23 de dezembro de 2010
Boas festa a todos
Em criança sentia o natal como o momento de reencontro, de contentamento por estarmos em festa, por recebermos a visita dos avós, por sermos presenteados, mesmo que fosse um simples e único brinquedo, umas meias ou umas cuecas. Sentíamos um calor especial por estarmos todos juntos.
Hoje, para não perder de todo o que resta em mim de natal, esquivo-me às correrias, atropelos, pisadelas, encontrões e filas nas compras. Não alimento as discussões sobre a quem se deve dar presentes, de que género e preço. Procuro ser neutral nos desentendimentos actuais e passados entre familiares e convidados presentes. Não participo nas conversas comparativas dos sabores e resultados culinários de outros anos. Faço de conta que não sinto o frio ao ver apreciarem mais a etiqueta do que o serem presenteados. Evito o enjoo pelo excesso de comida. Agradeço os presentes antes de os abrir.
E, sobretudo, despeço-me de todos com a simpática frase “continuação de boas festas”.
Foto de Martin Parr/Magnum Photos LON8991
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5 comentários:
Gosto muito quando o Natal termina. Mesmo muito:)
Gostei de ter lido o post, sobretudo por me rever nos diferentes sentidos que a quadra traz ao longo da vida. Mesmo sem que se pretenda alimentar a ideia, a magia que o Natal traz na infância faz pensar em fado (lá fica a nossa identidade lusa a ecoar, pessimismos exorcizados) «é tão bom ser pequenino/ter pai, ter mãe, ter avós»... Aproveito este texto que tanto gostei de ler, para enviar também a todos votos de boas festas:)
E por te ler, Teresa segunda feira levo uma coisinha que tenho para ti, que creio que apreciarás:) Não é prenda de Natal!! Risos.
Citando a D. Rosete (gosto de fazer citações, dá um aspecto conhecedor e assim): «eu não queria incomodar»... Beijinho, T:)
Também gosto do fim do Natal, para poder livremente dar e receber sem que para isso sejam entendido como compra ou pagamento de algo, que deveria ter feito e não fiz.
Boas Festas
Carlos Caria
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