25 de setembro de 2010

O que é a fama?



(imagens recebidas por e-mail)

Em que consistirá a fama? A pergunta parece aparentemente simples embora traga, decerto, múltiplas e divergentes opiniões... De modo resumido e transpondo para pequenos aspectos presenciados, fica-se a pensar em depoimentos e situações ocasionais: a saudação efusiva e, por vezes, certos comentários intrusivos dos transeuntes sempre que alguém publicamente conhecido cruza uma rua, uma loja, um cinema, como se alguns dos «famosos» tivessem sido colegas de escola …
A interiorização errónea deste conceito quando, subitamente, numa turma mais problemática, se verifica encontrarem-se muitos dos alunos ausentes por terem ido participar num casting para uma novela de qualidade discutível em qualquer canal televisivo (aqui não se pode deixar de pensar que, no caso pessoal, tal nunca teria sido permitido pelos progenitores) ou quando alguém se presta à participação em concursos de duvidoso gosto destinados a voyeurs
Sentimento a trazer vaidade e a falsa sensação de superioridade para uns, algum enfado para outros. Evoco um mediático fadista que , ao ser entrevistado, afirmou só sair para locais movimentados com a família e amigos sempre que sentia energias para tratar de modo afável o cidadão anónimo. Outros há que respondem de forma provocadora e hostil quando são saudados. Respeitando pessoalmente uns e outros (como a qualquer ser humano desde a tribo mais ancestral à sociedade caracterizada pela tecnologia), procedo como se não os conhecesse dado não fazem parte do meu círculo próximo merecendo, por isso mesmo, toda a paz e sossego devida a todos nós… Trazendo a ideia de fama sensações diversas aos visados, ficam ainda dois pequenos apontamentos: o do futebolista outrora famoso que, tendo deixado um grande automóvel desportivo sobre o passeio de uma estreita rua da nossa bela cidade, ao ver que lhe era passada uma multa, perguntou ao agente: «não sabe quem eu sou?» , tendo a questão levado à resposta «não, não sei…» e de seguida recebeu em mãos o merecido «cartão vermelho»…
Não há muito tempo, tendo entrado num estabelecimento, um político com protagonismo na tv e em cujo partido nunca votei, ao ser aparentemente passado à minha frente no atendimento , disse ao funcionário: «desculpe, mas há quem se encontre à minha frente», respondi já ter sido atendida (o que era verdade) e , independentemente de quem possa ser, saí bem impressionada pelas regras de civilidade demonstradas.

2 comentários:

Luísa disse...

Eu também sou assim, passo por eles como se nunca os tivesse visto. E na zona onde eu morava em Lisboa... eram famosos a pontapés... Mas lá está, se fosse comigo não iria gostar que me interrompessem a vida para falar de nada, então também não o vou fazer com eles (acho que abriria uma excepção se algum dia visse o Robbie Williams, mas isso é cá uma tara que não se deve realizar nunca).
Quanto aos castings para "novelas duvidosas"... juro que não entendo como é que os pais deixam que os meninos façam isso. Até porque a maior parte dos que saem da "novela açucarada" desaparecem do mapa e ninguém mais os conhece. Há um encantamento demasiado grande, mas depois ninguém sabe amparar as quedas que estes miúdos dão, depois de terem andado nas nuvens...

teresa disse...

Para dizer a verdade, isto sucedeu numa turma problemática e, como costumamos dizer, eles (os jovens) não são assim de geração espontânea... Felizmente nem todos os pais são deslumbrados com esta pseudo fama, Luísa:)