30 de novembro de 2008

do domingo...

ontem às 12h10 entra um senhor na mediateca. olha para cima, para os lados. pergunto-lhe se precisa de alguma informação. ele diz-me que esta por ali apenas naquela tarde e que anda à procura de alguma coisa para fazer, para passar o tempo. digo-lhe que pode visitar a mediateca mas que fechamos dali a 5 minutos. ele ri-se com alguma ironia e diz-me: “mas aqui fecha tudo ao meio dia?” eu respondo-lhe que sim. ele pergunta-me como é possível. eu tenho vontade de lhe dizer que percebo e que estou solidária com ele. pergunto-lhe se vem de uma cidade. ele diz-me que vem de paris. e eu digo-lhe “et oui, ça change”.

hoje também não há nada aberto. domingo… impensável.. trabalhar ao domingo é “o” escândalo francês. para incredibilidade de muitas pessoas o intermarché abre ao domingo das 8h30 às 11h45. tirando isso há uma ou outra esplanada, mas o frio não convida a ficar cá fora. podíamos ir visitar os amigos, mas parece que o domingo pede pijama e pantufas. penso nisso tudo, procuro o que fazer à tarde e penso nas fotografias que podia tirar que falem das coisas que faço ou vejo. talvez mais logo fale do filme da amália ou tire uma fotografias ao bolo de chocolate que penso fazer, agora que percebi que quando é para mexer os bolos é com a batedeira… ou quem sabe ponha aqui uma fotografia de uns panados que gostava de experimentar com o pão ralado que comprei… podia falar de algum livro ou de algum artigo que tenho lido, mas nem isso. trago livros mas não os leio. talvez tire a fotografias dos dossiers que estão em cima do sofá da sala há alguns dias, das contas da associação, da burocracia a tratar.

entretanto vou dizendo estas coisas e posso acrescentar que depressa me esqueci do mais recente episodio no lidl e que ontem lá voltei. estava cheio. estacionei o carro noutro sítio, na descida. esqueci-me de levar sacos e tive que comprar dois. os artigos voavam à velocidade do número de pessoas que entrava no supermercado. os ovos vieram parar ao saco, em voo directo. o saco rebentou-se caiu ao chão e os ovos partiram-se lá dentro. a caixeira suspirou atirou-me dois guardanapos para eu limpar as mãos limpou o chão e os meus sapatos e os artigos continuaram a voar…

3 comentários:

teresa disse...

J,
apreciei o post que me remeteu para diversas reflexões:
1)- há 7 anos fiz uma grande viagem por estrada através do enorme país que é França (desde a Normandia até à Provença) e verifiquei que os "Intermarché" fechavam à hora do almoço: força das estruturas sindicais? (foi o que me ocorreu, pois por cá tal seria impensável);
2)- na 6f fui ao LIDL e fiquei surpreendida, pois às 15h o número de clientes era espantoso e só havia 2 caixas a funcionar. Sem querer, rebentei uma embalagem de farinha (tudo se encontrava fechado dentro de plásticos fortes, foi um acidente). Apanhei de imediato a embalagem rasgada para não provocar sujidade "pública". Logo de seguida, chegaram dois miúdos "traquinas" que aproveitaram a embalagem rasgada para atirarem um ao outro farinha como quem lança neve...

Paulo disse...

Mas em França sempre foi assim, ao Domingo estava tudo fechado, só o Marché (Praça/Mercado).
Eu até me lembro de não existirem supermercados como o Lidl ou Leader Price, é a crise.
Só o TATI é que existia para se comprar roupa barata.

Politikos disse...

E afinal, jovem j., fez o bolito ou os panados... ou o bolito e os panados?! ;-)