phillipe ubert queria ser abridor ao serviço da princesa e
para isso mandou, em gênero de ‘cunha abridora’, 3 camafeus à princesa.
a princesa, que já tinha um abridor ao seu serviço, mandou
avaliar, através do dito abridor, os ditos camafeus para que o erário público
pagasse, ao que a tentou subornar, o valor dos camafeus, que a princesa para si
guardou....
o príncipe regente nosso senhor, querendo indeminizar o
abridor que ofereceu a s.a.r. a princesa nossa senhora uns camafeus; e não
parecendo justo ao mesmo senhor dar-lhe o emprego que solicitava, visto que
actualmente tem um excelente abridor português do mesmo género ao seu real
serviço; houve por bem determinar que vossa mercê procurando a d. maria moscoso, para que
confie os mesmos camafeus os faça avaliar por josé antónio do valle, que é o
sobredito abridor português; e informe sobre o seu justo valor, a fim de se
fazer pelo real erário a competente gratificação que s.a.r. tem ordenado. o que
participo a vossa mercê para assim executar.
deus guarda e vossa mercê.
paço de queluz em 2 de dezembro de 1802
d. rodrigo de souza coutinho
1 comentário:
a real "burrocracia"...ideal para encobrir deslises financeiros...e assim caminha a humanidade e a história se repete....sempre...até o dia em que não pudermos mais....adorei!
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