O presente menos-que-perfeito

Um sol apelativo a convidar ao passeio… Após dias de azáfama e chuva incessante, é bom poder-se caminhar a ritmo menos apressado até à esplanada mais próxima, a poucos minutos da estação de metro. Os percursos pedestres por locais onde habitualmente se passa de carro, revelam detalhes pouco evidentes até ao momento da fotografia... E fica-se a pensar em cidades que, antes da actual configuração, albergaram pequenas povoações. Memórias deixadas pelos romancistas do século XIX chegam ao pensamento, trazendo um sorriso. São de seguida evocados, por associação, espaços hoje urbanizados e, num passado algo distante, considerados locais de veraneio dos mais privilegiados com as suas quintas, fontes e frondoso arvoredo…
A casinha, triste e desprezada, tendo a seus pés uma via rápida, levou ainda a pensar naqueles que, ao sabor do acaso, pernoitam onde calha, realidade demonstrada de modo acutilante no filme O Rei Pescador… Por oposição à longa metragem, aqui o espaço não é subterrâneo, sendo o risco o de se ficar soterrado… Reconhecem em que local se encontra esta ruína?

Acertou o João Marques ao responder: «Lisboa; S.Domingos de Benfica (sem a certeza de ser esta a freguesia); A casa fica no final da Rua Direita de Palma com a Rua Azevedo Neves, e fica mesmo ao lado de um viaduto do eixo Norte-Sul.».