de acordo com o nosso primeiro ministro, os curricula servem para descrevermos aquela parte do nosso passado e experiência profissional que é desconhecido da generalidade das pessoas, e daquelas para quem pretendemos trabalhar.
para explicar o inexplicável, passos coelho justifica a omissão no curriculum de franquelim alves a sua passagem pela sociedade lusa de negócios, apenas porque já toda a gente sabia e não valia a pena falar disso.
imagina-se que toda a restante carreira de franquelim alves foi inútil (incluindo a sua passagem pelo mrpp, sim foi meu camarada um curto período de tempo, pela editora vento leste, pela revista o tempo e o modo e pela chefia da redação do luta popular, já no começo dos anos 80, igualmente omissas porque são obviamente do conhecimento geral da população portuguesa), já que ninguém delas soube, pelo que precisam se ser incluídas nesta nova versão dos curricula para as actividades desconhecidas e outras actividades menos notórias
o primeiro ministro entrou naquilo a que podemos chamar uma espiral recessiva de vergonha e respeito pela verdade.
não será mentira compulsiva.
mesmo sendo as pulsões são a única coisa que o parecem guiar, a mentira parece ser mais uma obra do acaso de uma mente erraticamente perdida.
é mais um padrão.
nem uma única decisão tomada com o discernimento que uma atitude séria e ponderada deve ter.
e porque o passado profissional do franquelim alves merecia melhor tratamento, ele devia ter sido poupado a este vexame público.
mas o próprio parece querer também colocar-se a jeito.
2 comentários:
Carlos, penso que foi uma atitude séria e ponderada que uma nomeação discernida deve ter. Faz-me lembrar as séries americanas, tipo CSI, e o regime de protecção das testemunhas. Uma nova vida para quem colaborou (tardiamente é certo) com a investigação. Atenua-se a pena e nomeia-se para secretário-de-estado. Imagine-se que sem a descoberta da fraude BPN seria de certeza ministro.
Não entendo porque se admira ainda com as 'marionetices' do PM. pobre ser manipulado que dá a cara numa tragi-comédia que é esta (des)governação.
vexame público, o do senhor f. alves?!
não consigo acreditar (confesso que não me esforço:-) que esse senhor tenha denunciado a situação, sem ter participado nela. Desde 2004 e agora é o delator do golpe de estado da banca e é um herói que merece uma recompensa?????
(continuo a ter mais vergonha do que deixamos acontecer, do que própriamente do que acontece)
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