27 de maio de 2010

Um vintage é sempre um vintage...

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A almoçar com um amigo na bem-vinda pausa entre aulas, apercebi-me do tom prazenteiro ao referir ter sido convencido pelo respectivo agregado familiar a fazer umas centenas de quilómetros rumo a Sabrosa no próximo fim-de-semana, sendo o convincente argumento o concerto de BB King.
O meu ar de espanto foi potenciado com a segunda informação (aqui quase engasgada com um pedaço de 'secretos'): «entrada gratuita»... «mas não leste no jornal... a divulgação?» - que não, periódicos existem quase não adquiridos (excepção para quando saem artigos que se pretende guardar para "memória futura").
Como já não divagava há algum tempo, acabo por ser chamada à realidade com um «aqui quem fala é da Terra» e, descendo a este belíssimo planeta azul (será???) acabo por guardar para mim duas conclusões:
1- nostálgica ou não, "um vintage é sempre um vintage", constatação digna de ser (injustamente) atribuída a LaPalisse;
2- convicta defensora da descentralização (desde o neolítico) começo a abrir uma "egoexcepção" no tocante a algumas matérias...

aqui a divulgação

19 comentários:

carlos disse...

talvez mais determinante para decidir ir a sabrosa, é o facto deste ser, provavelmente, o último concerto de b.b.king em portugal e um dos últimos na europa, já que se vai deixar de digressões.

a semana passada, alguns jornais, ao estilo que agora muito gostam, que é analisar qualquer coisa através do custo, ignorando o benefício, exploravam a ignorância das pessoas de sabrosa pelo nome de b.b.king e procurando defender que o toy ou o tony carreira iriam lá por muito menos que o custo do músico americano.
é, para mim, absolutamente lógico, que uma organização que procura trazer gente a um determinado local se dever preocupar muito mais com os que vêm de fora do que com aqueles que já lá estão (afinal a função destas actividades é exactamente chamar gente de fora..), mas para os amblíopes travestidos de jornalistas com esta mania (ou incapacidade de ver mais longe?)de olhar para o que quer que seja exclusivamente em função do custo base de um determinado evento é, não apenas uma declaração de impotência cognitiva, como de ver além do quadrado do tabloíde em que se transformaram.
o concerto está incluído num projecto mais vasto chamado 'douro charme' e tem muito mais iniciativas para além do concerto que, com pagamento ao músico de 120 000 euros (e não dos 200 000 atirados para a população de sabrosa e muitíssimo mais barato do que seria se fosse pago, porque o músico pediria o seu cachet normal bem perto dos 400 000) e um custo total do evento de cerca de 360 000 euros e uma comparticipação da união europeia através do programa operacional regional do norte.
e para os participantes no encontro internacional de negócios wine affairs, talvez seja mais atractivo o b.b.king que o tony carreira ou o toy..

teresa disse...

Penso que o músico vem a Portugal no meio (ou será no princípio, já não recordo) de uma digressão europeia. É de facto irrisório (ou lamentável) o alarido jornalístico e o aproveitamento dos nativos, no mínimo um mau serviço prestado à cultura nacional... mas quanto a isso, carlos, a função (o termo 'missão' é, por vezes incómodo, correndo o risco de más interpretações) dos jornalistas não deveria ser essa, parece-me esse aspecto já ter sido cá "na casa" amplamente tratado, quer em posts de diversos contribuidores, quer em caixa de comentário (de diversos visitantes ou residentes).
Também concordo que é revelador de visão "para lá do pequeno quintal" iniciativas como esta, embora o ideal mesmo, seria que por cá houvesse vida para lá dos cantores de Agosto (chamemos-lhes assim para usar de um eufemismo, já que arrastam multidões), mas isso já serão divagações extra-planetárias. A uma outra escala e em épocas muito remotas, dava comigo a pensar e a discutir com colegas de turma o porquê dos austríacos - mero exemplo - gostarem tanto de música sinfónica, não me parece que se trate de uma questão de cromossomas...

José Quintela Soares disse...

Pois é...

Lembram-se da última ópera transmitida pela RTP? Do último Concerto? Do último recital? Da última Sinfonia?

E a RTP é "nossa"...pagamo-la.

Tem até um canal...2 de nome...criado ingenuamente para esse tipo de música para "minorias"....

teresa disse...

A questão do «serviço público» daria pano para mangas, José Quintela Soares. A corrida às audiências é outra «cenoura na ponta da vara» (com as devidas desculpas pela grosseria da expressão), isso incomoda e lembro os longínquos tempos em que, por exemplo, Leonard Bernstein era «aparição» regular na tv... mas penso que o problema se & etc., em vez de se ver que algumas iniciativas podem rasgar horizontes, recordo os agradáveis fins de tarde no S. Luís com o maestro José Atalaya (mas isso era no coração da capital e a maioria dos frequentadores eram alunos do conservatório)...

teresa disse...

Algo correu mal e ficou cortado o comentário... é que estive a fazer muitas contas e não sou matemática, «sorry». Mesmo assim penso que ainda se estabelece alguma (mesmo que pouca) conexão entre ideias (se é que ficaram algumas):)

carlos disse...

a questão, acho eu, não está na televisão, está na escola.

não adianta ter um canal com imensa música 'clássica' (digamos assim para simplificar a coisa) ou uma rádio que a difunde de um modo sistemático se na escola não aprenderem música.
e aprender música começa pelo solfejo e pela compreensão das diversas linguagens musicais (para mim são todas igualmente importantes).
mas é a aprendizagem da escrita musical e dum instrumento, desde crianças, que ajudam a educar o ouvido e tornam a cabeça mais aberta à variedade das linguagens musicais.
tirando estes últimos 3 anos, todos os anos me costumava deslocar para um qualquer país europeu para aprender, fundamentalmente, música 'antiga' (entendendo esta como a música anterior ao barroco).
a diferença entre os portugueses e a a generalidade dos nacionais de outros países é abissal.
e tudo porque toda aquela gente começou a aprender música ao mesmo tempo que aprendeu a ler.

é isso que faz com que na generalidade dos países do centro, leste e norte da europa tenham uma muito maior actividade musical.
não é uma questão genética, é uma questão educacional

carlos disse...

já agora, e em comentário ao comentário da teresa sobre os programas do bernstein (o mesmo se aplica aos do vitorino nemésio, da natália correia, ao villaret, etc)...
esses programas eram muito vistos porque havia apenas um canal de televisão.
muitos dos que hoje dizem ter saudades do vitorino nemésio, jamais veriam o programa se existisse outro canal...
não nos enganemos.
se a televisão transmitir teatro, ou música, ou divagações mais ou menos interessantes do ponto de vista cultural em horário nobre, os espectadores passam para o canal das novelas ou do desporto.

a questão é sempre a mesma.
está na educação desde pequeno.

José Quintela Soares disse...

Carlos, nos Açores é prática corrente, há pelo menos um século, os miúdos aprenderem nas filarmónicas a tocar um instrumento.
Normalmente tocavam até "ir para a tropa", mas muitos continuavam depois, até emigrar...
E não sei se o gosto musical açoriano é por aí além...

Não misturando o que, provavelmente, não é misturável, nos países nórdicos, cujas línguas, como a portuguesa, são verdadeiramente intragáveis para estrangeiros, qualquer criança aprende inglês em conjunto com a língua-mãe.
Quantos portugueses, da nossa geração, falam inglês?

carlos disse...

josé,
a riqueza do panorama musical nos açores e na diáspora açoriana é muito rica (independentemente da questão do 'gosto'), e isso deve-se à grande tradição de aprendizagem.
na minha geração, que imagino não ande longe da tua, a questão coloca-se mais em termos de analfabetismo funcional (ou puro) do que nesses luxos do inglês.
até 74, nível de alunos no secundário (liceus e escolas técnicas) era inferior a 5%...
era uma imensa minoria que tinha acesso ao ensino secundário. a maioria começa a trabalhar aos 10/11 anos.
quando se fez o primeiro recenseamento eleitoral depois de 74, eu estava como voluntário num dos centros de queluz.
a quantidade de analfabetos puros era imensa (nas mulheres devia andar próximo dos 50%). e estamos a falar duma freguesia urbana nos arredores da capital..

teresa disse...

Os vossos comentários dariam um tratado, pois levantam questões de interesse e importância. Por isso mesmo, fica sempre o risco de se ser muito parcelar (e por isso mesmo algo despropositada). No entanto e pegando em algumas questões que colocam, ficam as seguintes ideias (mais ou menos articuladas do ponto de vista lógico):
- a escola tem obrigatoriamente para os alunos de 5º e 6º ano (10-11 anos) 90 minutos - penso não estar a errar, dado serem mais velhos os meus alunos - de Educação Musical: muitas vezes as turmas são de cerca de 30 alunos e aprende-se flauta (porquê? talvez por ser um instrumento mais acessível financeiramente). A miudagem toca até à exaustão o «Hino à Alegria» em versão simplificada, o que é ouvido nos intervalos e no interior das aulas de cada um... Numa das minhas turmas (e ao longo dos anos) tenho alunos com o ensino articulado com o conservatório e aí a situação é diversa, mas constituem excepção.
Quanto ao nível de escolaridade, o problema vai bem mais fundo: não basta mudar as coisas por decreto, vão passar a ter de frequentar a escola até aos 18 anos, mas muitos - e falo da minha realidade - abandonam a escola antes disso, famílias em precaridade quase nómada a mudar de área de residência (pasme-se!) 2 e 3 vezes por ano... sim, trata-se de um meio agro-industrial onde muitas unidades outrora apelativas do ponto de vista laboral têm vindo a ver encerradas as suas portas... o que atira com muita gente para o desemprego (sei que estou a falar do meu quintal e não sei se a realidade se pode alargar ao país).
Sei de excelentes professores de Música nas escolas (talvez nem todos, mas conheço bons professores que até tiveram a humildade de divulgar aulas gravadas), mas nunca os compararia aos meus 10 anos de piano, com uma dedicada professora, tendo 4h semanais para a tarefa: duas no mínimo para estudo (e não era muito), outras 2h para a lição com a dita senhora.
Quanto ao despertar o gosto, estado, sistema educativo, famílias, todos têm peso na matéria, não queria defender a tese do capital social (quem nasce privilegiado avança, quem não se encontra nessa situação, mesmo com óptimo ouvido e características inatas fica estagnado)pois a mesma incomoda. O meio tem também bandas filarmónicas e, na maior parte das vezes, são estes jovens que acabam por trabalhar com um empenho louvável e frequentar, a par do ensino regular (da escola onde trabalho) o conservatório. Constato ainda que são estes miúdos normalmente os melhores alunos e que não me dão dores de cabeça quando têm de estudar a métrica e o ritmo dos poemas.
Quanto ao facto de as audiências caírem drasticamente se passasse teatro,ópera, e outros programas na tv, sempre fiquei perplexa por, ao longo da vida, ter conhecido pessoas com 4-6 anos de escolaridade (independentemente da época em que concluíram estudos) a lerem os clássicos da literatura e a apreciarem uma boa peça de teatro e outras, com 10 ou mais anos de escola que deixaram pura e simplesmente de ler (jornais, livros ou qualquer publicação)... estas questões deixam-me muitas vezes sem resposta e a assumir claramente a minha quase incapacidade para as analisar.

Carlos Caria disse...

O Carlos tem razão.É tudo uma questão de educação de base.
Não podemos dar pão para comer sem priomeiro ensinar a mastigar e saborear o mesmo. Não podemos ensinar a andar alguém que teima em ficar sentado e nunca foi despertado para tal acto.
Teresa se perguntar aos jovens seus alunos onde é que fica Sabrosa, que lhe vão responder?? Algum dia lhes ensinaram geografia de Portugal.

teresa disse...

Caro Carlos Caria,
quando no meu primeiro comentário questiono o facto de «os austríacos gostarem tanto de música sinfónica, não me parecendo que se trate de uma questão de cromossomas» falo de educação que não é exclusivo apanágio da escola (a minha avó costumava destrinçar educação de instrução), aliás penso que no simples exemplo dado não será só a escola a contribuir para o facto, embora não lhe negue importante destaque. Quanto aos meus alunos saberem onde fica Sabrosa, talvez alguns não o saibam, embora muitos (a quase totalidade) localize sem hesitar onde fica Vila Real... mas pergunto se não haverá por cá figuras com muito mais idade e outras responsabilidades públicas e civis (de gerações mais antigas) que não sabem quantos cantos têm Os Lusíadas. Traumatizada com a descoberta, perguntei aos jovens e eles sabiam responder.
Para finalizar, como proceder quando um aluno diz ao professor (mero registo quotidiano que, felizmente, constitui minoria): «o meu pai não quer comprar o livro de Inglês, pois ele também não precisou de aprender esta matéria e deu-se bem na vida»...

teresa maremar disse...

Na senda do último parágrafo do comentário anterior da Teresa, que dizer quando preparamos uma aula, que julgamos lindinha, abrindo com os primeiros dois minutos desta animação da BBC sobre a Tempestade de Shakespeare [aqui http://www.youtube.com/watch?v=2XZ091CEgNU] passamos a este excerto

“Mas uma vez no mar foram assaltados pela tempestade. O navio ora subia na crista da vaga ora recaía pesadamente estremecendo de ponta a ponta. Os mastros e os cabos estalavam e gemiam. As ondas batiam com fúria no casco e varriam a popa. O navio ora virava todo para a esquerda, ora virava todo para a direita, e os marinheiros davam à bomba para que ele não se enchesse de água. O vento rasgava as velas em pedaços e navegavam sem governo ao sabor do mar.”
in O Cavaleiro da Dinamarca, de Sophia

apresentamos a tela A Tempestade de Turner, que acompanhamos com Vangelis - 1492, Conquest of Paradise como fundo musical, e nos dizem

"Lá vem a stora com coltura. Para que preciso eu de cultura se quero ser professora de Matemática?"

??

Não posso pegar no que mais é dito nos restantes comentários, pois não me calaria :) Mas tenho para mim que há que começar a investir fortemente na Pré-primária. E parece que, com tal, quem manda anda distraído.

Carlos Caria disse...

Teresa, também estou de acordo, e bem sei que um jornal Austriaco, tem uma edição diária de quase 1 milhão de exemplares, e existem vários, enquanto em Portugal se tiverem 100.000 já é um pau.
A diferença é abismal. Estamos em outro mundo, são preciso gerações para mudar isto, mas é preciso começar um dia, e não existe em Portugal gente com coragem para o fazer, pois tem custos e tudo gira á volta dos cifrões.
As bases estão lá, seja educação escolar seja os princípios básicos aprendidos em casa.
Teresa, quanto as nossas figuras,ou figurinhas como eu lhes costumo chamar, nem me merecem o esforço de um comentário de tão ridículos que são.

teresa disse...

divagarde,
Em primeiro lugar, fiquei fascinada com este plano de aula e isso não posso deixar de referir.
Quanto a aulas "lindinhas" e tendo no passado vivido o privilégio de pertencer a uma das 16 escolas (continente e ilhas) que fizeram a pré-testagem dos programas oficiais prestes a cessar, lembro a minha fantástica formadora e o facto de me ter referido - conversámos muito para lá da formação - que ficava desconcertada com isso mesmo: uma aula que a fazia encantar (e ela estava numa escola da capital onde boa parte dos miúdos praticamente só falava crioulo, idioma que ela, sendo cabo-verdiana, também dominava) nem sempre resultava. Por outro lado, quando a aula lhe parecia menos apelativa, por vezes alcançava resultados inesperados.
Mas dada a relatividade das coisas, acredito (e aí posso correr o risco de ser apelidada de esotérica, coisa que asseguro não ser)que muitas vezes, em se tendo alcançado a tal empatia (referida no diálogo entre o principezinho e a raposa), tudo se torna mais estimulante no processo de aprender/ensinar. No entanto, e há sempre muitos "mas", há aulas tão motivadoras como a que aponta que resultam com algumas turmas e com outras não. O investimento na pré-primária é fundamental, embora todo um peso de expectativas e valorização ou desvalorização sentida pelas crianças e jovens em casa também tem um peso muito (eu arriscaria o mais) significativo. Felizmente na infância e juventude, nunca ouvi aos meus pais algum comentário que desautorizasse ou desvalorizasse os professores, mal vai um país em que isso acontece gratuitamente e, preocupação das preocupações, por parte de alguns (a minha experiência é bastante positiva) encarregados de educação que só vão à escola quando algo já está muito mal encaminhado...

teresa disse...

É certo, Carlos Caria, que a tarefa de ensinar a quem não vê a valorização escolar em casa é difícil... também é certo que a escola para todos foi uma conquista da democracia e ainda bem. Quem viveu 74 como aluno tem presente qual a origem social da esmagadora maioria dos alunos de liceu. A escola tem a tarefa de abrir horizontes, o problema é que os professores - e há-os mais e menos dedicados à causa - estão a ser muitas vezes convertidos em 'baby sitters', 'psicólogos' (sem formação), 'assistentes sociais' (sem formação) em vez de serem só o que deviam ser : professores. É complicado e quem quer fazer tudo ao mesmo tempo dificilmente o fará bem, embora haja profissões (colar selos ou colocar carimbos) em que será menor o dano caso não sejam exercidas com menor eficácia.

divagarde disse...

Teresa,

muito obrigada pelas suas palavras quanto ao meu plano :) O que me surpreende é o facto desses planos mais apelativos, que pensamos vão ter grande adesão dos alunos mais aplicados, acabarem por surtir efeitos surpreendentes nos alunos habitualmente menos motivados. Já me tem acontecido, e com alguma frequência, serem esses os que mais aderem. E significativamente. Aí, se os outros me deixam frustrada, esses conseguem fazer-me crer que valeu a pena :)

Tenho por hábito dizer que, cada vez mais, o professor precisa exercer um discurso de sedução. Um discurso que consiga competir com as solicitações poderosas lá de fora. Porque a batalha é feroz face ao que, por exemplo, o virtual oferece. Para lá de algo que ainda não abordámos, a carga horária excessiva e o tempo passado na escola.
Quando se fala de mau comportamento, ou mesmo violência em sala de aula, há que ter em conta o tempo que os alunos passam entre paredes. Não sou [e isto pode ser muito polémico] a favor de aulas de substituição. Quando um professor faltava, esse era um tempo de brincar, jogar, namorar até. Essa energia precisa ser gasta em algum lugar, inevitavelmente acaba sendo na sala de aula.
Óbvio que certos comportamentos desgastam o professor, mas no meu tempo [não gosto nada desta expressão, pois que este tempo continua a ser o meu, mas é a que, por uso, ocorre] lembro bem que as aulas incidiam no período da manhã ou da tarde, deixando-nos muito tempo livre para sermos crianças e adolescentes. Agora, o tempo pouco lhes sobra.

Quanto ao que diz sobre as atitudes [e também colaboração] dos encarregados de educação, claro que subscrevo.

[como o rumo da conversa se foi desviando do texto do post :)]

divagarde disse...

:) enquanto escrevia a minha resposta, vejo que entrou o seu último. E que vem, de certo modo, de encontro ao que referi quanto às aulas de substituição, em que, na verdade, se toma conta de.

Quanto à psicologia, para lá daquela que apreendemos pela prática, há uma outra para a qual não temos requisitos.
Este ano, tenho uma aluna autista. Que preparação [vulgo formação] tenho para os seus alheamentos e, outras vezes, assumos de personalidade em que só faz o que quer quando quer? E gerir, com os outros alunos, essa sua determinação quando os restantes precisam cumprir as tarefas?
Se em um ou outro caso, essas integrações são positivas, naquelas com que me tenho confrontado não vejo que sejam nem para esses alunos nem para os restantes.

teresa disse...

divagarde,
... já me tinha apercebido do desvio do tema deste post, tudo começou com a aprendizagem de música na escola e, a partir daí, as coisas seguiram outro rumo:)