Vou apoiar e votar em Manuel Alegre.
Não é apenas porque sim.
Não é apenas porque me parece, de longe, o mais digno e menos calculista de todos os candidatos.
Não é apenas por ser um dos poucos políticos portugueses que nunca vi realizar golpes de rins, daqueles tão do agrado da inteligentsia nacional mais rasteirinha, que dá gritinhos no que imagina ser o orgasmo enquanto deglute nacos de retórica manhosa exibida para gáudio dos néscios.
Não é apenas por ele não ser homem de meias-tintas e eu ter sempre sabido quando estava de acordo com ele e quando estava em desacordo, que também houve vezes dessas. E haverá, seguramente, mais.
Não é por ter escolhido o Pacman para mandatário da juventude – eu, que até já não sou jovem, acho que teria havido gente nova mais interessante à mão, mas paciência.
E, por fim, não é apenas porque as suas reconhecidas integridade e experiência política lhe conferem a autoridade para exercer o cargo e transmitem a garantia de que o desempenhará com dignidade e eficácia.
É, em boa parte, porque conseguiu a proeza de ser o único candidato que não tem um aparelhozinho partidário de comadres por trás. Só por isto merece a vitória e a confiança dos portugueses. A minha já a tinha, antes mesmo das novelas candidáticas. Mas mesmo assim é reconfortante.
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