por norma, os povos de cada um dos países produtores de vinhos acham que têm os melhores vinhos do mundo.
se entrarmos numa garrafeira de portugal, espanha, frança ou itália, verificamos que mais 90% dos vinhos que lá estão são do próprio país.
se pedirmos opinião no local, seguramente que quem nos atende nos informará sobre as excelências dos vinhos nacionais contra os importados.
isto é apenas a ampliação da tendência que verificamos quando falamos com um produtor, ou quando consultamos alguém ligado a uma região vitivinícola.
cada um é muito melhor que o vizinho do lado.
isto é levado ao extremo no azeite, em que 99% dos portugueses se declararia incapaz de comprar uma marca de azeite espanhola (que como se sabe, apenas se vende residualmente no corte inglês), esquecendo que cerca de 60% do azeite que compram dentro das portuguesíssimas garrafas das portuguesíssimas marcas é azeite espanhol. uma delas é, aliás, completamente produzida em sevilha)
voltando ao assunto dos vinhos, cada vez que olhamos para uma qualquer referência internacional aos nossos vinhos verificamos a pouquíssima importância que lhes é dada, com a excepcional excepção do vinho do porto.
no seu boletim de ontem, uma das 'bíblias' dos enófilos, a wine spectator, publicou o resumo das colheitas de 2004 com boas notícias para o vinho do porto.
para além do facto de o vinho do porto ser classificado como nível b+ (o que não é muito lisongeiro....), os comentários são francamente favoráveis, especialmente quanto às expectativas para os vintages de 2003.
bebam-nos
com prazer... e moderação
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