Mais um ranking das escolas, divulgado há menos de uma
semana. Na ausência de outros dados contata-se, de modo genérico, serem as
escolas com menor número de alunos e frequentadas por estratos sociais
favorecidos as que apresentam melhores resultados.
Continua-se à espera de um estudo destinado ao público em
geral, no qual, a par da divulgação das listas, sejam contempladas as variáveis
de contexto de cada estabelecimento, fatores como «significativa percentagem
dos alunos desta escola não tem o Português como língua materna» ou «a sua
alimentação [dos jovens] é insuficiente para um desenvolvimento físico e
intelectual satisfatórios» , constituirão exemplos pontuais do que se afirma.
Fomos dos primeiros, na Europa, a contemplar por normativo
uma escola para todos «Em 1835 […] o quarto país do mundo a consagrar em lei o princípio da
escolaridade obrigatória, em 1960 apresentávamos uma taxa de analfabetismo de
34% […]» (Teodoro, A. ; Aníbal, G.).
Apresentar rankings dissociados de um diagnóstico aprofundado,
equivale a listar as doenças mais expressivas no país, sem que nada seja feito
para a sua prevenção.
Como escreveu Almerindo Janela Afonso «Nem tudo o que conta
em educação é mensurável».
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