"O corredor" da T fez-me pensar em quando eu era muito novinho. "Novinho" só não chega porque me diriam que ainda sou. Talvez excepto a Amélia que não anda muito distante de mim, ao que me parece. Até comprou bilhetes para Mars Volta... mas enfim. Quando eu era mesmo pequenino. Não devo muito à memória, não lhe posso confiar as coisas, é terrível, acredito que uma memória tão fraca como a minha enerve as pessoas. Não tenho culpa. Mas é verdade é que sempre que entro numa discussão minimamente longa me esqueço de algumas coisas que disse ao início. Mas de quando eu era pequenino ("pequenino" já chega só por si porque sou grande agora) lembro-me de infantários. É das memórias dos infantários que me lembro de ser um miúdo sociável mas, ainda assim, passei algum tempo sozinho que nunca me lembro de lamentar. Cresci assim, a balançar o tempo que passo comigo com o tempo que passo com os outros. Penso que preciso de ambos, e o tempo que passo comigo é tão mais intenso e mais real que... que às vezes penso identificar-me só comigo. Talvez me passe um dia. Um dia quando tiver que pagar contas e não tiver escolha senão assumir responsabilidade. Os adultos de hoje não esperam por mim. T, Gasel, etc, já não vão ser adultos comigo quando me sentir adulto (serão sábios.) =). Não interessa. Sempre me senti um núcleo centrado numa esfera de vazio que me separa dos outros. Entre mim e o mundo, sempre uma barreira de silêncio. E, ainda assim, tudo não deixa de ser uma confusão.
Depois do Corredor da T, o comentário do Gasel. É verdade, fiquei a pensar...
Não gatinhava como um gato pelo quarto, mas conta a família que esfregava todo o chão da cozinha com uma torrada que depois gostava de comer.
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