12 de abril de 2006

tanto poesia, tanta

quando eu era adolescente
e era o responsável
pela biblioteca do queluz
(esse dos basquetebóis),
havia uma personagem
que distinguia os livros
entre os que estavam escritos
até à extremidade
direita da página
e outros não

os que estavam eram
romances
os que não
poesia eram

e destes mais
requisitava
que lia
mais depressa
porque tinham
menos letras

e gostava.
muito

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