originário de cabo verde (filho de imigrantes caboverdianos em são francisco) e transportando nas veias o ritmo das ilhas, aprendeu dos mestres com que trabalhou ( t-bone walker, john lee hooker, b.b. king...) os segredos dos blues e fez uma carreira cheia de blues-amornados.
é uma mistura única do blues do delta com os ritmos caboverdianos.
em 1984, descobriu numa emissão da rádio moscovo os cantos guturais dos musicos de tuva.
quando, passados 9 anos, escuta (escuta apenas, porque era cego...) ao vivo um concerto de kongar-ol ondar no museu de arte asiática em são francisco a paixão foi imediata, e dois anos depois, torna-se no primeiro ocidental a ganhar um concurso nacional (usam o título 'mundial', já que quem quiser pode concorrer) de canto gutural.
na sequência disso realiza um filme (e o natural cd com a banda sonora) sobre a sua experiência em tuva.
genghis blues é o magnífico trabalho resultante dessa experiência.
com uma montanha de prémios em festivais de cinema e nomeação para oscar de melhor documentário em 2000.
com blues, mornas (tras d'orizão), blues com adições de versos em criolo e canções de tuva cantadas por paul pena e
kongar-ol ondar ('cantor gutural do povo', a maior honra para um artista de tuva)
genghis blues é um disco magnífico.
um legado inestimável deste homem excepcional que foi paul earthquake pena
era para ter falado dele em outubro, por ocasião da sua morte.
falo hoje.
e voltarei a falar.
ele merece.
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