Pois é… já bem entrado no Outono, continuo exactamente na mesma: muita preguiça e uma extraordinária falta de pachorra para qualquer coisita que saia da exacta rotina. Bem sei que, faz agora para aí um mês, prometi que, postar aqui, passaria a fazer parte dessa mesma rotina… mas nem isso consegui.
No entanto, acho que o acto de postar no blog não pode fazer parte de uma mera rotina. Tem que resultar de um estado de espírito, de um golpe de asa da imaginação, de um raio luminoso de inpiração… enfim, de qualquer coisa que fuja à obrigação de vir aqui simplesmente dizer olá, cá estou eu. E em (quase) todos os dias que aqui tenho vindo espreitar (voyeur… voyeur), o tal golpe de asa não tem aparecido, nem para um mísero comento!
Até que hoje… sim, exactamente hoje, a inspiração voltou. Talvez motivado pelo elaborado post do Ricardo Afinal onde é que está a grande tempestade???, lancei o excelente comentário Aqui, pelos Algarves, só pequena tempestade!! E pronto… cá estou a postar.
E como não quero que fiquem com a impressão que a minha vida tem sido uma lamentável pasmaceira, vou-vos falar de dois acontecimentos que marcaram este meu início de Outono.
Há 15 dias fui a Chicago. Sinceramente, não achei graça nenhuma à cidade: é o exemplo acabado de uma cidade americana, com um centro monstruoso de arranha-céus e uma periferia interminável de casinhas e auto-estradas. Fica, no entanto, a boa recordação da visita à Casa-estúdio de Frank Lloyd Wright e ao Museu do Art Institut of Chicago. Mas é evidente que a viagem não foi de lazer… foi de trabalho. Durante 3 dias acompanhamos a rotina de trabalho de um afamado hospital, no tratamento de doenças inflamatórias intestinais. Apenas veio confirmar ainda mais uma convicção já antiga: a grande diferença entre nós e eles não está ao nível dos recursos técnicos, mas sim ao nível dos recursos humanos. É simplesmente irritante ver a facilidade com que as pessoas desenvolvem, sem esforço, um trabalho eficiente e organizado…
Há 1 semana comprei uns sapatos novos. Gosto mesmo dos meus sapatos novos… são confortáveis, quentinhos e dão bom andar. Talvez estranhem a tanta alegria apenas por uns sapatos novos, mas eu sou muito apegado a estas coisas: durante um ano, ou mais, vão ser os meus sapatos novos! Vou usá-los todos os dias…
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