19 de maio de 2015

Barcelona em bilhete de ida e volta


Por motivos pessoais, algumas viagens têm sido feitas deste modo, com poucos dias para conhecer ou lembrar cidades memoráveis. Tendo visitado Barcelona há 20 anos, também por pouco tempo, a memória chegava desfocada.



Muita História e vida a fervilhar: o excesso nas linhas e dimensão da Sagrada Família que ficará concluída em cerca de 15 anos (estranha-se a mistura de estilos agora ligada ao monumento, Gaudi é, por si só, excessivo); a fachada do museu do cânhamo; o revisitar do Museu Picasso;  vestígios ancestrais da Idade Média, presentes nas salas do românico e do gótico do Museu Nacional de Arte; a Rambla, Babel de línguas distintas ; as bandeiras em tantas fachadas de prédios,  a reivindicar uma identidade, uma língua; o edifício moderno das Águas de Barcelona; as vielas do bairro de pescadores da Barceloneta - caminhos percorridos em menos de uma semana.


Regressa-se com a sensação de que se pode tratar Barcelona por tu, talvez pela simpatia de quem , atrás de um balcão de café, nos lança, em português, a palavra “obrigado”, na facilidade de saber sempre onde se está, nas inúmeras viagens de metro, meio de transporte muito acessível no preço e abrangência de quase toda a cidade (não sendo adivinha,  afirmo que irei voltar). Já em casa reparo que, lá fora, o vento marca presença, mas o importante é sentirmo-nos bem onde estamos. E o vendaval do dia não assusta pois, há três dias, a Catalunha viveu alerta máximo, com a forte ventania que levou (sobretudo os orientais) a passearem-se de máscara pelas artérias da cidade.

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