6 de junho de 2009

Who do you think you are


Eu gosto de ver televisão. Não aprecio noticiários, debates, concursos, desporto, telenovelas ou variedades. Prezo uma boa série, um bom documentário e um filme. Até "papo" terror, embora muitas vezes os que vão morrer o façam tão devagar que adormeço e tenho sonhos góticos. Enfim. Vamos ao que interessa.
Enquanto fazia zapping, encontrei esta série da BBC, em que se efectua pesquisa genealógica a alguns famosos britânicos. A série é de uma sobriedade, delicadeza e rigor a realçar.


Vou confessar um pequeno pecado. Porque parei o zapping? Detive-me a ver melhor, eis o Jeremy Irons...e... Ele foi um dos escolhidos para este programa: descobre através dele que tem uma tetravó irlandesa que desconhecia e que morava perto dum pequeno cottage que comprou na Irlanda. Coincidências. Ele emociona-se, nós também.
Quem não se emociona com o Jeremy , esse sexagenário lindíssimo?

Outra história que vi a de Patsy Kensit: acompanha o percurso duma família arruinada de artesãos, lançada na pobreza pela Revolução Industrial. Confessa que a sua família foi pobre, que nunca estudou e que a maior ambição que teve foi dar um curso aos seus filhos. Vai descobrir que teve um tetravô cónego numa igreja em Londres, numa das paróquias mais pobres da cidade, e que pelo seu trabalho é equiparado a MA pela Igreja. Kensit fica tão orgulhosa e feliz, que dá gosto ver.

Jerry Springer tem uma história mais dramática: reconstituem o percurso da sua família no Holocausto, que ele desconhecia por completo. No rosto dele passam mil emoções e a câmara afasta-se quando é confrontado com o monumento aos mortos no campo de concentração onde morreu a avó. Através da pesquisa descobrem que tinha família em Israel e o reecontro de Springer com um primo é memorável, porque contido e muito real. Eu chorei pois. Faz bem lavar a alma.

Se quiserem ver um bocadinho espreitem aqui.

Podem saber mais aqui

11 comentários:

teresa disse...

Despertaste-me a curiosidade e só espreitei de relance. Ainda ontem a adolescente cá de casa (detesto filmes de terror e apercebo-me de enormes falhas técnicas em muitos deles) me dizia que se arrepiava mais com um bom filme de acção do que com um de terror.
Quanto à emoção de descobrirmos as origens, apesar do interesse que antevejo na série, sinto que é sempre muito maior quando nos envolve a nós próprios. Tenho descoberto algumas coisas interessantes mas sei que a muita informação nunca irei chegar. A maior entusiasta em matéria de antepassados é a miúda mais nova.

T disse...

Eu adoro um terrorzinho com falhas e tudo. De acção já chega o trabalho:)
Do encontro com o passado já descobri muitas coisas sobre a minha família em revistas antigas. Outras foram enviadas por amigos como O Luís B. Emociono-me pois com todos esses encontros.
Mas esta série tem um certo condão. Prende.

gin-tonic disse...

Terá que dizer que só perde (?) tempo com a televisão por causa do futebol. Mas gostaria muito que todas essas publicações diárias e semanais que andam para aí andam chamassem a atenção para este tipo de documentários. Mas é pedir muito a quem só entende telisão com base dos "shares".
Vai estar atento.
Obrigado, T.

Assunção disse...

Fiquei curiosa em ver... como adorava saber mais sobre os meus antepassados...

Anónimo disse...

Alors ma petite dame, on aurait un petit beguin pour Jeremy Irons.
Monteiro Jose

T disse...

Um pequenino:)
Abraço caro Zé Monteiro

T disse...

De nada Gin. Estes documentários são mesmo bons. E passam num canal muito fraco por sinal.

Ana Fundo disse...

Olá,
Desconhecia esta série e eu como genealogista não posso perder :)
Obrigada pela dica.
Bjkas

T disse...

Olá Ana:)
O Site deles é muito giro e dá muitas dicas!
Beijinho

T disse...

São acho que há serviços da Torre do Tombo online. Basta saberes datas e nomes:) Beijo

Assunção disse...

Obrigado pela dica T, vou tentar descobrir... de qualquer modo também não sei muito da minha família dos avós para trás...