31 de julho de 2006
Soutiens retroseiros
Quem roubará um novelo de linha ou um soutien vermelhusco?
Nunca se sabe...
quase que parece o Blade Runner...
Ainda Iris
"Dora Greenfield left her husband because she was afraid of him. She decided six months later to return to him for the same reason" - the opening line of The Bell.
My favourites -
"There are perhaps times in a man's life when there is no substitute for the discipline of guilt" (it's the word discipline that gives that sentence its sharpness) and
"We cannot altogether evade responsibility for the subtle chains of moral failure which bring about the evil we swear we never intended" - are true Murdoch, tough on the self, rather than others. They come from her masterpiece, The Black Prince.
My desire to produce the book as a play in the West End was the catalyst for me finally meeting Iris Murdoch, on December 19, 1984, in the Connaught Hotel, London. It was a meeting we were to celebrate each year, until her illness made it impossible.
Iris sat on one of the very grand chairs in the very grand lounge, smiling at me as, hugely pregnant, I stumbled towards her. "Hello Josephine," she said. "I'm Irish, too."
(Josephine Hart relembra Iris)
"Marriage," she once wrote, "is a long conversation." So is friendship.
Iris Murdoch e as futilidades do costume
Antes fiz uma rápida incursão ao Corte Ingles.Senhoras e mais senhoras aos grupos a experimentar sapatos, a deixar cair roupas ao chão e sobretudo o décor: riscas e flores numa profusão de vestuário que me lembrou tanto os anos setenta que ainda estou a ver laranjas e rosas nos olhos e riscas ,meu Deus tanta risca.e brilhantes..tantos brilhantes.. tantos vestidos e saias enfolharadas...será que os espanhóis se vestem assim? Vestem pois vestem, eu sei.E exportam!!!
Comprei só uma petite chose e e descobri que os magnificos lençóis e edredon da Prada apesar de baratos eram supérfluos, que ainda tinha muitos livros por ler e de dvds nada havia de interesse. Quer-se dizer olhei três vezes para o Aurora do Murnau mas 25 Euros parece-me desmesurado.
E sim Gasel deram cabo de quase todo o Algarve e nós deixámos. Lembro-me de ir para Olhos de Água quanto tinha 15 anos e ficar em extâse absoluto perante a beleza do Sul.
E agora? Esperemos que o josef deixe de escortinhar textos e fotos e se acalme, ou então fica fechado no vestiário das senhoras de idade do Corte Ingles durante 2678 horas.
Mandei um emailzito para os relapsos da escrita. Na próxima vai o ABS com uma seringa ou melhor o Gasel com um tubo castigar essa cambada de preguiçosos:)
E abeijo-vos.
A agonia
É terrivelmente agoniante ver o que ali aconteceu, apenas em 6 ou 7 anos... Toda aquela zona de Olhos d'Agua, Vale Carro e Praia da Falésia - que eu conhecia e gostava - desapareceu. Foi invadida pelas estradas de alcatrão, pelas rotundas e viadutos, pelas obras em construção, pelos aparthotéis e condomínios. Sim, foi invadida por Albufeira...
Quase nada do que aquilo era, ainda é.
Quase nada... Quase nada!
30 de julho de 2006
A experiência é madre das coisas
Há dias que são destinados a estar enfronhado e a pensar levemente. E foi o caso.
O que faz um blog durar? Sem dúvida ter um núcleo duro que o sustenta e anima, que o polemiza, alegra ou compartilha. É isso que nos faz preocupar uns com os outros e a percebermos o que está nas entrelinhas ou mais além delas. Também provoca zangas, discussões e mesmo cortes.
Muita vezes este espaço parece-me uma família italiana barulhenta, em que todos querem ter razão. Mas a insistência de em ser dono/a da verdade pode levar a cortes de comunicação.
O que pode melhorar? Acho que muita coisa. Há muita gente que não escreve porque acha a sua escrita pobre, comparativamente à de outros. E esta é uma questão a ultrapassar definitivamente.
Aqui valorizamos a expressão da experiência individual, das nossas dúvidas e das nossas certezas, é favor abstrairem-se de questões formais. Escreve-se porque apetece. Mas respeitando os outros.
Fui educada pelos meus pais a saber ouvir o que os outros me diziam e a aprender coisas novas. É óptimo aprender com quem sabe: aprendi aqui já muita coisa com o Carlos, o ABS, o Gasel, o Orlando, a Maria , o joseb, o Tiago ,o sombra clara, o Kino,o POL,a Erre, a Lulu.....e tantos outros postadores.
Reconhecer que ainda não sabemos quase nada, por mais que tenhamos lido ou vivido é a premissa essencial de se conseguir estar na vida de forma receptiva. E experienciarmos o que aprendemos.
E daí imaginarmos...e multiplicarmos.
Desde miúda que valorizei muito esta definição de vida, apesar da muita verdade que tenho por descobrir :
"A experiência é madre das coisas
e por ela soubemos radicalmente
a verdade"
Duarte Pacheco Pereira, " Esmeraldo de Situ Orbis "
29 de julho de 2006
Três anos e uma casa
O que faz um tipo razoavelmente equilibrado organizar-se para aceder ao sistema quando não havia nenhuma obrigação de o fazer, organizando jantar e afins para ter o diabo do laptop operacional?
"As razões que a razão desconhece".
Os amigos que se foram criando. Uns entram, outros saem. Vamos e voltamos.
Um lugar em que nos sentimos em casa.
Três anos. Será muito tempo? Não, quando se pensa no tempo que há-de vir.
O DQV permanece.
A cunha
Antiquado, porque ainda me chateia muito pagar e compar coisas na internet, especialmente se há uma certa sensação de obrigatoriadade na coisa ou se implica a resposta a longos questionários-que-são sempre-iguais-uns-aos-outros. Ou simplesmente porque tenho algum prazer, secreto e masoquista, em frequentar repartições e quisoques para comparar formulários e pagar as taxas devidas.
Abandalhado, porque deixo tudo para o últimos dias, para as últimas horas... muitas vezes para depois do último dia. Não consigo deixar de cumprir o velho ditado que diz "Nunca faças hoje o que pode esperar para amanhã"... Ou não?
Dito isto, vamos ao tema:
Estava eu ontem muito descansadinho, a beber um café, quando me lembrei de passar pela papelaria do bairro para comprar o jornal. Entrei e vi várias pessoas de ar bastante chateado... a empregada repetia em voz alta: Não temos nada e não aceitamos encomendas!. Só nas Finanças, dizia ela também, e foi essa palavrinha que me abriu o clarão Merda, o selo do carro!
Triste, juntei-me ao tal grupo de pessoas de cara chateada Mas nada, nem um?. Nada! Visto que nada, o pessoal começou a dispersar, cabisbaixo... nisto, uma das empregadas - que me conhece melhor - fez-me sinal e disse baixinho Deixe-me ficar os documentos do carro que eu lhe arranjo o selo. Sorri, confiante!
Passados dez minutos, deixei-lhe um envelope com o livrete e registo.
À tarde, paguei os 49€ e recebi o valioso selo.
Granda cunha!
TPC (parco de palavras...)
A interacção
E já agora, o que o pode melhorar?
A imaginação
E já está, 3 anos!!! Parabéns a todos nós :)
A bisbilhotar o Le Monde vejo um nome duma fotógrafa. Cheira-me a portuguesa. É luso-francesa.
A exposição chama-se Manuela Marques e está no Centre photographique d'Ile de France - 77340 Pontault-Combaultdu (24 mai 2006 au 30 juillet 2006 ).
Cliquem aqui para a ver melhor.
Espanta-me sempre existirem artistas portugueses tão bons e completamente desconhecidos por nós.
Para mais ler o Le Libération de 16 de Julho.
Recebi este email da Alice sem Maria que passo a postar
Parabéns ao Dias que Voam pelo seu terceiro aniversário.
Parabéns a todos, porque o Dias que Voam são vocês todos , (aqui reunidos por artes e manhas de um qualquer demo genial, tão bem escolhidos foram ...); vocês, dizia eu, que quase todos os dias leio, que me fazem pensar, me fazem concordar e discordar , dar "murros na mesa ou aplaudir", como se estivesse com a minha sala repleta de amigos.
Parabéns porque me fazem rir. Porque me irritam. Porque me ensinam. Porque me emocionam.PARABÉNS DIAS QUE VOAM!!! E POR FAVOR, VOEM DEVAGAR !!! MAS NÃO PÁREM NUNCA !!!
AliceSemMaria
28 de julho de 2006
TPC da T
O interesse dos blogadores e comentadores. O que faz durar o interesse dos blogadores e comentadores? Gostarem muito de blogar no seu blog. O que os faz gostarem muito de blogarem no seu blog? Partilharem o mesmo gosto (economia de rede), terem muitas ideias e gosto em exprimirem-nas e terem predisposição para a internet.
E já agora, o que o pode melhorar?
Mais tempo livre da parte dos blogadores e comentadores e melhor acesso por estes à internet. Haver menos amantes.
Gisberta 3
Há uns anos atrás foi cometido um assassínio racista no 10 de Junho. Felizmente, com toda a razoabilidade e justiça, a “opinião pública” (comentadores de jornais e as pessoas que conheço) apresentaram uma disposição no sentido de desejar o castigo dos criminosos.
Agora em relação ao caso Gisberta, há quem queira desculpar os criminosos com base no argumento de que eles nem sequer talvez tenham tido consciência que praticaram um crime, afinal eram “crianças”.
Será que os que mataram no 10 de Junho, se tivessem entre 14 e 16 anos, também gozariam do benefício desta argumentação das crianças sub-humanas que não sabem o que fazem? Se não, porquê dar esse benefício aos assassinos da Gisberta?
Os argumentos da desculpabilização são intoleráveis para mim. Dizer que alguém que tem inteligência para escolher entre esta ou aquela forma de tortura e para optar entre uma forma de matar que dá mais nas vistas e uma mais discreta não tem inteligência ou consciência ou o que quer que seja para discernir o bem e o mal é uma coisa que não consigo engolir. E acho que uma visita a uma prisão não ia alterar em nada esta minha opinião. Para mais, não sou eu quem parece demonstrar uma ingenuidade sem qualquer fundamento e precisar de descer ao “real world”. A maldade existe.
O que eu acho é que a revolta provocada na opinião pública nos casos de crimes racistas é muito mais forte do que no caso de outros crimes de ódio. E o problema não é por excesso no primeiro tipo de crimes mas por défice em relação a todos os outros. É que a gravidade moral de um crime realizado simultaneamente por ódio para com alguém mais frágil e por “divertimento”, i.e., pura maldade não é inferior à gravidade de um crime praticado por um outro tipo específico de ódio, o ódio racista.
É como se a repugância em relação aos crimes racistas tivesse, a par da sua origem emocional e racional, uma origem cultural, baseada na aprendizagem informal enquanto que em relação a outros tipos de crimes de ódio a opinião pública ainda não tivesse sido sujeita a um mesmo tipo de aprendizagem e, daí, a sua repugnância em relação a estes crimes fosse menos intensa do que em relação àqueles.
Pelo exposto, se a opinião pública já exige, e bem, castigos pesados para os criminosos racistas, para os quais já não há, e bem, desculpabilizações condescendentes, ingénuas e irrealistas do tipo “as crianças de 14, 15, 18, 20 anos não sabem o que fazem” – então parece-me que seria desejável que a opinião pública exigisse também castigos pesados para todos os outros crimes de ódio. Os crimes de ódio, todos eles, não podem ser combatidos com o ódio, porque o ódio cega (i.e., o ódio não é racional e o que não é racional não deve servir de orientação política). Mas têm de ser combatidos pela punição. A impunidade sistémica é a forma mais perfeita de deixar grassar o ódio.
E não me venham dizer que castigar criminosos é injustificável porque a culpa dos crimes é do Estado que não preveniu e ou não soube criar as condições sociais que supostamente preveniriam os crimes (esta argumentação desculpabilizadora ainda é mais fraca do que a das “crianças sub-humanas que não sabem o que fazem”).
p.p.: o meu post sobre o filme “Dogville” também é sobre estes temas.
p.p.2: continuo a achar que recorrer a argumentos do tipo “eu tenho mais experiência do que tu que não percebes nada da vida” é um absurdo (no sentido de serem múltiplas e muito fortes as razões que apontam no sentido do fraco valor daquele tipo de argumentação).
'O que faz durar um blog?
E já agora, o que o pode melhorar?'
vou pensar sobre o assunto no fim de semana.
para aqui
depois digo-vos
TPC
Lopes-Graça
Lopes-Graça, Dulce Cabrita e Michel Giacometti
Fernando Lopes-Graça com Dulce Cabrita e Michel Giacometti à porta do Teatro de Ponta Delgada.
Ponta Delgada, 1966.
Fotografia cedida pelo Museu da Música Portuguesa, Cascais
Há um novo site português do ME sobre o Fernando Lopes Graça. Mas vejam AQUI .Não me pareceu nada mau.
Mas ainda falta fazer tanta coisa sobre nossas referências culturais fundamentais.,,
E quem é que sabe porque é que a Maria João Pires emigrou para o Brasil? Alguém me explica?
27 de julho de 2006
Gisberta 2
Os criminosos confessaram que espancaram, violaram e torturaram várias vezes para se divertirem. Explicaram também que, depois de tentarem queimar a Gisberta viva, só não consumaram esse acto porque daria muito nas vistas. Optaram por atirá-la para o poço porque assim o caso só seria descoberto muito mais tarde e, portanto, as hipóteses de serem apanhados seriam mais baixas. Ou seja, optaram por uma forma de assassínio e não por outra não porque os fizesse divertirem-se mais mas para dar menos nas vistas. E agora nem sequer de homicídio na forma mais básica são acusados!
O MP tem duas funções: acusar em nome de toda a sociedade, que é lesada quando um dos seus membros é violentado e acusar em nome daqueles que não têm quem lhes valha. No entanto, não é isso que o MP faz. O MP acha-se muito superior e opta por ser uma espécie de pré-juíz: em vez de acusar, prefere escolher ele mesmo qual a pena a aplicar e depois pedi-la ao juíz. A defesa defende, o juíz julga e o MP julga também, desaparecendo por completo qualquer vestígio daquilo que apropriadamente é chamado de acusação. No caso Gisberta, a ausência da acusação é gravíssima porque também foi gravíssima a ofensa à sociedade (de forma individual e de forma solidária) e porque do lado da vítima não há quem forneça “protecção” póstuma.
Será que aqueles delegados do MP se tivessem filhos que viessem a ser espancados, torturados, violados e mortos por afogamento ou pelo fogo, contentar-se-iam em pedir ao juíz que fosse aplicada uma sanção por meras agressões físicas? O MP tem o dever, não é uma opção!, de defender a sociedade em geral e os indivíduos em particular como se de filhos se tratassem. Ao contrário dos juízes, o MP não tem de se pautar por um princípio de imparcialidade: o MP defende positivamente os direitos das vítimas de crimes e fá-lo legitimamnte CONTRA os suspeitos de crimes. Caso contrário deixa de existir acusação pública.
A Constituição da República Portuguesa garante a não retroactividade das disposições penais. Ou seja, o projecto-lei do CDS-PP no sentido de baixar a idade da imputabilidade penal dos 16 para os 14 anos, se fosse aprovado, nunca viria a ter aplicabilidade em relação ao caso Gisberta. Mas mesmo que fosse aprovado e pudesse ser aplicado a esse caso, com esta actuação do MP, o máximo a que aqueles criminosos estarão sujeitos é a sanções de internamento em regime aberto.
Os partidos que votaram contra o projecto do CDS-PP acreditam na reconversão moral dos criminosos jovens. Acho que a falta de imputabilidade criminal e o tipo de sanções ridículas que o MP agora pede, ou melhor, oferece só servem não a reconversão moral mas a convicção imoral que é possível praticar uma mistura dos piores crimes possíveis e imaginários e sair completamente impune. É a lição da impunidade que o PS, o PSD, o PCP , o BE e o Ministério Público dão àqueles criminosos cobardes.
Quando daqui por alguns anos esses criminosos voltarem a decidir divertir-se e, por mero acaso, forem apanhados, qual será a razão para serem novamente desculpados, compreendidos e até talvez mesmo vitimizados? Terá sido que nunca lhes deram oportunidades? Será que foi a sociedade, todos nós que fomos injustos para com eles? Ou será que não os soubemos integrar ou não lhes demos amor suficiente?
Gisberta 1
COMUNISTAS DE TODO O MUNDO TENDE CUIDADO, TENDE MUITO CUIDADO, IDE DE VOLTA PARA AS VOSSAS CÉLULAS: EU ANDO AÍ!!! AH AH AH (riso macabro, ou melhor...
É verdade: tenho internet em casa, no centro do centro de Lisboa. Mesmo no meio do centro, mesmo no centro do meio de Lisboa.
Já agora, como é que se convence um comunista proprietário de um Mercedes-Benz dourado a emprestar o dito? (Não vale responder "mediante do uso da força". Não vale responder "mediante o uso de bastões electrificados como os usados pelos comunistas chineses ou os comunistas da Coreia do Norte".).
A propósito de...
O prémio - ainda por definir - poderá ser levantado até 14 de Agosto, no SG do HDF, durante as horas de expediente...
A questão dos actos e da fé já vem desde muito antes. A culpa foi de S. Paulo que disse qualquer coisa como "a salvação vem pela fé em Cristo e não pelas obras da lei de Moisés", na Epístola aos Romanos. Isto separou definitivamente cristãos e judeus... e, mais tarde, foi a interpretação desta Epístola que esteve na génese da Reforma.
(E continuo a pensar que nos deviamos chamar Paulistões, não Cristãos!)
Porque vem aí o Agosto!!!! Cantem comigo!! Cantem comigo!!
O homem trabalha uma vida inteira para um dia regressar
E no estrangeiro, é sempre um forasteiro com saudades do seu lar
No coração traz a mulher que ama e sempre amará
Aquela cara bonita e aquele corpo divino que eu nunca esquecerei
Eu sei, eu sei
És a linda portuguesa, com quem eu quero casar
Já corri mundo e não encontro outra igual com quem eu queira ficar
A mais formosa, mais gostosa das mulheres que Deus pode criar
Ai a saudade e a esperança de um dia voltar para te abraçar
Eu sei, eu sei
És a linda portuguesa, com quem eu quero casar
Já corri mundo e não encontro outra igual com quem eu queira ficar
A mais formosa, mais gostosa das mulheres que Deus pode criar
Ai a saudade e a esperança de um dia voltar para te abraçar
É no Inverno que no meu peito é maior a solidão
E essa tormenta de ter que esperar o Agosto em Portugal
Na minha oração eu peço ao Senhor o milagre de voltar
e olhar essa cara bonita e esse corpo divino que nunca esquecerei
Eu sei, eu sei
És a linda portuguesa, com quem eu quero casar
Já corri mundo e não encontro outra igual com quem eu queira ficar
A mais formosa, mais gostosa das mulheres que Deus pode criar
Ai a saudade e a esperança de um dia voltar para te abraçar
Eu sei, eu sei
És a linda portuguesa, com quem eu quero casar
Já corri mundo e não encontro outra igual com quem eu queira ficar
A mais formosa, mais gostosa das mulheres que Deus pode criar
Ai a saudade e a esperança de um dia voltar para te abraçar
um enorme passo para a humanidade, dizem
1. o dogma da imaculada conceição (por imaculada conceição entende-se o ter concebido sem que tenha tido relações sexuais: concebeu e restou sem mácula).segundo o parecer dos sábios teólogos, 'o trabalho de redenção de cristo remonta até ao mais profundo do ser de maria e às suas primeiras origens' (leia-se que a imaculação teve efeitos retroactivos por via da redenção de cristo)
2. de acordo com o dogma católico romano da assunção de maria (para quem não está familiarizado com o termo, por dogma entende-se o que não tem discussão e que será blasfémia negar ou duvidar. como exemplo do contrário, as aparições de fátima não são um dogma: qualquer católico pode negar ou duvidar sem correr o risco de excomunhão), esta subiu ao céu, em corpo e alma, após a sua vida terrena.para os doutos sábios, a dita assunção é entendida como a convicção de que deus tomou a totalidade da pessoa da mãe de jesus na sua glória e que isso é 'conforme as escrituras'.ou seja:,os doutos teólogos leram. está escrito. está provado.
3. referente ao culto da virgem (um dos principais pontos de discórdia entre anglicanos e protestantes) é um tema que não deve ser razão para divergências teológicas já que o culto e a invocação de maria não obscurecem nem diminuem a mediação particular de cristo.
e eu resumia assim:
1. maria é imaculadamente virgem porque a redenção de cristo assim a tornou por retroactividade
2. maria subiu aos ceús porque está escrito.
3. a virgem é uma espécie de supporting actress, não retirando o brilho ao actor principal.
este fim de semana, o conselho metodista mundial, aprovou da sua reunião quinquenal em seul (coreia) um texto já anteriormente assinado entre os luteranos e o vaticano sobre a magna questão que divide metodistas, luteranos e católicos romanos há mais de 4 séculos, a saber:
uma pessoa salva-se através da fé ou dos seus actos?
de acordo com o texto agora aprovado pelos metodistas e já antes, em 1999, pelos católicos romanos e pelos luteranos, ficamos a saber o que não duvidávamos:
uma pessoa salva-se pela sua fé.
de acordo com o texto 'é apenas pela graça adquirida por meio da fé na acção salvífica de cristo, e não na base do nosso mérito, que somos aceites por deus e recebemos o espírito santo que renova os nossos corações e nos chama a realizar boas obras'
a primeira ideia que nos vem à cabeça, sabendo desta frenética actividade ao longo de quase 5 séculos para chegar a tão brilhantes conclusões, é que esta gente não tem tomates para se coçar.
mas a verdade é que, a acreditar neles (pelo menos nos católicos romanos), só os usam para coçar mesmo...
a segunda, é a confirmação teórica daquilo que todos nós observamos naquela gente: que só podem mesmo contar com a fé, porque pelos actos jamais se salvariam.
daí a expressão popular 'ca'fé é que nos salva'
(ou pelo menos tira o sono se tomado em demasia)
Raquel Maria
Morreu a Raquel Maria.
Recordo-a dos espectáculos da Cornucópia, a sua energia e versatilidade e muito exactamente numa das peças que mais gostei de ver e mais me marcou: E não se pode exterminá-lo? de Karl Valentin.
Talvez os grandes actores nunca morram de facto...E a Raquel Maria é a prova perfeita que não é preciso ser-se belo para se ser um excelente actor...
26 de julho de 2006
como já tinha dito à própria,
PS lamechas e a fugir para a lagriminha ao canto do olho
Tzinha.... gostamos todos muito de ti e tu nem penses em coisas esquisitas.
Agora, alguém que poste alguns emoticons pirosos, por favor. Obrigado.
Propõe-se, claro, jantar para a próxima semana, para quem estiver por perto.
Sustos
tu voltas em falar em acabar o blog... e não há PC, CVP, NATO, ONU, SLB, FCP, SCP, PSP, GNR, CGD, BES, EDP, GALP, seja o que for, que te valha. A gente vai-se todos a ti.
Ai, se vamos.
Gasel, tovarisch, reler-te é bom.
Josefb, concordo que Lisboa é mesmo só para alguns.
Posts decentes, as minhas desculpas. Só amanhã.
Esta noite: Kimmo Pohjonen em Cascais. Sem comentários.
Aniversário do Dias
Entre vários exercícios de diversão pura, solidariedade e discussão aguerrida criaram-se amizades profundas e também alguns afastamentos. A vida é mesmo assim..
No início da semana ponderava eu se era altura de terminar com o blog, se não se teria esgotado com o tempo e perdido a sua pertinência. Um amigo disse-me, deixa-te de coisas é só uma dúvida desanimada tua. Mas é verdade que já vi muitos blogs morrerem..Entre os quais o maravilhoso blog da Xobinesky.
Estou sem dúvida mais contente hoje e com o regresso do Gasel Manuel depois de tantos meses de ausência. Sem dúvida temos que programar o festejo destes três anos...Gostava muito de ver a Lau a escrever de novo aqui também..com toda a sua verve e a sua malícia nortenha:)
Hoje sinto o blog assim...E o desenho é também de agradecimento ao Josef B , que é dos mais novos postadores e que tanto tem feito para dar qualidade a este projecto. Se é que a qualidade se agradece ou só se recebe.
Ainda faltam 3 semanas
Oh dear..Oh dear! I shall be too late
Attwell, Mabel Lucie. London: Raphael Tuck & Sons, Ltd., 1910
Onde vou passar férias? Já vou atrasada, metade lá voaram...Minto ainda tenho dezassete dias para gozar..Sei lá..Marrocos? Espreguiçar? Paris? Ainda não sei.
Logo se verá. Neste momento ainda tenho muita coisa para fazer...
Vou tirando férias interiores. E tenho que ir à piscina, isso é que sim.
tpc mix
Quanto aos preservativos acho só os burros é que são avessos a eles (e não estou a falar dos animais)
E a imagem utilizada é a feminina porque um homem olha mais rapidamente para um cartaz com uma mulher do que com um homem.
25 de julho de 2006
Começa assim "Era o dia do assassínio de Gandhi..." e termina com Shelley. Quem se lembra?
já só falta um ano..
entre os dias 20 e 22,
brian wilson vai estar em vilar de mouros.
(com tudo que se poderá ter de (in)certezas quanto aos compromissos com o dito.
TPC: ménage à vários
Espreitando da carteira, o vulto inconfundível de dois preservativos (má prática, guardar preservativos na carteira, mas para o cenário convém). A pequena senta-se, apercebe-se dos ditos. Leitura inconsciente da jovem: "aqui está um tipo em quem posso confiar. Pratica sexo seguro".
Mas quem te disse, Ricardo, que os anúncios da Control são para elas? Não. São para que nos convençamos de que, se usarmos os ditos, elas cairão de quatro para nós. E o "adapta-se a ti", completamente ambivalente, dá para ir a todas. Ou todos. Ou tudo. Incluindo a Miss Ovibeja.
Mé.
resposta às várias questões:
1 -> porquê a rapariga e não o rapaz? é o novo mercado, em principio, os rapazes já estarão conquistados, agora é necessário abrir uma nova frente para vender preservativos.
2 -> não me parece que exista uma pretensão de «influenciar a sociedade», parece-me que existe tão só uma pretensão de vender mais preservativos.
3 -> mais avesso? não sei se são os homens ou as mulheres, sei que os homens & as mulheres que conheci que diziam usar sempre preservativo tinham uma vida sexual algo... morna. mas não faço a mais pequena ideia se existia alguma relação entre o uso do preservativo & a sua actividade sexual. & estou a referir-me a pessoas que hoje andarão pela casa dos 40 anos... não sei se gerações mais novas mantém a mesma atitude.
TPC do Ricardo
2. Sexo seguro...sempre.
3. Os homens mais do que as mulheres.
Logo, juntando estas três coisas resulta em:
os rapazes não gostam muito de usar preservativo e podem inventar a desculpa "não tenho, é só desta vez, tu até tomas a pilula" e elas dizem "podes ter-te esquecido mas graças ao anuncio da control ando sempre com preservativos na mala, mas não da control porque não gosto da marca" porque sexo seguro sempre.
Preservativo
Que as mulheres comandam o sexo seguro:) Esta é boa, gosto da ideia.
Quem é mais avesso? Os homens da minha geração geralmente são um pouco avessos. Acho que às mulheres causa menos resistência o seu uso. Depende basicamente das marcas:)
TPC Para o Dia de Hoje Que É Vinte e Cinco
O tpc que proponho para hoje é:
1. Porque razão é que a publicidade da Control opta sempre por uma rapariga como personagem principal dos anúncios e não um rapaz?
2. Qual a intenção e de que forma é que se pretende influenciar a sociedade ao realizar aquela escolha na publicidade transmitida?
3. Quem é mais avesso ao uso do preservativo masculino: os homens ou as mulheres?
É igualmente aceite uma resposta por pergunta ou uma resposta integrada às três perguntas.
o regresso aos aerogramas, versão israelita
crianças israelitas escrevendo mensagens nas bombas que vão cair sobre o líbano.
é de pequenino que se torcem as mentes...
24 de julho de 2006
Esplanadas e adereços
Bebida? Tenho um certo fraquinho por gin tónico ou caipirinha...ou mesmo um vinho branco estupidamente gelado.
O livro? O que anda na mala. Um qualquer. Mas geralmente distraio-me a observar a vida dos outros.
Em Lisboa gosto particulamente da esplanada dos Meninos do Rio: não pela excelência do livro, mas pela localização. Passa-se bem aí uma noite a conversar.
Esplanada
Para aquela esplanada levava uma máquina fotográfica, um livro e capacidade de observação. Pedia um vinho branco, fresco. Esperando pelo anoitecer, esperando que alguém surgisse do nada e pedisse para se sentar em silêncio. As palavras cada vez mais me atrapalham os sentidos.
Depois, quando Sol penetrasse o Mar naquele momento único e mágico, fumaria um cigarro a meias. Fumar um cigarro a meias pode ser uma forma sublime de beijar.
Emprestariamos as mãos um ao outro, para descobrir as linhas em que não nos queremos enredar. E assim ficaríamos a noite toda, esperando o amanhecer em cada um.
A esta hora perguntam-me mas afinal para que querias tu o livro e a máquina fotográfica. Eu explico. O livro porque me dá um ar inteligente (principalmente se escrito noutra língua qualquer), a máquina fotográfica para a eventualidade de não aparecer ninguém e eu não poder parar o tempo no teu olhar.
ground zero
a foto de hoje faz lembrar que israel declara ter começado esta ofensiva para libertar 2 (dois) prisioneiros.
quando qualquer pessoa facilmente entende que uma operação desta envergadura não pode estar preparada de um dia para o outro, mas ter estado apenas à espera de um pretexto.
a foto do público mostra o que têm sido os bombardeamentos cirúrgicos (com amputação total, a ver pelos resultados)
até às 4am de hoje (hora de beirute) os resultados são os seguintes:
e estes são os locais que israel bombardeou alegando sempre serem bastiões do hizballah (a avaliar pela imagem, é o país inteiro...).
israel quer tanto a paz, como eu quero que o benfica ganhe....
está sol, apetece-me ir para uma esplanada beber, petiscar & ler.
que tipo de esplanada, bebida, livro escolheriam?
por mim optaria por uma esplanada junto ao mar, com uma garrafa de vinho tinto & um belo queijo de azeitão. para ler levaria o Paris Nunca se Acaba de Enrique Vila-Matas.
e levaria a máquina fotográfica, para o caso de alguma gaivota decidir posar para mim.
dois livros de férias
esta semana de férias fui acompanhado por estes dois pequenos volumes:
os nove contos, do salinger é um livro fascinante.
9 pequenas histórias (esta forma de falar nos contos pela extensão, vem-me dum jornal municipal lido nas férias que fala duma exposição de pintura 'onde predominam os azuis, os verdes e os amarelos') contadas de um modo simples, mas deslumbrantemente bem escrito.
histórias desconcertantes e divertidas. quase sempre com finais imprevisíveis, comoventes... tudo como devem ser os contos.
algumas pérolas: 'um dia ideal para o peixe-banana', 'o homem-gargalhada' e 'para esmé com amor e sordidez'
um livro absolutamente a ler, numa tradução e revisão cuidadas.
eu sempre gostei muito do hemingway.
sempre me fascinou a aura à volta da sua vida (mesmo odiando touradas e não sendo amante de caçadas).
estes 'contos de nick adams' são uma espécie de companheiro de vida do hemingway. escreveu-os ao longo da sua carreira, e sempre com aspectos autobiograficos.
desde os locais de nascimento e filiação aos acontecimentos vividos, tudo aquilo é a vida do hemingway.
a particulariedade destes contos, em oposição aos do salinger, é que aqui nenhuma história verdadeiramente acaba: é como se, momentâneamente, abrisse uma janela na sua vida e a descrevesse. não interessa o que aconteceu antes, nem o que vai acontecer a seguir.
são duma naturalidade impressionante. como se estivessemos perante um amigo do peito a contar o que fez nas suas férias ou durante a guerra, ou durante a infância. nada de conclusões. nada de 'moral da história'
o pior nesta triste, horrorosa, amadora (no sentido de não cuidada) edição é que é, provavelmente o livro com a pior revisão da história (o que leva a questionar se a tradução é má ou a culpa é da composição e revisão).
nunca vi tal amontoado de virgulas a esmo, gralhas do estilo 'ir com a cama de pesca' (por 3 vezes), calçar as meias de lá (o que até nem é uniforme porque no conto seguintes as meias já são peúgas... de lã); dos em vez de dois; ma em vez de na; a quebra de linha a ser feita... a meio da linha (por várias vezes).
quando eu era adolescente a 'vivia' pelos jornais do bairro alto (ao tempo os livros do brasil também ainda era por lá, na rua dos caetanos) os revisores tinham uns textos com toda a espécia de gralhas para exemplificar os diversos tipos de correcções. este livro bem podia substituir aquela folha...
por muito que adore o hemingway...estou a ponderar seriamente o pedido de devolução do dinheiro à editora ou a substituição desta miserável edição.
para música optaria entre uns Einstürzende Neubauten ou uns Recoil ou uns Godspeed You! Black Emperor, ou uns Rachels. tentaria colocar uma música que não se intrometesse demasiadamente na conversa.
para abrir o apetite optaria por um banal martini tinto com limão ou com azeitona.
para a refeição ficava por uns queijos, uns cogumelos salteads & uns camarões fritos com um molho de natas. para a beber nada melhor que um vinho tinto, e lembrando-me da última garrafa que bebi, ficar-me-ia pelo Cabeça de Burro 2002.
para ser uma refeição perfeita, choveria torrencialmente na rua.
21 de julho de 2006
Amor meu grande amor não chegue na hora marcada
Em sobremesas sou nula a não ser que siga receitas da minha avó. Ou peça à minha irmã, que é óptima doceira, para as entregar em casa.
Bebidas é fácil. Um bom tinto ou um branco fresco. Ando na Fundação Eugénio. E depois um Balvenie.
Decorações é que há. Comidinha? Depende , gosto de tudo. Ai que preguiça de agradar.
As músicas..que escolham.
Esqueci-me da primeira premissa...Amor da minha vida..risos..essa é a minha pequena tubaroa que ainda anda a leitinho da mãe e papinhas. É o meu amor último. E antes a mãe e tio dela.
Me veja nos seus olhos
Na minha cara lavada
Me sinta sem saber
Se sou fogo ou se sou água
Amor, meu grande amor
Me chegue assim bem de repente
Sem nome ou sobrenome
Sem sentir o que não sente
O amor é tudo aquilo que não se diz. E que ainda se sente. De repente ou com marcação prévia.
Mensurável?
TPC: culinária afrodisíaca e outros pitéus
Descreva o menu , incluindo bebidas, sobremesas, decoração do quarto, perdão, da sala de jantar,música ambiente (caso exista), etc.
Chinaback Mountain
O dia da salvação
Tepecê e um monólogo
Também gosto muito daquele licorzinho de whisky que é docinho. Compro para a mulher mas eu bebo-o todo. E logo vou para as festas em Alenquer e vou comer sardinhas e beber um bom vinho"
Taxista das 09:15:)
ABS, caro azinho..Tema:)
TPC: destroços
Nunca vi algo que melhor transmitisse a grandeza do ser humano. Este é uma Madalena velha, cansada, esfarrapada. Mas ela viu coisas maiores e não esquece. O seu olhar continua incandescente.
Num tempo de códigos manhosos, a Madalena de Donatello ensina-nos a nunca, nunca, desistir, até ao último momento. E esse será o momento do último grito de raiva e de combate. Morrer de pé. Sempre.
Imagem retirada daqui.
Imagem retirada daqui.
Lisboa a esvaziar-se
20 de julho de 2006
Não resisti..sorry.
Enquanto procurava os quadros do Amadeo, lembrei-me deste famoso quadro "O menino da lágrima" que assombrava as paredes das casas portuguesas nas décadas de setenta e oitenta.
Existiam mais pinturas de crianças a chorar na colecção mas esta era a mais conhecida.Lembro-me duma menina também.
Geralmente esta reprodução era em formato grandinho e o mais kitsch dos quadros que já vi na vida...Outro dia falava com um amigo meu de vinte e tal anos e ele não sabia do que eu estava a falar...Por isso dedicado a todos que nunca viram, aos que se lembram e os que odeiam este quadro aqui vai a imagem...
(esta eu empurrava para a fogueira:)
Tepecê
Primeiro são manuseáveis, segundo é português, terceiro produziu muito pouco porque morreu cedo.
Talvez conseguisse carregar os dois:)
Saut du Lapin&qoute; 1911, óleo sobre tela 50 x 61,3 cm The Art Institut of Chicago Chicago, E.U.A
Entrada ,1917, óleo sobre tela com colagem ,93,5 x 76 cm
Centro de Arte Moderna
Fundação Calouste Gulbenkian
Lisboa, Portugal
TPC - obras
Uma não seria mais importante que outra.
Por isso, deixava arder todas. E se eu fosse um dos criadores em questão pensaria: ardeu, mas ardeu bem!
este tema lembra-me o filme de Woody Allen, Balas sobre a Broadway...
mas, presumo eu, aqui as obras de arte são quadros.
acho que salvaria este:
apesar de não fazer ideia das dimensões dele... mas é um quadro que gosto muito & se tivesse tempo para salvar, não hesitaria. ou talvez salvasse um quadro de Van Gogh... mas... o mais provável era sair com o quadro que estivesse mais à mão & que conseguisse carregar.
Tepecê
Vou propôr um tema.
Imagina que....estás no maior museu do mundo. Não há mais nenhum aliás.
Todas as obras de arte estão aqui concentradas.
De repente o alarme de incêndio soa. E podes salvar uma dessas obras enquanto tentas escapar do fogo.
Que obra salvarias?
Observações:
Este cenário foi-me inspirado por uma situação profissional muito concreta.
Estar horas para salvar os Painéis de S. Vicente e até não o conseguir fazer, ou optar por salvar outras obras de arte menos importantes?
Parece quase a dama ou o tigre...A arte pode ter peso conta e medida? Algum terá que ter.
Ter em atenção as dimensões do salvado..terá que ser transportável:)
A solidão da tua companhia
Sempre ambicionei caminhar em silêncio junto ao mar na companhia de alguém que soubesse ouvir o que não se diz. Que não perguntasse o que vamos fazer para o almoço ou para o jantar. Para essas conversas tenho os amigos e amigas (imaginários claro).
Estava a falar de companhias íntimas, de gente que caminha debaixo da pele ou, em alturas especiais, à flor da mesma. De gente que não se rege pelo princípio do quid pro quo. Existe, logo não exige. Está e deixa de estar. Sem explicações ou justificações.
Provavelmente só encontrarei disso no País das Maravilhas.
Até lá
A feira do Caracol
Ontem fomos à feira do caracol. Nunca tinha visto tanta gente junta a comer caracol. Foi divertida a imagem. As novas experiências gastronómicas foram boas. Gostei particularmente da feijoada de caracoleta.
E pronto o grupo era divertido, o Américo estava inspirado como é hábito e rimos bastante.
Isto parece uma redacção:)
A desgraçada da M que não gosta memo de caracol passou a noite a pão e queijo..é que segundo o protocolo da festa não podem ser fornecidos substitutos do gastrópode. Mais ainda, podes abancar numa mesa e ir buscar iguarias diferentes a outras tasquinhas independendo da que te está a servir.
Recomendo mas cedo e à semana...
19 de julho de 2006
Suedehead
And why do you hang around ?
I'm so sorry
I'm so sorry
Why do you come here
When you know it makes things hard for me ?
When you know, oh
Why do you come ?
Why do you telephone ? (Hmm...)
And why send me silly notes ?
I'm so sorry
I'm so sorry
Why do you come here
When you know it makes things hard for me ?
When you know, oh
Why do you come ?
You had to sneak into my room
'just' to read my diary
"It was just to see, just to see"
(All the things you knew I'd written about you...)
Oh, so many illustrations
Oh, but
I'm so very sickened
Oh, I am so sickened now
Oh, it was a good lay, good lay
It was a good lay, good lay
It was a good lay, good lay
Oh
It was a good lay, good lay
It was a good lay, good lay
Oh, it was a good lay, good lay
Oh
Oh, it was a good lay
It was a good lay
Oh, a good lay
Oh, it was a good lay
Good lay, good lay
Oh
It was a good lay
Morrissey
18 de julho de 2006
TPC da alice sem maria
Não considero solidão, o ir sozinha ao café, ao cinema, o passear pelo botânico e coisas afins, considero esses momentos como uma espécie de “quality time” com a pessoa que mais me atura, eu própria.
Parabéns querida Jasmim
E para o avô e para os pais...ficamos felizes:) Duas meninas! O ideal.
Oh, quem nunca teve vontade de fazer isto? :))
Explosive duct taped to my spine
Nothing's gonna change my mind
I won't listen to anyone's last words
There's nothin' left for you to say
Soon you'll be dead anyway
Well no one here, is getting out alive
This time I've really lost my mind and I don't care
So close your eyes
And kiss yourself goodbye
And think about the times you spent and what they've meant
To me it's nothing
Estar ou ser só
Engraçada a coincidência do tema proposto pela Alice e o meu dia de hoje.
Um excelente tema e que gerou adesão. As boas propostas têm o condão de fazê-lo.
Acho que a solidão é das coisas que mais mete medo a toda a gente. Faz-se tudo para não se estar isolado. Mas é verdade também que viver sozinho não é nenhum drama.
Costumo dizer que contribuí já para o sistema: vivi quinze anos com um namorado e outros três com outro namorado. Além dos anos que vivi com a família. Éramos oito pessoas em casa, mais as cadelinhas e os canários. Por isso desde pequena gostei de brincar sozinha. De ler. De apreciar o meu espaço(o que era dificil de conseguir por vezes). Daí acho que veio esta coisa: aprecio mais o meu território do que ter de sacrificar a sua qualidade à contiguidade de outra pessoa. É mau ser assim? Azar.
Já o partilhei sem ser por razões amorosas: com amigos que precisavam duma toca, com itinerantes e com a minha sobrinha. Até cedo o meu quarto e durmo noutro sem problema. Mas depois tudo regressa à normalidade.
Acho que sou uma pessoa sociável ( quando me apetece). Não acho irracional adormecer com os amigos todos em casa. Dantes ia dormir sem me despedir, o que era pior. Mesmo assim, toleram-me. Gosto muito dos meus amigos e da minha família. a casa está sempre aberta para eles. Nem me importo que a Tubaroa destrua a casa. Adoro-a pois então. Até já brincámos com a biografia da Agustina. Ela acha que o livro é uma caixa de cartão. E quem sou eu para desmentir tal facto?
Pior muito pior que estar só é sentirmo-nos apertados e desconfortáveis com a presença de alguém. Isso aborrece-me muito. Prezo demasiado a vida para ter que aturar fretes e já não tenho idade nem posição social para fazê-lo. Por isso evito-os. Nunca serei uma eremita mas também não preciso da presença de alguém para de ser feliz : consigo ser sozinha placidamente sabendo que os outros andam por aí ,que existem e estão felizes também. E isso para mim é essencial...a felicidade daqueles outros de quem eu gosto.
Muito seriamente a única vantagem em morar acompanhada é para repartir a renda da casa. E mesmo assim..vai lá vai:)
TPC da Maria
Agora bem sei que assim como há muitos que tomam refeições sozinhos, também há muitos que vão ao cinema sozinhos. No entanto, ninguém vai tantas vezes ao cinema sozinho como eu. Primeiro porque não é muito fácil ir tantas vezes ao cinema como eu e segundo porque os solitários em geral preferem o dvd. Eu não. Eu vou dezenas de vezes sozinho ao cinema.
E ao teatro? Quem é que se lembra de ver um jovem saudável sozinho no intervalo de uma peça na Cornucópia? Só eu vou sozinho ao teatro em Lisboa. Ou melhor, ia, porque deixei de ir ao teatro sozinho, é coisa que já não consigo fazer, pelo menos em Portugal.
Até o criminoso que dorme no chão ao lado da minha casa tem mais companhia que eu.
Como é que se combate a solidão? Esforçando-me por manter amizades e contactos. O esforço acaba por não ser esforço nenhum porque para mim é naturalmente fácil dar mais importância às pessoas do que às actividades, por um lado e, por outro lado, agrada-me iniciar-me em coisas em que nunca tinha pensado. Outra forma é valorizar as redes de pessoas: sair com pessoas que me apresentam a pessoas que me apresentam a outras pessoas que… É assim por exemplo que ainda outro dia me encontrei sem grande surpresa a chegar às duas da manhã à festa de aniversário de uma pessoa que não conhecia amiga de uma amiga de uma amiga minha. E sem ter planeado coisíssima nenhuma.
Às vezes quando a solidão bate mais forte, convém provocar um nível de concentração elevada da nossa inteligência, por exemplo, ler um livro difícil, assim uma coisa técnica e completamente fora da nossa formação. Ou ler qualquer coisa que tenha ficado para trás (no meu caso é uma história contemporânea da Jugoslávia, o único que livro que deixei incompleto).
As técnicas de esquecimento da solidão por via da alienação fazem mal. Quando a alienação acaba, o sofrimento é ainda muito maior. É por isso que utilizo cada vez menos a internet, cada vez menos o messenger e cada vez menos deslocações ao Colombo, às Fnacs e aos centros comerciais.
A solidão entranhada é aquela de que quando se está com pessoas às vezes dar vontade de andar em sentido contrário ou de ir para a varanda. É ainda sentir-se de vez em quando pressionado pelos outros quando os outros são bons para nós. A solidão entranhada patológica é ter medo e recusar que alguém invista emocionalmente em nós.
A solidão intelectual: leva ao tédio e é desagradável, por vezes mesmo irritante e exasperante. Mas não magoa fundo.
A solidão afectiva é muito triste. Mas também há ainda um outro tipo de solidão que pode ser muito duro: a solidão ideológica. Não gostar de nenhuma religião das importantes nem de nenhuma das menos importantes, não gostar de nenhum partido, discordar de tudo, aborrecer com todos os argumentos de todas as pessoas, aborrecer com os argumentos sempre os mesmos com os quais se concorda, desgostar das pessoas em geral, ficar com os nervos em franja quando uma mulher elegante cospe no chão ou um executivo diz caralho, desdenhar dos que vestem bem e dos que vestem mal… tudo isto resulta numa grande solidão. Pior ainda, é o exílio da normalidade: o horror de observar as vidas normais e sentir repulsa ao mesmo tempo que se compreende que as vidas normais são as vidas da não solidão. E o horror de observar o evoluir das vidas não normais, também elas repugnantes e inestéticas.
Um vinho do Porto tinto de boa qualidade ou um “café vienense” quando se está sozinho sabem melhor. E sabe melhor estar-se sozinho na sua companhia [é uma catástrofe existencial os cigarros fazerem mal ao sangue e encurtarem a vida, as cigarrilhas saberem mal, os cachimbos darem tanto trabalho e os charutos serem tão caros].
TPC - ALICE S.M.
1. Estar sozinho é bom ...
Procurar a solidão. Prazeres solitários : ler, ouvir música, ver filmes, pensar ... Gosto de estar sozinho para essas coisas. Dias seguidos passados em casa sem praticamente sair... nem ver outras pessoas a não ser as da família.
2. Estar sozinho é mau ...
Há alturas de alguns dias em que gostava de estar com alguém em especial, solidões particularizadas, com um rosto e uma voz, solidões de carne e osso. Mas a solidão de tipo intelectual é a que mais me deixa insatisfeito : querer conversar sobre determinados assuntos com alguém e não descortinar, muitas vezes, alguém com quem possa conversar. Deve ser por isso que a solidão mais estúpida que sinto é quando estou fora de casa no meio de muita gente ... e fico com vontade de ir para casa ... para a companhia dos livros e discos e filmes.
O resto é metafísica ... ( pois, mas a chatice é que eu não sou o Alberto Caeiro ... )
quando vivia sózinho & tinha ataques de solidão, quase sempre, resolvia-os ou com umas horas agarrado ao computador a "trabalhar" fotografias... ou a ler... ou indo até à beira mar, ler & fotografar o mar & as nuvens... ou deixava-me ficar por casa a ouvir música... ou inventava qualquer actividade cansativa para me entreter & ficar cansado, para assim me esquecer da solidão. por vezes tb me entretinha a tomar conta da minha figueira do diabo & dos seus inquilinos...
TPC da Maria
com FILHOS.
agora queria "desresolver" a coisa, pelo menos às vezes, mas parece-me que vai ser difícil... pelo menos nos próximos 20 anos...
;o)
beijos e abraços
TPC DA ALICE SEM MARIA
Fui apanhada completamente de surpresa mas, uma Alice nunca se atrapalha…Eu entendo que estar sozinho é bom. Podemos dispor do tempo que temos livre, ao nosso agrado, ninguém nos “obriga” a cumprir horários, a almoçar e jantar a horas certas, a ir ver o filme que não nos apetece… Podemos dar-nos ao luxo de “ não fazer de conta”…Mas viver sozinho às vezes não é fácil. Há momentos em que nos sentimos sós, sentimos solidão mesmo, como se o mundo fosse um deserto de silêncios…
Então o que eu quero é saber o seguinte:Como faz cada um de vocês para “resolver” essa solidão ??? E se houver quem nunca a tenha sentido, imagine que a tem, e diga como pensa que a resolveria.Se sentirem que o tema é incomodo, levem-no a brincar. Eu faço isso muitas vezes e dou-me bem…acho.
Alice sem Maria
TPC da Alice menos Maria
Parabéns!!
Pelos 60 anos feitos a 15 de Julho. Outro caranguejo claro está.
Queremos foto do evento.
Tepecê vez da Maria sem Alice
Interrupções
17 de julho de 2006
Virtudes do Ar Condicionado
Música em Lisboa
Antony & the Johnsons dos Antony & the Johnsons
Cru do Seu Jorge
I Am A Bird Now dos Antony & the Johnsons e
The Life Aquatic Studio Sessions do Seu Jorge.
Aconselho vivamente toda a gente a comprar e ouvir estes cds.
Festival do Caracol Saloio!! Viva!!!
FESTIVAL DO CARACOL SALOIO 2006
Parque de estacionamento
contíguo ao Pavilhão Paz e Amizade,
Loures 14 a 26 de Julho
Doze TASQUINHAS a servir exclusivamente pratos de caracol .
Um dos mais conhecidos certames destes gastrópodes realizado no País
Durante duas semanas, aproveite para se deliciar com variadas pratos de caracóis e caracoletas em doze tasquinhas, condimentados com animação de palco.Poderá ainda conhecer o artesanato do concelho através de exposições e de trabalho ao vivo.
Horários:- De Segunda a Sexta das 17h00 às 24h00;- Fins de semana das 16h00 às 24h00;
Alguns dos pratos confeccionados:
Açorda de Caracoleta
Caracol à Parisiense
Caracol à Rossini
Caracol Cozido
Caracoleta à St. Germain
Caracoleta Assada
Caracoleta com Ovos
Caracoleta de Coentrada
Caracoleta Guisada
Dobrada com Caracoleta
Espetada de Caracóis
Feijoada de Caracóis
Massada de Caracóis
Pataniscas de Caracoleta
Pizza de Caracóis
Rancho de Caracol
Rissol de Caracol
Salada de Caracoleta
Vamo-nos a eles sem dó nem piedade?