31 de outubro de 2009

Paris Review

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Escreviam-me outro dia num e-mail a propósito da minha paixão crescente por revistas velhas:
"Encontro sempre as revistas mais atraentes do que os livros, porque espelham de maneira mais viva a actualidade da sua época e porque enquadram um espectro muito maior de interesses (...) alguém pode fazer um livro apaixonante extraindo textos das revistas e publicando-os sistematizados por gama de interesses"
Achei genial esta síntese, porque expressa muito bem o que sinto. Flutuo por décadas, escorrego nelas e esqueço-me por completo da actualidade a ler uma revistinha velha. Não tem a ver com o meu passado, porque a facilidade com que me desfaço de cartas, bilhetes, postais e tudo o mais que seja pessoal é notável.
Por isso tudo e por ter que comprar um presente de aniversário, percorri enteadiada a FNAC, não gosto das luzes, não gosto da disposição dos livros, ainda por cima encalhei num dia em todos compravam o Dan Brown e o sistema informático crashou. Dei de caras nesta compilação de entrevistas a escritores da Paris Review, revista norte-americana . Entre os entrevistados: Kerouac, Borges, Durrell, Capote, Hemingway , Greene e o resto vejam na capa. Parece-me interessante e o conceito é exactamente o do meu correspondente. Criar livros apaixonantes a partir da imprensa periódica. Confesso que o vou ler em diagonal antes de o entregar. Se me apaixonar. compro.

5 comentários:

Anónimo disse...

Gostei muito desta postagem.... compreendo o fascínio da T por revistas antigas....é uma evasão ao presente e ao mesmo tempo uma incursão ao passado...que muitas vezes não tivemos oportunidade de "saborear" convenientemente. Fiquei um pouco surpreendido foi quando referiu o seu despojamento no que concerne a cartas, postais, bilhetes...parece que não combina muito bem com a "guardadora" assumida que a T é! Já comigo arrependo-me de nunca ter guardado muitas coisas e se as tinha, em grande abundância....mas o tempo não volta atrás...Abraço. Mário

Já lhe disse que escreve belíssimamente?

T disse...

Mas é assim...só guardo papel velho do colectivo. No que concerna a minha vida privada nada guardo. Não são para serem lidas.

Anónimo disse...

Mas tem ainda consigo o diploma da 4ª. classe e eu não.... :)Mário


Mas, eu meu também não guardo normalmente nada... mas de quem gosto, tenho "montanhas" de lembrança... Concordo em pleno com a sua postura! Só estranhei, mas esclareceu muito bem!:)))))))

T disse...

Guardo pelo documento, não por ser meu:)

Anónimo disse...

Achei um piadão à resposta :)))Mário