3 de janeiro de 2004

O swing (quase) perfeito

Naqueles momentos, como que tudo pára.
Os pés fincam-se no chão, o tronco arqueia-se, e os braços retesam-se.
Sentimos o soprar de brisa, leve, fresca. Sentimos o frémito do chão, macio, quente.
Sentimos-nos, a respiração que se esvai e o pulsar que abranda.
Há uma concentração absoluta, quase total. Só nós… só nós e a nossa vontade, toda a nossa vontade de voar que ali repousa. Só nós e a bola.
E de repente, como um raio, o movimento dispara, rápido e ágil
E de repente, como um trovão, o impacto rasga o silêncio.
E inicia-se o vôo, único, maravilhoso… o vôo perfeito.


...
Embora, muitas vezes, a puta da bola saia torta e enrolada. E vá cair, ingloriamente, 20 metros á nossa frente.

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