Não sei se foi por ontem falar de macacos, mas lembrei-me de uma coisa que já há algum tempo não me vinha à memória: a chamada teoria do macaco marinho, a que os anglo-saxónicos chamam carinhosamente AAT (aquatic ape theory).
De facto, a ideia de que o homem evoluiu de um primata ancestral que migrou da floresta para a savana, a teoria "oficial", é bastante abstrusa. Por um lado, nós não partilhamos nenhuma, mas mesmo nenhuma, característica evolutiva dos inúmeros mamíferos que evoluiram durante milhões de anos na savana africana, por outro lado, as evidentes diferenças, ficam sem explicação.
A AAT explica muita coisa: admitindo que durante alguns milhões de anos, alguns desses primatas ancestrais ficaram isolados num habitat aquático/semi-submerso justifica muitas das nossas características peculiares e que partilhamos com quase todos os mamiferos marinhos: perda de pelos corporais, panículo gorduroso sub-cutâneo desenvolvido, controlo voluntário da respiração, determinadas características cerebrais, etc... Explica também a passagem "natural" para o bipedalismo, pois um habitat semi-submerso é o único onde qualquer primata adquire com facilidade (e por necessidade) a posição erecta.
A posterior migração para a savana, de uma espécie já evoluida e adaptada à posição bípede, já torna lógico o seu notável e sobejamente conhecido sucesso!
Quanto mais leio sobre isto, mais me parece a única base racional para explicar a evolução da espécie homo... e é para mim um mistério porque é que se mantém numa espécie de semi-clandestinidade!
Bom... chega de divagações!
Hoje foi apenas um dia igual aos outros.
Sem comentários:
Enviar um comentário