26 de junho de 2015

As malhas caídas

Há uns anos em Lisboa, ainda se viam afixados em janelas de caves, uns pequenos cartazes com os dizeres "Apanham-se malhas". Geralmente eram senhoras de idade que executavam esta tarefa de reabilitar as collants, por vezes provisoriamente remendados com cola. Agora deitam-se fora, sem dó nem piedade. E essas senhoras também desapareceram por completo.
Modas e Bordados, 1950

2 comentários:

Ana Oliveira disse...

Lembro-me perfeitamente dessas pequenas lojas. Tinha uma no meu quarteirão em Lisboa.
Usava-se também verniz das unhas quando o estrago não era muito grande e visível
Hoje, meias e collans ainda podem ser aproveitados para recheio de almofadas e caminhas para os nossos animais domésticos

Luísa disse...

Por isso é que eu gosto de vir aqui... Sempre pensei que apanhar malhas tinha a ver com roupas feitas em tricô e não com meias. E jamais me passou pela cabeça que havia máquinas para apanhar malhas... Eu ainda uso verniz, que isso de deitar fora... com as "meias de vidro" também se podem fazer uns bonecos com erva acrescer na cabeça. Eu também aprendi a usá--las para preparar calda bordalesa (para desfazer o sulfato é bem útil). Mas com o facilitismo e a ilusão das meias baratas nas casas chinesas... faz-se muito desperdício.