11 de dezembro de 2012
Manoel de Oliveira: «a memória é uma invenção»
(Imagem: Aniki Bóbó, 1942 em shutupandwatchthemovies)
Há (ainda) tanta coisa boa nesta varanda sobre o mar… Pensamento recorrente quando vemos alguém, à semelhança do nosso realizador, hoje aniversariante, completar uma idade invejável, a par de uma criatividade que se não extingue. E o pensamento não deixa de estabelecer associações, mesmo que aleatórias, em tentativa de contradizer uma conjuntura desinteressante (para utilizar um eufemismo):
- nomes de que sempre nos orgulhamos;
- um clima ameno (sim, mesmo com este frio, não ficamos forçados a "prisão domiciliária");
- poesia e ficção em português, lidas num ápice, não se cingindo a produção a autores que figuram na «História da Literatura Portuguesa», pois muitos são nossos contemporâneos;
- trechos variados de bela paisagem em reduzida área geográfica (aqui esquecendo por momentos a construção selvagem e desordenada);
- a bonomia das gentes , tantas vezes inversamente proporcional às agruras do quotidiano;
- uma gastronomia (terem-lhe chamado dieta mediterrânica apazigua alguns excessos) única;
- […]
«A memória é uma invenção» - afirma o Manoel de Oliveira. Assim sendo, que o seu olhar único a consiga captar, tornando-a perene.
Lisbon Story Manoel de Oliveira
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