Sexta feira estive em Coimbra, a propósito de um encontro profissional. Na véspera tinha havido um rally paper, que se repete, salvo erro, há uns quinze anos. Duas histórias, contadas durante o jantar por duas participantes, senhoras perto dos cinquenta:
História 1
“A minha filha telefonou-me. Disse que o [um amigo da filha] me tinha visto em frente à Mango, de óculos escuros [era já noite] com um grupo de gente esquisita e de coletes fluorescentes [colegas de equipa] berrando a plenos pulmões Oh, Susana, não chores mais por mim!. Neguei, claro. “Não, filha, não era eu de certeza!”. Mas era mesmo...”
História 2
“Estamos frente à igreja [X]. A tarefa diz que todos os elementos da equipa têm de dar duas cabeçadas nos tapumes junto à porta da igreja, e em seguida descobrir o antigo nome da referida igreja. Procedemos como ordenado. Dirijo-me a um homem já idoso que está perto e pergunto:
- Boa noite! O senhor sabe por favor dizer-me qual era o antigo nome desta igreja?
O velhote não responde, olhando fixamente para o lado. Cuidando que se pudesse tratar de um problema de audição, volto a perguntar, um pouco mais alto:
- Boa noite! O senhor por acaso sabe dizer-me qual era o nome desta igreja antigamente?
O homem, mantendo o olhar atento no outro lado, pergunta, apontando:
- A senhora desculpe, mas aquela ali não é a Drª Manuela? [nome mudado]
- Aquela? Hum... sim, é ela, sim! Porquê?
- É que ela é a minha médica de família! E a senhora sabe dizer-me por que é que ela estava a bater com a cabeça no tapume?!?”
Há momentos que valem tudo.
(O jantar foi no Restaurante Dom Azeite, em Taveiro. Um antigo lagar de azeite, reconvertido em restaurante. Muito bonito. Recomenda-se).
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