Dezembro aproxima-se velozmente.
Arrefecem os dias, persiste a chuva. Já não há Domingos luminosos após Sábados invernosos. Nem dei pelo fim-de-semana...
Como o frio me tolhe os dedos e embota a cabecinha, solto aqui algums pequenos anotamentos, apenas:
Será que este é o Blog do SNS? Acho que não, este continua a ser o Blog do Ogre!
Mas poderiamos passar a ser. Neste momento bastava arranjar um tacho para a T e ficavamos todos, quentinhos, em família. Eu proponho desde já um: o meu hospital está a eleborar o plano para emergências, externas e internas. Procuram-se opiniões abalizadas...
Fui ver, na sexta-feira, o espectáculo do Rão Kyao, no Teatro Lethes. Este é "uma pequena e desconhecida jóia arquitectónica de Portugal", como muitos afirmam. Na sua fachada principal anuncia: Monet Oblectando, ou seja aprender, brincando (salvo erro...).
Do espectáculo em si, gostei, embora não perceba os títulos das músicas! Porquê a balada do pão e não a toada do trigo, por exemplo?
O médico dos intelectuais (mais outra potencial contratação...) lançou um post em que abordava o excesso informativo acerca da saúde, em contraponto ao deficit de informação.
Concordo neste aspecto: é confrangedor ver a facilidade com que toda a gente (políticos, médicos, jornalistas, etc...) opina sobre o SNS e, quando se espreme a coisa, nada sai. De uma forma geral, não existe em Portugal, neste e noutros domínios, informação necessária e suficiente para tomar decisões fundamentadas. Assim, todos podem opinar ao sabor dos ventos...
A moda das portas trancadas passou de Coimbra para o Pinhal Novo. Passou da Universidade para a Catequese. Um padre foi deslocado da paróquia e os seus apoiantes trancaram a porta da Igreja do sítio..., e o novo padre tem que celebrar a missa na capela mortuária! Isto não se faz...
Agora a sério...
Causa-me alguma perplexidade a falta de prespectiva com que se abordam muitos assuntos. Isto, a propósito dos acontecimentos desta semana: a visita do Bush à velha Albion, a manifestação pacifista de Londres, os atentados de istambul, os ecos da opinião europeia que, aparentemente, considera a América e Israel as principais ameaças à paz no mundo.
Como já aqui disse, acho que existe uma clara falta de prespectiva histórica na maneira como estas assuntos são apresentados. A génese, as motivações, as causas e consequências das coisas, são abordadas de uma forma superficial, olhando apenas aos condicionalismos do presente.
O grande risco, embora possa parecer exagerado, é nós não reconhecermos quem são os nossos inimigos.
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