Desconheço a história das construções amplas nas Azenhas do
Mar, típica localidade de litoral, a
confinar com a Praia das Maçãs.
As vivendas bonitas, junto ao mar, datam de tempos em que
era permitida a construção perto das arribas. Muitas delas, ao longo dos anos e
da ausência de cuidados, corroídas por ventos marítimos, ficaram votadas ao
abandono.
Algumas destas casas têm história conhecida: a casa branca
de Raul Lino, ex libris das Azenhas
do Mar, ou ainda, a confinar com a Praia das Maçãs, a morada de
férias de Alfredo Keil, autor da música d’ “A Portuguesa” , construção de seu
nome “Villa Guida”, em homenagem à filha do compositor.
Quando o vento é brando, torna-se aprazível o passeio, em
plano superior, ao longo das praias: desde as Azenhas à Praia das
Maçãs , o azul do mar e a diversidade da paisagem atraem quem gosta de
caminhadas (egoisticamente afirmaria que por aqui há poucos transeuntes).
Ao longo dos tempos, reincidente nestes passeios pedestres,
sempre pensei que muitas das grandiosas habitações de férias – algumas ainda
cuidadas – deveriam pertencer a proprietários de estratos sociais
privilegiados, dadas as dimensões e o cuidado na estética.
A degradação de algumas vivendas entristecia. Em pouco tempo,
muitas delas começaram a ser recuperadas com a funcionalidade de casas de
´hóspedes (de seu nome 'hostel') . A decisão pode ser
considerada como “mal menor”, pois para quem por aqui passa com frequência
olhando, com atenção, o cenário, apraz ver como tudo volta a ficar cuidado.
Foto 1: casa branca de Raul Lino; foto 2: casa no presente
em recuperação; foto 3: casa em ruínas (todas elas nas Azenhas do Mar)
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