22 de abril de 2013

Teimosias


Ali está, ao lado do viaduto, junto a um bairro degradado da cidade. Por perto, casas em ruinas, gente sem idade, a vaguear, inexpressiva, cães sem dono de volta dos contentores. Ali está, a lembrar-nos que, mesmo em sítios visitados pelo desalento, sobrevive a pequena nota de cor, nascida de uma árvore solitária que teima em vingar, gesto de resistência ao fumo dos carros , ao cheiro a óleo queimado que se desprende da estação ferroviária.

Sem comentários: