Tive um congresso trabalhoso no Algarve há semana e meia atrás. Sábado safei-me para Cuba, a do Fidel, não a do Alentejo. Correcção, aliás: não para a do Fidel, mas para a dos turistas. Fui dar uma de alemão reformado e fazer o mínimo dos mínimos para Varadero. Tive um problema logístico complicado, que foi esgotar a leitura mais depressa do que previa – virei três livros muito recomendáveis enquanto o diabo esfregou um olho – e fiquei a contar moscas durante vinte e quatro horas. Não havia um livro de jeito para comprar em quilómetros em redor. Significativo.
Par quem não conhece Varadero, recomenda-se pela praia, magnífica. Este ano estava muito vento, o que estragou um bocado o ambiente. A hotelaria, muito tipo resort do Sul de Espanha, não traz nada de novo mas é bastante simpática. Voltinhas turísticas habituais altamente industrializadas ao melhor estilo capitalista, isto é, sempre a aviar. Arte e quinquilharia artesanal igual à de todas as outras praias do mundo, à excepção do coral negro que, convenhamos, não é nada de especial. Charutos e rum, característicos do sítio, são feitos render até à décima quinta potência. Mais espremido só mesmo o pobre Che, para o qual deixa de haver paciência ao fim de uns dias. Os cocotáxis são divertidos, mas barulhentos que se fartam. Suspeita-se que a ilha esconderá algumas preciosidades como, aliás, todos os locais do mundo. Quando terminar a ditadura será possível, esperemos, conhecer essas maravilhas ocultas.
Abaixo, uma foto minha a apanhar banhos de sol.
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