Um instantâneo captado à porta de um supermercado de Lisboa. Identifiquei-o de imediato, por recordar este local onde acompanhava a minha mãe às compras. Memórias de um ano em que houve racionamento de bens como o leite e o fiel amigo, o que explica a imagem. Fonte: Arquivo Municipal de Lisboa via «A educação do meu umbigo».
4 comentários:
Sõ dias que nunca vi e desejo muito que nunca venha a ver. Mas as imagens que eu vi do dia 1 lembrou-me uma coisa semelhante.
E ver as prateleiras vazias lembrou-me os supermercados de zonas assoladas por terremotos, tsunamis e/ou tornados.
Mas, garanto, assutei-me com as imagens do tremor de terra que assolou o "jardim à beira-mar plantado" na passada Terça-feira...
Já somos duas, Luísa, hoje fiquei a saber - isto porque há outras opiniões, aquelas a referir os tempos de crise e das pessoas irem comprar porque é mais barato - que pelo menos por perto, havia significativo número de ocorrências de carrinhos a abarrotar de grades de cerveja e de whisky, enfim, bens de primeira necessidade, para atingirem diversas 'tranches' de 100 aéreos.
Às vezes penso que os portugueses têm o país que merece... A minha mãe está aí nde férias e disse que ia para comprar pão e acabou por ter que andar mais uns quilómetros para o conseguir fazer (na aldeia estava tudo fechado, como era normal, o que fica mais próximo é este supermercado). E, segundo ela, o que se via em grandes quantidades era mesmo a cerveja... Eka estav indignadíssima.
Além disso, basta ver a jogada miserável do grupo em questão: parece ter irregularidades legais (se isso for provado eles só pagam 15mil euros de multa- que não é nada para eles);
e por que raio fizeram eles um desconto destes se pagam as coisas aos produtores por menos de uma miséria?!?
Eles não têm consciência?!?! Ou pelo menos não há ninguém que trave isto??
Eu tento entender, mas não consigo...
O pai de uma grande amiga, com responsabilidades numa fábrica, um dia disse-nos estar perplexo (quando por cá abriu o primeiro hiper), isto porque o produto que produziam, mesmo a custo de fábrica, tinha sido vendido a preço inferior na grande superfície durante os dias das promoções... por outro lado, lembro um merceeiro de bairro que diz a outra amiga que lá sempre faz compras «a senhora sempre foi cliente, mas há outros que só batem à porta no fim do mês, com a promessa de que acertam contas quando receberem, mas durante as semanas melhores compram no sítio do costume», e isto foi na era a.T. (antes da troika)... Enfim, tempos modernos :o(
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