31 de agosto de 2009

E há quase 2 séculos serviu para...

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Utilizado na velha Inglaterra, não sei se por cá também terá existido, pode dizer-se que se trata de um objecto «amigo do ambiente»: conseguem indicar qual a sua funcionalidade?

... e o primeiro a acertar foi o APS: serve para apanhar moscas (deveria chamar-se 'mosqueira', já que as armadilhas para ratos são designadas por 'ratoeiras'):)

No tanque

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O Omo lava mais branco. Mas desapareceram os tanques. E eu que sempre gostei tanto de os ter em casa. A vida é muito injusta.

Grande plano


O maior dos medos de Fernando Ribeiro de Mello não se cumpriu.
Crónica Femina de 17/12/64.
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Leaves of grass

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É ousadia escrever sobre árvores e plantas, tornando-se arriscado «meter foice» em tudo quanto nos traz ensinamentos silenciosos, os mais legítimos dos ensinamentos, modesta opinião de quem sempre se sentiu avessa a palavrosas lições.
Ontem o tio A., do alto da sua respeitável idade dizia-me, após oferta de um cesto com uvas e belos figos a escorrer doçuras, chegados da sua lavra alentejana de Montoito: «andei a tratar a terra e, ao sentir calor, reparei que o termómetro marcava 40 graus.»
Tratar a terra sempre foi expressão grata, dado ela o merecer e nos retribuir tão generosamente após os cuidados que lhe votamos.
Antes de viver nesta discreta casa – pontinho de brancura deixando o verde espraiar-se à volta - o matagal invadia tudo. Em família era conhecida por «Quinta dos caracóis» pois sempre que por aqui passávamos – sem imaginar viver, alguns anos mais tarde, em tão bonito pedaço de terra de onde se espreita uma marítima faixa azul à distância e, do outro lado, o verde da serra -, via então só mato seco e, pelo Verão, diversas famílias na «apanha» dos caracóis.
Na época destacavam-se, do meio do mato, dois centenários pinheiros mansos.
Infelizmente, um deles teve de ser retirado, pois encontrava-se em risco de ruir, provocando acidentes. O outro mantém-se majestoso.
Para que não se sentisse votado ao isolamento, foi «recebendo» diversos companheiros – parentes mais ou menos afastados deixando, alguns deles , uma dádiva de pinhões e constituindo a sua sombra um convite a ficar a preguiçar sem preocupações em dias de calor.
Da geração «Itau e Júlio Roberto», estes apontamentos sobre a terra, acabaram por trazer à memória a carta do chefe Seattle:

«Cada pinha brilhante, cada praia de areia, cada névoa
nas florestas escuras, cada insecto transparente, zumbindo,
é sagrado na memória e na experiência de meu povo.»

(título do post retirado da obra homónima de Walt Whitman)

Uma grande mulher

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Enquanta actriz no TEP em 1965. Penso que tem feito de tudo na vida e sempre o faz bem.
Recordam o seu rosto?
Luisa Moreira disse...

Maria José Mauperrin

O Babá!

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O Sonasol ficou, mas o Babá é outra loiça, desapareceu. Também não me parece nome bem escolhido.
Crónica Femina, 1965

Não a deixa ficar mal!

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Não sei quem falava aqui do maquiavelismo dos publicitários. Aqui está mais uma pitadazita. A mancha de "odor corporal" que estraga a toilette. Mas Rexina não a deixará ficar mal nunca mais!

Se clicar na etiqueta Rexina, visualizará mais anúncios desta marca de produtos.
Crónica Feminina 1973

30 de agosto de 2009

O verdadeiro flan chinês

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Este denominava-se flan chinês de Luxo e era da marca Maizena. Seria gémeo do pudim Mandarim? Ou talvez um potencial rival.
Lembro-me do sucesso deste tipo de pudins exactamente nos anos 70.

As massas Leões

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Quando eu era miúda só me lembro de existirem poucos tipos de massas; esparguete, cotovelos, letrinhas e pouco mais. Se estiver enganada corrijam-me. Um dos pratos mais populares era exactamente este, o esparguete com carne, com umas folhas de alface e rodelas de tomate a adornarem o prato, que tinha muita saída nas cantinas escolares. Agora temos uma parafernália de marcas e tipos de massa e mil e uma formas de as cozinharmos. Eu que não gostava de massa, sou adepta de arroz, converti-me graças a umas idas a Itália e aos amigos italianos que as cozinham como ninguém.
Não sei se a marca Leões ainda existe, penso que sim, mas este anúncio é tal qual o que se pretenderia duma massa em 1973.

Nos anos 30

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Para que servia este objecto e que personagem representava ele?

Vee disse...
Não. Pelas sobrancelhas, a Ninotchka... :)
Exactamente. Greta Garbo.
A Nicolina acertou na utilidade: pisa papeís:)

Ainda as ameixas de Elvas...

... e porque foram aqui referidas, tendo sido divulgada uma bonita caixa antiga, foi curioso verificar que, na passada semana, o guia Essencial a acompahar o semanário Sol lhes fez igualmente referência.
Este guia fascina pela criatividade das capas. Deixo aqui a imagem, bem como um excerto do texto publicado na revista:

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As trabalhadoras suam, frente aos fogões onde as ameixas cozem em água - primeira fase; tiram-nas para fora, para repousar, em alguidares de plástico.
Trabalho duro este, com as temperaturas elevadíssimas, o peso dos alguidares, a cadência mecânica dos gestos a acontecer no momento exacto em que têm de acontecer.
Por dia, são produzidos 1200 quilos de ameixas. Saem daqui para todo o país e para o exterior: Inglaterra, Estados Unidos da América...

(Texto: Sónia Balasteiro; Fotografias: Raquel Wise) transcrito com supressões

Uma adivinha de um país de lagos e castelos...

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... e porque recebi da minha filha mais velha um SMS a referir-se ao local onde este objecto é usado e - não sendo o teor da mesma confidencial - transcrevo parte a fim de poder servir de pista: «Com sol. Paisagem linda tipo conto de fadas...».

O objecto é utilizado pelos naturais da região (tendo este aqui representado mais de um século), medindo cerca de 12 cm : conseguem adivinhar a sua utilidade?

Trata-se de um alfinete para kilts (saias tradicionais escocesas) e acertou a Vee:)

Acordai e debitai

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Lady disse...

Arcos de Valdevez. E acertou.

Bota fluminense

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Anúncio da revista brasileira de 1939, "Para Todos" publicitando os modelos de sapatos do ano.

A arte de bem comer




O que tem qualidade nunca envelhece: é o caso da Revista Banquete. Com poucos meios mas bom grafismo, escolha sábia de receitas dirigida por uma mulher, Maria Emília Cancella de Abreu, que aprendi a apreciar pela sua leitura. Ainda aqui neste número ela puxa as orelhas ao SNI e tem mil e uma ideias para melhorar a divulgação da gastronomia portuguesa e a nobre arte de muito bem comer.
Aqui mesmo a recolha de receitas de diversos estabelecimentos, não sei se ainda existem ou não, a ver: Pensão - Restaurante Unidos de Alcobaça, com a sua receita de Bacalhau à Maria Rita, Confeitaria Inglesa Martins e Neves de Lisboa, com a receita de Patas de Veado e a Imperium de Lisboa apresenta a sua receita de tartes de queijo.


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Revista Banquete, Setembro de 1962.

Miam!



Uma ementa para um almoço de arromba. Frangos à Mexicana (a receita é para 8 pessoas), Tarte de Espinafres e leite creme enfolado. Parece-me muy bien.

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Dias domingueiros



Diz um amigo meu que não gosta lá muito de blogs mas que aprecia ler o Dias ao Domingo. Pede sempre receitas. Hoje escolhi algumas da Revista Banquete de 1961: conserve para amanhã as frutas colhidas hoje.
Maçãs secas para conservar, licor de tangerina e licor de laranja. Não me parece nada má esta ideia temos é que esperar que estas sejam as frutas da época.
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O Rei Salmão

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A história de um salmão de Monção.
Revista Banquete, Março de 1961

PESADELOS DE UMA NOITE DE VERÃO

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Um calor de ananases, uma lua cresente, o comentário do viajante César Ramos, ao poema Na Morte da Manuela Porto do José Gomes Ferreira, provavelmente é assim que se morre! mas complicamos tudo... e não costumamos ter uma assembleia à volta... excepto se em coma, ou catalepsia e uma vontade assim, silly season, maluca, ou parva, de loas sobre a morte, ou o destino a bater à porta, um arrepio na noite quente, sufocante e lembrar quando perguntaram ao Alexandre O’Neill se ele tinha medo da morte e ele, calmamente, a responder apenas curiosidade, saber como tudo isto vai desfechar, o Woody Allen a dizer que não tem medo da morte mas prefere não estar presente quando ela chegar, ainda o mesmo José Gomes Ferreira a pedir que quando ele morrer não compliquem o mistério com pios de coruja, o Pessoa a dizer que é fácil ser-se definido, só há duas datas o nascimento e a morte, é assim nascer, viver, morrer, no intervalo fazer qualquer coisa, o desejo de morrer rapidamente mas hoje não, ou morrer sem dar por isso, ou uma serenidade tal que permita ainda contemplar a luz no musgo da parede, o Humphrey Bogart, entre um milhão de cigarros e outro de whiskys, a sugerir que há que cuidar dos vivos porque quando se morre acaba tudo, o desabafo do José Manuel Mendes a dizer que quando o pai morreu soube que Deus não existia, o T. S. Elliot que no começo de cada um está o fim, também um sarilho, “life is a bitch… and then you die”, diálogo de um filme de que agora não lembra o nome, o Jim Morrison a dizer-nos que antes de mergulhar no grande sono ainda queria escutar o grito da borboleta, a Agustina a avisar-nos que na eternidade se pode fazer tudo menos o trivial, o lamento de Brecht porque não dizemos as coisas importantes às pessoas antes de elas morrerem, um azulejo na tasquinha do Aires na Trafaria a desafiar-nos para comer e beber porque se vai passar muito tempo morto, inevitavelmente Cesare Pavese, para todos a morte tem um olhar, a sabedoria de Maiakowski não é difícil morrer, viver é muito mais e assim aos 50 dizer-se que não vale a pena viver depois dos 60, chegados aqui falamos dos 70, aos 70 dos 80 e por aí fora, Manuel Freitas, definitivo, de que nunca escreveu sobre nada limitando-se a anunciar que vai morrer, e morte por morte fechar esta parvoeira sem pés nem cabeça, esta paranóia, com esse tão subtil Herberto Hélder: “morrer era agora a minha liberdade, e eu tinha a vida inteira para executá-la pormenorizadamente.”


Legenda: fotograma de "O Sétimo Selo", filme de Ingmar Bergman, 1956

E HOJE É DOMINGO

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“Na Morte de Manuela Porto”

Devia morrer-se de outra maneira.
Transformarmo-nos em fumo, por exemplo.
Ou em nuvens.
Quando nos sentíssemos cansados, fartos do mesmo sol
a fingir de novo todas as manhãs, convocaríamos os
amigos mais íntimos com um cartão de convite para o
ritual do Grande Desfazer: "Fulano de tal comunica
a V. Exa. que vai transformar-se em nuvem hoje às 9
horas. Traje de passeio".
E então, solenemente, com passos de reter tempo, fatos
escuros, olhos de lua de cerimónia, viríamos todos assistir
à despedida.
Apertos de mãos quentes. Ternura de calafrio. "Adeus!
Adeus!"
E, pouco a pouco, devagarinho, sem sofrimento, numa
lassidão de arrancar raízes... (primeiro, os olhos...
em seguida, os lábios... depois os cabelos... ) a carne,
em vez de apodrecer, começaria a transfigurar-se em
fumo... tão leve... tão subtil... tão pólen... como
aquela nuvem além (vêem?) — nesta tarde de outono
ainda tocada por um vento de lábios azuis...

José Gomes Ferreira em "Poesia III"

29 de agosto de 2009

Conservação de Legumes



Conserve para amanhã os legumes colhidos hoje: Receitas de conserva de beterraba, chutney, conserva húngara e feijão carrapato.
Revista Banquete, Setembro de 1966

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Uma adivinha refrescante...

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Conseguem indicar qual a localização desta fonte?

E acertou o Valdemar Alves ao responder: «Penso que este painel pertence ao chafariz das Azenhas do Mar, concelho de Sintra (Cintra como se escreveu até aos finais dos anos 30do século passado).»

Salter´s Improved family scale

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A pedido de várias famílias que queiram ver melhor a salter´s family scale.
Muito bonita, ainda funciona e na família há muitos anos.

A Mulher Ideal Portuguesa 1973









Duas reportagens sobre o Concurso da Mulher Ideal Portuguesa 1973, do qual foi vencedora Maria Emília Mauhin da Cruz Forjaz Trigueiros. As provas decorreram no Palácio de Seteais. AS outras finalistas foram: Elvira da Conceição Matos Ferreira Marques, Maria Manuela Afonso Dias Leitão, Maria Teresa Querial Talone e Maria Teresa Sousa Dias.


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As mulheres ideais portuguesas

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Qual seria a vossa preferência? Os nomes e caras das vencedoras de 1966 a 1971.

Alice Ogando

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Há mulheres que parece que atravessaram o século XX todo. Recordo Amélia Rey Colaço mas agora quero relembrar a Alice Ogando. Travo conhecimento com ela logo na Revista Ilustração (anos 20 e 30), onde apresentam a sua poesia e depois continuo acompanhá-la na imprensa feminina vária ao longo do século, até à Crónica Feminina. Ela traduziu (Stefan Zweig por exemplo), fez dramaturgia radiofónica (segundo o blog da rua Onze nos revela), escreveu argumentos para fotonovelas e e números livros da Colecção Violeta. Os pseudónimos que usou eram imensos. Um deles era o da conhecida Mary Love, mas usou outros como Marge Grey ou James O´Brien. Vejo-a como uma mulher cheia de genica e sempre in. Agora sem dúvida, escreveria enredos para telenovelas. Irei dando notícias dela.

A laca Almir

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Lmbro-me bem destes pulverizadores de laca nos cabeleireiros. Gostava muito destes frascos mas nunca fui apologista de cabelo lacadoe estruturado.

O portuga home made car...

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(com os devidos agradecimentos ao Luís)
Esta viatura bastante inovadora foi-me divulgada por um amigo há algum tempo a leccionar no Norte . Atendendo à robustez dos materiais utilizados na construção do veículo (penso que «made in Santo Tirso»), imagino que a tecnologia tenha ido beber inspiração aos ascendentes guerreiros de origem germânica, povoadores da referida área geográfica… fiquei a pensar de que material serão os airbags .
Saliento o facto de se tratar de um modelo conversível, o que se traduz em vantagem, pois permite circular neste tempo estival sentindo o arejamento natural e os cabelos a esvoaçar ao vento:)

PORQUE HOJE É SÁBADO

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"à laia de apresentação"

Guarda tu agora o que eu, subitamente, perdi
talvez para sempre - a casa e o cheiro dos livros,
a suave respiração do tempo, palavras, a verdade,
camas desfeitas algures pela manhã,
o abrigo de um corpo agitado no seu sono. Guarda-o

serenamente e sem pressa, como eu nunca soube.
E protege-o de todos os invernos - dos caminhos
de lama e das vozes mais frias. Afaga-lhe
as feridas devagar, com as mãos e os lábios,
para que jamais sangrem. E ouve, de noite,
a sua respiração cálida e ofegante
no compasso dos sonhos, que é onde esconde
os mais escondidos medos e anseios.

Não deixes nunca que se ouça sozinho no que diz
antes de adormecer. E depois aguarda que,
na escuridão do quarto, seja ele a abraçar-te,
ainda que não te tenha revelado uma só vez o que queria.

Acorda mais cedo e demora-te a olhá-lo à luz azul
que os dias trazem à casa quando são tranquilos.
E nada lhe peças de manhã - as manhãs pertencem-lhe;
deixa-o a regar os vasos na varanda e sai,
atravessa a rua enquanto ainda houver sol. E assim
haverá sempre sol e para sempre o terás,
como para sempre o terei perdido eu, subitamente,
por assim não ter feito.

Maria do Rosário Pedreira, "A Casa e o Cheiro do Livros"

28 de agosto de 2009

Companhias nocturnas

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Fotografia de Joana Menezes

O sal Cerebos

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Uma bela imagem esta, de publicidade ao Cerebos Salt, aparecida em 1906 na Ilustração Portugueza. à procura de luzes sobre este sal, encontrei estas adoráveis latas. Mais ainda encontrei estes dados sobre o inventor desta marca.
Divirtam-se e não salguem demasiado a comida.

Gosto!


Gosto do tom de voz da Sónia Tavares e gosto desta versão ao poema de O`Neill.

Máximas publicitárias

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O comerciante que anuncia progride sempre; o que não anuncia anda a passo de boi.
E os chocolares Frigor de fabricação francesa entendiam mostrar a sua qualidade.
Ilustração Portugueza, 1906

A água Castello

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Está água continua a ser de primeira. Em 1906 eram abastecedores da casa real.
àgua Castello, pois claro.

Um utensílio do século XIX

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Tem mais de um século de existência e pergunto se conhecem a sua funcionalidade.
Penso que não será difícil...

Serve para levar as torradas à mesa e acertou a Paula:)

28 de Agosto de 1963: evocando Martin Luther King

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Um dos marcos do movimento de defesa dos direitos civis foi a «marcha pelo emprego e pela liberdade». No dia 28 de Agosto de 1963, mais de 200.000 pessoas acorreram a Washington para ouvir um dos melhores discursos do século XX. Martin Luther King dirige-se aos participantes: «Chegará o dia em que todos os filhos de Deus poderão cantar: o meu país é o teu, doce terra da liberdade».

Digo-vos hoje, meus amigos, embora nos defrontemos com as dificuldades de hoje e de amanhã, que ainda tenho um sonho profundamente enraizado no sonho norte-americano.
Eu tenho um sonho de que um dia esta nação se erguerá e viverá o verdadeiro significado de seus princípios: "consideramos que estas verdades são evidentes por si próprias, que todos os homens são criados iguais".
Eu tenho um sonho de que um dia nas rubras colinas da Geórgia, os filhos dos antigos escravos e os filhos dos antigos proprietários de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.
Eu tenho um sonho de que um dia até mesmo o estado de Mississipi, um estado sufocado pelo calor da injustiça, será transformado num oásis de liberdade e de justiça.
Eu tenho um sonho de que os meus quatro filhos um dia viverão numa nação onde não serão julgados pela cor de sua pele, mas sim pelo seu carácter.

Bonecos da Olá e da Rajá

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A colecção que estou a tentar organizar para as pequenas...
Do you remember?
(bonecos brinde da Olá e da Rajá)

Horniman´s Pure Tea

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Estabelecido em Londres 1826: O Chá favorito das Embaixadas da Europa

O Carnaval de todos os dias

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Visto por Bernardo Marques, Ilustração Portugueza, 5 de Agosto de 1922

O festival aéreo

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Quando eu era adolescente falava-se muito em Clerasil. Tentava-se travar o inevitável.
Mas esta história pelo menos, acaba bem. Clerasil aproxima-os um pouco mais.

Soltem os prisioneiros

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Este anúncio da cabeça gradeada tem pelo menos duas versões. Esta é de 1968.
A laca Sunsilk para três variedades de cabelo a 27 escudos e cinquenta centavos. A Crónica Feminina essa, custava três escudos.
Se clicarem na etiqueta Sunsilk verão outros anúncios desta marca.

OS CINEMAS TAMBÉM SE ABATEM

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Numa crítica de cinema, de há muitos anos atrás, Eduardo Prado Coelho escrevia: “Às vezes lembro-me melhor das salas onde vi os filmes do que dos próprios filmes.”
Nunca percebeu muito bem onde Prado Coelho queria chegar.Tem uma vaga ideia, apenas. Também se recorda de algumas salas onde viu os muitos filmes da vida, mas são sempre os filmes que lhe norteiam a memória.
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O “Cinema Alvalade” foi uma sala que nunca lhe despertou qualquer tipo de entusiasmo. Ficava fora de mão mas, acima de tudo, tinha uma “assistência queque”, proveniente das avenidas novas, que, na altura, o incomodava sobre maneira, ele que quase sempre andava em cinemas de bairro,vulgo os "piolhos".
Provavelmente uma mão chegará para contar as vezes que entrou no “Alvalade”. Desta recorda-se porque ficou com o programa, uma outra foi para rever esse espantoso filme de Richard Brokks, “Gata em Telhado de Zinco Quente", com uma espantosa Elizabeth Taylor e um não menos espantoso Paul Newman.
Não sabe exactamente o dia em que assistiu ao "Dia da Violência" mas no programa pode ler-se que a partir das 21,15 horas do dia 14 de Novembro de 1975 o “Alvalade” passava a exibir o filme de Roger Corman, um realizador pouco amado e conhecido na História do Cinema como o “Rei da Série B”.
O filme tem uma brilhante interpretação de Shelley Winters no papel de uma mulher que, juntamente com os filhos, dirigia, na década de 30, um gang de assaltantes.
Curiosamente, apesar do trabalho de Shelley Winters , o programador, sabe-se lá porquê, dedica-se apenas a referir o actor Don Stroud .
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Antes do filme era exibido o documentário “O Rapto”.
O “Alvalade” abriu as suas portas em 1953 e deixou de ser cinema, passados uns anos após o 25 de Abril, para servir de palco à histeria colectiva de uma seita religiosa.
No ano de 2003 o edifício foi demolido e hoje, a nova construção, é um aglomerado de lojas e andares para habitação e escritórios, muitos ainda por alugar.

27 de agosto de 2009

Fica um amor na sua cozinha!

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Lá estão os brindes...No caso a lata grande, bonita e forte do Toddy para guardar açúcar, farinha e outros mais. A verdadeira reciclagem.
Lembram-se delas?
Se clicarem na etiqueta Toddy, vão encontrar outros anúncios do dito de diferentes épocas.

Despedidas de Agosto - a festa vizinha

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Por obrigações burocráticas lá tive de ir há pouco a esta localidade. Ainda bem que tal sucedeu, pois assim me lembrei de que hoje haverá ensaio para as cantorias de sábado...
Subitamente, a terra ganhou outro colorido: dois palcos no largo da igreja (um para os coralistas, outro para a fanfarra) e o recinto da feira - este com outros palcos e aparelhagens - o colorido carrossel e a pequena capela - não fotografei a igreja matriz - devidamente engalanada (nestes dias ninguém fala em crise).
Curiosamente, verifiquei que havia um post do Carlos a referir uma outra festa popular, essa mais nortenha. Penso que estas datas de finais de Agosto são como que uma despedida de Verão, embora ainda haja localidades a querer perpetuar a época com festividades no início de Setembro: na terça- feira, quando voltar a Montelavar ao fim de um ano, será difícil a concentração durante uma semana pois, durante o dia, os festeiros de S. Mateus irão manter a aparelhagem sonora ligada a fim de que não falhe nos momentos-chave.
Pergunto ainda se sabem qual o nome desta capela aqui representada e o local onde decorre a festa, pois esta coisa das adivinhas é (para mim e mais alguns, pois claro) um (benéfico) contágio:)
Para concluir, refiro datar esta capela do século XIV (podendo ser de finais de XIII) e ter como designação o nome do primeiro orago da terra cujo topónimo significa "terra fértil".

E acertaram a Ana Domingos (a festa decorre na Terrugem, Sintra) e o Z (a capela representada é a de S. Sebastião).