Andar de mota no inverno já tem mais que se lhe diga.
O frio aperta, o vento corta, a chuva assusta...
Mas quando sou, sou mesmo, e recuso-me a arrumar e tapar a mota até que as andorinhas voltem. Agasalhado de blusão, lenço e luva continuo a acelerar. E até mandei por um vidro mais alto, o que me permite alcançar a estonteante velocidade de 135 km/hora...
E todos os dias, quando ando de mota, passo pelos mesmos sítios. Mas, em todos esses dias, vejo coisas novas, cheiro coisas novas, sinto coisas novas. Coisas simples, casas, pessoas, o som do trânsito, o cheiro de escapes e óleos, coisas antes completamente insuspeitadas.
E é uma condução mais introspectiva, digamos. Não há rádio, música ou pessoas no banco do lado, sou só eu, mais eu e a mota. O dueto (quase) perfeito!
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