Há coisas que me irritam. Uma das coisas que mais me aborrece são as frases feitas. Aquelas que as pessoas utilizam quando não têm nada para dizer ou quando não sabem falar de nada. Pior que isso, quando querem fazer parecer que dizem coisas verdadeiramente profundas. Aqui vão dois exemplos:
- "A verdadeira beleza é a interior". Pois, se calhar é verdade, mas todos sabemos isso, certo? Para quê introduzir esse chavão numa conversa como se tratasse da descoberta da pólvora? E a exterior, não é beleza? Não conta? Acho díficil que alguém se encante à primeira vista pela beleza interior das pessoas. A beleza interior, se existir ou se manifestar, só se descobre algum tempo depois. O primeiro baque é físico, imediato, dado pela visão.
- "Quem gostar de mim tem que gostar tal como sou". Sim, e novidades? Alguém nos pode mudar? Se calhar só nós próprios nos podemos mudar quando tivermos vontade ou estímulo para o fazer. Esta frase irrita-me mais porque sempre que alguém a utiliza, fá-lo para justificar uma atitude errada que é criticada ou a indisponibilidade absoluta de mudar alguma coisa. Se eu fôr uma antipática, uma besta quadrada, uma chata as pessoas são obrigadas a gostar de mim tal como sou? Pois, não são, simplesmente não gostam. A mudança ou a vontade passa por nós não pela obrigação dos outros nos aceitarem.
Há frases destas (to be continued...)
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