11 de maio de 2010

futebol, fátima e fado


(stuart carvalhais, 'a chegada dos azes', para a revista sport 1935. a polícia carrega sobre os que gritam 'viva os vermelhos')

esta é uma semana particularmente intensa no que respeita aos dois primeiros f's.
que amiúde se misturam.
quer pela deificação do deusébio na catedral, quer pela incontinência imaginativa.
ontem, num programa da sic mulher, uma psicóloga falava da moral (da Moral e não do moral) colectiva e da capacidade dos humanos se juntarem em função de causas justas dando como exemplo e motor da sua tese os milhares de benfiquistas reunidos no marquês de pombal.
hoje, na sic noticias, ao ser questionado sobre o perigo redutor para a igreja portuguesa de ter que falar sempre de fátima de cada vez que um papa vem a portugal, o padre identificado como 'comentador sic' respondia com o ar mais natural do mundo que era normal que quando um papa viesse a portugal se lhe falasse sempre de fátima, do benfica e do eusébio.

não sou do benfica nem do fátima, como sabem.
não acho (isto é, não sinto) que os clubes devam ser sentidos com este espírito de religiosidade, nem que se devam celebrar alucinações de crianças que apanharam sol a mais na cabeça.
mas é-me vagamente indiferente que os outros (os esmagadoramente outros) o façam.

mas se gosto de futebol, e não gosto do benfica ou se acho piada a fátima e entendo que alucinações são do foro médico, também gosto de fado independentemente de existirem fados ao estilo 'não há maior prazer do que o selim e a mulher'



rabih abou-khalil e ricardo ribeiro, como um rio

3 comentários:

António P. disse...

Carlos,
Fiquei mais descansado.
Todos temos um defeito ( pelo menos ).
Ficámos a conhecer o seu : não é benfiquista.
Antes isso :))
Cumprimentos

T disse...

O Carlos é uma excelente pessoa e um óptimo amigo:) E o verde fica-lhe bem:) Assim como fica bem o vermelho ao António:)

carlos disse...

caro antónio,
tenho imensos defeitos :)
mas não ser benfiquista faz partes das qualidades :)
que não serão assim tantas :)