22 de outubro de 2012
«Coisas sólidas e verdadeiras»
Imagem: Sheffield Park, Sussex/Luke Mcgregor - Reuters
Enviaram-me hoje uma crónica de Manuel António Pina, sobre uns melros que nasceram nas trepadeiras em frente à janela de sua casa. Ao vê-los tornarem-se livres e sentindo próxima a largada destas aves que gosta de contemplar – também me fazem companhia pelas proximidades, também já vi alguns ninhos nos cedros do caminho que me conduz a casa – retrata-as com a expressão «coisas sólidas e verdadeiras». E termina com o parágrafo: «Em breve nos abandonarão e procurarão outro território para a sua jovem e vibrante existência. E eu tenho uma certeza: não, nem tudo é política; a política é só uma ínfima parte, a menos sólida e menos veemente, daquilo a que chamamos impropriamente vida»... O que serão as cores de outono senão «coisas sólidas e verdadeiras»?
Chanson d'automne
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