27 de junho de 2005

Anos-Luz

Suponho que ontem - estivessem os astrónomos mais atentos - poderia ter sido identificado um outro objecto celeste, localizado a trinta e sete anos-luz. Seria interessante do ponto-de-vista científico, do ponto-de-vista antropológico e de outros pontos-de-vista que agora não me ocorrem. Nada é muito claro quando se olha o céu à noite... excepto para um astrónomo que, habituado a ler nas estrelas, identifica corpos voadores para lá das distâncias da imaginação. Fora a simultaneidade ainda possível depois de Einstein e diríamos que, de alguma estrela, está agora a chegar à Terra a luz que de lá saiu há trinta e sete anos. Mas não há simultaneidade e não há luz que saiba de onde veio. Resta então este prazer de olhar o céu e tirar dele os significados que desejamos, construindo assim teorias da relatividade completamente relativas. Mas, como disse, à noite o céu não é nada claro...

Marcelo

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