18 de outubro de 2012

Ainda os rankings...


Mais um ranking das escolas, divulgado há menos de uma semana. Na ausência de outros dados contata-se, de modo genérico, serem as escolas com menor número de alunos e frequentadas por estratos sociais favorecidos as que apresentam melhores resultados.

Continua-se à espera de um estudo destinado ao público em geral, no qual, a par da divulgação das listas, sejam contempladas as variáveis de contexto de cada estabelecimento, fatores como «significativa percentagem dos alunos desta escola não tem o Português como língua materna» ou «a sua alimentação [dos jovens] é insuficiente para um desenvolvimento físico e intelectual satisfatórios» , constituirão exemplos pontuais do que se afirma.

Fomos dos primeiros, na Europa, a contemplar por normativo uma escola para todos «Em 1835 […] o quarto país do mundo  a consagrar em lei o princípio da escolaridade obrigatória, em 1960 apresentávamos uma taxa de analfabetismo de 34% […]» (Teodoro, A. ; Aníbal, G.).

Apresentar rankings dissociados de um diagnóstico aprofundado, equivale a listar as doenças mais expressivas no país, sem que nada seja feito para a sua prevenção.

Como escreveu Almerindo Janela Afonso «Nem tudo o que conta em educação é mensurável».

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