24 de junho de 2012
Bairrismos à parte...
(imagem: S. João no Porto nos anos 60, Teófilo Rego)
Nunca visitei o Porto pelo S. João por questões de maior distância e de falta de oportunidade – vou por diversas vezes à cidade, quase sempre por obrigações datadas, o que nunca tornou possível a coincidência de datas. Imagino a cidade plena de festa, com a população a encher as ruas. No presente ano, Alfama foi menos festiva – opinião pessoal e subjetiva – pelo Santo António. As sardinhas eram congeladas (e de pior qualidade), embora os locais de comes e bebes estivessem repletos de visitantes, curiosamente diversos turistas franceses , talvez o facto de haver tanta gente tivesse levado a uma menor qualidade no repasto popular, talvez as partidas pregadas pelo clima não permitam que, na presente época, as sardinhas sejam tão gostosas como é hábito, muitas poderão ser as explicações. Sem bairrismos – nunca entendi quem «puxa a brasa à sua cidade», cada uma possui os seus encantos próprios – ainda tenciono experimentar como se festejam os santos populares por outras paragens, para poder estabelecer a comparação, sem perder de vista que Alfama me acolhe sempre bem em dias atípicos, com as suas vielas, becos, casas nem sempre bem tratadas, mas de soberbas vistas . Continuarei a ser passeante do bairro, mas de preferência fora dos dias de festa que o caracterizam.
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4 comentários:
Nesses dias de "santos populares" fujo de Alfama.
Encontrões e ajuntamentos, confusão e barulheira...não, obrigado.
Mas corro para o bairro nos outros dias.
Passear pelas velhas vielas em tardes tranquilas e quase desertas, é prazer que não dispenso. Sempre com a máquina fotográfica pronta.
É decerto a melhor opção, José Quintela Soares, como um dia me disseram uns turistas franceses que, no Verão, levei a Alfama «não sei se aqui se vive bem, mas o local é lindo». Há sempre um ângulo novo a fotografar nesta zona da cidade. Quanto à cidade do Porto, a curiosidade em visitá-la pelo S. João, deve-se à tradição, embora também receie grandes ajuntamentos.
Cara amiga Teresa, tenho a certeza que a noite de São João no Porto é uma experiência muito especial. Não digo que é única mas creio que não haverá muitas semelhantes.
A espontaneidade é a sua marca mais distintiva, não há outro organizador que não sejam os foliões e mesmo assim não é necessário policiamento. Como tripeiro e apesar de não ser um grande folião tenho a certeza que qualquer forasteiro se sentirá em casa, excepto alguns muito especiais, como o Dr. Cavaco Silva que assistiu aos festejos num barco no meio do Douro, bem longe da população de que é presidente. Não deixe de viver esta experiência, a próxima é já para o ano!
Caro Óscar Felgueiras,
Com o seu depoimento entusiástico, fica-se com a intenção de uma visita "sanjoanina" para o próximo ano. Agradeço a informação adicional que por aqui deixa. Relativamente ao presidente e primeira dama que, do barco, olhavam para as comemorações, ao ter visto as imagens televisivas, fiquei com a sensação de que esta última estava um pouco assustada com o fogo de artifício.
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