27 de dezembro de 2009

PASSEANDO OS OLHOS PELA VIZINHANÇA


















A Árvore de Natal de Mrs. A.M. Keal, em Washington DC, cerca de 1920.

Em http://www.shorpy.com

“um verão inteiro a visitar-te para te olhar as mamas. um verão inteiro. ele fazia sempre o mesmo, logo após a hora do almoço, entrava na loja e dava uma volta pelas prateleiras, pelos expositores. foi logo no segundo ou no terceiro dia que ele te fez algumas perguntas avulsas sobre os livros. percebeste que ele podia estar ali para muitas coisas, mas não para comprar livros. mas todos os dias ele voltava, todos os dias do verão, para te olhar as mamas que o regalavam a sair do decote. a sua presença, um tanto inadequada nos primeiros dias, tornou-se habitual, quotidiana, agradável, quase. foi por isso que, apesar dele ter como único intuito olhar-te as mamas, tu sentiste a sua falta, no primeiro dia de frio deste ano.”

Em http://luisfilipecristovao.blogspot.com

“Nem livros nem filmes
nem rosas
oferece-me antes
sentimentos inúteis
e que eu possa dizer
ao recebê-los
que era o mais
que poderia ter desejado”

Em http://abnoxio.weblog.com.pt.

“Tanta causa neste mundo para abraçar os que precisam de causas e de abraços. Tanto problema para resolver os que acham que os problemas se resolvem. Tanta criança debaixo das pontes. E eles preocupados com o casamento gay. Porque é que não vão reciclar o lixo, brincar no campo com os filhos, passear nas montanhas, namorar em qualquer lugar, cozinhar legumes, ler As Ondas de Virgínia Woolf. Porque é que não deixam os outros ser. Simplesmente como eles são. Inteligentes uns, menos outros. De blaser assertoado ou de T-shirt. De sapatos de vela ou Allstars. Como eles, ou de outra maneira. Não chateiem. Deixem ser.”

Em http://anaturezadomal.blogspot.com

“O poeta nunca entra em casa pela porta. E nem sempre usa a janela. Por uma questão de princípio, o poeta entra em casa por um buraco no telhado ou deitando abaixo uma parede. E esta é – e não outra – a razão pela qual muitos poetas dormem na rua. Ou racham a cabeça vezes sem conta.”

Rui Manuel Amaral em http://last-tapes.blogspot.com

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