Porque raio haveria eu de escrever uma auto-biografia. Aliás, porque raio alguém o faz? É um género perfeitamente desinteressante, presunçoso e falho de objectividade. Tal como as biografias autorizadas pelos biografados. São géneros literários sujeitos à mais infame limitação da liberdade. A censura. Outra coisa é escrevermos sobre as nossas memórias. Aí escrevemos sobre os outros, sobre o que nos lembramos dos outros. Continua a ser subjectivo, como qualquer acto de interpretação, mas pode ser muito interessante para dar a conhecer os que se cruzaram connosco e através dessa leitura dos outros permitir ao leitor ler-nos a nós próprios.
De qualquer forma e para não ser acusado das mais variadas coisas, entre as quais de pseudo-intelectual, sempre posso propor um título para um livro de página e meia que alguém queira escrever sobre este asno. "O diletante".
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