Dirigiu-se a um barracão,martelou um prego, pendurou nele uma corda e enforcou-se.
Razvan Suculiuc tinha 10 anos. A mãe, Elena Suculiuc, fora trabalhar para Itália para lhe dar uma vida melhor. Na Roménia era vendedora e ganhava 90 euros por mês. O pai estava desempregado.O desejo dos dois era dar uma vida diferente ao filho, muito inteligente e vivo, com um óptimo desempenho escolar.
Mas Razvan não conseguiu aguentar as saudades que tinha da mãe. Quando já nem seis euros havia para comprar um cartão para lhe telefonar, tomou a sua decisão.
Razvan é uma entre milhares de crianças separadas das suas famílias, num país que se está a desenvolver graças ao dinheiro enviado pelos seus emigrantes.
Mas hoje, deixou de ser um número anónimo para ser um símbolo: ainda se morre de saudade.
Intriga-me como ninguém reparou e como ninguém fez nada para impedir esta morte. O imenso contra-senso das decisões que se fazem, em nome do que é o melhor para uma criança. A terrível dor e culpabilidade que os pais devem estar a sentir. E acima de tudo Razvan ter morrido com tanto ainda por viver.
(para ler mais, ver o Le Monde de hoje).
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