muito da barcelona que hoje conhecemos, devemos à resistência de miguel serra i pàmies e ao seu amor pela catalunha e a sua cidade.
quando as tropas franquistas estavam às portas da cidade, e quando se sabia ser impossível resistir ao seu avanço, as forças republicanas tinham um plano para fazer explodir cerca de 1/4 da cidade: todas as pontes de acesso, a linha de metropolitano, o abastecimento de água, fábricas, tudo o que pudesse dar algum sustento às tropas franquistas.
o 'problema' destas destruições na retirada é que matam também muitos dos civis e destroem todo o legado histórico dum povo.
foi muito usado em muitas guerras (ajudou imenso a que as tropas napoleónicas fossem derrotadas na península), mas sempre matou muita gente que nada tinha a ver com o assunto.
os próprios franquistas ficam perplexos com o estado da cidade que esperavam ver destruída (como eles próprios fariam)
miguel serra i pàmies era um catalão de reus, profundamente defensor da sua catalunha.
era fundador e dirigente do partido socialista unificado da catalunha (que juntava o partido comunista catalão, a união socialista da catalunha, o partido catalão proletário e a federação catalã do psoe)
esta desobediência valeu a miguel serra i pàmies a prisão e o julgamento por traição, responsabilidade da derrota das forças republicanas na catalunha e destruição dos fundos partidários.
a sua defesa firme da cidade de barcelona e o entendimento da 'política de terra queimada' ser um morticínio numa cidade da dimensão de barcelona, ditaram a sua parcial absolvição, mas não a continuidade da prisão que só acabou quando fugiu para o méxico, de onde nunca mais saiu.
se hoje amamos barcelona, muito a miguel serra i pàmies o devemos.
porque se soube manter firme na defesa da sua cidade e do seu povo.
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