29 de abril de 2009
Uma imagem com palavras
A gaivota já poisou em todos os meus versos
trazendo sempre uma promessa de distâncias irreais.
Chega com o mau tempo. Fica de vigia.
Apenas uma brisa leve lhe arrepia
o desenho solene e rigoroso que compõe à beira do cais.
Há mundos insondáveis no riso que me lança
e que acende no meu peito uma criança com desejo
de improváveis desarrumos tropicais.
Quando abrir de novo as asas e partir
em busca de outros continentes, outras ilhas
deixará na praia do poema alguma pena
e o mapa confuso de pegadas andarilhas.
Digo adeus e fico a vê-la
a afastar-se lentamente no azul
e repito para mim próprio
e juro e volto a jurar
que um dia abro a janela
e vou com ela
viajar
José Fanha
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6 comentários:
Bom dia.
À dias publicou uma foto da Laura Alves nos Santos Populares. Sabe-me dizer onde a arranlou? Acho-a lindissima.
Obrigado
Marco
arranjou e não arranlou
Bom dia, Marco.
Quem publicou a fotografia da Laura Alves foi a outra Teresa que se assina com T. Logo que possível, ela certamente irá responder a essa pergunta.
Olá!
O voo da gaivota também eu gostava de fazer...
Olá, lembro que as gaivotas gostam de peixe:)
Pois... o peixe a mim faz-me mal, mas que não seja por isso que eu não possa voar...
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