Fim de manhã numa movimentada avenida de Lisboa.
Sol de um lado, sombra no outro.
E por esta, que sabe sempre bem nestes dias de canícula, uma figura que avisto em sentido contrário ao meu. Chama-me a atenção, de imediato. Pudera…
Eduardo Lourenço.
Cruzámo-nos. Passou.
Mas eu fiquei meditabundo, ao ver uma das nossas maiores Figuras.
O pensamento e o discurso continuam, claro, brilhantes, mas o octogenário corpo, esse, parece ter dificuldades evidentes em acompanhar o ritmo de quem o comanda.
O tempo e a sua inexorável marcha.
“Homens destes nunca deviam envelhecer!”, pensei.
Sem comentários:
Enviar um comentário