3 de maio de 2010

Persistência

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A D.Gertrudes era o máximo!
Na madrugada de 25 de Abril, quando alguns militares foram a casa de Américo Tomás para o conduzir ao Carmo, e explicada a sua presença, a senhora, horrorizada, dirigindo-se ao marido, quase berrou:

"Américo, expulsa já desta casa estes malcriados!".

O triste Tomás nada disse.

E 12 anos mais tarde, "o senhor Presidente não vota".
Não há nada como ser persistente...

(Jornal "A Capital", 1986. Eleições Presidenciais).

1 comentário:

Mario Clipper disse...

Tal acto de não votar tb podia mostrar que ainda não estva senil, a ponto de ir lá deitar uma cruz num boletim que lhe era completamente hostil ou no mínimo indiferente. ; )

Lembro-me de e terem dito que cada vez que ele inaugurava ou apenas visitava uma localidade, referia no seu discurso: "Estive aqui há precisamente 234 dias..."debitava o numer exacto de dias que mediava entre as duas visita, como forma de impressionar a população que o escutava.

Conheço bastante gente na actualidade, em plena idade activa, mas que já saturou do circo político, que nem se lembra de quando foi a última vez que votou, tal é a distância... ; )

Nos países desenvolvidos democráticos esse indíce tende a ser elevadíssimo...o que acaba por ser de certa forma um paradoxo, o direito de nem sequer querer votar.