casmurrices de velho. mesmo assim, no meio do vinagre do texto que bolsou, ainda deixou que Dylan escreveu das melhores canções do século e depois de dezenas e dezenas de rascunhos já não vai, como um dia prometeu num comentário deixado no “Alfobre” do César Ramos, alinhar o tal ajuste de contas com mr. Zimmermann, de quem para o resto da vida ficará órfão. quando a encontrar, pedirá desculpas à joan baez por ter sido incapaz de escrver o panfleto. ela vai compreender. está certo disso. e vai deixar mr. zimmermann em paz…
“If you see me this way
You’d come back and you’d stay
Oh, how could you refuse
I’ve been living the blues
Ev’ry night without you”
“If you see me this way
You’d come back and you’d stay
Oh, how could you refuse
I’ve been living the blues
Ev’ry night without you”
O REGRESSO DE DENNIS McSHADE
“Ao segundo dia sentira a náusea mais intensa dos últimos anos. Vomitara tudo o que comera e mais ainda não sabia o quê. Quando olhou para o espelho, os olhos, do outro lado, disseram-lhe coisas estranhas. Por exemplo: pode-se vomitar tudo menos o medo e a solidão. “
Dennis McShade em “Blackpot”, Assírio e Alvim, Outubro 2009
Diz-me a pequenina
Sabes, o teu braço parece um cinto de segurança.
Ainda estou a pensar na clareza de expressão desta miúda.
Ainda estou a pensar na clareza de expressão desta miúda.
permitindo-me discordar no nosso caríssimo gin
até regresso para um breve postagem
o nosso gin é especialista em natais, e nisso jamais o contrariaria...
no entanto, o nosso gin tem também umas contas antigas a ajustar com o senhor robert zimmerman.
eu também tenho muitas contas antigas a ajustar com muita gente e por isso acho que sei do que ele fala.
mas como acho que as minhas contas com o bob dylan sempre estiveram em dia (quando ele se ligou à electricidade fez um dos melhores albuns de sempre, blonde on blonde; quando se entregou às diversas religiões a que se entregou, eu como ateu acho que ele tem todo o direito a isso, já que não deixo de gostar do monteverdi só porque ele canta à virgem, e por aí adiante: sempre contas em dia com o senhor)
alguém que tem uma carreira de quase 50 anos tem, necessariamente, altos e baixos.
no caso do bob dylan os altos são inacessíveis para o comum dos mortais e os baixos são bem melhores que os altos de muito boa gente.
pessoalmente, penso que nos últimos anos, especialmente depois dos anos 90 com o fabuloso good as i been to you ou com o não menos excelente time out the mind, bob dylan mostrou uma consistência absolutamente única e de excelência.
com este album de canções natal, bob dylan faz os seus direitos irem parar às mãos de duas organizaões não governamentais (world food programme e a crisis), sem alaridos e sem maozinhas de crianças a acenar nos videoclips.
mas como estavamos a falar de música e não de questões acessórias mais ou menos importantes, este album de natal mostra-mos dylan igual a si mesmo:
incapaz de cantar uma canção duas vezes da mesma maneira, fazendo com que algumas vezes tenhamos muita dificuldade em as reconhecer sem ser pela letra, coisa nem sempre muito clara na sua voz... dylan enfurece sempre imensa gente nos seus concertos.
eu que não sou de canções de natal, acho este um disco bastante audível e altamente recomendável.
e como de costume, deixo-vos com duas amostras distintas de como podem ser as canções de natal:
para a desbunda:
ou bluesy, como só os bluesmen sabem deixar que seja:
last, not least, caro gin:
acho que deves voltar a ouvir este belíssimo disco.
de preferência bem alto
e gozar
Para a T: dois bules originais
Como me apercebi, pelo teu post sobre chá, que eras apreciadora de bules, seguem duas imagens seleccionadas que recebi dos States sem indicação da fonte. Em termos de originalidade, será difícil batê-los...
Ora deixai chover e adivinhai
Decisões para o Ano Novo
(imagem: biopoliticaltimes.org)
aqui a fonte de inspiração
Ler mais, não ver na tv qualquer treta
Aprender as regras da etiqueta.
Comer peixe em vez de douradinhos,
Ser voluntária na preservação dos animaizinhos.
Poupar e não gastar tudo de uma vez...
Aperfeiçoar-me nas regras do xadrez.
Este ano será diferente
Como o largarto o é da serpente
( a diferença não é lá muito evidente…)
O futuro está perto, mesmo ali à frente!...
Ou então... esquecer as decisões para o ano que se avizinha
Sabendo que não serão seguidas dentro da linha ...
E adoptar uma atitude realista,
Só cumprindo aquelas coisas a que sem dificuldade resista
Como uma refeição racional
Em obediência estritamente semanal…
Ou calçar o sapato certo no pé adequado
Para que o caminho não se torne acidentado.
Descansar num local aprazível
Sabendo, desde já, o que será sempre impossível…
Sei que vou fazer compras e perder as facturas
O que decerto não me atirará das alturas...
E calçar o sapato certo no pé adequado
Para que o caminho não se torne acidentado.
(adaptação)
Um telefone para cada pessoa
28 de dezembro de 2009
JÁ NÃO HÁ FORMA DE LÁ VOLTAR...
Quando em Agosto, que é o tempo em que se preparam os discos de Natal, soube que Bob Dylan estava nos estúdios de Jackson Browne, em Santa Mónica, na Califórnia, a gravar um Christmas Álbum, quis acreditar que o velho Dylan ainda o conseguiria surpreender, ele que trasnporta um velho contencioso com o Sr. Robert Allan Zimmerman.
Durou pouco a expectativa pois logo os jornais da especilidade, revelaram que o disco seria um mero reportório de canções tradicionais, já vulgarizadas por todos os meios, pelas mais variadas gentes e não apresentavam fagulha de ineditismo.
Logo pensou que do bolso dele não sairia um cêntimo sequer, para comprar “Christams in The Heart”, o 34º álbum de estúdio de Bob Dylan.
Mas há detalhes para os quais não é necessária grande sabedoria para concluir que, os ventos natalícios iriam enviar-lhe o disco. Estava escrito. Tão escrito que em vez de um, teve dois, o que lhe permitiu trocar um deles por um belíssimo "The Celtic Viol" de Jordi Savall e Andrew Lawrence-King.
O que poderia ser uma bela surpresa é uma amarga desilusão. Já não queria que Dylan tivesse composto canções de Natal de sua autoria, mas caramba!, pelo menos que transmitisse aos clássicos que escolheu, um daqueles golpes de voo de águia que fizeram dele o genial cabotino que escreveu das mais belas canções do século. Apesar de…
Definitivamente Dylan já não o poderá surpreender. Já há velhice a mais para que isso possa acontecer…
Um disco bizarro, chamou-lhe o Dudu, a caminho da segunda garrafa de “Murganheira”. Percorrendo os mesmo caminhos, entendeu chamar-lhe um disco desprezível…
Dudu achou isso um perfeito exagero, mas não conseguiu evitat. Tem razões de sobra para assim o entender, razões que agora não vêm ao caso...
Outra invenção dos anos 20
Grandes invenções dos anos 20 do século XX
Querida Amélia
Que modernos estes antigos-2
27 de dezembro de 2009
E outro trovão
Enquanto troveja adivinhai
PASSEANDO OS OLHOS PELA VIZINHANÇA
A Árvore de Natal de Mrs. A.M. Keal, em Washington DC, cerca de 1920.
Em http://www.shorpy.com
“um verão inteiro a visitar-te para te olhar as mamas. um verão inteiro. ele fazia sempre o mesmo, logo após a hora do almoço, entrava na loja e dava uma volta pelas prateleiras, pelos expositores. foi logo no segundo ou no terceiro dia que ele te fez algumas perguntas avulsas sobre os livros. percebeste que ele podia estar ali para muitas coisas, mas não para comprar livros. mas todos os dias ele voltava, todos os dias do verão, para te olhar as mamas que o regalavam a sair do decote. a sua presença, um tanto inadequada nos primeiros dias, tornou-se habitual, quotidiana, agradável, quase. foi por isso que, apesar dele ter como único intuito olhar-te as mamas, tu sentiste a sua falta, no primeiro dia de frio deste ano.”
Em http://luisfilipecristovao.blogspot.com
“Nem livros nem filmes
nem rosas
oferece-me antes
sentimentos inúteis
e que eu possa dizer
ao recebê-los
que era o mais
que poderia ter desejado”
Em http://abnoxio.weblog.com.pt.
“Tanta causa neste mundo para abraçar os que precisam de causas e de abraços. Tanto problema para resolver os que acham que os problemas se resolvem. Tanta criança debaixo das pontes. E eles preocupados com o casamento gay. Porque é que não vão reciclar o lixo, brincar no campo com os filhos, passear nas montanhas, namorar em qualquer lugar, cozinhar legumes, ler As Ondas de Virgínia Woolf. Porque é que não deixam os outros ser. Simplesmente como eles são. Inteligentes uns, menos outros. De blaser assertoado ou de T-shirt. De sapatos de vela ou Allstars. Como eles, ou de outra maneira. Não chateiem. Deixem ser.”
Em http://anaturezadomal.blogspot.com
“O poeta nunca entra em casa pela porta. E nem sempre usa a janela. Por uma questão de princípio, o poeta entra em casa por um buraco no telhado ou deitando abaixo uma parede. E esta é – e não outra – a razão pela qual muitos poetas dormem na rua. Ou racham a cabeça vezes sem conta.”
Rui Manuel Amaral em http://last-tapes.blogspot.com
SO THIS IS CHRISTMAS
Um filme, um realizador, um escritor
(foto: O Grande Livro dos Portugueses)
Trata-se de um cartaz sobre um filme português. Conseguem indicar o título do filme, o nome do realizador, bem como do escritor responsável pelo romance homónimo?
O filme é «A noite e a madrugada» realizado por Artur Ramos, baseado no romance homónimo de Fernando Namora e acertou o Paulo.
Trabalhos só pelo bem
Olho para este anúncio dos anos 20 à Madame Tula e só me apetece dormir nesta caminha. Acho que vou enviar uma carta!
Porque vão ao café?
Essa era a pergunta que a Revista Ilustração Portugueza fazia a uma série de personalidades famosas, no seu número de 22 de Novembro de 1920.
Stuart de Carvalhais, o autor destes belos desenhos, respondia assim: " Não tomo café. Venho aqui para encontrar amigos e falar de coisas de arte.
Eduardo Fernandes (Esculápio) jornalista: "Venho aqui porque sou rouco e preciso de começar os dias por molhar a palavra".
O nosso querido Norberto de Araújo exprimia-se assim:"Durante o dia ando de um lado para o outro,atarefado com as minhas ocupações profissionais, e o café é, naturalmente , o local onde estaciono para me orientar, para pensar, para discernir. Considero-o, portanto, uma casa de trabalho"
26 de dezembro de 2009
Atentai e...
Um homem, três registos
Aqui na tenra infância...
O desportista...
E no dia do casamento...
Penso que rapidamente o conseguirão identificar...
(imagens retiradas de um exemplar da Crónica Desportiva já sem data)
Acertou o karipande: trata-se do atleta Matos Fernandes e passo a transcrever informação da 'Crónica Desportiva':
Nome: Fernando de Matos Fernandes
Data de nascimento: 7 de Junho de 1920
Naturalidade: Lisboa
Clubes que representou: Triângulo Vermelho, Ateneu Comercial,Arroios, Bairro de Inglaterra e Benfica.
Modalidades: atletismo, basquetebol,futebol, voleibol,ginástica, natação, râguebi, ping-pong e bilhar.
O desportista...
E no dia do casamento...
Penso que rapidamente o conseguirão identificar...
(imagens retiradas de um exemplar da Crónica Desportiva já sem data)
Acertou o karipande: trata-se do atleta Matos Fernandes e passo a transcrever informação da 'Crónica Desportiva':
Nome: Fernando de Matos Fernandes
Data de nascimento: 7 de Junho de 1920
Naturalidade: Lisboa
Clubes que representou: Triângulo Vermelho, Ateneu Comercial,Arroios, Bairro de Inglaterra e Benfica.
Modalidades: atletismo, basquetebol,futebol, voleibol,ginástica, natação, râguebi, ping-pong e bilhar.
Uma comemoração em Lisboa
(foto: Livro de Ouro do DN)
No texto que acompanha a imagem, podemos ler: «O Terreiro do Paço esteve povoado até ao último minuto, quando os efeitos especiais do fogo desenhavam, bem alto, as armas da cidade.»
Conseguem referir em que ano se deu esta festividade e o que se comemorava?
Acertou a Paula: comemorações do oitavo centenário da tomada de Lisboa aos mouros.
Entre mulheres
25 de dezembro de 2009
Um presente de Natal
Recebido da nossa cara Carla Jáné e passo a transcrever parte do seu e-mail:
"Boa noite de Natal para a T e demais colaboradores dos queridos Dias que Voam (...)
Aqui vai uma prenda para a T, que descobriu os Produtos Jáné. São fotografias duma bela edição d' As Pupillas do Senhor Reitor, de Julio Diniz, com ilustrações de Roque Gameiro, cuja encadernação de couro foi pintada, a óleo, pelo meu avô.
Obrigada Carla, em nome de todos. E queremos mais:) Festas Felizes:)
"Boa noite de Natal para a T e demais colaboradores dos queridos Dias que Voam (...)
Aqui vai uma prenda para a T, que descobriu os Produtos Jáné. São fotografias duma bela edição d' As Pupillas do Senhor Reitor, de Julio Diniz, com ilustrações de Roque Gameiro, cuja encadernação de couro foi pintada, a óleo, pelo meu avô.
Obrigada Carla, em nome de todos. E queremos mais:) Festas Felizes:)
Um livro de cozinha para a juventude
A diferença relativamente aos livros de Rosa Maria já aqui referidos é notória, essencialmente quanto às instruções apresentadas. Este livro, da autoria de Fernanda Matos e Silva , abre com conselhos da autora aos «jovens do seu país». Da introdução, transcreve-se o seguinte excerto:
« Gostas de fazer campismo? Aprecias o prazer da pesca? Da caça? Gostas de reuniões com parentes e amigos, jovens como tu? Saber cozinhar não só é útil, mas também agradável e engraçado. Não será melhor, num fim de semana, na praia ou no campo, preparar os alimentos em casa ou ao ar livre, em boa amizade, entreajudando-se e pondo nestas tarefas a animação e a alegria da mocidade?
Porque hão-de ser as mães, as avós, as tias ou as empregadas a preparar a cesta da merenda, do almoço ou outras refeições […] Rapazes e raparigas, vamos cozinhar?
Experimentem e verão que os resultados serão amplamente compensadores, como foram para mim e para o grupo de jovens meus amigos… há tantos anos!».
Fernanda Matos e Silva, Vamos Cozinhar – Culinária Juvenil, Edições Excelsior
Quanto à entrada das gerações mais jovens na cozinha, aplaudo as sugestões desde que deixem esta divisão da casa sem o aspecto de um campo de batalha …
Há 65 anos
(fonte: Livro de Ouro do Diário de Notícias)
O evento teve início há 65 anos e não será difícil de identificar olhando para a imagem... Conseguem indicá-lo?
Trata-se da primeira edição do Natal dos hospitais, uma iniciativa DN e corria o ano de 1944. Acertou a Paula.
«O Natal dos Hospitais, iniciativa do DN, transformou-se na maior festa de solidariedade do País. Muitas dezenas de artistas levaram a todos os hospitais de Lisboa o seu calor humano. Vasco Santana, a companhia teatral Amélia Rey Colaço- Robles Monteiro, Palmira Bastos, Madalena Soto [...]. E também o fado, nas vozes de Maria de Lurdes e Júlio Proença, com guitarras de Armando Machado e António Bessa, os Comediantes de Lisboa, Assis Pacheco, Ribeirinho, Lucília Simões, Hortense Luz [...]. O DN dava assim um pouco de alegria aos que não podiam viver o Natal em suas casas.»
in Livro de Ouro do Diário de Notícias(transcrito com supressões)
Um sorriso enigmático
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