Ontem à tarde, a meio de uma cansativa limpeza de jardim, resolvo beber uma água tónica que estava a jazer no frigorífico há já não sei quanto tempo. Curioso, resolvo verificar a data de validade:
Não faço outra igual.
27 de abril de 2013
25 de abril de 2013
24 de abril de 2013
País alegre!
~
Com a sapiência própria da criança, ouvi hoje a melhor definição do 25 de Abril:
- Éramos um país triste e, com o 25 de Abril, ficámos um país alegre!
23 de abril de 2013
richie havens
"i didn't know what i did.
i just did it and didn't call it anything except music."
pode ter sido 'apenas' música.
mas seguramente richie havens foi das vozes mais importantes na luta pelos direitos humanos.
já aqui falamos muito sobre a importância da música de richie havens, mas todas as vezes são pouca.
agora, que não vai poder cantar mais em nossa defesa, resta o agradecimento pelo que fez e pelo que foi.
e fica uma obra imensa, mesmo que sempre ao lado do grande reconhecimento.
richie havens, freedom
22 de abril de 2013
Teimosias
Ali está, ao lado do viaduto, junto a um bairro degradado da cidade. Por perto, casas em ruinas, gente sem idade, a vaguear, inexpressiva, cães sem dono de volta dos contentores. Ali está, a lembrar-nos que, mesmo em sítios visitados pelo desalento, sobrevive a pequena nota de cor, nascida de uma árvore solitária que teima em vingar, gesto de resistência ao fumo dos carros , ao cheiro a óleo queimado que se desprende da estação ferroviária.
19 de abril de 2013
Da utilidade dos marcos de correio
Arredados, cada vez mais, do
quotidiano das gentes, levam-nos a estabelecer outras associações como, por
exemplo, a das cabines telefónicas ou a
dos telefones que, com contador, podíamos utilizar no interior de
estabelecimentos comerciais na era a.TM (antes do telemóvel).
Guardada desde uma caminhada através de Alfama, a imagem veio à lembrança a partir do post deixado pela T. As palavras
gravadas traduzem a zanga das pessoas do bairro, relativamente às interdições
de estacionamento, embora seja uma dor de cabeça trazer o carro para algumas zonas
da cidade… Quando as coisas vão perdendo a função inicial, acabam por ser
utilizadas ao sabor da criatividade. Acontece que a realidade não é só a que de
imediato apreendemos em meio urbano e, mesmo cruzando a cidade todos os dias,
reparo que, perto de casa, os moradores mais idosos recorrem à carrinha dos CTT
que, sempre à mesma hora, estaciona no largo da aldeia ou ainda deitam a
correspondência (quem sabe se para os seus mais novos a viver longe) nas caixas
de correio públicas, à porta do café ou
da mercearia.
Os marcos podem não conter – como
na canção romântica do tempo dos meus pais – tantas mensagens de teor vário. A
maior parte de quem nos escreve, fá-lo para cobrar a água, o telefone, e não
por ‘gentilezas’ várias de cariz pessoal. Quanto aos marcos de correio, que os não deixem morrer, a fim de também
servirem de interessante pretexto para dois dedos de prosa com as gerações que já trocam
mensagens em tempo real e ao alcance de uma ou várias teclas.
14 de abril de 2013
10 de abril de 2013
Bairros onde o tempo se deteve
Constitui sensação curiosa perceber que, na cidade, ainda há espaços com vida própria. Tendo de percorrer algumas ruas de S. Domingos de Benfica, olho os estabelecimentos de bairro com caixotes, à porta, a transbordarem de frutos da estação, ruas a fervilhar de vida, cafés cheios de senhoras que se enfeitam para a bica (um pouco ‘gaiteiras’- diz-me a minha filha que por lá vive- penso que se refere aos penteados armados de laca e ao bâton aplicado a preceito), moradores a passear cães de razoáveis dimensões pela trela, o que faz pensar que deverão, decerto, ser donos dedicados, que os treinam, a fim de não incomodarem o condomínio... Alguns instantâneos dão conta dos denominados bazares a exibirem, nas montras, troféus ‘kitsch’, enfeites que fazem as delícias decorativas de algumas donas de casa. Uma evasão aos dias menos sorridentes que correm – penso – pois parece que, por aqui, o tempo se deteve.
7 de abril de 2013
6 de abril de 2013
3 de abril de 2013
Amor desvairado
(Primeiro de uma série de grafittis recolhidos por aí. As mentes mais pudibundas que me perdoem. Osculo-as castamente na fronte).
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