31 de dezembro de 2011
Dois mil e coiso
Algo desaparecido em combate, meto o nariz por cima das passas já contadas: um bom ano de 2012. Saúde pelo menos. O resto virá por acréscimo.
Outro blogue a visitar
No Bairro do Vinil.
blogue centrado exclusivamente na música de cantores portugueses menos conhecidos .
blogue centrado exclusivamente na música de cantores portugueses menos conhecidos .
boa passagem de ano!
30 de dezembro de 2011
Ainda a Pompadour
Um livro curioso
Livro recentemente lançado pela Tinta da China sobre a Oliva, da autoria de Paulo Marcelo um aluno do Mestrado em Design na Faculdade de Arquitectura da UTL do nosso amigo Carlos Rocha. O livro está recheado de material de Alberto Cardoso. Publica também estes 2 cartazes do Fred Kradolfer e do Jorge Matos Chaves.
Material enviado por Carlos Rocha.
Material enviado por Carlos Rocha.
Só tem desgostos quem quer
Um belo anúncio à Pompadour: Minha senhora! Um conselho lhe damos, só tem desgostos quem quer...1947
Clicar para ampliar.
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29 de dezembro de 2011
28 de dezembro de 2011
Talentosos
Tropeço hoje no Lázaro e reencontro Tagarro e alguns dos seus quadros.
"Exposição colectiva de Júlio de Sousa, José Tagarro e Lázaro Velloso na Galeria Bobone. Lisboa, 1928.
Na foto encontram-se retratados os autores da exposição.
Fotógrafo: Mário Novais.
Data de produção da fotografia original: 1929.
Na foto encontram-se retratados os autores da exposição.
Fotógrafo: Mário Novais.
Data de produção da fotografia original: 1929.
in Galeria de Biblioteca de Arte-Fundação Calouste Gulbenkian"
Apontamento quotidiano
Gosto de viajar diariamente de comboio. Saio de casa com a devida antecedência para chegar a horas a uma reunião de trabalho. Aproximando-me da entrada do parque de estacionamento contíguo à estação, deparo com um ajuntamento junto à cancela automática. Uma senhora aproxima-se do meu carro, pedindo-me que recue, pois estão à espera da chegada de uma ambulância e, como tal, a entrada encontra-se vedada. No meio da pequena multidão, um homem caído, inconsciente. De marcha atrás, encosto à berma, ficando a aguardar cerca de trinta minutos que chegue o socorro. Vejo passar alguns comboios e aviso quem me espera no trabalho sobre o inesperado atraso. Fico a desejar que um desconhecido não tenha terminado mal este final de ano. Finalmente, chega a ambulância. A poucos metros do ocorrido, consigo entender que a vítima foi devidamente socorrida e consegue levantar-se, a custo, para entrar no veículo de emergência. As pessoas que a rodeiam, explicam-me que tudo parece ter terminado bem, mas que no interior estão a verificar a tensão arterial do doente antes da partida para o hospital.
Nesse momento, chega um senhor de meia idade acompanhado de um filho adolescente, começando a reclamar por ser aquele o único acesso ao parque, não fazendo sentido a ambulância o estar a bloquear, independentemente da causa explicativa.
Surpreendo-me comigo, pois faz mais o género pessoal um categórico «poderia ser o senhor a encontrar-se no lugar da vítima». Felizmente há quem o faça por mim. À revolta súbita, segue-se a sensação de haver mais quem se solidarize do que quem olhe exclusivamente para o seu umbigo, dando mau exemplo à própria descendência.
A filigrana dos seus cabelos
A filigrana dos seus cabelos, a perfeição do seu rosto. Como um anúncio a Madame Campos quase é um poema, com a magnífica ilustração de Lázaro.1935
27 de dezembro de 2011
Helicóptero do INEM
Não é o fim da
disponibilidade do serviço que me preocupa, mas sim a sua fundamentação. O
presidente do INEM refere: Em média,
os helicópteros do INEM efectuam meia saída por dia, o que representa uma
"baixa eficiência" a "gastos grandes".
Pelo que me parece, a eficiência de um meio de socorro não se
mede pela sua média de chamada, mas sim pela resposta positiva em cada chamada
que for feita.
Esta lógica da despesa pura está a afectar todas as mentes.
Se o custo actual é considerado “gasto grande” o que urge é reprogramar
a contratação do serviço, interligando esse custo com a sua utilização efectiva.
26 de dezembro de 2011
25 de dezembro de 2011
24 de dezembro de 2011
Festas Boas
Festas boas são estar com quem amamos, com alegria e humor no doce aconchego das emoções. Deixemos de fora a crise e as preocupações, pois ninguém nos pode sonegar o direito à felicidade. Um grande abraço a todos. E deixo-vos com os gatos foliões de Wain que tão bem retratam os humanos.
A todos umas boas festas
Como seria bom, em determinadas alturas do ano, podermos regressar à infância para que nos fosse devolvida a magia do Natal…
Na impossibilidade de tal viagem no tempo , venho desejar a todos os que por aqui passam umas Boas Festas e que o ano prestes a começar não se afigure muito pesado (já agora que todos possam concretizar os projetos mais importantes, se não for pedir muito…).
Puer natus in Bethlehem
23 de dezembro de 2011
22 de dezembro de 2011
O deve e o haver
Assim o definia uma amiga minha, o livro do deve e do haver. Aqui chamam-lhe o óculo da gratidão. Almanaque Bertrand, 1906.
21 de dezembro de 2011
A carta da Emigrante
Compro livros no alfarrabista de vão de escada na Edith Cavell. Na Monção, de Vimala Devi, encontro esta carta com tarjeta de luto. É a carta de uma emigrante da Suiça a sua irmã que está em Portugal. Nela se contam a vida dura, as dádivas dos patrões, os comboios que chegam com portugueses, os trabalhos e as longas horas, as logísticas constantes, as preocupações. Comovi-me com esta prosa, fluente, triste e pouco resignada. Que fique assim preservada esta memória de 1968.. Clicar nas imagens para ler.
Felicidade
Apesar dos trinta anos, Berta Young tinha ainda momentos como aquele, em que desejava correr em vez de caminhar, dar passos de dança de um lado ao outro da calçada, fazer girar um arco, atirar qualquer coisa ao ar e apanhá-la de novo, ou então ficar parada e a rir de... nada... nada, simplesmente a rir. Que se pode fazer quando se tem trinta anos e, ao dobrar a esquina da nossa própria rua, somos invadidos sabitamente por uma sensação de felicidade—felicidade absoluta! — como se tivéssemos engolido de repente um rútilo pedaço deste sol da tardinha e ele nos estivesse a arder no peito, a despedir um chuveiro de minúsculas faíscas em todas as partículas do nosso ser, até nos dedos das mãos e dos pés ?... Oh! Não haverá um meio de exprimir essa sensação sem falar em «embriaguez e desordem»? Como a civilização é idiota! De que nos serve ter um corpo, se somos obrigados a guardá-lo fechado num estojo como um violino raro, muito raro?
Katherine Mansfield, Felicidade, Colecção Miniatura, Livros do Brasil.
Ilustração de Bernardo Marques
20 de dezembro de 2011
uma pequena história a propósito do comentário do miguel ali em baixo
conta a mitologia garrinchiana (e um clássico muito recontado em quaisquer apresentações sobre planeamento e estratégia) que um dia o treinador da selecção brasileira, num treino antes de um jogo numa copa qualquer, se virou para a sua equipa e explicou a táctica:
-o garrincha pega na bola, corre até à linha, entra na área, dribla o zaqueiro e toca para o vává fazer o golo.
responde o garrincha:
-tudo bem professor. mas você combinou isso com o zagueiro deles?
-o garrincha pega na bola, corre até à linha, entra na área, dribla o zaqueiro e toca para o vává fazer o golo.
responde o garrincha:
-tudo bem professor. mas você combinou isso com o zagueiro deles?
inutilidades governativas
o elenco governativo de portugal é, como diria o outro, pior que uma nódoa, por que este nem com benzovac sai.
a sua escolha foi uma espécie de corrida aos saldos para ver qual o mais inútil disponível.
os critérios, por assim dizer, baseavam-se em ter escrito uma coisas nuns blogues sobre a salvação a pátria e, de preferência, com uma solução para acabar em 15 dias com o ‘despesismo’.
se tivesse um programa numa televisão (de preferência com o mário crespo) a cascar então era garantido.
e o resultado é um ministro da economia inexistente (já o era de onde veio), um ministro das finanças que manda circular um mail a dizer que leu o ‘capital’ aos 17 anos, como se isso não significasse apenas que sabe ler), um primeiro ministro que teve o seu primeiro emprego aos 40 anos e logo para administrador da empresa do padrinho e mais uns apalavrados ministros que para além da política nunca fizeram de nada na vida (sim, há um ministro agora dos negócios estrangeiros que dizia há uns anos com a sua proverbial assertividade gargalhante, que jamais seria político).
e o resultado é este:
um secretário de estado que diz aos emigrante que eles é que foram espertos e que todos deviam seguir o exemplo deles; dum primeiro ministro que manda os professores emigrar porque com ele não podem contar (na verdade ele é apenas o estagiário dos roc’s da troika); um secretário de estado da cultura e defender que o ministério da economia deve assumir o cinema e o património, uns iluminados a defender que a trp internacional deve ser tutelada pelo ministério dos negócios estrangeiros....
o rol de asneiras é tão imenso que quase nos leva a pensar que isto é um sonho mau, porque a realidade nunca chega tão longe.
o problema é que não é um sonho mau... é o governo de portugal
a sua escolha foi uma espécie de corrida aos saldos para ver qual o mais inútil disponível.
os critérios, por assim dizer, baseavam-se em ter escrito uma coisas nuns blogues sobre a salvação a pátria e, de preferência, com uma solução para acabar em 15 dias com o ‘despesismo’.
se tivesse um programa numa televisão (de preferência com o mário crespo) a cascar então era garantido.
e o resultado é um ministro da economia inexistente (já o era de onde veio), um ministro das finanças que manda circular um mail a dizer que leu o ‘capital’ aos 17 anos, como se isso não significasse apenas que sabe ler), um primeiro ministro que teve o seu primeiro emprego aos 40 anos e logo para administrador da empresa do padrinho e mais uns apalavrados ministros que para além da política nunca fizeram de nada na vida (sim, há um ministro agora dos negócios estrangeiros que dizia há uns anos com a sua proverbial assertividade gargalhante, que jamais seria político).
e o resultado é este:
um secretário de estado que diz aos emigrante que eles é que foram espertos e que todos deviam seguir o exemplo deles; dum primeiro ministro que manda os professores emigrar porque com ele não podem contar (na verdade ele é apenas o estagiário dos roc’s da troika); um secretário de estado da cultura e defender que o ministério da economia deve assumir o cinema e o património, uns iluminados a defender que a trp internacional deve ser tutelada pelo ministério dos negócios estrangeiros....
o rol de asneiras é tão imenso que quase nos leva a pensar que isto é um sonho mau, porque a realidade nunca chega tão longe.
o problema é que não é um sonho mau... é o governo de portugal
Hipótese de emprego
Hipótese de emprego em Massamá, em São Bento e na Lapa
Passos Coelho pondera, nas próximas eleições autárquicas, desistir de se
candidatar à Presidência da Junta de Freguesia do seu local de residência, se
for o candidato escolhido ao lugar deixado vago pela morte de King-Jon-Il,
fazendo jus ao seu elaborado pensamento de emigração dos portugueses.
Apoio incondicionalmente e com elevado alívio, esta fuga de cérebro nacionais.
Outros Natais
Vendo postais da época vitoriana, houve um que reavivou o universo dos contos infantis. Fez lembrar ainda que, atualmente, ao desejar apresentar exemplos a fim de partir para outros voos literários em contexto de ensino, verifico serem estes relatos de infância (até os mais vulgares) desconhecidos de muitos jovens (os exemplos escolhidos para as finalidades em mente acabam, muitas vezes, por ser “roubados” aos filmes em cartaz). Nunca imaginei que em idades ditas «do armário» pudesse olhar pequenas plateias ávidas por histórias não lidas na infância. Serão múltiplos os fatores explicativos a dar que pensar, desejando acreditar que o impulso dado às bibliotecas escolares (caso não sofra retrocessos) poderá trazer frutos a fugir ao determinismo da desigualdade. A presente imagem, um antigo postal da quadra, remeteu-me de imediato para um conto tantas vezes lido mal comecei a juntar letras , certamente conseguirão restabelecer o elo: a narrativa acabava de modo invulgar, fugindo às tradicionais fórmulas de encerramento, o que talvez contribuísse para despertar a atenção de pequena leitora ávida. Quando descobri ter o autor do conto passado por Sintra, deixando em registo que «por cá se sentiu como no seu país» pareceu-me ter-lhe encontrado mais um motivo de empatia.
Fonte da imagem: thedoodleplace
Prenda de Natal para o Dias
A Luísa enviou este engraçado texto sobre publicidade antiga e passo a transcrevê-lo.:
"Ando há meio ano para enviar umas coisas, mas o tempo, esse malvado... foge-me entre os dedos...
Mas agora obriguei-me a digitalizar isto e a enviar!! É uma espécie de prenda (bem simples) de Natal!
São duas páginas de um jornal gratuito de cá (uma espécie de "Destak" vespertino). Para ajudar ao estudo do alemão, leio-o quando regresso a casa do trabalho. Há sempre qualquer notícia interessante, qualquer curiosidade que me desperta a atenção ou qualquer palavra que salta à vista.
Nestas duas páginas vi um pouco do Dias. E guardei-as para o dia que tivesse tempo de explicar o que são. Pois bem...
Do do dia 7 de Junho, temos uma página dedicada à Nivea e o seu aniversário.
No cimo: caixa de creme Nivea saiu para o mercado em 1911; um anúncio do produto, 1912.
No meio: a partir de 1925 aparece a caixa azul; respectivo cartaz publicitário.
No fundo: em 1936 surge o primeiro óleo solar; em 1975 começa a estandardização dos fatores de protecção solar (a publicidade com a bela bola nívea).
Do lado direito: vemos a caixa do primeiro sabão de barbear (tradução directa do alemão, pois não sei se era pó ou barra ou líquido!!), o primeiro produto masculino, que apareceu em 1922.
A título de curiosidade, a Rihanna é uma das muitas estrelas que usam o "Creme de la Creme".
No dia 22 podemos espreitar o "Boudoir da avozinha" (Grosis).
Aqui dedicaram-se a estudar a nova tendência do mercado: a recuperação de modelos de embalagens antigas (eu cá acho que a coisa está tão generalizada que já ressuscitaram a Marylin Monroe, a Marlene Dietrich e a Grace Kelly para fazer a publicidade do perfume J'Adore ).
Da esquerda para a direita, de cima para baixo:
O "Boddy Butter" da Kiehl's;
A "Água de colónia" da Acqua Colonia;
Um gel de banho com um nome muito sugestivo: "New York Cheesecake with an Edge", da Body America e, segundo o jornal, cheira a baunilha e morango.
Um bálsamo para os lábios de "minted rose", da Smith's Rosebud (duas palavras, dois links).
E parece que o "Poudre Canelle" é mágico e deixa a pele de cada mulher como a de um "pêssego", da T. Le Clerc.
E por fim vemos a reedição da primeira caixa da Nivea (algo mencionado no outro artigo).
O jornal é o "Blick am Abend".
19 de dezembro de 2011
Portagens na EN 125
Com a diminuição do número de veículos na A22, mais os actos de sabotagem aos portais de portagem (que pena tenho, que o bom senso não mos permita) e acrescendo ainda os custos de policiamento aos mesmos, parece-me que seria boa medida e muito mais rentável portajar a EN125 e fechar de vez a perdulária Via do Infante. Regressaríamos ao passado, aos doces engarrafamentos e à bela média de 29 mortos por ano.
Foto de Virgilio Rodrigues, DN 06/08/2011
18 de dezembro de 2011
Portagens
O não querer, ou melhor, o não poder pagar portagens, tem os
seus encantos.
Facilmente volta-se a assistir à disputa entre um Corsa e um
Clio. Anda-se muito mais devagar, poupando combustível. Come-se sopa ao preço
de uma bica de auto-estrada. E pára-se numa área de serviço como esta em Canal
Caveira, pelo menos, há 15 anos parada no tempo, disponibilizando produtos regionais,
pão caseiro, sandes, enchidos e queijos, esplanada, churrasco no exterior, e amplo
parque de estacionamento.
Uns quilómetros mais à frente a estrada nacional desaparece,
e volta-se ao século XXI, e por nós lá passam os Volvos, os Mercedes, os Audi,
e os BMW no seu brrrrrruuummmmmm.
Penso que os portais das auto-estradas seriam uns bons
quiosques de verificação da declaração de IRS.
17 de dezembro de 2011
Cesária em hora di bai
Cabo Verde tem sido, por motivos a despropósito, viagem adiada. Vogamos, muitas vezes, através de vozes que nos despertam pela saudável diferença. A lembrar livros que, no passado (em fastidiosas aulas de teoria musical), ensinavam ser a voz humana o mais fascinante instrumento, deambula-se por cantos de interioridade. Cesária faz desfilar no imaginário o azul marítimo da sua terra, a vida pobre e simples, o despojamento, um diferente luar. Quando encontramos uma irrepreensível afinação de vozes treinadas e que nada «sentem», torna-se fácil relegá-las ao esquecimento. Trazendo a entoação a bater bem junto ao coração da terra, far-nos-á sempre viajar ao imaginário de Cabo Verde, vendo o milho (para a cachupa) a sobreviver à escassez da água que não cai do céu e crianças a correr, descalças, em infidáveis praias, a devolver-nos a paisagem e a musicalidade da sua língua crioula.
Lua nha testemunha
«Nha Venância, bô crê ouvi um poeminha?»
«Mas poema direito, bô ouvi?», e riu agradada como ainda não tinha rido naquele dia.
Caminho longe…
Caminho obrigado
caminho trilhado
nos traços da fome
caminho sem nome
caminho de mar
um violão a chorar
Caminho traidor
«Caminho traidor, sim senhor. Gente espera uma coisa e São Tomé dá outra. Ou não. Traidor porque rouba filho da nossa terra. Isso mesmo, moço.» (…)
Manuel Ferreira, Hora di Bai
Lua nha testemunha
«Nha Venância, bô crê ouvi um poeminha?»
«Mas poema direito, bô ouvi?», e riu agradada como ainda não tinha rido naquele dia.
Caminho longe…
Caminho obrigado
caminho trilhado
nos traços da fome
caminho sem nome
caminho de mar
um violão a chorar
Caminho traidor
«Caminho traidor, sim senhor. Gente espera uma coisa e São Tomé dá outra. Ou não. Traidor porque rouba filho da nossa terra. Isso mesmo, moço.» (…)
Manuel Ferreira, Hora di Bai
16 de dezembro de 2011
com papas e bolos.....
uma das publicidades mais recorrentes de um dos operadores da distribuição em portugal tem a ver com as poupanças em cartão.
não que seja o único a recorrer a recorrer a esta propaganda que nos diz que um determinado produto fica por metade do seu preço com um desconto em cartão de 50%.
sejamos claros: qualquer produto só fica por metade do preço afixado se, na altura da compra, pagarmos metade do preço que lá está (não sendo líquido que estejamos a comprar barato, estamos seguramente a pagar metade do preço afixado)
se um produto tem um desconto de 50% a ser descontado numa segunda compra, terei que juntar ao preço do produto comprado em primeiro lugar o que paguei pelo produto que tenho que comprar para receber o desconto e então avaliar o desconto final.
grosso modo, um desconto de 50% em cartão poderá corresponder a um desconto de 25% nos dois produtos comprados (isto partindo do princípio, hipotético e longe da realidade, de só comprar o tal produto com 50% em cartão).
tal como quando o desconto passa a ser de 75%.. a descontar em duas compras posteriores.
o valor do desconto nunca se altera: os mesmos 25% teóricos (sendo que nestes casos costuma ter limites temporais para o desconto, o que pode significar que o mesmo nunca aconteça...)?
e o preço do produto?
mantém-se se o desconto é de 50% ou 75%?
claro que não.
tomemos o exemplo de dois folhetos de um operador líder:
1. folheto com validade de 26 de abril a 8 de maio de 2011: desconto de 50% em cartão
2. folheto com validade de 16 a 31 de julho de 2011: desconto de 75% (50%+25% a descontar em dois meses sucessivos).
existem apenas 5 produtos semelhantes nos dois folhetos.
para evitar publicidades, usaremos letras para os identificar:
produto a:
preço base com 50%: 3,99€
preço base com 50%+25%: 4,29€
produto b:
preço base com 50%: 3,88€
preço base com 50%+25%: 4,57
produto c:
preço base com 50%: 2,28
preço base com 50%+25%: 2,34€
produto d:
preço base com 50%: 4,68
preço base com 50%+25%: 4,99€
produto e:
preço base com 50%: 5,49
preço base com 50%+25%: 7,29
olhando para estes produtos, afinal todos os coincidentes, concluímos existir aqui um padrão: aumenta o desconto, aumenta o preço base.
não que seja o único a recorrer a recorrer a esta propaganda que nos diz que um determinado produto fica por metade do seu preço com um desconto em cartão de 50%.
sejamos claros: qualquer produto só fica por metade do preço afixado se, na altura da compra, pagarmos metade do preço que lá está (não sendo líquido que estejamos a comprar barato, estamos seguramente a pagar metade do preço afixado)
se um produto tem um desconto de 50% a ser descontado numa segunda compra, terei que juntar ao preço do produto comprado em primeiro lugar o que paguei pelo produto que tenho que comprar para receber o desconto e então avaliar o desconto final.
grosso modo, um desconto de 50% em cartão poderá corresponder a um desconto de 25% nos dois produtos comprados (isto partindo do princípio, hipotético e longe da realidade, de só comprar o tal produto com 50% em cartão).
tal como quando o desconto passa a ser de 75%.. a descontar em duas compras posteriores.
o valor do desconto nunca se altera: os mesmos 25% teóricos (sendo que nestes casos costuma ter limites temporais para o desconto, o que pode significar que o mesmo nunca aconteça...)?
e o preço do produto?
mantém-se se o desconto é de 50% ou 75%?
claro que não.
tomemos o exemplo de dois folhetos de um operador líder:
1. folheto com validade de 26 de abril a 8 de maio de 2011: desconto de 50% em cartão
2. folheto com validade de 16 a 31 de julho de 2011: desconto de 75% (50%+25% a descontar em dois meses sucessivos).
existem apenas 5 produtos semelhantes nos dois folhetos.
para evitar publicidades, usaremos letras para os identificar:
produto a:
preço base com 50%: 3,99€
preço base com 50%+25%: 4,29€
produto b:
preço base com 50%: 3,88€
preço base com 50%+25%: 4,57
produto c:
preço base com 50%: 2,28
preço base com 50%+25%: 2,34€
produto d:
preço base com 50%: 4,68
preço base com 50%+25%: 4,99€
produto e:
preço base com 50%: 5,49
preço base com 50%+25%: 7,29
olhando para estes produtos, afinal todos os coincidentes, concluímos existir aqui um padrão: aumenta o desconto, aumenta o preço base.
Cartas de jogar
Um pequeno e lindo baralho de cartas de 1894, que logrou sobreviver à voragem dos tempos. Colecção de Carlos Palhares.
Clicar para ampliar.
Feira da Ladra
Se existisse uma máquina de viajar no tempo, eu comprava bilhete e ia navegar ao ano de 1929,,saborear esta feira da Ladra, fotografada por Raul Reis. Guarda o que não presta, acharás o que precisas.
14 de dezembro de 2011
Gatos
Gatos jogando à cabra cega do célebre ilustrador Louis Wain. Almanaque Bertrand 1925.
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