escrevi há uns dias um post sobre o livro de pinto de sá.
respondeu ele em comentário sobre o que achou bem ou mal no que escrevi e alguns esclarecimentos sobre o que pensa.
como os posts ficam aqui para sempre e os comentários não, aqui fica registado a opinião de pinto de sá.
e todas as que entender fazer sobre a sua pessoa serão passadas a post.
e, pela minha parte, se quiser juntar-se aos da casa, eu mando o convite para escrever.
nós gostamos da diversidade.
Caro Carlos, gostei do seu "blogado" desassombrado e sincero.Mas deixe-me só esclarecê-lo num ou dois pontos:1 - Não é verdade que "uma boa parte das pessoas que passaram pelas organizações m-l sinta frequentemente a necessidade de mostrar o seu arrependimento público". 32 anos após a queda do fascismo, creio que minha posição é a PRIMEIRA E ÚNICA. Pelo contrário, o que a grande maioria dos antigos m-l gosta de fazer é apresentar o seu passado como o de uma actividade libertária e pacifista, portanto percursora da democracia em que vivemos, o que como o livro demonstra, é uma reescrita da História.2 - Não é verdade que digam que digam que queriam pertencer aos grupos m-l para terem amigos. Dizem que o fizeram por causa de questões de consciência e convicção ideológica. EU É QUE DIGOPinto de Sá Email Homepage 06.25.06 - 11:03 am #
QUE ISSO é FALSO, no livro. Uns queriam-no por protagonismo e desejo de poder pessoal (os líderes), os tanso como eu é que queriam ter esses por amigos.3 - Também não é verdade que se todos tivessem feito como eu (falado na prisão) a dituadura ainda aí estaria. Na verdade, dos m-l 99% também traíram na PIDE, que desmantelava regularmente aqueles grupos m-l. Mas isso foi irrelevante para a permanência da ditadura, por que a deitou abaixo não foram os rsistentes mas sim o seu próprio pilar fundamental, as suas Forças Armadas.Cumprimentos cordiais,Pinto de Sá Email Homepage 06.25.06 - 11:07 am #
Agradeço, com efeito, que me emende as gralhas. Foram fruto de uma excessiva pressa na escrita.Quanto aos valores essenciais que menciona, deixe-me dizer-lhe que, modéstia àparte, é precisamente o que encontra no livro que escrevi. Relativamente à sua opinião das causas da queda da ditadura de que o MFA foi o instrumento, concordará que é só uma opinião e que a sua demonstração envolveria grandes dificuldades.Por outro lado, não nego o valor da resistência à ditadura, mas do ponto de vista moral. Do ponto de vista político, foi pouco relevante para a sua queda. Sem as Forças Armadas que aliás tinham sido quem criara a ditadura, esta não teria sido deposta tão cedo. Aguentara 50 anos e nada fazia prever que não estivesse capaz de aguentar muitos mais.Não pretendo desvalorizar o valor moral, repito, da resistência. Mas sejamos realistas...Pinto de Sá Email Homepage 06.25.06 - 12:56 pm #
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