'syd' barrett cresceu em cambridge e foi para londres estudar para a camberwell art school onde um seu ex-colega de liceu, conterrâneo e amigo (roger waters) o convidou a integrar a banda que mais tarde iria ser conhecida com o nome de pink floyd.
os seus adoradores insistem em afirmar que ele foi o motor criativo dos pink floyd e que após a sua saída nada do que a banda fez se aproximou da enormidade criativa impulsionada por syd barrett.
e nos casos em que se reconhecem alguns méritos criativos aos restantes membros da banda (especialmente a david gilmour e roger waters), insistem que eles só conseguem ser criadores quando imitam o génio do mítico fundador.
sejamos claros:
syd barrett participou em 1 (um) disco dos pink floyd (the piper at the gates of dawn). provavelmente o disco mais 'desinteressante' para os actuais amantes dos pink floyd.
foi de facto um disco percursor, mas seguramente o menos ouvido pelos actuais 'apaixonados' de syd barrett.
após a sua saída da banda, gravou the madcap laughs (na verdade um album em que participam todos os floyd e mais uns amigos: syd barrett, david gilmour,roger waters, richard wright, mike ratledge, hugh hooper, robert wyatt e jerry shirley), barrett e opel e, em 1989, foi editada uma 'completa' da sua obra num triplo chamado crazy diamonds que junta os dois albuns de originais, a compilação 'opel' e mais umas quantas músicas entretanto descobertas.
bom para viciados.
tendo feito isto, credita-se a syb barrett a influência em quase todas as obras posteriores dos floyd até ao 'the wall' e mais uma série interminável de referências directas ou indirectas nas canções dos ex-companheiros.
qualquer coisa que referisse lados escuros da lua, gostava que estivesses aqui, cérebro afectado e coisas semelhantes... eram óbvias homenagens ao génio de syd.
o mito à volta desta personagem chega a considerar o 'sgt. peppers' dos beatles como influenciado pelo seu génio, já que o 'piper at gates' estava a ser gravado ao mesmo tempo no estúdio ao lado.
há igualmente quem considere este um album de proto-punk psicadélico e a sua obra individual o momento fundador da novíssima new folk lo-fi.
não sei porquê, mas acho que quem tomou ácido lisérgico a mais foram os fanáticos do syd barrett
durante todo o tempo em que andou 'desaparecido', escreveu-se tudo e o contrário a propósito dos locais por onde andaria e o que estaria a fazer.
havia quem jurasse ter-se cruzado com ele num mosteiro do tibete, numa aldeia do atlas marroquino, nas ilhas gregas, que já tinha morrido porque sabiam onde estava secretamente enterrado, que continuava a fazer as músicas para a banda sob acordo com roger waters... (num mito semelhante ao de brian wilson que ficava sózinho em casa a compor para os beach boys tocarem o que ele já não conseguia).
na verdade estava em casa, a viver com a sua mãe, entretido entre a televisão e a jardinagem, a tentar esquecer o nickname de syd e a expulsar do jardim que se aproximasse a perguntar por um tal 'syd'.
o próprio nome da banda tinha óbvias conotações com o seu estado mental de génio.
as explicações mais terrenas vão para o nome de dois músicos de blues (o periodo pré-pink floyd da banda foi muito bluesy) que admirava: pink anderson e floyd council, e dedicado aos quais já teria nomeado os seus dois gatos.
e para a moda da época que dava nomes ás bandas ao estilo de loving spoonful, greatfull dead, jefferson airplane, buffalo springfield e coisas ainda mais delirantes.. pink floyd era um nome bem vulgar.
syd barrett foi um elemento fundamental (entre muitos outros) para a construção da música pop-rock como a conhecemos agora.
foi um música bem acima da média e com um conjunto de notáveis canções.
mas foi isso mesmo. apenas
o que não é pouco.
no passado dia 6 de janeiro completou 60 anos de boa saúde.
parabéns.
e muitos anos de vida.
com saúde.
1 comentário:
além de escrever mal tens uma opinião incorreta acerca do que os fãs de floyd admiram... falar mal do piper é a maior besteira que já li....
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