5 de maio de 2010

Viver no campo ou o que acontece em meia-hora

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(imagem: abrangenteblogspot)

Deixo o café com um saco de pão. Cá fora, um idoso de olhar indefinido lança-me um S.O.S: não encontra o seu automóvel, explicando o facto com uma doença de nome alemão... em conjunto, lá conseguimos reonstituir marca e o gradeamento junto do qual terá estacionado. Carro finalmente descoberto e um sorriso indescritível, agradecendo-me e perguntando em menos de cinco minutos umas cinco vezes o meu nome...
Já de seguida e junto à caixa do mini-mercado, uma idosa de bengala e ar distinto interpela-me, sorridente:« vai para aquele lado? » - respondo-lhe que não, mas que «o seu lado» não fica muito distante. Deixo-a à porta de casa e ainda corro atrás dela, pois a bengala tinha ficado esquecida. No banco de trás, o telemóvel toca ao abandono. Regresso para o jantar com um sorriso e o pensamento de que o sol torna as pessoas mais sociáveis.

4 comentários:

Anónimo disse...

Olá, teresa.
Torna...algumas. ;)
Ce fut une belle fin de journée.

Emma

Felicidade disse...

Maravilhoso texto de uma rapariga da cidade, dotada de uma enorme beleza interior (fisicamente tb não é nada de se deitar fora!)e que alimentou a maior qualidade da aldeia- a solidariedade.Foi para casa feliz!Somos sempre felizes quando ajudamos quem de nós precisa!

teresa disse...

Bem observado, Emma:)

teresa disse...

Obrigada, Felicidade. Os amigos tendem a hipervalorizar-nos e quanto a ser aldeia, é um conceito um pouco sui generis para o local, dado viver por cá há 15 anos e nunca ter visto estas duas pessoas antes... por outro lado, encontro alguns mediáticos cuja presença vai trazendo lembranças menos risonhas:)